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Corvo Seco
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Corvo Seco

Author: Corvo Seco

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🎯 Jnana-Yoga, não-dualidade e autoinvestigação.
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Trechos retirados de gravações em Satsang.Ram Dass, nascido Richard Alpert (1931-2019), foi um renomado professor espiritual, psicólogo e escritor americano.Formado em Harvard, tornou-se professor de psicologia e colaborou em estudos pioneiros sobre os efeitos terapêuticos de substâncias psicodélicas. Após uma viagem à Índia nos anos 1960, conheceu seu guru Neem Karoli Baba, que o renomeou Ram Dass (“Servo de Deus”). Essa experiência transformou sua vida e o levou a mergulhar na espiritualidade. Ele se dedicou a integrar ensinamentos espirituais orientais à vida moderna ocidental.Ram Dass ensinava a importância da prática espiritual na vida cotidiana, enfatizando a presença, a compaixão e o amor incondicional. Seu livro Be Here Now (1971) tornou-se um clássico espiritual, incentivando leitores a viverem no momento presente e a explorarem a interconexão da vida. Ele também abordava temas como a aceitação da mortalidade, a busca pelo significado da vida e o serviço desinteressado como caminho espiritual.Ram Dass foi uma figura central na introdução da espiritualidade oriental ao Ocidente. Sua abordagem inclusiva e prática influenciou gerações de buscadores espirituais. Seus ensinamentos continuam vivos por meio de seus livros, palestras e a Fundação Love Serve Remember, que promove sua mensagem de amor e serviço.
Trechos retirados de gravações em palestras de Thich Nhat Hanh.Thich Nhat Hanh (1926 - 2022) foi um monge budista, escritor e ativista vietnamita, amplamente reconhecido como uma das vozes mais influentes do budismo no século XX.Através da arte da atenção plena (Mindfulness), Hanh enfatizava a presença no momento presente como caminho para a paz interior e exterior. Ele integrava meditação à vida cotidiana, com práticas simples como “meditar ao caminhar” e “respiração consciente”. Seus ensinamentos abordavam temas como compaixão, reconciliação e a interconexão de todos os seres.Thich Nhat Hanh foi um defensor incansável da paz e da justiça, promovendo o diálogo entre culturas e religiões. Sua abordagem prática e compassiva continua a transformar vidas, enquanto Plum Village e seus muitos discípulos espalham seus ensinamentos pelo mundo.
Poemas selecionados de Rumi.Rūmī (Jalal al-Din Rumi), também conhecido como Mawlana, (1207 - 1273), foi o maior místico sufi e poeta de língua persa a influenciar o pensamento e a literatura do mundo muçulmano.Rumi passou sua vida em Anatólia (atualmente Turquia), e era um adepto do sufismo, prática que consiste em cultivar uma relação direta e contínua com Deus, por intermédio de cânticos, músicas, orações e jejuns. Os ensinamentos de Rumi estão centrados no amor divino como o caminho para a união com Deus. Ele acreditava que o amor é a força universal que transcende a dualidade e dissolve o ego. Suas obras, como o Masnavi e o Divan-e Shams-e Tabrizi, usam metáforas ricas e histórias para explorar temas de transformação espiritual, unidade e a busca pelo infinito. A dança dos dervixes rodopiantes, associada à tradição sufi, é inspirada em sua filosofia de transcendência.A importância de Rumi transcende os conceitos de nacionalidade e etnia. Sua presença é marcante na literatura persa, turca e na Ásia Central, mas seus poemas são amplamente conhecidos e traduzidos em vários idiomas, como nos Estados Unidos, onde ele é considerado “o poeta mais popular da América”.
Trechos do livro “The Zen Teaching of Huang-Po”.Huang Po Xiyun (?-850) foi um renomado mestre do budismo Chan (Zen na tradição japonesa) na China durante a dinastia Tang. Pouco se sabe sobre sua vida pessoal, mas acredita-se que nasceu na província de Fujian e entrou para a vida monástica ainda jovem. Ele estudou sob a orientação do mestre Baizhang Huaihai, um dos grandes nomes do Chan, e mais tarde se destacou como um dos mais influentes mestres de sua época. Huang Po liderou teve discípulos notáveis, como Linji Yixuan, que fundaria a escola Rinzai do Zen.Huang Po Xiyun é uma figura central no desenvolvimento do budismo Chan, contribuindo significativamente para a formação do pensamento que enfatiza a prática direta e a iluminação súbita. Seu trabalho consolidou a ênfase no "corte das ilusões" e no retorno à essência da mente, princípios que seriam fundamentais no desenvolvimento do Zen na Ásia e no Ocidente.Os ensinamentos de Huang Po destacam a natureza unificada da mente, que ele descrevia como o "Grande Caminho". Ele defendia que todas as distinções e conceitos são ilusórios e que a verdadeira sabedoria está na experiência direta, livre de apegos e raciocínios. Huang Po rejeitava práticas ritualísticas complexas, incentivando a compreensão da própria mente como o caminho para a iluminação. Suas lições enfatizavam a simplicidade e a introspecção, tendo impacto duradouro em muitas gerações de praticantes. O livro Ensinamentos de Huang Po sobre a Mente-Única, compilado por seus discípulos, permanece como um clássico do Zen.
Poemas selecionados de Nagarjuna.Nāgārjuna foi um influente filósofo e mestre budista indiano.Nagarjuna viveu por volta do século II d.C. Embora os detalhes exatos de sua vida sejam envoltos em lenda, acredita-se que tenha nascido no sul da Índia e recebido uma educação profunda em diversas tradições. Inicialmente envolvido com estudos védicos e científicos, Nagarjuna mais tarde se voltou ao budismo, ingressando em um mosteiro e aprofundando-se nos ensinamentos do Buda, especialmente da escola Mahayana.Seus ensinamentos centram-se na doutrina da vacuidade (śūnyatā), a ideia de que todos os fenômenos são vazios de existência inerente. Por meio de sua principal obra, o Mūlamadhyamakakārikā (Versos Fundamentais do Caminho do Meio), Nagarjuna demonstrou que todos os conceitos são dependentes de causas e condições, rejeitando extremos de existência ou não existência. Ensinou que a sabedoria surge ao reconhecer essa vacuidade, levando à libertação do sofrimento.Nagarjuna é considerado o fundador da escola Madhyamaka (Caminho do Meio) do budismo Mahayana e uma das figuras mais importantes da filosofia budista. Seu pensamento influenciou profundamente as tradições budistas tibetanas, chinesas e japonesas, sendo reverenciado como um segundo Buda por muitos, devido à profundidade e precisão de seus ensinamentos.
Citações e trechos retirados do livro “Who Am I?”, de Jean Klein.Jean Klein (1912 - 1998) foi um autor francês, professor espiritual e filósofo Advaita.Seu ensino trata de uma abordagem direta para além de qualquer atividade ou esforço mental. Apontando para o ponto final, onde tudo o que pertence à mente, tempo e espaço, está integrado.Klein não se baseou na terminologia ou na doutrina de qualquer tradição, mas falou diretamente através de sua própria experiência, constantemente buscando novas maneiras de expressar o inexprimível, percebendo que se ele usasse uma palavra ou frase por muito tempo, seus alunos se apegariam a ela e, assim, deixariam de ver a realidade.Quando alguém disse que gostaria de fazer algumas perguntas pessoais, ele respondeu:"Não há ninguém para responder a perguntas pessoais. Eu ouço sua pergunta e ouço a resposta. A resposta vem do silêncio."
Citações e trechos dos livros “The Book” e “Just So”, de Alan Watts.Alan Wilson Watts (1915 - 1973) foi um filósofo, escritor e palestrante britânico, conhecido como um dos pioneiros na divulgação da sabedoria oriental ao Ocidente.Nascido na Inglaterra, desde cedo demonstrou interesse pelo budismo e pelas tradições espirituais da Ásia. Emigrou para os Estados Unidos na década de 1930 e estudou teologia. Ordenado sacerdote episcopal, deixou o ministério para se dedicar a uma abordagem mais ampla e interdisciplinar da espiritualidade. Viveu na Califórnia, onde escreveu, palestrou e gravou programas de rádio que o tornaram uma figura influente.Watts ensinava sobre a integração da filosofia oriental, como o budismo zen e o taoismo, com a vida moderna ocidental. Ele abordava temas como a natureza da consciência, a relação entre o eu e o universo e a ilusão da separação. Enfatizava a importância do presente, a fluidez da vida e a aceitação da incerteza.Alan Watts desempenhou um papel fundamental na introdução da espiritualidade oriental no Ocidente durante o século XX. Sua abordagem prática e filosófica permanecem populares, impactando novas gerações.
