Discover
50 anos, 50 vozes - Rádio Morabeza

55 Episodes
Reverse
A música tradicional cabo-verdiana atravessa uma fase de transformação, marcada por mudanças no estilo, influências contemporâneas e novas abordagens artísticas. A avaliação é do músico José Rui de Pina em entrevista ao Programa 50 anos,50 Vozes da Rádio Morabeza. Para o artista, apesar dos avanços registados ao longo dos anos, ainda há desafios a superar para garantir a valorização e preservação das raízes musicais cabo-verdianas, num contexto cada vez mais globalizado.
A cineasta cabo-verdiana Samira Vera-Cruz considera que o cinema cabo-verdiano vive um momento único, com o surgimento de vários cineastas a mostrarem talento e a construírem trajectórias importantes. Em entrevista ao 50 anos, 50 vozes, a cineasta aposta que a questão do financiamento e distribuição nacional continua entre os principais desafios do sector.
Apesar dos progressos registados nos últimos anos, a inclusão digital em Cabo Verde continua marcada por desigualdades que impedem a participação plena de toda a população na sociedade do conhecimento. A avaliação é do investigador e pró-reitor para as Tecnologias de Informação e Dados (TID) da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), Celestino Barros. Em entrevista ao programa 50 Anos, 50 Vozes, Celestino Barros sublinhou que o país precisa enfrentar desafios estruturais significativos para garantir que ninguém fique para trás no processo de transição digital.
A consultora linguística, cultural e literária Dulce Lush considera que o acesso à língua portuguesa continua a ser uma promessa não cumprida da independência de Cabo Verde. Posição expressa em entrevista ao programa 50 anos, 50 vozes. Numa análise aos desafios enfrentados por Cabo Verde, Dulce Lush sublinha que, embora o país tenha registado progressos em diversos sectores, persistem custos significativos por não se ter enfrentado de forma plena o legado histórico, particularmente os traços herdados do período do partido único.
O cineasta Júlio Silvão, antigo presidente da Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde, destaca a importância das salas de cinema na vida cultural do país. Em entrevista ao programa 50 anos, 50 vozes, Júlio Silvão lamenta o facto de, passados 50 anos sobre a independência de Cabo Verde, não existir actualmente nenhuma sala de cinema pública em funcionamento.
O teatro cabo-verdiano é um espelho da história do país. A leitura é do encenador e escritor Emanuel Ribeiro, que destaca o percurso do teatro ao longo dos anos. Em entrevista ao 50 anos, 50 vozes, Emanuel Ribeiro aponta como desafio o desenvolvimento de uma dramaturgia própria.
A presidente da Associação Crianças Desfavorecidas, ACRIDES considera a educação como um dos grandes ganhos da independência.Em entrevista ao programa 50 anos, 50 vozes, da Rádio Morabeza, Lourença Tavares chama atenção para os desafios actuais, destacando a aposta da ACRIDES no desenvolvimento das competências das crianças nos saberes ser, estar e agir.
António Tavares, dançarino e director do Centro Cultural do Mindelo, destaca a importância de se apostar na dança como forma de expressão artística, valorização cultural e oportunidade para os jovens cabo-verdianos. António Tavares é o convidado de hoje do programa "50 anos, 50 vozes", da Rádio Morabeza.
A escritora cabo-verdiana Crisálida Correia considera que alcançar um patamar de desenvolvimento sustentável está entre os principais desafios de Cabo Verde para os próximos anos. Em entrevista ao programa 50 anos, 50 vozes, Crisálida Correia recorda o papel da solidariedade entre os cabo-verdianos no pós-independência e afirma que é preciso resgatar essa essência, parte da identidade cabo-verdiana.
Os progressos que Cabo Verde registou na área da saúde, desde a independência, devem-se ao facto de todo o sistema ter sido estruturado com base nos cuidados primários de saúde. A análise é do médico e mestre em Saúde Pública, José Manuel D’Aguiar, ex-delegado de Saúde de São Vicente e Santo Antão. Em entrevista ao programa 50 anos, 50 vozes, da Rádio Morabeza, o especialista refere que cuidados de saúde bem organizados dão resposta a 80% dos problemas que a população, normalmente, apresenta.
No "50 anos, 50 vozes" de hoje, recebemos Adriano Lima, armador da marinha mercante.Natural da Boa Vista, Adriano Lima é um dos armadores da marinha mercante mais antigos de Cabo Verde, com mais de 40 anos dedicados ao setor. Ao longo de quatro décadas, foi armador de cinco embarcações.Adriano Lima considera que o setor dos transportes marítimos poderia estar em melhores condições, não fossem as sucessivas avarias dos navios.
