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O Assunto

Author: G1

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Um grande assunto do momento discutido com profundidade. Natuza Nery vai conversar com especialistas, com personagens diretamente envolvidos na notícia, além de jornalistas e analistas da TV Globo, do g1, da Globonews e demais veículos do Grupo Globo para contextualizar, explicar e oferecer diferentes pontos de vista sobre os assuntos mais relevantes do Brasil e do mundo.

O podcast O Assunto, em comemoração aos 5 anos de existência, selecionou os 10 episódios essenciais para todo ouvinte na playlist 'This Is O Assunto'. Ouça agora no Spotify:
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Convidados: César Tralli, apresentador da Globo e da GloboNews, e Bruno Tavares, repórter da Globo. Em agosto de 2025, a megaoperação Carbono Oculto expôs um esquema complexo que envolve a facção criminosa PCC, o setor de combustíveis e o coração do sistema financeiro brasileiro: a Faria Lima. A investigação mostrou como o PCC infiltra agentes em fintechs e fundos de investimento para esconder o dinheiro sujo do crime organizado. Segundo a receita federal, R$ 52 bilhões foram movimentados em quatro anos. Foi a partir dessa operação que novas camadas do crime organizado começaram a ser desvendadas, revelando uma rede ainda mais profunda e sofisticada. Nesta sexta-feira, 26 de dezembro, O Assunto reprisa o episódio mais ouvido do ano. “Fintechs viraram um buraco negro”, resume César Tralli em conversa com Natuza Nery neste episódio. Apresentador da Globo, Tralli relata o que ouviu de investigadores e conta como a investigação contra o crime organizado chegou ao coração financeiro do país. Antes, Natuza conversa com Bruno Tavares, repórter da Globo que primeiro revelou a megaoperação contra o PCC. Ele explica como essa investigação nasceu e responde por que o setor de combustíveis é tão atrativo para a prática de crimes.
Convidado: Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment. Em 20 de janeiro de 2025, Donald Trump reassumiu a presidência dos EUA. E, neste primeiro ano de seu segundo mandato à frente da Casa Branca, governou com todas as luzes voltadas para si, rendendo manchetes praticamente diárias. Ao lon go de todo 2025, Trump deu declarações polêmicas e fez anúncios transmitidos ao vivo. Tudo pensado para causar impacto. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment, que analisa a estratégia de Trump de governar como um “showman”. Ele explica como fica a relação de Trump com Lula – e dos EUA com o Brasil – depois de uma montanha-russa envolvendo o tarifaço e a acusação de que o governo e o Judiciário brasileiros promoviam uma “caça às bruxas” a Jair Bolsonaro. Oliver comenta a estratégia de Trump de se colocar como um “agente da paz” na geopolítica mundial e aponta quais as perspectivas para o presidente dos EUA na política interna – e o que ele pode esperar das eleições de meio de mandato em 2026. Oliver avalia também os sinais de que Trump possa tentar um terceiro mandato, o que é vetado pela Constituição americana.
Convidada: Vera Magalhães, colunista do jornal O Globo, âncora na rádio CBN e apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura. Um dos últimos projetos aprovados no ano pelo Senado foi o que reduz as penas dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro: o PL da Dosimetria. Um dos beneficiados é o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso na Superintendência da Polícia Federal desde novembro. O presidente Lula disse que vai vetar o texto, medida que pode ser derrubada pelo Congresso e ainda ser questionada pelo Supremo Tribunal Federal. É um longo processo que expõe o embate entre os Poderes visto ao longo do ano. Neste episódio, Natuza Nery conversa com a jornalista Vera Magalhães para fazer um balanço do que foi 2025 na política. Vera analisa por que o Congresso avançou sobre a dosimetria das penas tão pouco tempo depois das condenações determinadas pelo Supremo. Ela avalia também a postura da Câmara, que terminou o ano sob a liderança fragilizada de Hugo Motta, em meio a baixa produtividade legislativa e cenas inéditas de violência. Por fim, Natuza e Vera discutem o que esperar de 2026. Vera traça o cenário eleitoral depois da prisão de Jair Bolsonaro, da indicação de Flávio Bolsonaro como herdeiro político do bolsonarismo e da recuperação de Lula após o enfrentamento do tarifaço. Quais são as fragilidades e os trunfos de cada campo às vésperas de um novo ano eleitoral?
