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Lendas de Vó
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Lendas de Vó

Author: Kate Salomão

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Description

Inspirada nos contos e reflexões de seus avós, onde o natural sempre foi ser sobrenatural, a escritora
Kate Salomão criou o Lendas de Vó, um espaço leve para ouvir boas histórias de família.
58 Episodes
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Nesse episódio falo de duas mulheres que estão presentes em nosso dia a dia através de suas invenções, falo com prazer de Melitta Bentz, a alemã inventora do filtro de café e Mary Anderson, a americana inventora do para-brisas.
Na cozinha de uma jovem polonesa, à partir de um creme hidratante de sua mãe, foram feitas algumas "misturinhas" e assim surgiu a primeira base de maquiagem do mundo, meio "caseirona", que foi vendida para as vizinhas de Helena Rubinstein, e a propaganda boca a boca fez o resto. Logo o produto fez a cabeça da mulherada, e Helena Rubinstein deixou o que era bom ainda melhor e misturou lanolina, assim ela criou não só a primeira base cosmética do mundo, e sim a primeira base hidratante, algo revolucionário, isso em 1917, tempos em que haviam poucas opções e nada que disfarçasse imperfeições no quesito maquiagem. Helena Rubinstein foi a mulher mais rica do mundo em sua época e sempre acreditou na beleza visionária e certamente marcou seu tempo, e fez, e é História.
Resumindo e bem a história dessa mulher incrível, que inventou as fraldas descartáveis, (que certamente são as queridinhas do mundo moderno), Marion O' Brien Donavan, "tacou" a tesoura no paraquedas de seu marido e criou o que depois de melhorias se tornaria a Pampers, tão usada até os dias de hoje.
Nesse episódio espero com sinceridade que essas curiosidades sobre o Dia Internacional das Mulheres possa tocar a cada ouvinte muito além da superfície, afinal de contas ser mulher é coisa de todo dia, as mulheres do passado marcaram sua época lutando por igualdade, respeito, pagando muitas vezes com a própria vida. Agora em tempos atuais, nós mulheres modernas temos lutado a pior guerra de todas, convencer a nós mesmas que não precisamos de rótulos, de vãs modas passageiras, e que podemos sim usar nossos talentos para realizar mudanças efetivas para o bem comum. Como ouvi um filósofo outro dia dizendo: "Para quem não tem um caminho determinado, qualquer destino serve.", que possamos trilhar nosso caminho com responsabilidade, pensando no rastro que está ficando e se esse servirá de inspiração às gerações futuras, afinal temos um destino que ele seja próspero e produtivo.
Nesse que é o último episódio do Crônicas Musicais, a banda escolhida foi Titãs que cantou e canta com verdade as intempéries dos nossos lugares comuns que é o Brasil e o mundo. A música escolhida foi "Go Back" um convite aos ouvintes à voltarem aonde talvez tenham perdido sua essência e seus valores para que retomem ao gosto em querer ser e praticar o bem; visando o que é certo e bom a todos, com verdade, afinal esse é o segredo de toda e qualquer mudança. E também falo das novidades que estão porvir como a leitura do mini conto peculiar e incrível: "Elle - Um Amor de Apartamento - Tempos de Pandemia", e os 5 episódios de "Mulheres Incríveis que Mudaram a História" . Imperdível !!!
Nesse episódio, vou falar da banda Nenhum de Nós, de Porto Alegre no Sul do país, sua formação é de 1986 e traz os músicos Thedy Corrêa; Carlos Stein; Sady Homrich; Veco Marques e João Vicente.A banda de Pop Rock, sensível em sua essência, transita bem entre o romantismo urbano e temas de importância social, como no grande sucesso de 1987 "Camila, Camila" que de forma inteligente despertou e desperta a sociedade ao tema violência doméstica e psicológica; que está em todas as classes sociais e atinge, infelizmente, mulheres, adolescentes e crianças em todo país. Ainda aproveito para divulgar a #lendasdevopelafamília, nas redes socias do Lendas de Vó como mais um canal de ajuda.