A construção de infra-estruturas adequadas não tem acompanhado o desenvolvimento das modalidades desportivas no país. A afirmação é da professora de educação física Maria Eduarda Vasconcelos. Em entrevista ao programa "50 anos, 50 vozes", Maria Eduarda, uma das primeiras mulheres formadas em educação física em Cabo Verde após a independência, e fundadora da Associação de Ginástica Mindelgina, considera que apesar do crescimento notável do desporto nacional, é crucial diferenciar crescimento de desenvolvimento.
Cabo Verde não pode pensar numa internacionalização forte da música só com vendas de espectáculos. A leitura é do produtor Paulo Lobo Linhares, convidado de hoje do programa 50 anos ,50 vozes, da Rádio Morabeza. Paulo Lobo Linhares defende uma abordagem mais ampla e estruturada para o sector.
No 50 Anos, 50 Vozes de hoje, colocamos o foco no percurso da Comunicação Social desde a independência. A entrevistada é a jornalista e escritora Margarida Fontes.Margarida Fontes afirma que, até ao momento, não se registou uma ruptura no modo como muitos políticos entendem a Comunicação Social.Segundo a jornalista, muitos políticos, quer de um partido, quer de outro, tanto no regime de partido único como no democrático, mantêm uma visão bastante instrumentalista da comunicação social, considerando-a apenas um instrumento do poder.Por outro lado, a jornalista considera que ainda não existe, em Cabo Verde, uma cultura profundamente enraizada de liberdade de imprensa.
O escritor cabo-verdiano Germano Almeida, Prémio Camões, defende que é necessário incentivar a publicação de livros no país antes de se avançar com a internacionalização da literatura cabo-verdiana. Na sua perspetiva, essa internacionalização deve passar pelo pagamento a editoras estrangeiras para publicarem autores cabo-verdianos, com o objetivo de que, numa edição seguinte, os escritores já não necessitem de apoios.Germano Almeida é o convidado de hoje do programa 50 anos, 50 vozes, da Rádio Morabeza.
Não existe plena liberdade sindical em Cabo Verde, uma vez que ainda há aspetos que precisam de ser revistos, nomeadamente a questão da requisição civil. A afirmação é de Júlio Ascenção Silva, presidente do Instituto para a Promoção do Diálogo Social e da Liberdade Sindical e antigo Secretário-Geral da UNTC-CS, cargo que desempenhou durante mais de 20 anos. Convidado do programa "50 anos, 50 vozes" da Rádio Morabeza, Júlio Ascenção Silva destaca que as principais leis laborais em Cabo Verde foram conquistadas ainda durante o regime do partido único, fruto da luta e das negociações. Contudo, salienta que hoje falta diálogo, tanto por parte dos sindicatos como dos empregadores e do Governo.
Os jovens querem ser ouvidos e fazer parte da construção de Cabo Verde. A leitura é de Yeda Delgado, licenciada em Criminologia e Reinserção Social, em entrevista ao programa 50 anos, 50 vozes da Rádio Morabeza. A jovem cabo-verdiana destaca a importância da participação activa e consciente dos jovens no processo de desenvolvimento do país, e reconhece a necessidade de um aumento da participação cívica e política dos jovens nas várias frentes.
A música cabo-verdiana teve uma boa evolução desde a independência, mas actualmente está em declínio, nomeadamente ao nível da qualidade. É, pelo menos, essa a percepção do músico e compositor Tibau Tavares. Em entrevista ao programa 50 anos, 50 vozes da Rádio Morabeza, Tibau Tavares destaca o papel de grandes nomes da música cabo-verdiana na projecção internacional do país.
A médica Emely Santos destaca o contributo da implementação do programa PMI/PF na melhoria e nos avanços alcançados em Cabo Verde na área da saúde materna e infantil. A Proteção Materno-Infantil e Planeamento Familiar foi um programa institucionalizado nos primeiros anos após a independência do país, como parte de um esforço mais amplo para melhorar a saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planeamento familiar. Em entrevista ao programa 50 anos, 50 vozes, a médica fala numa caminhada longa, com ganhos visíveis.
A definição dos mercados estratégicos para Cabo Verde continua a ser o principal desafio do país. A leitura é do economista Paulino Dias, convidado do programa 50 Anos, 50 Vozes da Rádio Morabeza, no âmbito das comemorações do cinquentenário da independência nacional.Dias entende que para promover uma diversificação económica eficaz, é preciso melhorar o acesso aos mercados, identificar os produtos e serviços em que o país pode ser competitivo, e investir na produtividade e redução dos custos de produção.