Convidado: Thomas Traumann, comentarista da GloboNews. Nos EUA desde março, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teve seu mandato de deputado cassado nesta quinta-feira (18). Além dele, Alexandre Ramagem (PL-RJ) também perdeu seu cargo na Câmara dos Deputados. A decisão partiu da Mesa Diretora da Câmara e foi assinada pelo presidente da Casa, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Por motivos diferentes, os dois ex-deputados bolsonaristas que estão nos EUA perderam seus mandatos. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Thomas Traumann para relembrar o que levou à cassação dos mandatos de Eduardo e de Ramagem – e por que esta decisão foi tomada pelo comando da Câmara agora, uma semana depois de o Plenário da Casa ter descumprido uma decisão do Supremo Tribunal Federal e ter livrado a também bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) da cassação. Presa na Itália, Zambelli acabou renunciando ao cargo dias depois. Thomas explica como fica a situação política e jurídica de Eduardo – sem mandato e sem foro privilegiado, o filho de Jair Bolsonaro também perdeu apoio do presidente dos EUA, Donald Trump. Thomas responde também o que pode acontecer com Ramagem, que fugiu para os EUA antes de ser condenado à prisão por tentativa de golpe de Estado e é considerado foragido da Justiça brasileira.
Convidados: Léo Arcoverde, repórter da GloboNews; e Joísa Dutra, professora da FGV do Rio e ex-diretora da Aneel. Mais de 2,2 milhões de imóveis ficaram sem luz em São Paulo depois de uma tempestade com ventos de mais de 90 km/h atingirem a cidade. Centenas de árvores caíram e atingiram a rede elétrica, sob responsabilidade da Enel - concessionária fornecedora de energia da capital e de cidades da Grande São Paulo. O episódio trouxe à tona um problema antigo – desde 2020 a Enel já recebeu R$ 374 milhões em multas aplicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por causa da má prestação de serviço. Depois de mais um episódio em que milhões de pessoas ficaram sem luz e de centenas de milhões de reais em prejuízo, uma reunião entre governo federal, estadual e municipal resolveu iniciar o processo de extinção do contrato com a Enel. Em conversa com Natuza Nery, o repórter da GloboNews Léo Arcoverde explica como a empresa chegou a um ponto crítico do fornecimento de serviço em São Paulo. Ele relembra o apagão de novembro de 2023, quando milhões de pessoas ficaram sem luz – em alguns pontos, a falta de fornecimento durou uma semana. Ele detalha a diferença entre os processos de intervenção e de caducidade e conta o que a Enel alega ao justificar os apagões. Depois, Natuza recebe Joísa Dutra, professora da FGV do Rio e diretora do Centro de Regulação em Infraestrutura da mesma instituição, o FGV CERI. Joísa, que foi diretora da Aneel entre 2005 e 2009, explica como funcionam os processos de fim de contrato com concessionárias de energia. Ela responde também o que pode acontecer com a Enel e quais as garantias aos clientes com a perspectiva de fim da concessão.
Convidado: Marco Antônio Martins, repórter do g1 Rio. A prisão do desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto nesta terça-feira (16) expôs mais uma camada do caso TH Joias. Preso em setembro, o agora ex-deputado estadual TH Joias (MDB) é investigado por envolvimento com facções criminosas. No começo do mês, o deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), à época presidente da Alerj, também foi preso sob suspeita de vazamento de informações sigilosas da Operação Unha e Carne, justamente a que levou TH Joias à prisão. Na 2ª fase da operação, feita nesta terça-feira, a PF tem indícios de que Macário ajudou Bacellar a vazar informações para TH Joias. O desembargador era o relator do caso TH Joias na segunda instância da Justiça do Rio de Janeiro. Documentos e troca de mensagens obtidos pelos investigadores mostram a proximidade entre o desembargador e o agora ex-presidente da Alerj. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Marco Antônio Martins, repórter do g1 Rio. Marco Antônio relembra quem é TH Joias e as suspeitas que recaem sobre o ex-deputado. Ele relembra como Bacellar foi preso e solto dias depois e os indícios de que o desembargador preso nesta terça-feira ajudou no vazamento de informações sobre o caso. Por fim, Marco Antônio responde o que este caso tem de diferente de outros envolvendo políticos do RJ, estado onde cinco dos 11 governadores eleitos desde a redemocratização foram presos – e onde até órgãos de controle foram alvo de investigações sobre corrupção.