Poemas selecionados de Sri Aurobindo.Sri Aurobindo (1872-1950), nascido Aurobindo Ghose, foi um influente filósofo, poeta e líder espiritual indiano. Educado na Inglaterra, retornou à Índia em 1893, onde se envolveu no movimento de independência contra o domínio britânico. Após ser preso devido às suas atividades revolucionárias, passou por uma transformação espiritual enquanto estava na prisão. A partir de 1910, ele se dedicou exclusivamente à espiritualidade, estabelecendo um Ashram em Pondicherry, onde desenvolveu seus ensinamentos e práticas.A principal contribuição de Sri Aurobindo foi sua filosofia do "Yoga Integral", que propõe a transformação da consciência individual e coletiva para alcançar um estado divino na Terra. Em suas obras, como A Vida Divina e Savitri, Aurobindo explorou temas como a unidade do universo, o propósito da existência e o papel do homem na realização do divino.Sri Aurobindo é amplamente reconhecido como um dos maiores pensadores e místicos do século XX. Essencialmente, ele ensinou o mesmo que os antigos sábios da Índia: que por detrás das aparências do universo existe a Realidade, a base da vida de todas as coisas, o único e eterno, e que para enxergar essa Verdade, um novo princípio de consciência deve emergir da mente ordinária, a Supramente.
Trechos retirados dos livros “Enter The Quiet Heart” e “Only Love”, de Sri Daya Mata.Sri Daya Mata (1914 - 2010), nascida como Faye Wright, em Salt Lake City, Utah (EUA), foi uma das primeiras discípulas ocidentais de Paramahansa Yogananda. Aos 17 anos, após ouvir uma palestra de Yogananda, Faye Wright decidiu seguir a vida monástica e entrou para a Self-Realization Fellowship (SRF), recebendo de seu mestre o nome espiritual “Daya Mata”, que significa “Mãe da Compaixão”. Assim, ela dedicou mais de 80 anos de sua vida à prática espiritual e ao serviço dentro da organização.Seus ensinamentos, fortemente alinhados com os de Yogananda, enfatizavam a meditação, a devoção a Deus e a busca da autorrealização. Daya Mata transmitia uma mensagem de amor divino, silêncio interior e comunhão constante com Deus, incentivando a transformação interior como caminho para a paz verdadeira.Como presidente da SRF de 1955 até sua morte em 2010, Daya Mata teve um papel fundamental em preservar e expandir o legado de Yogananda pelo mundo. Reconhecida por sua profunda realização espiritual, foi respeitada tanto por devotos quanto por líderes espirituais de diversas tradições, tornando-se um elo vivo entre Oriente e Ocidente.
Trechos do livro “I Am That”, de Nisargadatta Maharaj.Nisargadatta Maharaj (1897-1981), nascido Maruti Shivrampant Kambli, foi um renomado mestre espiritual indiano da tradição Advaita Vedanta.Nisargadatta nasceu em uma família humilde e viveu uma vida simples como comerciante de cigarros. Após conhecer seu guru, Sri Siddharameshwar Maharaj, Nisargadatta alcançou à Auto-realização. Ainda assim, ele continuou sua vida cotidiana, ensinando de forma despretensiosa em sua casa em Mumbai, onde recebia discípulos de todo o mundo.O ensinamento central de Nisargadatta é a realização de que você é o Eu absoluto, além do corpo, da mente e da personalidade. Ele insistia na introspecção direta, encorajando os buscadores a abandonarem a identificação com o ego e a reconhecerem a sua verdadeira natureza como a pura Consciência. Nisargadatta alcançou reconhecimento mundial através da publicação de 1973, de "Eu Sou Aquilo" (I Am That). Suas conversas, transcritas neste livro abordam a essência da não-dualidade, enfatizando que a libertação espiritual está disponível para todos, sem a necessidade de práticas elaboradas ou crenças religiosas.
Trechos do poema “I Am”, de Rupert Spira.Rupert Spira (nascido em 1960, em Londres) é autor, palestrante e professor da filosofia Advaita (não-dualidade). Através do “caminho direto” - auto-investigação - seu ensino trata sobre a natureza essencial de nosso eu antes de ser condicionado ou qualificado pelo conteúdo da experiência. Trabalhando continuamente para investigar a natureza da mente e da realidade por meio de sua filosofia, Rupert explora e celebra a verdade do que essencialmente somos: a consciência de ser que brilha em cada mente como o conhecimento “eu sou”, que é temporariamente colorido pela experiência, mas nunca é modificado, alterado ou prejudicado por ela.Além de textos e ensaios, Rupert Spira publicou vários livros, e mantém reuniões regulares e retiros no Reino Unido, Europa e Estados Unidos.
