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Author: Renard Aron

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Ponto de vista de quem está na linha de frente do debate sobre políticas públicas no espaço digital, onde o cidadão exerce seu poder.
26 Episodes
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De acordo com o livro "O paradoxo da democracia" de Zac Gershberg e Sean Iling, a liberdade de expressão é o elemento central de uma democracia. Para eles, uma cultura de comunicação aberta é a melhor maneira de se entender a democracia, melhor inclusive do que a forma de governo. É que uma cultura de livre expressão pode gerar tanto um governo liberal quanto autocrático. Este foi o ponto de partida deste episódio com a Patricia Blanco, Presidente do Instituto Palavra Aberta. O contexto é a discussão atual em torno do PL das Fake News. Nele, por exemplo, está se considerando alterar o Marco Civil da Internet além de criar uma entidade de supervisão das plataformas sociais. Estas são propostas que impactam a liberdade de expressão, o tal elemento central da democracia. E quem melhor do que a Patricia Blanco para conversar sobre este tema.
O ChatGPT veio com força total em novembro do ano passado. Mais de 100 milhões de usuários já fizeram perguntas ao ChatGPT, e a Microsoft incorporou o bot ao seu buscador (Bing). Passada a euforia inicial, o ChatGPT começou a mostrar suas limitações, abrindo espaço para dúvidas e críticas. Na minha conversa com o Prof. Glauco Arbix, prof. titular de Sociologia da USP e ex presidente da FINEP, falamos sobre os potenciais impactos da inteligência artificial (IA) na democracia, se afeta ou não o lobby e a importância da ética neste debate. Tirei algumas conclusões dessa conversa: de que o ChatGPT foi o tiro de largada para a massificação da IA, de que não deixamos de ser "cobais" para o necessário aprendizado do ChatGPT e que ainda é muito cedo para sabermos seus impactos na sociedade. Uma conversa interessantíssima que nos levou a falar sobre competição, disrupção e ética. 
A conversa de hoje é sobre racismo ambiental e a crise climática, sobre o Fundo de Perdas e Danos discutido na COP e as expectativas para a agenda ambiental no Brasil, mas a conversa vai bem além disso, porque a Amanda, quem entrevisto, é múltipla. Ela leva o racismo ambiental à sua comunidade (periferia de São Paulo), à sociedade via a mídia social e aos decisores a nível nacional e internacional. Para a Amanda, crise climática e racismo ambiental deveriam ser papo de mesa de bar, mas ela tb. senta nas mesas de Davos, da COP e do Congresso, além de conversar sobre o tema usando humor e leveza em plataformas como o TikTok e Instagram. A Amanda Costa é Forbes under 30, Jovem Embaixadora da ONU, ativista climática, selecionada entre as top 9 influenciadoras climáticas globais pelo Greenpeace e fundadora e diretora executiva da ONG Perifa Sustentável.
A alimentação (produção sustentável e a segurança alimentar) foi um dos poucos temas que avançaram na COP 27 no final do ano passado. 14 empresas (entre elas duas brasileiras) assinaram um acordo em que se comprometeram a acabar com o desmatamento ilegal em suas respectivas cadeias de suprimento. Temos também um novo governo que não deixou dúvidas de que a agenda ambiental, principalmente o desmatamento na Amazônia, será prioridade. No entanto, será necessário um esforço multisetorial para tirar a reputação do Brasil do fundo do poço. E é sobre isso que conversei com o Professor Marcos Jank, Professor de Agronegócio Global do Insper e Coordenador do Centro de Pesquisa Insper de Agro Global. Uma conversa sobre as interseções da alimentação com as mudanças climáticas -- onde a segurança alimentar ganhou espaço na agenda internacional devido a pandemia e a guerra na Ucrânia -- e sobre o Brasil, que na opinião do Prof. Jank, já tem um arcabouço legislativo e regulatório que possibilita o Brasil voltar a ter o protagonismo que merece.   
Espera-se mais das empresas. Ao S do ESG foi incorporado a defesa da democracia. Tanto no Brasil como nos EUA segmentos da sociedade passaram a pressionar empresas a se posicionarem a favor do acesso ao voto (nos EUA) e em defesa da integridade das urnas eletrônicas (no Brasil). Mais um tema espinhoso, pois como outros temas sociais, a defesa da democracia foi politizada. Nesta linha, Suelma nos fala sobre a experiência da Unilever num caso da Ben & Jerry (que possui autonomia para se posicionar sobre temas sociais) em Israel, sobre como se preparar para lidar com temas complexos em sociedades polarizadas e a importância da consistência. A Unilever está entre as empresas que mais avançaram em direção ao capitalismo responsável e de stakeholders e Suelma nos conta como a Unilever incorpora propósito às suas marcas (uma história ótima sobre a maionese Hellman's), mesmo tendo que lidar com críticas de quem acredita que o propósito de uma marca e/ou empresa é unicamente gerar retorno aos seus acionistas.   
Nessa conversa com o Chico Mendez, publicitário e marketeiro político, expert em campanhas políticas e reputação de imagem, falamos sobre as principais lições para o debate online que podem ser tiradas das eleições. Vamos ver que o "eles e nós" veio para ficar, com impactos reais no debate. Na visão do Chico, temos duas igrejas consolidadas, a do Lulismo e do Bolsonarismo. Neste cenário, o debate qualificado ficou para trás e o que importa hoje é a narrativa moralista, ou como o Chico coloca, a agenda moral. Falamos sobre corrupção, acesso às armas de fogo e muito mais. 
O descontrole de armas começa a mostrar sua cara. Os 40 decretos e normas que flexibilizaram as regras para a venda de armas de fogo e munição ao longo destes últimos 3 anos surtiram efeito. O número de licenças para armas de fogo mais que quintuplicou de 2018 a 2022, chegando a mais de 650.000. Todo dia, são mais de 1.300 armas de fogo compradas por civis.  Direito de defesa, liberdade individual, cidadão de bem que não faria nada de errado, ... estas são algumas das mensagens que os defensores por um maior acesso às armas de fogo utilizam nas redes sociais para conectar com os valores de muitas pessoas. Mas se os EUA -- onde os mesmos argumentos são utilizados e onde o número de mortes por armas de fogo têm aumentado -- nos mostra alguma coisa, é que o Brasil não deveria seguir o mesmo caminho. É sobre isto e muito mais que conversei com a Carolina Ricardo, diretora executiva da ONG Instituto Sou da Paz que busca contribuir para a efetivação de políticas públicas de segurança e prevenção da violência.
Neste episódio vou à fundo na normalização dos ataques misóginos às mulheres que atuam no espaço político e no debate público de políticas públicas nas redes sociais. Episódios de violência política de gênero passaram a ser fato corriqueiro. São deputadas, senadoras, ativistas e jornalistas que sofrem de toda sorte de ataque. Além dos severos impactos a nível pessoal, a violência política é um ataque frontal a democracia, pois visa diminuir a representatividade de um sub grupo. É sobre tudo isso que converso com a Clara Becker, que é co fundadora da ONG Redes Cordiais, que tem como missão construir redes mais saudáveis e confiáveis.  
Quem é o consumidor de políticas públicas e como se comporta nas redes sociais. Este é o tema central do bate papo com Michel Alcoforado, PhD em Antropologia do Consumo e Sócio Diretor da Consumoteca, butique de conhecimento sobre o consumidor na América Latina. Falamos do consumidor inserido na sociedade brasileira e do consumidor como indivíduo, inserido na sua bolha nas redes sociais, em que se agarra a sua versão da realidade. Para o Michel, o consumidor que compra um produto de uma empresa devido aos seus valores está praticando um ato político. Discutimos também o ativismo corporativo no Brasil e porque alguns CEOs se saem melhor do que outros. Em suma, uma conversa sobre o cidadão como consumidor de produtos e serviços E ideias e valores inserido na sociedade brasileira.
Está ficando mais difícil para empresas se posicionarem abertamente sobre temas sociais que fazem parte da agenda ESG e que foram politizados. Nos EUA, empresas têm sofrido retaliações econômicas pelo poder público em estados controlados pelos Republicanos. Recentemente, o governador da Flórida retaliou contra a Disney e deixou claro que, na opinião dele, empresas deveriam se ater ao seu negócio. Mas empresas que nem a IBM não pensam em deixar de se posicionar. Desde 1984, a IBM tem implementado ações internas em prol de sua comunidade de colaboradores LGBTQIA+ e se posicionado publicamente sobre legislações que impactam esta comunidade. Este foi o ponto de partida da minha conversa com o Fabio Rua, Head, América Latina para Relações Governamentais e Regulatório e Lead Global de ESG Policy. Com responsabilidade sobre ambas as áreas, ele traz uma perspectiva única. Também falamos sobre o PL de Inteligência Artificial (IA) tramitando no Senado, sobre a importância da IA para controlar as fake news e como fazer lobby de maneira aberta e transparente nas redes sociais. 
Neste novo episódio vou à fundo nos esforços para criar um espaço saudável para o debate online. Falo com o Francisco Brito Cruz, diretor presidente do Internetlab, um centro de pesquisa que promove o debate acadêmico no campo da internet. Faltando três meses para as eleições, cobrimos o que já foi feito e o que ainda está por fazer para tentar assegurar um debate limpo e transparente nas redes sociais. Falamos do acordo das plataformas sociais com o TSE, sobre o papel do cidadão na hora de repassar conteúdo, sobre o arcabouço criado pelo PL das Fake News e as novas ferramentas implementadas pelas plataformas sociais. Foi uma conversa instigante que mostra a complexidade em torno do tema, desde o papel da inteligência artificial até a força do cidadão que repassa desinformação no seu ap de mensagens.  