Convidado: Demétrio Magnoli, comentarista da GloboNews e colunista de O Globo e da Folha de S.Paulo. José Antonio Kast foi eleito presidente do Chile com uma vantagem expressiva: teve mais de 58% dos votos ao derrotar a candidata de esquerda Jeannette Jara no 2° turno. Durante a campanha, Kast prometeu reforçar a segurança pública e endurecer as regras de imigração. Alinhado à direita conservadora, Kast moderou seu discurso nos últimos meses. Eleito, ele se encontrou com o atual presidente de esquerda Gabriel Boric, e iniciou o processo de transição - sua posse será em março de 2026. A vitória de Kast reforça um movimento recente de avanço da direita na América do Sul. Em outubro, a Bolívia — país tradicionalmente governado pela esquerda — rompeu um ciclo de quase duas décadas. Para analisar o resultado da eleição chilena e explicar o status do mapa ideológico do continente sul-americano, Natuza Nery recebe Demétrio Magnoli, comentarista da GloboNews e colunista do jornal O Globo e da Folha de S. Paulo. Demétrio avalia quais mudanças de Kast – e do eleitorado – levaram à vitória dele em sua terceira disputa presidencial. Ele analisa a lógica da “eleição por rejeição” e responde se este fenômeno se repete em outros países do continente. Por fim, Demétrio conclui como ficam as forças da direita e da esquerda na América do Sul – e quais os traços em comum entre os países governados por presidentes dos dois espectros políticos.
Convidadas: Regina Célia Almeida, cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha; e Amanda Sadalla, cofundadora e diretora executiva da Serenas. Tainara foi arrastada. Daniele, morta a facadas. Alane e Layse, baleadas. Catarina, violentada e estrangulada. Maria Katiane, agredida e achada morta após cair do 10° andar. Todas elas, vítimas de um crime recorrente no Brasil: o feminicídio. Nos seis primeiros meses de 2025, foram 718 casos: na média, quatro mulheres são mortas todos os dias no país. Um crime que não para de crescer, apesar de, desde o ano passado, ter tido sua pena endurecida. Pela lei atual, quem comete feminicídio pode ser condenado a até 40 anos de prisão. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Amanda Sadalla, cofundadora e diretora-executiva da Serenas, organização que atua para prevenir a violência contra mulheres e meninas; e ouve também Regina Célia Almeida, cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha. Amanda explica como a prevenção e a orientação de agentes públicos são bases no combate ao feminicídio e à violência contra a mulher. Ela também fala da importância de educar meninos e meninas para romper ciclos de agressão e cita o Reino Unido como exemplo de boas práticas para evitar este tipo de crime. Regina responde que tipo de política pública precisa existir para atender as vítimas de violência doméstica e ressalta como as chamadas casas de acolhida são essenciais para o atendimento a mulheres e meninas. Por fim, Regina destaca a importância de mulheres saberem reconhecer que estão sendo vítimas de violência e abuso.
Convidados: Fernanda Vivas, jornalista e produtora da TV Globo em Brasília; e André Trigueiro, jornalista da TV Globo e comentarista e editor-chefe do Cidades e Soluções, da GloboNews. Dois anos depois de o Supremo decidir que o marco temporal é inconstitucional, o Senado aprovou uma PEC que inclui a tese na Constituição. Pelo texto, os povos indígenas só vão poder reivindicar a posse de áreas que ocupavam, de forma permanente, em 5 de outubro de 1988. Na prática, se as comunidades não comprovarem que estavam nas terras nesta data, poderão ser expulsas. A análise do texto pelos senadores se deu de forma rápida: a votação em dois turnos ocorreu em apenas uma noite – o regimento da Casa determina intervalo de cinco dias