Texto “Ulladu Narpadu”, de Ramana Maharshi.Ramana Maharshi (1879-1950), nascido Venkataraman Iyer, foi um dos mais venerados sábios da Índia. Nascido em Tiruchuli, Tamil Nadu, viveu uma infância comum até, aos 16 anos, experimentar uma profunda transformação espiritual ao confrontar a ideia de morte. Essa experiência o levou à realização do verdadeiro Eu e à renúncia de sua vida mundana. A partir disso ele se estabeleceu na montanha sagrada de Arunachala, onde passou o resto de sua vida em meditação e transmitindo ensinamentos, atraindo discípulos de todo o mundo.Ramana ensinava a prática do “Atma-Vichara”, “Self-enquiry” (auto-inquirição ou auto-investigação), baseada na pergunta “Quem sou eu?”. Ātmā Vicāra (विचार), é um termo sânscrito que significa o processo de investigar quem realmente somos, a investigação sobre a Natureza do Ser. Esta técnica é a que melhor exemplifica o Jñāna Yoga, o Yoga do conhecimento sobre Si Mesmo.Ramana destacava que a libertação espiritual surge da dissolução do ego e da realização da unidade com a Consciência universal. Seus ensinamentos enfatizavam a simplicidade, o silêncio e a experiência direta como caminhos para a Autorrealização, rejeitando práticas ritualísticas e dogmas religiosos.Seus ensinamentos transcendem fronteiras culturais e religiosas, inspirando buscadores espirituais em todo o mundo. Seu Ashram de Arunachala continua sendo um centro de aprendizado e prática, e suas ideias sobre introspecção e paz interior permanecem profundamente influentes.
Citações de Padmasambhava.Padmasambhava ou Guru Rinpoche foi o fundador do budismo tibetano (Vajrayana). Aos 8 anos de idade Padmasambhava foi encontrado em Oddiyana, pelo Rei Indrabhuti, que o questionou sobre seus pais, sua linhagem, seu nome e país, seu sustento e o que ele estava fazendo lá. O menino cantou sua resposta:"Meu pai é sabedoria e minha mãe é vacuidade.Meu país é o país do Dharma.Não sou de casta nem de credo.Sou sustentado pela perplexidade; e estou aqui para destruir a luxúria, a raiva e a preguiça".Indrabhuti o levou de volta ao reino e o instalou como príncipe herdeiro, nomeado Padmasambhava, “O Nascido do Lótus”.Padmasambhava casou-se com a dakini Prabhavati e governou o reino de acordo com o Dharma, inaugurando um tempo de felicidade e paz.Mais tarde Padmasambhava deixou seu reino e viajou por todo o Tibet, fazendo práticas, realizando milagres, dando ensinamentos e abençoando centenas de cavernas, montanhas, lagos, e templos como lugares sagrados.
Poema “Mahayabavimsaka” de Nagarjuna.Nāgārjuna foi um influente filósofo e mestre budista indiano.Nagarjuna viveu por volta do século II d.C. Embora os detalhes exatos de sua vida sejam envoltos em lenda, acredita-se que tenha nascido no sul da Índia e recebido uma educação profunda em diversas tradições. Inicialmente envolvido com estudos védicos e científicos, Nagarjuna mais tarde se voltou ao budismo, ingressando em um mosteiro e aprofundando-se nos ensinamentos do Buda, especialmente da escola Mahayana.Seus ensinamentos centram-se na doutrina da vacuidade (śūnyatā), a ideia de que todos os fenômenos são vazios de existência inerente. Por meio de sua principal obra, o Mūlamadhyamakakārikā (Versos Fundamentais do Caminho do Meio), Nagarjuna demonstrou que todos os conceitos são dependentes de causas e condições, rejeitando extremos de existência ou não existência. Ensinou que a sabedoria surge ao reconhecer essa vacuidade, levando à libertação do sofrimento.Nagarjuna é considerado o fundador da escola Madhyamaka (Caminho do Meio) do budismo Mahayana e uma das figuras mais importantes da filosofia budista. Seu pensamento influenciou profundamente as tradições budistas tibetanas, chinesas e japonesas, sendo reverenciado como um segundo Buda por muitos, devido à profundidade e precisão de seus ensinamentos.
