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Rádio UFRJ - Ouve Essa
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Author: Rádio UFRJ
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Description
Programa produzido pela Rádio Batuta com a missão de pescar pérolas pouco conhecidas do acervo musical do Instituto Moreira Salles (IMS), voltado principalmente para discos em 78 rotações. A seleção dos fonogramas é do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos. O acervo está disponível no site discografiabrasileira.com.br.
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Maysa gravou “Suas mãos”, de Antônio Maria e Pernambuco, em 1958, recentemente desquitada do industrial paulista André Matarazzo, que não a queria na carreira artística. No samba-canção, Maysa está mais Maysa do que nunca. Sussurra sofrimento – e as letras de Antônio Maria eram perfeitas para isso. E esbanja sensualidade. Estava com 22 anos.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
A cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, além de Roberto Carlos, é o berço natal do compositor e cantor Raul Sampaio. Ele é o autor do hino não oficial da cidade, “Meu pequeno Cachoeiro”, mas ficou conhecido também por suas canções de amores complicados. Em 1961, fez enorme sucesso com o bolero “Quem eu quero não me quer”, que compôs em parceria com Ivo Santos, e foi gravado por ele próprio.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
A música "Samba no Arpege" está na abertura do filme “O agente secreto”, de Kleber Mendonça Filho, o principal lançamento do cinema brasileiro em 2025. Composta por Waldir Calmon e Luiz Bandeira, foi gravada pelo tecladista Waldir Calmon e seu conjunto em 1958. Arpege era o nome da boate situada na Rua Gustavo Sampaio, no Leme, e ponto fundamental no roteiro por onde se construía a bossa nova na Zona Sul do Rio de Janeiro. Waldir Calmon era o dono da boate.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O samba “Não quero mais” foi gravado em 1936 por Aracy de Almeida e traz, no selo do disco, Carlos Cachaça e José Gonçalves, o Zé da Zilda, como compositores, mas na verdade ele é de Cartola e Cachaça. Mais tarde, Zilda do Zé negociou com os autores para que o marido – que tinha roubado o samba – passasse a ter em novos discos uma parceria com Cartola, Cachaça. A partir da gravação de Paulinho da Viola, de 1973, a música ficou com o título de “Não quero mais amar a ninguém”.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O samba-exaltação “Rio de Janeiro” foi composto por Ary Barroso em 1944 para o filme norte-americano “Brazil” e chegou a ser indicado ao Oscar de canção original. Não venceu, mas a música ficou para sempre no cancioneiro nacional. Em 1951, foi gravada por Dalva de Oliveira, que começava carreira solo depois de deixar o Trio de Ouro.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
A marcha-rancho “Os rouxinóis” foi a derradeira contribuição de Lamartine Babo para o carnaval, festa da qual foi um dos seus mais importantes compositores. Fez sucesso no carnaval de 1958, gravada pelo grupo Os Rouxinóis de Paquetá, formado por coristas anônimos da gravadora Todamérica. A música foi composta a pedido do rancho do mesmo nome, da Ilha de Paquetá, e fez parte da revista “Bom mesmo é mulher”, cantada por Araci Côrtes.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
“Quem é”, de Osmar Navarro e Oldemar Magalhães, teve sete gravações em 1959, seu ano de lançamento. Nos rótulos desses discos ora era classificada como rock-balada (como é o caso desta de Roberto Amaral), ora como bolero-mambo e até mesmo balada-fox. Todas essas versões estão disponíveis no site Discografia Brasileira. A romântica “Quem é” tem letra sutil, não identifica diretamente o sujeito que cobre a amada de beijos, satisfaz seus desejos e muito a quer.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Juca Chaves apareceu em meio à bossa nova com um jeito diferente de cantar e também de se apresentar, sempre descalço. Mas “Por quem sonha Ana Maria?”, composta e gravada por ele em 1960, é uma modinha. No site Discografia Brasileira, você pode ouvir o outro lado artístico de Juca Chaves. Ele, de nariz avantajado, apresenta a sátira bem-humorada “Nasal sensual”.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O samba-canção “Doidivana”, gravado em 1960, é uma espécie de síntese da parceria do compositor Adelino Moreira com o cantor Nelson Gonçalves, expoentes astros do repertório passional. É uma declaração de amor às avessas. A intensidade do vozeirão de Nelson Gonçalves é perfeita para transformar a paixão de cabaré em estranha poesia.