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FRAGMENTOS DE UM DISCURSO PSICANALÍTICO

FRAGMENTOS DE UM DISCURSO PSICANALÍTICO
Author: Gilda Vaz
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© Gilda Vaz
Description
Neste canal você encontrará alguns fragmentos de um discurso psicanalítico, parodiando Roland Barthes em seu Fragmentos de um Discurso Amoroso emitidos pela psicanalista Gilda Vaz.
Além da clínica e de vários livros publicados Gilda sustenta há mais de trinta anos seminários sobre O Ensino de Jacques Lacan.
Além da clínica e de vários livros publicados Gilda sustenta há mais de trinta anos seminários sobre O Ensino de Jacques Lacan.
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Os rituais, as festas, as cerimônias representam uma demarcação de um ciclo que se fecha para se recomeçar de novo. Um encontro marcado com o imprevisto e a surpresa. Prevemos algumas coisas mas, não-todas. Por isso, só um rito pode comemorar esse encontro imemorável com o real. O novo, somos nós que temos de fazê-lo por meio de nossos atos.
Produção: Wepod
Nossos fragmentos pretendem marcar um campo de ex-sistência do sujeito e, consequentemente sua condição de habitar sua zona de escuridão. É preciso um outro que avalize esta condição, ou seja, que a confirme: há um sujeito aí que pode sobreviver ao caos.
Para a psicanálise a identidade é vazia de predicados mas não, de uma marca simbólica. Ser vazia de predica dos implica estar descolado de qualquer atributo alienante e aprisionante. O ser para a psicanálise é antes de tudo um ser desejante capaz de fazer escolhas seguindo a trilha de seu desejo.
Produção: Wepod
Procuramos destacar que não basta conquistar direitos e lugares na sociedade, embora isto seja fundamental e o primeiro passo necessário para a condição humana civilizada. Há que se ir além e se apropriar não só da igualdade de direitos como também do direito à diferença. Afinal, grande parte dos conflitos entre homens e mulheres se deve à impossibilidade de lidar com duas lógicas diferentes.
PRODUÇÃO: WEPOD
Tomo este título de um evento do qual participei promovido pela Maria José Amorim, editora da revista Linguará ocorrido na Livraria da Rua em Belo Horizonte. Trago aqui alguns temas tratados nessa conversa que nos reuniu e envolveu por tocarem em questões muito atuais sobre as relações entre os sexos.
Produção: Wepod
O ato produz uma passagem e uma mudança, fazendo surgir algo novo, que constitui o surgimento de um sujeito. O que é novo é ver surgir um sujeito capaz de um ato operado de um outro lugar, não mais aprisionado e a serviço de seus sintomas.
Produção: Wepod
O trabalho analítico encontra em Sócrates, Platão, Parmênides e tantos outros filósofos gregos algumas formulações que confirmam a eficácia de seu funcionamento. Entre outros exemplos, tomo aqui Menon, um dos Diálogos de Platão, que aproxima a posição do escravo e o seu saber daquele doanalisante que também é escravo de seus sintomas e porta um saber que não sabe que sabe.
Produção: Wepod
A perda de uma relação pode trazer a irrupção de uma “desfalicização” do corpo, de uma despersonalização ou ainda de ameaça de devastação.
Os casos de feminicídio mostram como os homens ameaçados ante a própria desfalicizaçãoreagem de forma violenta para se afirmarem num lugar que já não lhes pertence. Mulheres arriscam-se nas mãos desses homens do qual não conseguem se livrar por não darem conta da ruptura.
A experiência psicanalítica pode se apresentar como um impasse e nãooperar a passagem que ela se propõe. Essa passagem se faz comoefeito de uma intervenção que toque num ponto de estrutura, averdade do sujeito. Porém, muitas vezes não se quer saber nada disso,preferindo-se viver uma existência de dor do que a dor de existir.Vejamos a diferença.
Produção: Wepod
A adolescência é uma travessia como outras que a vida nos impõe, em que é preciso deixar cair algumas referências para se ter acesso a outras. As mudanças introduzem não só um novo corpo como um outro mundo ao qual é preciso se reestruturar.
Produção: Wepod
A constituição de uma subjetividade se dá na relação com o semelhante, o que Freud denominou em seu Projeto para uma Psicologia Científica como complexo de Nebenmensch.
É o Outro materno que lhe fornecerá a interpretação do mundo real, veiculando e construindo uma rede de significações que vão construindo o mundo simbólico de cada sujeito.
Produção: Wepod
O termo gozo foi elevado ao estatuto de conceito e reivindicado por Lacan como o campo lacaniano propriamente dito. Mas, afinal, o que vem a ser o gozo? Para responder vamos fazer um breve percurso por esse campo indomável das pulsões.
Produção: Wepod
Este episódio trata-se de uma conversa entre dois podcast, nosso Fragmentos de um discurso psicanalítico e o podcast produzido pelo Clovis Salgado Gontijo sobre Quarenta dias com Vladimir Jankélévitch. O tema do inominável é o que temos em comum, cada um com sua forma de bordejar o impossível de nomear.
Produção: Wepod
Parto da frase: o que existe não são os fatos, mas as versões dos fatos. Muitos, ao invés de se aproximarem o máximo possível dos fatos, vão no sentido oposto criando versões cada vez mais distantes do que realmente aconteceu.
É preciso escutar mais além do que é dito e sair da alienação especular em que as pessoas creem exatamente no que ouvem, mas não escutam nem julgam.
Produção: Wepod
É preciso se descolar dos atributos e significados que nos foram incutidos pela civilização para nos constituirmos como sujeito e não como objeto dessas interpretações. Entretanto, existem marcas tão arraigadas que não se descolam permanecendo como letras de gozo, não parando de não se escrever.
O que fazer com isso?
Produção: Wepod
As mudanças e transformações da humanidade faz vacilar nossas certezas e ao fazê-lo nos coloca diante do real, destituindo-nos daquilo que julgávamos serem nossos alicerces. Tais mudanças se deram com tal velocidade eu nem sempre conseguimos acompanhar.
Produção: Wepod
Partindo do estádio do espelho, a forma mais primária da subjetivação de um ser, avançamos nesse processo do imaginário à estrutura simbólica. Assim, nossa estrutura não é só binária, mas triádica e mesmo quaternária embora corra o risco de retroceder a um binarismo limitador e atrasado.
Produção: Wepod
Fantasias, sonhos, devaneios, idealizações, paixão amorosa têm um papel na formação das subjetividades e mesmo no trabalho analítico quando se manifestam por meio do amor de transferência.
Sem querer ser um desmancha prazeres, o analista está aí para acolhê-los e extrair a causa do desejo que foi tomando formas assim como as nuvens que caem, deixando seus rastros pelo caminho. Os rastros também são uma forma de escrita.
Produção: Wepod
Refiro-me aqui à Religião com letra maiúscula, ou seja, como algo que está além da linguagem e que, por isso mesmo, transcende até mesmo às palavras.Esta Religião pode ser entendida a partir da sua própria etimologia que vem do Latim Religio, que escandindo, re ligio, significa religar, reunir.
Produção: Wepod
O amor é fonte dos maiores prazeres mas também dos maiores sofrimentos. Há um engano em se confundir o amor com o objeto de amor. O medo ou a angústia de perder o amor é a maior causa de conflitos que envolvem as relações amorosas, e que, por vezes, não só destroem o amor como os próprios amantes.
Produção: Wepod