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Historia

Author: PAULO FEITOSA DE LIMA

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Este canal é destinado a leitura / locução de artigos, apostilas e livros de historia.
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Estudar a História da África é também se debruçar sobre a história de sua historiografia, entendendo as passagens das concepções históricas eurocêntricas e positivistas para os pressupostos de uma historiografia sobre a África baseada nos pressupostos da Escola dos Annales e da História Cultural Dentro desse entendimento novo, não é mais possível considerar que as únicas fontes históricas possíveis sejam as escritas, percebendo-se que relatos orais, objetos materiais e vestígios arqueológicos são fontes tão legítimas quanto documentos escritos, Portanto, mesmo as sociedades ágrafas são possuidoras de história. Não é mais possível, como Hegel, entender que a África do norte ou setentrional “não é África”, mas sim parte da Europa ou da Ásia. Mesmo o chamado “modo de produção asiático” do marxismo é hoje um conceito muito problematizado para lermos a realidade de sociedades africanas, como a egípcia. Conclui-se também que a visão que inferioriza a África não é antiga, mas sim construída pelos eu- ropeus da Idade Moderna, pois, se considerarmos os gregos antigos, há grande admiração pelos povos e conhecimentos africanos, havendo fortes indícios históricos de que a própria filosofia grega tenha sido fortemente influenciada pela filosofia africana. Há, hoje, muita produção bibliográfica e acadêmica feita por intelectuais e acadêmicos negros, e embora seja legítima a produção de história africana por parte de autores não-africanos, é imprescindível ouvir-se o que a própria intelectualidade africana tem a dizer sobre sua própria história. Considera- -se a importância da obra História Geral da África, organizada pela UNESCO, não sem considerarmos que, não obstante o seu inegável valor, ela não está isenta de críticas, conforme apontado.
A História enquanto ciência difere-se das demais pois possui seus próprios métodos de trabalho, com foco em analisar o tempo e as diversas sociedades Em virtude das mudanças sociais advindas do processo de ace- leração industrial, a sociedade europeia passou a sentir uma necessidade de reorganizar sua história e seu passado, garantindo assim um futuro mar- cado pelo nacionalismo, criando com a História um sentimento de pertencimento a uma nação A História do século 19 estava atrelada ao esta- do-nação, criada a partir da narrativa dos órgãos governamentais Essa regra era predominante na Europa e o Brasil, como esteve ligado a Portugal, seguia muito de seus passos Mas, com o advento da Independência, o país buscou reescrever sua história e assim garantir visibilidade aos grandes feitos pelos heróis brasileiros Percorremos a análise da Carta de Pero Vaz de Caminha, pois se tratou do primeiro registro sobre o Brasil Nessa perspectiva de reescrever uma história nacional com base no documento de Caminha, surgiu um trabalho relevante para a sociedade brasileira, elaborado por Varnhagen, como a escrita da obra História Geral do Brasil, em 1854, inaugurando nossa historiografia.
Será que o mundo enfrentará uma Terceira Guerra  Mundial? Certamente essa pergunta já passou pela  sua cabeça em algum momento e você já se pegou  pensando sobre as causas e como seria esse possível conflito. Não é para menos, afinal, ainda que  não tenhamos vivido a Segunda Guerra Mundial, os  horrores que ela causou povoam a nossa imaginação.  Esse evento marcou o início de um novo mundo. Neste audio-book vamos estudar quais foram os desdobramentos da Segunda Guerra Mundial para  a sociedade. Assim, discutiremos a situação da  Alemanha, derrotada, o fim da política de alianças,  a criação do Estado de Israel e a ascensão de  duas novas potências mundiais: Estados Unidos e  União Soviética. Tais potências inclusive iniciaram  a Guerra Fria e, apesar de não terem se enfrentado  diretamente, estiveram no centro de vários outros  movimentos, tais como a Guerra das Coreias, as  Revoluções Cubana e Chinesa e a Guerra do Vietnã. Além das movimentações políticas e econômicas,  nossas reflexões também olharão para o pós-guerra,  que viu uma onda de movimentos sociais e de contestação que foram fundamentais para a aquisição  dos direitos civis. Malcolm-X dizia que a educação é  o nosso passaporte para o futuro. Então é hora de começar nosso percurso para a construção do amanhã.
Você já parou para pensar no tamanho do legado do Egito Antigo? Trata-se, afinal, de uma civilização milenar que nos deixou não apenas as pirâmides, mas inúmeras contribuições artísticas, culturais e matemáticas e que foi responsável por, dentre outras coisas, nos introduzir ao papiro, a primeira forma de papel utilizada pela humanidade. Muito do que conhecemos do Egito vem de sua conquista pelos macedônios e de sua dinastia grega, a Dinastia dos Ptolomeus. Contudo, sua História é bem mais vasta e mais rica do que isso. Vamos conhecer um pouco mais sobre essa terra desértica, tornada fértil – literal e figurativamente – por um dos maiores rios do mundo?