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O culto à Nossa Senhora da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, misturava fé, ritual e muito samba. Nos domingos de outubro, intérpretes e compositores apresentavam-se em rodas improvisadas ao pé do morro onde fica a igreja, testando os sambas para o carnaval do ano seguinte. Dependendo da reação, a música era gravada. Cartola e Asobert compuseram “Festa da Penha”, gravada em 1961 por Ari Cordovil.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O grupo Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano estreou em 1961 com a balada “A noiva”, uma versão de Fred Jorge. O conjunto, inspirado nos corais das igrejas evangélicas americanas, harmonizava vozes negras femininas e masculinas. “A noiva”, uma canção romântica, ganha com os Cantores de Ébano ares de lamento quase religioso. Atenção para a voz de baixo profundo de Noriel Vilela.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Os sambas de Adoniran Barbosa são reconhecidos pelo linguajar simples, que busca reproduzir, com humor, o jeito de falar da população mais pobre das ruas de São Paulo. “Iracema” é um caso raro em seu repertório. Conta a história triste de uma mulher atropelada. A gravação original é de 1956, feita pelo conjunto Demônios da Garoa.Apresentação: Luiz Fernando ViannaEdição: Filipe Di Castro
O mineiro Ivon Curi era o que se chamava de chansonnier, um artista capaz de interpretar de um jeito teatral aquilo que estava cantando. Metade ator, metade cantor. Um dos seus sucessos foi o xote “Farinhada”, de Zé Dantas, de 1955. Na gravação, bem divertida, ele mostra por que se tornou um dos artistas mais solicitados para as chanchadas do cinema e, mais tarde, na televisão, chegando a fazer parte de uma das primeiras escalações do grupo Os Trapalhões, comandado por Renato Aragão.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O samba-canção “Se é por falta de adeus” é a primeira música de autoria de Dolores Duran e também a primeira parceria dela com Tom Jobim. Naquele momento, em 1955, a cantora era muito mais conhecida que o jovem arranjador de gravadoras, compositor iniciante e pianista da noite. Dick Farney gravou “Se é por falta de adeus” em 1959, num arranjo enxuto e já influenciado pela bossa nova, que João Gilberto estreara um ano antes.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Catulo da Paixão Cearense foi o primeiro grande letrista brasileiro. “Ontem, ao luar”, com melodia de Pedro Alcântara, é um de seus primeiros sucessos. Tinha um método às vezes polêmico de composição, adaptando versos alheios e botando letras em melodias sem autorização, mas o resultado aqui é uma das mais belas canções românticas nacionais. Vicente Celestino foi o primeiro a gravar “Ontem, ao luar”, em 1917, e bisou o feito em 1952. É esta gravação que apresentamos.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O título “Felicidade”, da toada de Lupicínio Rodrigues, é enganoso. Ainda não é dessa vez que o compositor gaúcho trata de um amor bem-sucedido. A novidade é que, ao contrário de seus sambas-canção, ele não está tomado pelo ódio, pedindo vingança ou que a ex role pela estrada como uma pedra qualquer. “Felicidade” é uma toada de dor elegante. Foi gravada em 1947 pelo Quarteto Quitandinha.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Os cearenses do Quatro Ases e um Coringa estavam no auge quando, em 1950, gravaram “Boneca de pano”, um samba do baiano Assis Valente. Eram modernos. Assim como seus rivais Anjos do Inferno, Os Cariocas e Namorados da Lua, interpretavam sambas, baiões e marchinhas de carnaval, além de seguir as últimas novidades dos conjuntos vocais americanos.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O Trio de Ouro existiu de 1937 até meados de 1970, com diversas formações e ótimos serviços prestados à música brasileira. O que gravou o bolero “Negro telefone”, de Herivelto Martins e David Nasser, em 1953, já não tem mais Dalva de Oliveira, sua voz feminina original. É formado por Lourdinha Bittencourt, Herivelto Martins e Raul Sampaio.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O escritor Paulo Cesar de Araújo, em seu livro “Eu não sou cachorro não”, diz que o baiano Anísio Silva é um dos fundadores daquilo que mais tarde seria chamado de “brega”, e ele aqui não emprega o termo no sentido pejorativo. Brega é o popular, a canção romântica que fala ao coração do povo. O bolero “Alguém me disse”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, gravado por Anísio em 1960, é uma joia desse tipo de música.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O carioca Helton Menezes foi um nome fundamental na afirmação do sambalanço, o samba que era uma espécie de bossa nova para dançar e que fez muito sucesso, principalmente no Rio de Janeiro, no início dos anos 1960. “Vou rir de você”, gravado por Ed Lincoln e seu conjunto em 1962, é um dos destaques do movimento.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro




