DiscoverRádio UFRJ - Ouve Essa
Rádio UFRJ - Ouve Essa
Claim Ownership

Rádio UFRJ - Ouve Essa

Author: Rádio UFRJ

Subscribed: 13Played: 269
Share

Description

Programa produzido pela Rádio Batuta com a missão de pescar pérolas pouco conhecidas do acervo musical do Instituto Moreira Salles (IMS), voltado principalmente para discos em 78 rotações. A seleção dos fonogramas é do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos. O acervo está disponível no site discografiabrasileira.com.br.
226 Episodes
Reverse
O humor de Ivon Curi

O humor de Ivon Curi

2025-09-2304:46

O mineiro Ivon Curi era o que se chamava de chansonnier, um artista capaz de interpretar de um jeito teatral aquilo que estava cantando. Metade ator, metade cantor. Um dos seus sucessos foi o xote “Farinhada”, de Zé Dantas, de 1955. Na gravação, bem divertida, ele mostra por que se tornou um dos artistas mais solicitados para as chanchadas do cinema e, mais tarde, na televisão, chegando a fazer parte de uma das primeiras escalações do grupo Os Trapalhões, comandado por Renato Aragão.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O samba-canção “Se é por falta de adeus” é a primeira música de autoria de Dolores Duran e também a primeira parceria dela com Tom Jobim. Naquele momento, em 1955, a cantora era muito mais conhecida que o jovem arranjador de gravadoras, compositor iniciante e pianista da noite. Dick Farney gravou “Se é por falta de adeus” em 1959, num arranjo enxuto e já influenciado pela bossa nova, que João Gilberto estreara um ano antes.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O romantismo de Catulo

O romantismo de Catulo

2025-09-0904:56

Catulo da Paixão Cearense foi o primeiro grande letrista brasileiro. “Ontem, ao luar”, com melodia de Pedro Alcântara, é um de seus primeiros sucessos. Tinha um método às vezes polêmico de composição, adaptando versos alheios e botando letras em melodias sem autorização, mas o resultado aqui é uma das mais belas canções românticas nacionais. Vicente Celestino foi o primeiro a gravar “Ontem, ao luar”, em 1917, e bisou o feito em 1952. É esta gravação que apresentamos.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O título “Felicidade”, da toada de Lupicínio Rodrigues, é enganoso. Ainda não é dessa vez que o compositor gaúcho trata de um amor bem-sucedido. A novidade é que, ao contrário de seus sambas-canção, ele não está tomado pelo ódio, pedindo vingança ou que a ex role pela estrada como uma pedra qualquer. “Felicidade” é uma toada de dor elegante. Foi gravada em 1947 pelo Quarteto Quitandinha.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Os cearenses do Quatro Ases e um Coringa estavam no auge quando, em 1950, gravaram “Boneca de pano”, um samba do baiano Assis Valente. Eram modernos. Assim como seus rivais Anjos do Inferno, Os Cariocas e Namorados da Lua, interpretavam sambas, baiões e marchinhas de carnaval, além de seguir as últimas novidades dos conjuntos vocais americanos.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O Trio de Ouro existiu de 1937 até meados de 1970, com diversas formações e ótimos serviços prestados à música brasileira. O que gravou o bolero “Negro telefone”, de Herivelto Martins e David Nasser, em 1953, já não tem mais Dalva de Oliveira, sua voz feminina original. É formado por Lourdinha Bittencourt, Herivelto Martins e Raul Sampaio.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
No coração do povo

No coração do povo

2025-08-1204:58

O escritor Paulo Cesar de Araújo, em seu livro “Eu não sou cachorro não”, diz que o baiano Anísio Silva é um dos fundadores daquilo que mais tarde seria chamado de “brega”, e ele aqui não emprega o termo no sentido pejorativo. Brega é o popular, a canção romântica que fala ao coração do povo. O bolero “Alguém me disse”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, gravado por Anísio em 1960, é uma joia desse tipo de música.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O carioca Helton Menezes foi um nome fundamental na afirmação do sambalanço, o samba que era uma espécie de bossa nova para dançar e que fez muito sucesso, principalmente no Rio de Janeiro, no início dos anos 1960. “Vou rir de você”, gravado por Ed Lincoln e seu conjunto em 1962, é um dos destaques do movimento.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Gonzagão e a seca

Gonzagão e a seca

2025-07-2904:54

Luiz Gonzaga teve dois importantes parceiros ao compor sua galeria de clássicos. Talvez Humberto Teixeira, com quem fez “Asa branca”, fosse o mais politizado. Zé Dantas era tido como mais pitoresco – mas nem sempre. “Vozes da seca”, sua parceria com Gonzaga, gravada por este em 1953, é das canções mais fortes sobre a realidade nordestina. Foi lançada em meio à seca que começou em 1952 e só terminaria dois anos depois.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Em “João Valentão”, que compôs e gravou em 1953, Dorival Caymmi botou em cena alguns dos elementos espalhados em sua obra de poucos títulos, mas monumental para a cultura brasileira. O João também vive à beira da praia e não é só valentão, tem seus momentos de amor e ternura. O acompanhamento é da orquestra de Oswaldo Borba. Quando está em cena o Valentão, samba rasgado; quando aparece o João romântico, um lindo samba-canção.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Bichos no estúdio

Bichos no estúdio

2025-07-1504:59

“Bicharada” é um baião divertido em que Djalma Ferreira reproduz, ao teclado do órgão, sons de galos, galinhas, porcos e outros bichos, como se transformasse o estúdio num grande quintal do Brasil rural de 1951. Ele está acompanhado do seu conjunto Milionários do Ritmo e não esquece, além do humor, de fazer o que era seu grande charme: botar o ouvinte para dançar.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O choro “Na Glória”, de Raul de Souza e Ari dos Santos, é um clássico das pistas de dança. Gravado em 1949 sob a liderança do trombone do próprio Raul, é um tema instrumental, cortado apenas por uma espécie de breque, quando os músicos gritam as divertidas três notas do título da canção. Raul e Ari compuseram “Na Glória” – alusão a um bairro da Zona Sul do Rio – quando eram colegas de orquestra no Dancing Eldorado, na Praça Tiradentes, no Centro.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Em ritmo de rumba-rock

Em ritmo de rumba-rock

2025-07-0104:48

A orquestra de Silvio Mazzuca era uma das maiores big bands nacionais quando, em 1958, ele gravou a rumba-rock “Tequila”, do americano Chuck Rio. Mazzuca era uma versão paulista de Ed Lincoln, o rei dos bailes de formatura do Rio de Janeiro. Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Cyro Monteiro já estava em cena desde meados dos anos 1930 – um cantor moderno de voz ao mesmo tempo balançada e bonita – quando, em 1955, gravou “Tem que rebolar”, de José Batista e Magno de Oliveira, num dueto com Mariuza. A cantora faria apenas outras duas gravações e desapareceria, sem deixar referências biográficas nos dicionários da música brasileira.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
“Falso rebolado”, de Venâncio e Jorge Costa, uma gravação de 1957, é citada como um clássico em qualquer conversa sobre samba sincopado. O intérprete é Germano Mathias, paulistano da Barra Funda. Ele marcava o ritmo na tampa da lata de graxa, herança dos antigos engraxates e sambistas negros da Praça da Sé, no Centro de São Paulo.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O samba “Não tenho lágrimas”, também conhecido como “Quero chorar”, foi lançado em agosto de 1937, atravessou todo o final do ano e acabou explodindo como um dos sucessos do carnaval de 1938. Oficialmente, os autores são Max Bulhões e Milton de Oliveira. Wilson Batista seria um dos autores originais, mas cedeu a vez a Milton em troca de 30 mil réis. O samba teria muitas gravações, entre elas as de Nat King Cole, nos anos 1950, e Nara Leão, nos anos 1970. A original é de Patrício Teixeira.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
“Que será”, de Marino Pinto e Mário Rossi, gravado por Dalva de Oliveira em 1950, tem todos os dramas inerentes a um bom bolero – e com o plus de que é tudo verdade. A gravação é um dos capítulos da separação entre Dalva e o compositor Herivelto Martins, uma briga que foi parar nosdiscos. A cada música de Herivelto apontando Dalva como vilã, a cantorarespondia com outra. “Que será” é uma dessas respostas.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
“Tenha pena de mim", sucesso no carnaval de 1938, tem um ritmo animado e letra triste, um dos charmes da tradição do samba. De autoria de Ciro de Souza e Babaú, ganhou a interpretação ao mesmo tempo chorosa e balançada, magistralmente cheia de bossa, de Aracy de Almeida.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Flores de carnaval

Flores de carnaval

2025-05-2005:00

O sucesso das marchas “Florisbela” e “A jardineira” no carnaval de 1939 fez com que a exaltação às flores persistisse em 1940, com “Dama das camélias” e “Malmequer”. Esta última, de Newton Teixeira e Christovão de Alencar, foi gravada por Orlando Silva, aos 24 anos, já reconhecido como o Cantor das Multidões. No concurso oficial, “Dama das camélias”, com voto do jurado Villa-Lobos, ficou em primeiro lugar. “Malmequer”, com voto de Pixinguinha, em terceiro – mas hoje é mais lembrada que a adversária.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O reconhecimento de Dolores Duran como grande compositora só surgiu após sua morte aos 29 anos, infartada, em 1959. Antes, era apreciada mais como cantora. A letra de “Ternura antiga” foi encontrada numa gaveta do apartamento em que ela morava em Copacabana. Ganhou música do pianista Ribamar, seu parceiro nas boates da Zona Sul do Rio, e, em 1961, a primeira gravação, por Luciene Franco.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
loading
Comments