73 mil casos de estupro de crianças em menos de 2 anos. 85% das vítimas, meninas. A maioria delas, crianças de 10-14 anos. 85% dos casos, na residência da vítima. Este é o ponto de partida da minha conversa com a Luciana Temer, Presidente do Instituto Liberta que luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. O Instituto acaba de lançar a primeira passeata virtual (https://www.agoravocesabe.com.br) para o enfrentamento da violência contra a criança que busca conscientizar a sociedade sobre o tamanho do problema. Falamos sobre os desafios da campanha, o papel das celebridades, a importância das escolas e muito mais.
Isabela Rahal, coordenadora legislativa da Dep. Tabata Amaral e diretora de articulação política da ONG Elas no Poder traz neste episódio o ponto de vista de quem está no Congresso. Falamos sobre a força das mobilizações nas redes, sobre como o gabinete reage aos ataques à Dep. Tabata Amaral, quais as principais barreiras às mulheres na política, sobre a eficácia do advocacy digital comparado às ações de lobby nos gabinetes e corredores do Congresso, a comunicação online e muito mais. Também abordamos temas como a pobreza menstrual e o PL do Veneno que foram recentemente discutidos no Congresso. 
Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, está a frente do debate em torno da primeira infância. Para ela, a primeira infância deveria ser absoluta prioridade entre os formuladores de políticas públicas, pois é durante os primeiros anos de vida que as crianças desenvolvem 90% de seu cérebro e as habilidades cognitivas e sociais que farão dela um cidadão produtivo e saudável. Mariana explica que as creches tem um papel que vai bem além de um espaço para deixar a criança enquanto os responsáveis vão trabalhar, um espaço onde a educação tem um papel igualmente relevante. Neste sentido, falamos de questões complexas, como o racismo estrutural e como abordar estas questões durante a primeira infância. 
O Congresso acabou de aprovar a proposta de emenda constitucional (PEC) 18/2021 que anistia os partidos políticos que desrespeitaram a cota de 30% de mulheres candidatas e o financiamento destas campanhas. A auto anistia é mais um exemplo das inúmeras barreiras impostas às mulheres na busca pela paridade representativa no Congresso. Nas redes, xingamentos e ameaças às mulheres candidatas e eleitas compõe um quadro triste sobre uma sociedade machista e refratária à mudanças. Karin Vervuurt, socióloga, mestre em Ciência Política e co fundadora e diretora presidente da ONG Elas no Poder fala sobre a PEC, a importância de ter mais mulheres nos espaços de poder e como a Elas no Poder tem ajudado mulheres a ocuparem mais espaços na política. 
Onde está o limite daquilo que é fake news do que é uma ação de comunicação legítima de advocacy. Foi sobre esta questão que o Tiago Matos e eu nos debruçamos. Para ele, a transparência total e a verdade, nua e crua, são ferramentas poderosas para assegurar políticas públicas mais robustas, que seriam baseadas na confiança mútua e o resultado de um debate mais respeitoso que leva em conta as diferenças que nos separam. Ele vê dados e fatos, aliados a mensagens que conectam, mas que não utilizam recursos como o exagero, como o caminho a seguir. Idealismo ou solução?   
As fake news, em todas as suas variações -- desde ataques pessoais até a desinformação -- vêm ganhando espaço no debate online de políticas públicas. Num ambiente em que buscamos informações que confirmem nossos valores e visão de mundo, as fake news se alastram como fogo em mata seca. Patricia, que é reporter especial e colunista da Folha de SP, nos fala com a propriedade de quem viveu os ataques pessoais online e escreveu livro sobre o uso das redes sociais para manipular eleitores no Brasil, India e nos EUA.  
A start-up brasileira Invert está apostando num novo modelo de preservação da floresta amazônica, juntando arte e tecnologia, alocando valor econômico à floresta em pé. É um projeto ambicioso que permite a qualquer um -- em qualquer lugar do mundo -- ser dono de um pedaço virtual da floresta, conectado diretamente à um lote na floresta real, comprado pela Invert para a preservação em escala. 
A pobreza menstrual é um problema sério no Brasil e no mundo. A falta de acesso a absorventes femininos e infraestrutra que assegure condições minimamente adequadas à higiene feminina impacta a saúde, educação e inclusão de milhares de meninas, mulheres e todos aqueles que menstruam. O Congresso Brasileiro passou uma lei assegurando a distribuição gratuita de absorventes femininos, mas ela foi vetada pelo Presidente Bolsonaro. Agora está nas mãos do Congresso derrubar o veto, e campanhas como #DerrubaVeto59, o hotsite Cadê meu absorvente? e petições no site da change.org visam mobilizar a sociedade. 
Em meio ao aumento da frequência dos eventos climáticos extremos (secas, incêndios florestais, enchentes, ondas de calor) em vários países, inclusive no Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou dois PLs que, de acordo com vários especialistas, trarão impactos negativos ao meio ambiente. Luiza Lima, do Greenpeace, nos fala da importância do engajamento da sociedade -- particularmente durante tempos de pandemia -- e sobre os desafios de trazer o cidadão para esta conversa. 
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