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Papo Paliativo

Papo Paliativo
Author: ManoleCast
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Description
O relato de casos, contados pela dra. Sabrina Correa da Costa Ribeiro, na área do cuidado paliativo. Está é a visão a Dra. Sabrina em compartilhar sua experiência com esses casos e mostrar que cuidados paliativos vai além de ser apenas uma área mórbida, tentando mostrar a importância que á área pode fazer para as pessoas, ajudando nesta passagem de vida.
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Cuidado paliativo, sofrimento, espiritualidade e religião.
Como reconhecer e evitar a armadilha do proselitismo?
Vocês não iam me extubar nunca!!!
Sera que falhamos ao individualizar parâmetros?
Será que nossos protocolos, em vez de dar norte e alguma padronização estão na prática nos aprisionando?
Depois de ter alta no final do episódio anterior, nossa paciente Katinha reinterna. Consciente da fragilidade e piora do estado da mãe, seu filho me faz uma pergunta difícil: Doutora, quando minha mãe vai morrer?
Os livros citados no episódio são: Listen e With the end in mind de Kathryn Mannix e o ted sugerido é:https://www.ted.com/talks/kathryn_mannix_what_happens_as_we_die_feb_2023?utm_campaign=tedspread&utm_...
E quando você não consegue fazer o planejamento antecipado de cuidado antes da alta?
Planejamento de cuidado não é algo simples. Demanda vínculo, escuta, conhecimento dos valores, abordagem familiar…
Mateus tem fibrose cística e teve múltiplas internações ao longo dos anos. Seu sofrimento vai muito além da própria doença…
Em algumas situações, a incerteza é pequena e a probabilidade de um desfecho ser modificado por qualquer intervenção que seja parece mínima. Quando essa visão é consensual entre todos os profissionais e equipes envolvidos no cuidado de um paciente, pode ser a hora de sair de uma decisão compartilhada para uma recomendação consentida...
Entre as várias expectativas comumente colocadas sobre os ombros dos paliativistas, está que ele consiga consentimento para o plano de cuidado que a equipe assistente julga mais adequada. Mas será que é simples assim?
Quais os limites que devem existir dentro da relação entre paliativista e paciente?
Quando uma ação, uma confidência, um presente podem ser inadequados? Quando estes atos atendem mais às nossas necessidades que as demandas dos pacientes?
Clara... E o cansaço do paliativista. Em um dia especialmente difícil, um caso e um desabafo. Mesmo no melhor cenário em relação a condição de trabalho, a responsabilidade e a dificuldade do que fazemos pode ser exaustiva. De decisões e conversas difíceis se faz nossa rotina diária e nesse cenário o autocuidado é essencial.
Quando nosso paciente com doença avançada decide que intervenções ou tratamentos estão fazendo mais mal que bem ou simplesmente são indesejados, eles são frequentemente acusados (às vezes até por nós) de “desistir”. Será que fazer esse tipo de cobrança não é simplesmente fonte de mais sofrimento?
Chamamos de processo ativo de morte as últimas horas ou dias de vida, em que as funções fisiológicas do paciente declinam progressiva e irreversivelmente.
Mas e se esse processo se prolonga? O diagnóstico estava errado? Como ser presença e cuidado nessa fase?
Ás vezes o plantão está corrido e fica faltando algo que você sabe que é importante. Ás vezes a gente tem dificuldade em uma situação específico ou não consegue entender porque um paciente não está melhorando. Pedir ajuda é sinal de cuidado. É reconhecer o conhecimento dos colegas e os nossos próprios vieses e dificuldades. É ser um bom profissional.
Uma parte essencial do atendimento do paciente grave é a comunicação com familiares. Acionar uma pessoa próxima assim que você reconhece a possibilidade de uma morte em horas é essencial. Priorizar e proporcionar um encontro (que muitas vezes pode ser uma despedida) também.
Ás vezes, atendemos em nossas salas de emergência, enfermarias ou UTIs um paciente muito grave. Com sinais de má perfusão, agitado, taquipneico, hipoxêmico. Como tomar as melhores condutas e se organizar da melhor forma como equipe?
O paciente que eu não consegui paliar.
“Minha paciente tinha câncer metastático. Ela me disse que não queria passar sonda para se alimentar ou ser ligada a aparelhos. Disse que queria morrer de forma natural. Conversei com a equipe, deixei tudo alinhado. No dia seguinte, cheguei e ela estava intubada. “ Afinal, porque tanta dificuldade em respeitar o desejo do paciente?
Miziara ID, Miziara CSMG. Medical errors, medical negligence and defensive medicine: A narrative review. Clinics (Sao Paulo). 2022 May 28;77:100053. doi: 10.1016/j.clinsp.2022.100053. PMID: 35640458; PMCID: PMC9160317.
Que vacinas fazem mal à saúde, ou que a indústria farmacêutica está "escondendo a cura natural do câncer"... Neste episódio damos algumas dicas sobre como se portar nessa situação tão desafiadora, que é infelizmente cada vez mais comum. Referência:https://www.mypcnow.org/fast-fact/responding-to-medical-conspiracy-theories/
Ora, se o profissional de saúde diz que precisa… Precisa, uai!
Como nossa escolha de palavras pode impactar as decisões das pessoas com quem conversamos.
Baseado no artigo: Kruser JM, Clapp JT, Arnold RM. Reconsidering the Language of Serious Illness. JAMA. 2023 Aug 15;330(7):587-588. doi: 10.1001/jama.2023.11409. PMID: 37486663.
Mariela era portadora de fibrose pulmonar avançada e foi intubada.
Ao perceber que não iria melhorar e sair do respirador, percebeu que não queria viver assim…
Neste episódio discutimos uma pergunta recebida por WhatsApp (compartilhada com permissão) em que uma pessoa com doença grave em fase terminal corre o risco de ser submetida a um procedimento considerado pela familiar profissional de saúde como inadequado e potencialmente gerador de sofrimento. Como lidar com essa situação?