úteis. Em paralelo, no Supremo Tribunal Federal os ministros voltaram a analisar quatro ações relacionadas ao marco temporal e aos direitos de terras indígenas. Para explicar em detalhes o que é o marco temporal, o que foi aprovado no Senado e o caminho da proposta a partir de agora, Natuza Nery conversa com Fernanda Vivas, jornalista da TV Globo em Brasília. Depois, Natuza conversa com André Trigueiro, comentarista da GloboNews e editor-chefe do programa Cidades e Soluções. Trigueiro avalia a constitucionalidade do marco temporal e aponta as consequências de uma eventual aprovação definitiva para os povos indígenas e para setores do agronegócio.
Convidado: Davi Tangerino, advogado criminalista e professor de Direito da UERJ. Aprovado na Câmara durante a madrugada da quarta-feira (10), o chamado PL da Dosimetria agora segue para o Senado. Foram 291 votos a favor e 148 votos contra, além de 1 abstenção. A votação terminou às 2h30, depois de uma terça-feira caótica na Câmara. O texto prevê a reduzir a pena dos condenados pela trama golpista, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro e os militares do núcleo crucial. O projeto amplia a possibilidade de que a pena de um crime seja absorvida por outra -- é o que deve acontecer com a condenação de Bolsonaro por abolição violenta do Estado Democrático de Direito e pelo crime de tentativa de golpe de Estado. E também reduz o tempo de pena em regime fechado para alguns casos, de 25% para 16%. A expectativa é que o texto seja analisado no Senado já na semana que vem. Se aprovado no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial. Quem explica os principais pontos do PL da Dosimetria é Davi Tangerino, professor de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Em conversa com Natuza Nery, o advogado criminalista detalha o que acontece com a soma das penas por diferentes crimes – e no caso específico de Bolsonaro, o que muda na condenação por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O professor responde também o que acontece com a chamada progressão de regime no caso de Bolsonaro. E quem, além do ex-presidente e dos outros condenados na trama golpista, pode ser beneficiado caso o projeto vire lei.
Convidada: Ana Flor, colunista do g1 e comentarista da GloboNews. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupou a cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) por volta das 16h da terça-feira (9). Horas antes, Motta havia anunciado que colocaria em votação ainda nesta semana a cassação do mandato de Braga, acusado de quebra de decoro parlamentar por agredir um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024. Glauber Braga se recusou a sair da cadeira de Motta até que, às 17h34, o sinal da TV Câmara foi cortado e a polícia legislativa tirou a imprensa do Plenário. Na sequência, pouco depois das 18h, o deputado Glauber foi retirado da Mesa Diretora de maneira truculenta pela polícia legislativa. Depois da confusão, Motta reabriu os trabalhos da Câmara. Por volta da meia-noite, os deputados começaram a analisar o projeto de lei que beneficia Jair Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe de Estado. Para explicar como foi a confusão e o que aconteceu a partir dela, Natuza Nery conversa com a jornalista Ana Flor. Colunista do g1 e comentarista da GloboNews, Ana Flor detalha qual o grau de ineditismo dos fatos registrados na Câmara dos Deputados nesta terça-feira. Diretamente do Congresso, a jornalista pontua a diferença de postura adotada por Hugo Motta agora e em agosto, quando parlamentares bolsonaristas ocuparam a cadeira do presidente da Câmara por dois dias. Ana detalha também quais as perspectivas de análise das cassações de Glauber e dos deputados Carla Zambelli, Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro, também anunciadas por Hugo Motta para os próximos dias.
