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Author: PÚBLICO

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De segunda a sexta às 7h. Antes de tudo: P24. O dia começa aqui
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Ismail Haniyeh, líder do gabinete político do Hamas, foi assassinado no Irão. O facto de o assassinato ter ocorrido em território iraniano, logo após a posse do novo presidente do país, e não no Catar, onde Haniyeh residia, é, ao mesmo tempo, uma provocação e uma demonstração de força. A sua morte tem duas consequências imediatas: enfraquece o Hamas e enfurece o Irão. Como responderá o Hamas à morte do seu líder, como responderá o Irão à violação do seu espaço soberano? Depois da morte do líder do Hamas, o próximo alvo poderá ser o líder do Hezbollah. O eventual assassinato de Hassan Nasrallah e uma possível invasão do Líbano iria expandir a guerra no Médio Oriente para patamares seriamente preocupantes. Esta escalada do conflito é também um desafio à presidência dos EUA, depois de Joe Biden e Kamala Harris terem insistido num acordo. Benjamin Netanyahu fez o contrário. Neste episódio, Tiago André Lopes, professor de Estudos Asiáticos e Diplomacia na Universidade Portucalense, entende que o processo de paz fica em causa com a eliminação do líder político do Hamas, considerado um dos rostos mais moderados do movimento, e um dos dirigentes que considerava que havia alguma utilidade na negociação de um acordo. A única certeza é esta: estamos mais perto do agravamento do conflito do que da sua resolução. A grande dúvida permanece: a paz interessa a quem?See omnystudio.com/listener for privacy information.
[VERSÃO ORIGINAL] Yuval Noah Harari tem um novo livro. "Nexus" fala-nos do enorme impacto da Inteligência Artificial (IA) e dá o exemplo de como as redes sociais minaram as democracias em todo o mundo. O historiador e autor de Sapiens​ diz que a IA tem capacidade para tomar decisões independentes que não foram previstas e que se lhe dissermos para aumentar o engagement, ela destrói a democracia. “É muito perigoso a conversa entre os humanos ser sequestrada pelos bots. A democracia é uma conversa. Devíamos banir isto”, acrescenta Harari. Nestes dias em que a Inteligência Artificial escolhe o que vemos e já toca piano, nem tudo é catastrófico. Harari considera que os veículos de condução autónoma, que poderão salvar um milhão de pessoas que todos os anos morrem em acidentes de viação ou a sua importância na criação de novos tipos de medicamentos serão alguns dos seus benefícios. Neste episódio, reproduzimos excertos da entrevista de Noah Harari a Pedro Rios, jornalista e editor do Ípsílon. Oiça aqui a versão dobrada do episódio: https://omny.fm/shows/p24/yuval-noah-harari-as-redes-sociais-minaram-as-demo  See omnystudio.com/listener for privacy information.
[VERSÃO DOBRADA] Yuval Noah Harari tem um novo livro. "Nexus" fala-nos do enorme impacto da Inteligência Artificial (IA) e dá o exemplo de como as redes sociais minaram as democracias em todo o mundo. O historiador e autor de Sapiens​ diz que a IA tem capacidade para tomar decisões independentes que não foram previstas e que se lhe dissermos para aumentar o engagement, ela destrói a democracia. “É muito perigoso a conversa entre os humanos ser sequestrada pelos bots. A democracia é uma conversa. Devíamos banir isto”, acrescenta Harari. Nestes dias em que a Inteligência Artificial escolhe o que vemos e já toca piano, nem tudo é catastrófico. Harari considera que os veículos de condução autónoma, que poderão salvar um milhão de pessoas que todos os anos morrem em acidentes de viação ou a sua importância na criação de novos tipos de medicamentos serão alguns dos seus benefícios. Neste episódio, reproduzimos excertos da entrevista de Noah Harari a Pedro Rios, jornalista e editor do Ípsílon. Oiça aqui a versão original, em inglês: https://omny.fm/shows/p24/yuval-noah-harari-as-redes-sociais-minaram-as-de-1    See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na terça-feira, milhares de pagers usados pelo Hezbollah explodiram, de forma quase simultânea, no