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Só Ladeira Abaixo

Só Ladeira Abaixo
Author: Raissa Castro e Oswaldo Zampiroli
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© Raissa Castro e Oswaldo Zampiroli
Description
Discutindo diversos temas da atualidade e cultura pop à partir da psicanálise e da antropologia. Agora também com o quadro Sem Freio, disponível no YouTube. Apresentado por @raissa.rcastro e @owlzampiroli
50 Episodes
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Neste episódio — ou quem sabe, nesta aula —, @owlzampiroli nos convida a refletir sobre uma expressão amplamente utilizada, a chamada "natureza humana", questionando em que medida podemos lançar mão dela. Será que o significado que atribuímos às palavras, frequentemente tratadas como verdades absolutas, é realmente tão sólido assim? Conceitos como Eu, Gênero e Nome podem ser apenas construções moldadas por nossa cultura e época. Nesse sentido, aquilo que muitas vezes atribuímos a uma suposta neutralidade científica ou uma biologia universal pode estar muito mais imbuído pela cultura do que imaginamos num primeiro momento.
Qual a sua relação com fins e começos? Acha que os rituais são importantes para simbolizarmos a passagem do tempo? Neste episódio conversamos sobre as possibilidades que nos permitimos quando encaramos algo novo, entretanto, focar apenas nas metas pode limitar nossa percepção e nos impedir de enxergar outras vias além das que inicialmente planejamos.
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Neste episódio, conversamos com João Maciel (@joaoalmaci), psicólogo, mestre e doutorando em história e filosofia da psicanálise, sobre a teoria de Sandor Ferenczi acerca do trauma e as propostas clínicas que ele trouxe para lidar com as intensas respostas do corpo ao sofrimento. A teoria de Ferenczi, frequentemente esquecida dentro da psicanálise, nos convida a refletir sobre como as reminiscências do trauma podem se manifestar, seja pela identificação com o agressor, seja pelo esquecimento da situação traumática – um esquecimento que surge muitas vezes porque a lembrança do ocorrido é, simplesmente, insuportável.Aproveitem para seguir a gente no instagram @soladeirabaixooficial, curtir e compartilhar o podcast, para que ele possa chegar a mais pessoas!
Este episódio, gravado ao vivo na Autoria Casa de Cultura, aborda como o processo de identificação é essencial para a formação do "eu", mas também como ele pode levar à aniquilação da diferença. A identificação é apresentada como uma dinâmica fundamental para que o sujeito construa sua identidade, reconhecendo e se espelhando em elementos externos. Porém, também é discutido como discursos de massa, sejam eles encontrados em fãs-clubes da cultura pop ou na política, muitas vezes assumem um caráter quase religioso, demandando uma adesão completa e inquestionável.
Esses discursos de identificação total tendem a suprimir ambivalências e diferenças, favorecendo características que reforçam o narcisismo do grupo, enquanto rejeitam tudo que não se alinha a essa identidade coletiva. Além disso, ressaltamos que esse tipo de identificação excessiva impede que o sujeito consiga expressar seus próprios desejos, pois ele está fundido a uma narrativa externa. Essa "cola" entre o discurso cultural e o Eu, que não deixa de ser construído a partir da cultura, sufoca a capacidade do sujeito de produzir uma narrativa sobre si mesmo.
Neste episódio, @raissa.rcastro conta um pouco sobre a história e a teoria da ensaísta e psicanalista russa Lou Andreas-Salomé. Uma mulher livre que viveu em um mundo dominado por homens e conseguiu dar contornos muito interessantes à própria vida. Conhecida como uma femme fatale ou "a mulher que Nietzsche amou", Lou foi julgada por desejar e acreditar que o contrato de casamento é uma forma pouco imaginativa de conceber um relacionamento. Na teoria psicanalítica, ela explorou o narcisismo como uma força criativa e uma vivência de totalidade psíquica, metaforizada pela ligação entre mãe e bebê.
Referências:
Lou Andreas-Salomé (Dorian Astor, 2018);
Minha Vida (Andreas-Salomé, 1931/1985);
Carta aberta a Freud (Andreas-Salomé, 2001)
Coletânea "Sobre o tipo feminino" (Andreas-Salomé, 2022)
Narcisismo como dupla direção (Andreas-Salomé, 2021)
Neste episódio abordamos o tema do "apaixonamento pela teoria" e como ele pode dificultar tanto as críticas quanto o avanço teórico dentro da psicanálise. Contamos com a presença da pesquisadora Jéssica Baêta, mestre em Filosofia (UFAL) e doutoranda em Psicologia (UFJF), para discutir os desafios que surgem quando a teoria é tratada como um dogma inquestionável.
Falamos sobre os embargos teóricos e o impacto do apego cego às ideias estabelecidas, além de refletir sobre as dificuldades enfrentadas na academia brasileira atual. Analisamos como a posição de totalidade — a visão do "pai deus" na psicanálise — limita a percepção das nuances necessárias para pensar e trabalhar com a psicanálise de maneira crítica e fora do espaço superficial, comumente reproduzido em frases prontas para redes sociais.
Neste episódio, @raissa.rcastro compartilha um insight que teve no meio da madrugada após ler um livro sobre vícios. A partir dessa reflexão, explora a questão dos vícios nas redes sociais e o papel subjetivo do olhar do outro. Você pode ouvir o podcast no Spotify ou em outras plataformas de áudio!
Nessa conversa com a psicanalista especialista em bebês, Anna Ribeiro (@annacostaribeiro), discutimos a importância dos registros infantis e como essa época é até mais angustiante que a vida adulta. Pegando a definição freudiana de angústia: energia livre, a vida da criança se torna bem mais trabalhosa do que supomos do alto do pedestal neurótico. A partir disso falamos sobre escola, cuidadores, corpo e até alienígenas!