Convidado: Octavio Guedes, colunista do g1 e comentarista da GloboNews. Anunciada pelo próprio filho mais velho de Jair Bolsonaro, a escolha de Flávio para disputar a Presidência em 2026 mexeu com o tabuleiro eleitoral. Na sexta-feira (5), o senador pelo Rio de Janeiro surpreendeu aliados e opositores ao tornar público que recebera a missão diretamente de seu pai, o ex-presidente que está preso por tentativa de golpe de Estado. A decisão de Jair se deu ao fim de uma semana agitada no clã Bolsonaro. Dias antes, a ex-primeira-dama Michelle implodiu publicamente a tentativa de amarrar uma aliança do PL com Ciro Gomes no Ceará. Flávio e Carlos Bolsonaro a criticaram em público; pouco depois, Flávio se desculpou. A pré-candidatura de Flávio, no entanto, nasceu sob desconfiança dos líderes dos partidos do Centrão, com preferência por governadores que se colocam como opção para a disputa. Caso dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD). No fim de semana, o próprio Flávio ponderou a possibilidade de não ir até o fim ao dizer que sua pré-candidatura “tem um preço” e poderia ser retirada caso uma contrapartida fosse oferecida em troca. Para analisar e explicar o cenário no qual Jair Bolsonaro ungiu seu filho mais velho para disputar a Presidência, Natuza Nery conversa com Octavio Guedes, colunista do g1 e comentarista da GloboNews. Na conversa, Octavio Guedes comenta as movimentações do centro, da direita e do bolsonarismo, além de projetar a viabilidade política e eleitoral de Flávio nas urnas em 2026.
Convidados: Letícia Carvalho, Secretária-Geral da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, na sigla em inglês); e Luigi Jovane, professor do departamento de Oceanografia Física, Química e Geológica do Instituto Oceanográfico da USP. O solo do oceano é um imenso depósito de elementos químicos. Entre eles, cobre, ferro e zinco, essenciais para a produção de chips, baterias de carros elétricos e painéis solares. Eles são encontrados a cerca de 5 km de profundidade, onde somente máquinas conseguem suportar a pressão da água e as baixíssimas temperaturas. E o potencial econômico do fundo do mar gera uma corrida internacional por sua exploração comercial. O presidente dos EUA, Donald Trump quer impulsionar a atividade até em águas internacionais, que representam 66% de toda a área do oceano. Mas a quem pertencem essas riquezas? Eleita secretária-geral da Autoridade Internacionais dos Fundos Marinhos, a oceanógrafa brasileira Letícia Carvalho é entrevistada de Victor Boyadjian neste episódio. Letícia explica a necessidade de haver um marco legal para a exploração de águas profundas e em que pé estão as discussões sobre isso. Letícia responde quais são os instrumentos internacionais necessários para garantir que as regras de exploração comercial sejam cumpridas. Antes, a conversa é com Luigi Jovane, geofísico e professor do Instituto Oceanográfico da USP. É ele quem detalha quais são os minerais encontrados no fundo do oceano e qual a importância deles para a economia mundial. O professor fala quais são as tecnologias envolvidas neste tipo de exploração e quais são os riscos envolvidos para o meio ambiente.
Convidado: Samuel Pessôa, pesquisador do FGV IBRE e do BTG Pactual e doutor em economia pela USP. O resultado do PIB do terceiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (4), mostrou uma desaceleração da economia brasileira. A perda de fôlego – avanço de apenas 0,1% no período – já era esperada e aponta para um crescimento acima de 2% no ano. Enquanto isso, a inflação recua para 4,4%, taxa dentro do limite da meta para os últimos 12 meses – na contramão do que previa o mercado, que estimou elevação de preços na ordem de 6% para 2025. Para explicar o que esses números dizem sobre o momento da economia brasileira e o que esperar para 2026, Victor Boyadjian conversa com Samuel Pessôa. Doutor em economia pela USP e pesquisador do FGV Ibre e do BTG Pactual, Pessôa analisa os dados macroeconômicos do país e diz por que o resultado de 2025 foi superior àquilo que previa o mercado – e dá alertas sobre possíveis armadilhas, sobretudo no aspecto fiscal. Pessôa comenta também por que, mesmo com o mercado de trabalho aquecido, a inflação parou de acelerar – e como isso se relaciona à expectativa na taxa de juros em 2026. Ele ainda analisa os motivos que levam a bolsa de valores a registrar recordes nas últimas semanas e aponta perspectivas para a economia brasileira sob o impacto de influências externas e internas.