A História se inicia com a invenção da escrita, ao redor do ano 4 mil a.C. Os primeiro primatas de que se têm notícias e que estariam ligados aos seres humanos surgiram há cerca de 13 milhões de anos. Verificamos, então, que existe um longo período não abrangido por aquilo que chamamos de História. O que será que aconteceu com os seres humanos durante esses 13 milhões de anos? Como eles viviam? Como se organizavam? De que maneira registravam suas crenças, seu cotidiano e suas aspirações? Como podemos acessar esses povos e o que aprendemos com eles? Nessa primeira unidade, vamos percorrer esse caminho, desde o surgimento da humanidade até o momento em que passamos a nos utilizar da escrita, refletindo um pouco sobre o tamanho das conquistas de nossos ancestrais, às vezes, tão esquecidas.
Você já percebeu que quando refletimos sobre os acontecimentos ocorridos no século 20 alguns assuntos despontam rapidamente em nossas mentes? São eles: a Segunda Guerra Mundial, a ideologia nazista e até mesmo a Guerra Fria. Entretanto, há um episódio que é fundamental, mas frequentemente esquecido: a Guerra Civil Espanhola. Talvez isso esteja relacionado ao fato de que a Espanha, até então, não estava no centro dos conflitos anteriores a 1930. Mas isso não quer dizer que ela saiu ilesa e neutra de tais acontecimentos. O conflito espanhol foi tão intenso e importante que influenciou muitos artistas e ficou conhecido como um ensaio para a Segunda Guerra Mundial. Neste e-book, vamos nos aprofundar em temas que foram cruciais para o desenvolvimento desse grande conflito. Discutiremos as relações entre a política falangista espanhola e a Alemanha nazista, no contexto da Guerra Civil Espanhola. Também discutiremos as teorias eugenistas presentes em alguns países e as maneiras como elas direcionaram suas políticas, inclusive as ações na Segunda Guerra Mundial. Por fim, a triste e complexa associação entre as artes e as disputas políticas e ideológicas nos meados do século será uma das últimas reflexões deste material.
Neste Audio percorremos um caminho pelo final do século 19 e os primeiros anos do século passado. Analisamos alguns dos aspectos dessa sociedade burguesa e em transição, a qual nomeamos Belle Époque e percebemos como as suas contradições, do desenvolvimento e industrialização ao imperialismo e darwinismo social, foram cruciais para o surgimento da Primeira Guerra Mundial. Aliás, esse foi certamente o conflito que mudaria todas as gerações de 1914 em diante. E se houve um período que colocou em xeque todas as convenções econômicas, políticas ou sociais certamente foi o início do século 20. Estudamos que a Revolução Russa foi crucial ao apontar as fragilidades da burguesia e levantar os problemas do capitalismo. Problemas esses, aliás, que se es- palharam fortemente por vários cantos do planeta após a Grande Guerra. Não só pela Alemanha, que saiu descontente do Tratado de Versalhes e viu ascender o nazismo, mas também nos Estados Unidos, que provaram as delícias o American Way of Life e o amargor da crise gerada pela quebra de bolsa de Nova York
HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO: REVOLUÇÃO DE 30 ATÉ A ATUALIDADE (Erick Reis Godliauskas Zen) A Era Vargas significou um período de intensa transformação econômica e social para o Brasil. Nele se definiram muitas das características que a nossa sociedade apresenta até os dias atuais. Considerando o período que se estende de 1930 a 1945, podemos dividi-lo em três partes distintas. Um golpe de Estado, autodenominado “Revolução de 1930”, levou Getúlio Vargas provisoriamente ao poder; um período constitucional, a partir de 1934, e um novo golpe de Estado, em 1937, dando origem ao Estado Novo, que chegou ao fim, em 1945. Em cada uma dessas etapas, podemos observar uma escalada no autoritarismo de Vargas articulado a partir dos órgãos de Estado, do uso da repressão, e das perseguições políticas. Ao mesmo tempo, o varguismo buscou cooptar e disciplinar os trabalhadores por meio do sindicalismo vinculado ao Estado e da CLT. A pacificação dos trabalhadores foi um processo fundamental para promover a industrialização. O Estado se colocou, assim, como um mediador no conflito entre capital e trabalho, razão pela qual se avaliará a atuação de Vargas como populista, aquele que evita os conflitos sociais; ou como paternalista, aquele que aparece como alguém que concede direitos aos trabalhadores, o “salvador da pátria”, o “pai dos pobres”. Ao mesmo tempo, esse processo, sob uma visão patriótica e nacionalista, não raramente inspirada nos regimes fascistas europeus, acabou por redefinir a noção de brasilidade, enfatizando a miscigenação racial como principal característica, o que se evidenciava na adoção do dia da raça e de uma forma de samba que valorizava o trabalho e o patriotismo. A difusão dessa perspectiva foi facilitada pelo uso do rádio, que se difundia no Brasil, e a Rádio Nacional e o programa a Hora do Brasil foram seus instrumentos para levar a todos os recantos do território nacional a mesma mensagem, por meio de uma propaganda de massa e do culto à personalidade do ditador. Podemos concluir que o varguismo promoveu um processo de modernização da economia, do Estado e da cultura, mas essa modernização não foi acompanhada da democratização, da participação popular e da pluralidade, mas sim realizada de cima para baixo. Portanto, uma modernização autoritária e conservadora.
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