Nesse episódio, aniversário de 468 anos de "Sampa", escolhi a banda 365 de 1983 com a canção São Paulo, para falar um tico 👌🏼, dessa cidade incrível que abraça a todas as raças, credos, costumes, como se fossem seus filhos; dou como exemplo seus muitos bairros tradicionais como a Mooca conhecido pela comunidade italiana, o bairro da Liberdade como bairro oriental, o CTN , que é o Centro de Tradições Nordestina na Barra Funda, a Avenida Paulista com seu público variado e descolado, palco de tantas vozes que cantam amores e berram justiça; a cidade generosa como é ainda nos presentea com seus muitos museus, cafeterias e as tradicionais padocas espalhadas por todos os bairros. A metrópole amada, assim como toda grande cidade, transita entre a beleza e o caos e tem algumas feridas inflamadas, visto a desigualdade social estampada a cada esquina. E como canta a banda 365, São Paulo continuará a despertar para abraçar os seus, e aguardamos ansiosos que os políticos logo despertem a corrigir e sanar velhos erros que a tem destruído. *Foto fachada do Teatro Municipal no centro da Capital Paulistana*
No episódio de hoje iremos falar da banda Engenheiros do Hawaii, uma banda gaúcha de Porto Alegre lançada em 1985, idealizada por Humberto Gessinder, Carlos Stein, Marcelo Pitz e Carlos Maltz, que numa vibe de certa forma "filosófica", usam do Rock para transmitir em suas canções ideias líricas e críticas. A canção de hoje "Somos Quem Podemos Ser" , nos leva a refletir, afinal acertadamente ela nos desperta a realidade de que: "quem dúvida da vida tem culpa, quem evita a dúvida também tem." Um alerta para sermos flexíveis, porém atentos a cada momento e a cada mudança, afinal a única coisa que temos de fato sem regras é o direito a sonhar.
No Crônicas Musicais de hoje, falarei um tico 👌🏼da banda pernambucana, Nação Zumbi, de 1990, que cheia de personalidade misturou o pós-punk do grupo Loustal que tinha Chico Science como integrante, ao ritmo de samba-reggae do grupo Lamento Negro, resultando em uma explosão de energia musical que representa toda criatividade, carisma e inteligência do povo nordestino. A canção escolhida "Maracatu Atômico" é a representação explícita de que muita explicação confunde até o mais sábio dos professores, a lição "na real" é ensine e faça junto, só explicações e demagogia política não enchem barriga e não curam os males da nação e isso vale para todo e qualquer partido. *Os nomes Mague Beat e Nação Zumbi foram criados pelo querido João Higino Filho e não por Chico Science como cito na gravação do Podcast, então com humildade, aqui corrijo. Quanto ao bloco Lamento Negro somente alguns de seus integrantes participaram do Nação Zumbi.*
Nesse episódio a banda mineira Skank, que surgiu em 1991, usa do estilo dancehall jamaicano e traz ska; pop e rock para dar seu recado. A canção escolhida é "Resposta" lançada em 1998, e nos faz pensar na "contra mão" e nos desperta a sensibilidade de que talvez o segredo nunca esteve nas respostas dadas e sim nas perguntas não feitas. A banda segue com vinte e oito anos de sucesso ininterruptos com Samuel Rosa como vocalista.
Nesse segundo episódio, essa canção da banda carioca Paralamas do Sucesso, de 1982, nos alerta que o beco escuro onde explode a violência, ainda existe, tanto quanto a inércia de um governo ineficaz e um povo anestesiado pela dor e pelo medo, que vive fingindo que nada está à acontecer.
Nesse primeiro episódio uma breve análise e reflexão sobre essa canção de 1993 que marcou sua geração pelo modo irônico e ácido, extremamente necessário, ao falar da sociedade brasileira dos anos 80 e 90. O fato é que a canção parece uma profecia sobre os tempos atuais, cantada na inigualável voz de Renato Russo.