Convidado: Cláudio Couto, cientista político e professor da FGV de São Paulo. Horas depois de o ministro do STF Gilmar Mendes decidir que apenas a Procuradoria-Geral da República pode pedir o impeachment de integrantes da Corte, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, fez um pronunciamento defendendo a prerrogativa da Casa de abrir processos deste tipo. A decisão de Gilmar ainda precisa ser referendada pelo Plenário do Supremo. Antes, a lei permitia que essa fosse uma prerrogativa de “todo cidadão”. A rusga é mais um elemento no recente atrito entre o Congresso e os outros dois Poderes. O Senado e o Executivo vivem uma crise desde que o presidente Lula indicou Jorge Messias para uma vaga no STF. Messias precisa ser aprovado pelos senadores – mas enfrenta resistência, já que alguns parlamentares tinham preferência pelo nome de Rodrigo Pacheco para a vaga aberta na Corte. Neste episódio, Victor Boyadjian recebe o cientista político Cláudio Couto para explicar que outros elementos estão no pano de fundo desta disputa. Professor da FGV de São Paulo, Cláudio analisa as respostas e ações do Congresso após decisões do Executivo e do Judiciário. E conclui como os recentes atritos geram prejuízos ambientais, fiscais e, sobretudo, para a população do país.
Convidado: Maurício Santoro, doutor em Ciência Polícia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, o Iuperj. O governo americano tem um plano de ação pronto para a Venezuela caso Nicolás Maduro deixe o poder, segundo divulgou nesta terça-feira (2) o Pentágono. O departamento de Defesa dos EUA fez a declaração dias depois de o ultimato dado por Donald Trump ao presidente venezuelano vencer: de acordo com a agência de notícias Reuters, o americano deu até o dia 28 de novembro para Maduro deixar a Venezuela. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, o Iuperj. Santoro aponta como Trump se colocou em uma “armadilha” política ao escalar a pressão contra o regime de Maduro. E analisa as pressões internas nos EUA em relação aos ataques feitos pelo governo Trump a barcos no Caribe. Colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, Santoro explica como a postura dos EUA em relação a Maduro representa uma mudança de posicionamento do governo americano na América Latina. E esclarece como fica a situação do Brasil diante de uma possível invasão dos EUA no país vizinho e de conflito em solo Venezuelano.
Convidados: Bruno Geloneze, endocrinologista e pesquisador da Unicamp, e Henderson Fürst, diretor da Sociedade Brasileira de Bioética. Na semana passada, uma operação da Polícia Federal mirou um esquema ilegal de produção de canetas usadas para emagrecimento. No Brasil, apenas um laboratório tem autorização para vender a Tirzepatida (princípio ativo do Mounjaro) em larga escala. Mas o remédio pode ser feito em farmácias manipuladas, para que médicos ajustem a dose exata para pacientes com necessidades específicas. No esquema investigado pela PF, o médico produzia Tirzepatida em larga escala, sem seguir as regras estabelecidas pela Anvisa. A alta demanda por canetas emagrecedoras manipuladas tem explicação: no caso deste tipo de medicamento, o preço chega a ser metade do valor dos remédios originais, cujas patentes estão em poder de grandes fabricantes. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com o médico endocrinologista Bruno Geloneze e com o advogado Henderson Fürst. Especialista em endocrinologia e metabologia e pesquisador do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades da Unicamp, Geloneze explica quais as diferenças entre os remédios feitos em laboratório e os manipulados. Ele detalha os riscos do uso de canetas emagrecedoras sem saber sua procedência exata e é taxativo: o barato pode sair caro. Diretor da Sociedade Brasileira de Bioética, Henderson fala sobre como um julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ) nas próximas semanas pode mudar o status das patentes das canetas emagrecedoras no Brasil. Ex-presidente da Comissão de Bioética da OAB, Henderson fala quais seriam os impactos do fim das patentes deste tipo de medicamento e explica quais regras da Anvisa para produção e consumo das canetas estão em vigor.