Depois que escutar conta para gente o que achou? Quem mais você quer escutar aqui no Só Ladeira Abaixo?
Nesse vídeo extra fazemos uma Tierlist, um brincadeira em que rankeamos alguns textos do Freud entre 1890 à 1910.
Timestamp:
00:00 Intro
1:00 Explicando a Tierlist
5:20 Sobre a concepção das afasias (1891)
09:44 Estudos sobre a histeria (1893-1895)
17:41 Projeto para uma psicologia científica (1895)
24:33 Interpretação dos sonhos (1900)
30:24 Psicopatologia da vida cotidiana (1901)
35:58 Chiste e sua relação com o inconsciente (1905)
37:52 Três ensaios sobre a Teoria da sexualidade (1905)
46:14 Cinco lições da psicanálise (1910)
48:45 Sobre a psicanálise selvagem (1910)
53:23 Leonardo da Vinci (1910)
Neste episódios falamos sobre a relação entre trabalho e descanso. Como a produtividade e o lazer afeta nossa relação com tédio? O quanto a desaceleração é suportada? Diretamente de Corumbau-BA analisamos um pouco as variáveis envolvidas no discurso sobre o descanso e culpa.
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Neste episódio conversamos sobre as relações que estabelecemos com os nomes, um presente - de grego ou não - dado pelos cuidadores muitas vezes antes do nascimento. Entre ideais, heranças de sobrenomes e escolhas de apelidos pensamos sobre esses laços construídos ao longo da vida.
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Como encaramos o futuro hoje? Neste episodio, o @owlzampiroli discute quais os sentidos que foram atribuídos ao futuro desde a idade média até o contemporâneo. Será que hoje progresso e futuro se divorciaram? Temos medo do futuro?
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Neste episódio o @owlzampiroli falou sobre o que é possível pensar quando estamos lidando com a diferença. De alguma forma, tomar a diferença como eixo de análise é pensar também a relação com a alteridade. Assim, vamos debater, num voo de pássaro, como ao longo da história ocidental a ideia de "diferença" se deslocou. Entre bárbaros, selvagens e primitivos, a ideia aqui é tentar pinçar como o outro passa a ora ser tomado como ameaça, ora como fantástico.
Como viajar nos permite perceber que há inúmeras formas de viver? Normalmente, enxergamos o mundo apenas a partir de nossa própria perspectiva, mas talvez, ao nos depararmos com as diferenças, a imensidão do mundo e as diversas possibilidades que a vida oferece, possamos nos afastar, pelo menos um pouco, da nossa existência narcísica.
Apresentação: Raissa Castro (https://www.instagram.com/raissa.rcastro/)
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Não tem como passar ileso a quem nos criou, talvez por isso o tema família é tão presente na cultura pop. A HBO por exemplo tá lucrando horrores com séries cujo tema de fundo são grandes tretas familiares. Desde os clássicos da televisão brasileira, como a Grande família, até desenhos que vão desde Os Simpsons à Family Guy, a família acaba sendo um tema central. As pequenas diferenças se tornam gigantes no convívio e por isso acabam sendo muito identificáveis.
Esse episódio também está disponível via vídeo no YouTube: https://youtu.be/BdMcqUWW1m0
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Neste episódio, eu e o @owlzampiroli exploramos os variados aspectos do cuidado, tendo como ponto de partida a pesquisa de doutorado do Oswaldo. Ele realizou um estudo de campo sobre os desejos de um grupo de senhoras em uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI). A partir dessa investigação, adentramos na complexidade do tema, abordando tanto a ideia vendida de um autocuidado quanto as angústias das pessoas que cuidam. Hoje em dia, o cuidado é percebido como uma questão moral, o que nos leva a ponderar sobre as múltiplas nuances e camadas desse assunto.
Neste episódio mergulhamos nas profundezas do narcisismo para explorar dois conceitos fascinantes: o sentimento oceânico e a teoria psicanalítica de Lou Andreas-Salomé sobre o sentimento de totalidade.
O sentimento oceânico é uma experiência descrita como uma sensação de unidade com o universo e a perda de limites entre o eu e o mundo externo, bem similar a proposta de Lou a respeito do "verdadeiro narcisismo" e as raízes do psiquismo, metaforizado pela ligação intra-uterina que o bebê tem com sua mãe.
A partir de uma conversa que tive com @owlzampiroli, resolvi falar de uma maneira livre sobre a teoria narcísica e a união entre "eu+outro+mundo" e as diferentes de forma de se relacionar com essa experiência.
Neste episódio falo um pouco sobre como o significado de casa é subjetivo e como retornar ao espaço que já pertencemos é sempre Infamiliar. Apesar de ser essencial ir embora e "cortar o cordão umbilical", esse lugar simbólico é marcante. Então, o que é possível fazer com aquilo que nos foi dado?
Depois me conta o que achou? @raissa.rcastro no IG e @ehneurotica no Twitter.
Neste episódio um pouco mais pessoal, eu falo um pouco sobre a experiência do luto, adoecimento e fim de um ciclo, que culminam no excesso de libido no Eu. A partir da ideia de um narcisismo criativo, proposto por Lou Andreas-Salomé, disserto sobre as possibilidades de criar algo a partir da destruição.
Depois me conta o que achou? @raissa.rcastro no IG e @ehneurotica no Twitter.
Nesse especial de ano novo, exploro a relação dos ideias narcísicos com as metas do início de ano, as expectativas de satisfações futuras e os jogos de prazer e desprazer que se estabelecem à partir disso. Me conta depois o que achou?
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