Nesse conto, que é o último do livro "Lendas de Vó - O Livro dos Contos", relato em detalhes esse conto de família, que meus tios, pai e a própria vovó jurava ser verídico, sobre um ataque de Lobisomem ao meu pai ainda bebê. Esse conto traz a "verdadeira história" relatada no diário do fiel amigo da vovó, o padre Pedro e que certamente vai te deixar de queixo caído. Peço desculpas se hora ou outra, tive a voz embargada, não tinha como ser diferente, eu estava falando do meu bem mais precioso, minha família.
Nessa breve reflexão, uma lição preciosa dada pela vó Maria, que entrou com talento no mundo inocente de seus netos, e ajudou e ensinou sua nora uma nova estratégia, e ela como avó controlou os netos somente usando: paciência, amor, açúcar, farinha e uma peneira.
Nesse conto sobrenatural de família, minha avó Maria, lembra de um conto indígena contado por minha tataravó Nair, que fala de uma bruxa que se transforma em pássaro e roga maldições em dia de eclipse Lunar. O interessante é que ainda nos dias de hoje há quem diga ter visto e ouvido, a bruxa chamada de filha de Luison em um shopping próximo ao bairro Higienópolis, aqui da capital paulistana.
Nobreza é um estado de espírito, um dom, é saber que às vezes mesmo podendo ir, resolvemos ficar. Nesse conto temos um verdadeiro ensinamento sobre como lidar com o compromisso que assumimos não por obrigação, e sim por amor. O verdadeiramente bom é aquele que continua praticando a bondade mesmo quando sabe que o outro não irá ver jamais quem a praticou.
Nesse conto de roça, a vovó contou uma história que não só me convenceu, como também me alertou a nececssidade de juntar os cabelos do ralo do banheiro após o banho, a não ser que eu quisesse engravidar e parir uma enorme bola de cabelo.
Nesse conto, a vó Maria usou de uma história de família para convencer três de suas netinhas a não irem brincar perto dos seus lençóis perfumados estendidos no varal no quintal. Segundo ela os reclamões e insatisfeitos desse mundo real, são puxados pelos pés rumo a Cidade dos Lençóis no mundo imaginário, isso ao irem estender suas roupas no varal no mundo real, e passam a viver por lá, externamente isolados e solitários sem poder retornar ao mundo real. Resultado .. mais um conto incrível para nossa coleção como netas e lençóis limpos no varal da vovó no fim do dia.
Este conto da vó Maria, é um conto forte e nos coloca diante da verdade de quem somos como povo, somos todos brasileiros, filhos de uma mistura de raças e trazemos em nós uma velha cicatriz, que insiste perpetuar, a falta de respeito uns com os outros. Independentemente de política, desse ou daquele partido, ter consciência não é um dom restrito, mas algo que devemos procurar ter e praticar, buscar conhecer de alma limpa nossa verdadeira História. Consciência sem prática é demagogia, vã e podres políticas, um povo divido, que não respeita e aceita que é a mistura de um todo, sofre inevitávelmente junto e isso em qualquer época. Não venceremos a batalha querendo vingança pelos atos cometidos no passado, e sim trazendo consciência limpa aos que fazem, farão, vivem e viverão o presente e o futuro. Um povo, nascido da mistura de raças nunca triunfará praticando vingança, e sim buscando e praticando mudanças efetivas, com inteligência e bom senso para cura da antiga ferida ainda aberta e inflamada da desigualdade. Que possamos repensar, afinal como tem sido hoje, ontem e anteontem, não tem dado certo.
Nessa história de amor fantasmagórica caipira contada pela vó Dita, durante uma curta viajem entre Platina e Palmital interior de São Paulo, ela e seu cunhado Zé Garcia tiveram que aceitar que fantasmas, ainda que apaixonados existem e podem aparecer na beira dessa e daquela estrada.
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