Convidado: Lucas Corrêa, professor da Universidade do Estado de Santa Catarina e autor da tese “Harder, better, faster, greener: a China e os Estados Unidos na corrida pelas tecnologias energéticas verdes”. As duas maiores economias do mundo são também as maiores poluidoras do planeta: quase metade de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa vem da China e dos EUA. E os dois países têm adotado posturas opostas sobre esse tema. Enquanto a China investe pesado na chamada tecnologia verde para a transição energética, os EUA ampliaram sua exploração de petróleo e ficaram de fora das discussões da COP30, em Belém. Autor de uma tese de doutorado sobre a corrida pelas tecnologias de energia verde, Lucas Corrêa conversa com Victor Boyadjian neste episódio. Professor da Universidade Estadual de Santa Catarina, Lucas traça o histórico da disputa entre os Pequim e Washington durante duas décadas. Lucas detalha como a transição energética é pensada como instrumento de desenvolvimento econômico pelo governo de Pequim. Enquanto os EUA saíram do Acordo de Paris e incentivam a exploração de combustíveis fósseis. O professor responde quais são os diferentes tipos de tecnologia nos quais os chineses estão investindo. Ele explica qual foi a estratégia chinesa para ampliar a venda de carros elétricos em países em desenvolvimento – hoje, 8 em cada 10 carros elétricos vendidos no Brasil são de marcas chinesas. Por fim, Lucas conclui quais são as consequências geopolíticas de China e EUA terem estratégias divergentes em relação à transição energética.
Convidados: Bruno Tavares, jornalista da Globo em São Paulo; e Malu Gaspar, comentarista da GloboNews e da CBN e colunista de O Globo. R$ 26 bilhões. Segundo investigadores, este é o prejuízo aos cofres de SP, RJ e da União provocado por um esquema de sonegação de impostos envolvendo um grupo que atua no setor de combustíveis. Comandado pelo empresário Ricardo Magro, o grupo Refit é considerado o maior devedor de impostos de SP, o segundo do RJ e um dos maiores da União. O esquema de sonegação foi alvo da operação Poço de Lobato nesta quinta-feira (27) – no total, foram 190 alvos de mandados – incluindo pessoas físicas e empresas ligadas direta ou indiretamente ao grupo Refit. Neste episódio, Victor Boyadjian recebe dois convidados para explicar como funcionava a fraude e por que um projeto que poderia endurecer regras para combater crimes deste tipo demora a avançar no Congresso. Primeiro, a conversa é com Bruno Tavares, jornalista da Globo em São Paulo. Depois, Victor recebe Malu Gaspar, comentarista da GloboNews e da CBN, e colunista do jornal o Globo. Bruno detalha a operação e como funcionava o esquema bilionário de sonegação. O jornalista explica como os envolvidos pulverizavam dinheiro em diversas empresas para dificultar o rastreamento de valores, e responde quais são os próximos passos dessa investigação. Depois, Malu esclarece o que é um “devedor contumaz” e por que a Refit é considerada um exemplar deste tipo de devedor. Ela conta quais as relações entre o empresário Ricardo Magro e pessoas influentes em Brasília. Malu explica também como a operação repercutiu no Congresso – nesta quinta-feira, o presidente da Câmara anunciou quem será o relator do projeto que pode inibir este tipo de crime.
Convidada: Luiza Tenente, repórter de Educação do g1. No dia 11 de novembro, uma live no YouTube mostrou questões quase iguais às que caíram no primeiro dia do Enem. Luiza Tenente, repórter de Educação do g1, revelou em primeira mão que um estudante de medicina descobriu que itens de uma prova da CAPES serviam como pré-teste para o Enem – e incentivou candidatos a memorizar as respostas para o caso de as perguntas integrarem a prova que é porta de entrada para centenas de universidades. Convidada de Victor Boyadjian neste episódio, Luiza dá detalhes de como descobriu que 8 perguntas quase idênticas às que caíram no Enem 2025 foram divulgadas antes por Edclay Teixeira, estudante de medicina que dá cursos preparatórios para o exame. A jornalista responde como o Enem – que neste ano teve 4,8 milhões de inscritos - é formulado. Ela conta como funciona o banco de questões para a prova – e como esse estoque de perguntas abre brechas para a publicação de itens em exames anteriores. Luiza explica o que o Inep (órgão responsável pelo Enem) alega como justificativa para três questões do Enem antecipadas por Edcley terem sido anuladas, e outras não. Ela descreve também o que ouviu de estudantes e familiares de alunos e como está a investigação sobre o caso.
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Comments (758)