Trechos de palestras de Lama Yeshe em Madison, Wisconsin (1977).Lama Thubten Yeshe (1935-1984) foi um grande mestre da tradição Gelug do budismo tibetano e escritor.Lama Yeshe nasceu perto da cidade tibetana de Tolung Dechen, mas foi enviado para o mosteiro Sera em Lhasa no Tibete aos seis anos de idade. Ele recebeu a ordenação completa aos vinte e oito anos de idade de Kyabje Ling Rinpoche .Em 1950, após a invasão chinesa no Tibet, Yeshe continuou estudando e meditando na Índia até 1967. Dois anos depois, ele estabeleceu o Monastério de Kopan, perto de Kathmandu, para ensinar o Budismo aos ocidentais.Em 1974 começou a viajar e ensinar no Ocidente e estabeleceu a Fundação para a Preservação da Tradição Mahayana.Os ensinamentos de Lama Yeshe não eram discursos secos, acadêmicos, mas métodos práticos, para olharmos para dentro e compreendermos a mente.Yeshe sempre desafiava a descobrir quem somos e o que somos. Ele desafiava a examinar os nossos preconceitos sem medos e a perceber como tudo vem da mente; como criamos os nossos próprios sofrimentos e felicidade; como devemos ter responsabilidade pessoal por tudo que experimentamos, seja bom ou ruim.
Poemas selecionados do livro “The Hundred Thousand Songs of Milarepa”, de MilarepaJetsün Milarepa (1040 - 1123), foi um dos mais famosos e amados mestres do budismo tibetano, mas pouco de sua vida é conhecido com certeza histórica.Segundo a lenda, Milarepa estudou magia negra em sua juventude na tentativa de se vingar de um tio malvado. Após uma série de atos de destruição e vingança, Milarepa teria passado por uma crise de consciência. Então, procurou por mestres budistas, e finalmente foi aceito como um discípulo de Marpa.Marpa transmitiu os ensinamentos que ele próprio tinha recebido de Naropa. Quando terminou de transmitir todos os ensinamentos, mandou Milarepa praticar em retiro solitário nas grutas do Tibete.Através da meditação rigorosa e uma vida ascética, Milarepa se tornou famoso por ter atingido perfeita Buditude desperta em uma única vida.Seu exemplo enquanto praticante espiritual tem sido a inspiração para incontáveis gerações de lamas, do século onze até hoje.
Citações e poema “The Summary of Mahamudra”, de Naropa.Naropa (1016 - 1100) foi um místico, estudioso e renomado mestre budista indiano.Nascido em uma família brâmane em Bengala, Naropa tornou-se um importante professor na famosa universidade monástica de Nalanda, mas sentiu que lhe faltava a experiência direta da realização. Guiado por visões internas, procurou o mestre tântrico Tilopa, que o submeteu a um longo período de provações intensas. Após anos de disciplina e entrega, Naropa alcançou a iluminação sob a orientação de Tilopa.Seus ensinamentos foram marcados pela integração do conhecimento intelectual com a experiência direta da mente desperta. Naropa enfatizava a prática do Mahamudra — a “grande perfeição” — como caminho direto para a libertação. Ele também transmitiu os ensinamentos dos “Seis Dharmas de Naropa”, um conjunto de práticas tântricas profundas voltadas à transformação da energia interior e ao reconhecimento da natureza da mente.A influência de Naropa se espalhou por todo o Tibete por meio de seu discípulo Marpa, que mais tarde transmitiria esses ensinamentos a Milarepa, um dos maiores iogues do Tibete. Sua linhagem deu origem à escola Kagyu do budismo tibetano, tornando Naropa uma figura essencial na história do budismo Vajrayana.
Trechos retirados do livro “A Treasure Trove of Scriptural Transmission”, de Longchenpa.Longchen Rabjam Drimé Özer ou Longchenpa (1308 - 1364), foi um importante professor do Budismo Tibetano da linhagem Ningma.Longchenpa nasceu em uma vila no Vale Dra em Yuru, no Tibete. Aos onze anos, foi ordenado pela primeira vez, ávido por conhecimento e com grande capacidade de memória, Longchenpa estudou extensivamente com o Terceiro Karmapa Rangjung Dorje e com muitos dos grandes professores de sua época. Ele recebeu não apenas os ensinamentos da linhagem Nyingma de sua familia, mas também recebeu ensinamentos e transmissões de diferentes tradições budistas tibetanas.Em 1332, Longchenpa entrou em um período de retiro de oito meses. Posteriormente, conheceu seu professor principal, Ngagpa Rigdzin Kumaradza, de quem recebeu ensinamentos Dzogchen enquanto viajava de vale em vale, com um grupo nômade de cerca de setenta estudantes. Diz-se que Longchenpa viveu em grande pobreza durante este período, dormindo em um saco e comendo apenas cevada.Após 1350, Longchenpa fugiu para Bumthang (Butão), onde renunciou aos