MTKhyi

Bolsonarismo reduzido à comédia pastelão: Flávio não pode ser candidato pois não pode abrir mão do Foro Privilegiado. Só avançaremos se a política for tratada seriamente. Não dessa maneira. lamentável.

Dec 9th
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Sandro Massaru Ueki

Essa mulher merece um Nobel

Nov 17th
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Liz Moreira

Excelente este episódio! Trabalhei com médias sócio educativas e concordo com todas as posições da juíza.

Nov 5th
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Marcos Ferronatto

Deveriam ter chamado o Load ou o tio João Carvalho. Entrevistaram alguém que não entende nada do símbolo que é o One Piece. Resultado: raso, fraco e com erros por pura ignorância.

Oct 27th
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SEBO SONORO

acho loucura tornar as aulas teóricas facultativas. penso que devia ser o contrário, uma reformulação dessas aulas, mais focadas nas situações do dia a dia, inclusive as aulas praticas deviam focar mais no dia a dia. Os absurdos que vemos no trânsito vem da má formação. O custo não favorece a maioria dos cidadãos, o governo deve pensar em opções de financiamento, ao invés de criar uma "progressão continuada" (que destruiu a educação pública) no sistema de habilitação.

Oct 7th
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MTKhyi

Censura seletiva: em Universidades, a artistas, a manifestações na rua,... Não há liberdade.

Sep 30th
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Fernando Conde

Estadunidense"

Sep 29th
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Daniela Lyra

olá. Passando pra lembrar ao analista que as manifestações desse fds não se resumiram à Paulista, diferente do 07 de setembro. tiveram manifestações no dia 21/09 em todas as capitais e várias outras cidades... ou seja, essa comparação dos 40 mil nas duas manifestações não é verdadeira.

Sep 23rd
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MTKhyi

"Deisy Ventura, jurista e professora titular de ética da Faculdade de Saúde Pública da USP. Em outubro de 2021, o relatório final da CPI da Covid apontou uma série de erros, ações e omissões da gestão Jair Bolsonaro que contribuíram para que o Brasil atingisse a trágica marca de 700 mil mortos pelo coronavírus." Mais importante para a família Bolsonaro era se reeleger. Vidas poderiam (e foram) sacrificadas para o 'bem maior.

Sep 22nd
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Emilia Lima

Usar o terno "crime surpreendente" em um crime contra um ex delegado é, no mínimo, desrespeitoso.

Sep 17th
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pennywise

a extrema direita joga sujo, por isso janta a direita.

Sep 15th
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Fábio Cordeiro

virou Xadrez verbal? 4 horas kkkkk adoro

Sep 13th
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Rebeca Castanho

VINTE E SETE ANOS E TRÊS MESES

Sep 12th
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MTKhyi

"Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, Gustavo Binenbojm , prof. Faculdade de Direito da UERJ, e Oscar Vilhena, prof. Faculdade de Direito da FGV-SP. Pela primeira vez na história, um ex-presidente é condenado por crimes contra a democracia."

Sep 12th
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pennywise

Fux condenou os pobres e absolveu os ricos. Nada novo sob o sol brasileiro.

Sep 11th
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MTKhyi

"Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, e Oscar Vilhena Vieira, professor da Faculdade de Direito da FGV-SP. A sessão em que o ministro Luiz Fux deu seu voto...' Fux versus Fux. E qual o interesse de Cid na tentativa de Golpe de Estado?

Sep 11th
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MTKhyi

O primeiro convidado resume as manifestações de Moraes e Dino neste primeiro dia de manifestações dos Juízes. Manifestações bem didáticas, por sinal.

Sep 10th
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MTKhyi

"Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília; e Thiago Bottino, professor de direito da FGV-Rio No segundo dia de julgamento de Jair Bolsonaro e de mais 7 réus, quatro defesas foram ouvidas pela 1ª Turma do Supremo". Para livrar seu cliente, advogado de Braga Neto coloca Bolsonaro na trama golpista.

Sep 4th
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MTKhyi

"Convidado: Felipe Recondo, jornalista e autor dos livros “Os Onze” e “O Tribunal: como o Supremo se uniu ante a ameaça autoritária”". A primeira metade é a narração cronológica de todos os fatos conhecidos que justificaram a abertura de inquérito contra Bolsonaro. Passando pela reunião com os Embaixadores, cartão de vacina, joias, tentativa de desabastecimento. E os seus atores.

Sep 2nd
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Paulo Lavigne

Por que Júlia Duailibi pronuncia o nome "Tramp" em vez de "Trump"????

Jul 13th
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