votos monásticos, casou-se e teve uma filha e um filho. Ele também fundou uma série de pequenos mosteiros no Butão, incluindo Tharpa Ling, sua residência principal.Longchenpa não era apenas um estudioso, mas também um praticante dedicado. Ele alcançou níveis profundos de realização através da meditação e da experiência direta, que integrou em seus ensinamentos.Através do seu intelecto radiante e da sua realização meditativa, tanto nos seus ensinamentos como nos trabalhos escritos, Longchenpa foi capaz de reconciliar as aparentes discrepâncias e contradições entre as várias apresentações da visão e o caminho dentro das muitas linhagens de transmissão. Suas obras escritas também são famosas por serem capazes de transferir verdadeiras bênçãos apenas lendo ou ouvindo suas palavras iluminadas.O trabalho de Longchenpa desempenhou um papel crucial na preservação e codificação dos ensinamentos da tradição Nyingma. Ele enfatizou os ensinamentos Dzogchen, que enfocam a natureza da mente e o caminho direto para a iluminação.Os escritos e ensinamentos de Longchenpa continuam a ser estudados e reverenciados no Budismo Tibetano. Ele é considerado uma das figuras mais influentes da escola Nyingma e da tradição budista tibetana mais ampla.
Poema de Akegarasu Haya.Akegarasu Haya (1877–1954) foi um influente monge japonês da escola Jōdo Shinshū (Terra Pura), discípulo direto de Kiyozawa Manshi.Nascido na província de Ishikawa (Japão), ingressou no sacerdócio ainda jovem. Após a morte de seu mestre Kiyozawa, Akegarasu passou por uma profunda crise espiritual que o levou a uma redescoberta pessoal da fé. Essa experiência marcou uma virada em sua vida, tornando-se um mestre profundamente enraizado na vivência direta da espiritualidade.Akegarasu ensinava que a fé verdadeira não nasce do dogma, mas da experiência viva do coração. Ele defendia que o despertar espiritual vem da entrega total, e que a verdadeira compreensão nasce da vida vivida e não apenas do estudo. Sua abordagem era profundamente pessoal, direta e acessível, valorizando a vida comum como o caminho espiritual.Akegarasu foi um dos reformadores mais importantes do budismo Shin moderno. Ele foi o mentor de Gyomay Kubose, que levou seus ensinamentos aos Estados Unidos. Seus escritos e poemas continuam a tocar praticantes com sua simplicidade, profundidade e sinceridade.
Texto “Pure Naked Presence”, de Jigme Lingpa.Nascido no Tibete central, Jigme Lingpa (1730–1798) foi um dos mais influentes mestres do budismo tibetano, especialmente da tradição Nyingma.Durante longos períodos de retiro solitário, Jigme Lingpa teve visões de Padmasambhava e Longchenpa, nas quais recebeu a revelação do ciclo de ensinamentos conhecido como Longchen Nyingtik (“Essência do Coração da Grande Perfeição”). Esses ensinamentos o tornaram um tertön (revelador de tesouros espirituais), figura central na linhagem Nyingma.Jigme Lingpa enfatizava a prática da Dzogchen, a “Grande Perfeição”, que aponta diretamente para a natureza pura e inata da mente. Seus ensinamentos orientam o praticante a abandonar os esforços artificiais e a repousar na consciência aberta e desperta. Ele também valorizava profundamente o cultivo da compaixão e da devoção, especialmente à figura de Guru Rinpoche (Padmasambhava). A meditação direta e o reconhecimento da clareza natural da mente foram pilares de sua instrução.Jigme Lingpa revitalizou o budismo Nyingma com o Longchen Nyingtik, hoje uma das práticas mais amplamente seguidas no Tibete. Sua influência moldou gerações de mestres, e seu legado permanece vivo nas principais escolas tibetanas.
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Comments (6)

Rodrigo Silva

Corvo é uma canal sensacional. Gratidão 🙏🏾

May 19th
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Robson Barros

sensacional

Dec 22nd
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Robson Barros

6:20 os acontecimentos vem e vão por si só e as #preocupações não os pode mudar

Aug 17th
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Robson Barros

5:40 sobre a natureza do sucesso e do fracasso não atraia #ansiedade aceite, não temos controle de tudo.

Aug 13th
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Manuel Junior

Corvo Seco é retornarão tempo perdido!

Aug 2nd
Reply (1)