Líbano. Pelo menos 12 pessoas morreram e 2.800 ficaram feridas, incluindo centenas de membros do grupo xiita. Já na quarta-feira, pouco mais de 24 horas depois, uma nova série de explosões ocorreu, desta vez envolvendo walkie-talkies utilizados pelo Hezbollah. A novas explosões causaram mais de uma dezena de mortes, aumentando ainda mais a tensão na região. A agência Reuters e o New York Times já tinham avançado que Israel está por detrás do ataque desta terça-feira no Líbano, embora não tenha havido uma confirmação oficial. Mas como foi possível esta operação sem precedentes? E quais poderão ser as consequências para o já delicado equilíbrio no Médio Oriente? Neste P24 ouvimos a jornalista Sofia Lorena. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Três bombeiros morreram esta terça-feira, em Tábua, a caminho de um incêndio, várias aldeias estavam em risco e cinco auto-estradas foram cortadas. Esta vaga de fogos, desde o último domingo, já causou sete vítimas mortais, mais de 50 feridos e consumiu uma área de 62 mil hectares. Ontem, havia mais de 100 concelhos em perigo máximo de incêndios. As imagens de satélite divulgadas pela NASA mostravam uma mancha de fumo no distrito de Aveiro, sobretudo nos concelhos de Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, que continuam a ser fustigados pelas chamas. As temperaturas mantêm-se elevadas, o IPMA diz que as condições meteorológicas são das mais severas dos últimos anos e, claro, a Protecção Civil previa uma madrugada “difícil”. O primeiro-ministro convocou o Conselho de Ministros extraordinário, presidido por Marcelo Rebelo de Sousa, para analisar "toda a situação relativa aos incêndios e às suas consequências". Neste episódio, Francisco Castro Rego, ex-director-geral dos Recursos Florestais e professor do Instituto de Agronomia de Lisboa, defende que há uma boa e uma má utilização do eucalipto na floresta e que a utilização desta espécie tem de ser mais equilibrada.See omnystudio.com/listener for privacy information.
​Este ano estava tudo a correr bem. Ou, mais exactamente, estava tudo a correr estranhamente bem. Até porque, ao final de Agosto, Portugal tinha menos 53% de incêndios rurais e menos 86 % de área ardida do que na década anterior. Mas os incêndios que, nesta segunda-feira, se propagaram nas zonas de Albergaria-a-Velha, Oliveira de Azeméis e Sever do Vouga alteraram o panorama e continuam a mobilizar a maioria das atenções das autoridades. Neste P24 ouvimos o ex-secretário de Estado das Florestas e professor de economia na Universidade do Algarve, Miguel Freitas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Este ano lectivo começou com menos professores e mais alunos. Por um lado, faltam docentes, em especial na Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve. Por outro, o número de alunos migrantes aumentou 160% em cinco anos, crianças que não têm o português como língua materna. Outra novidade deste ano lectivo reside nos limites à utilização dos telemóveis. O Governo recomendou a proibição do seu uso nos recintos escolares aos alunos até ao 6.º ano. No caso dos estudantes do 3.º ciclo, recomendou às escolas que tomem medidas para desmotivar o uso dos smartphones. Que influências terão estas medidas no processo de aprendizagem? Neste episódio, Margarida Gaspar de Matos, psicóloga clínica e da saúde, e professora catedrática da Universidade de Lisboa, considera que a integração de alunos migrantes é um desafio fantástico para as escolas e que a proibição do uso de telemóveis dever ser uma resposta de emergência e nunca uma medida continuada.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Banco Central Europeu baixou ontem a principal taxa de juro de referência em 0,25 pontos percentuais. A taxa de juro de depósitos do banco central – que é a referência para os custos de financiamento na zona euro – desceu para 3,5%. Esta decisão procura equilibrar o combate à inflação, principal preocupação da política monetária europeia, e o apoio ao crescimento económico. E não é alheia à queda da produção industrial na Alemanha e em Itália, que indica que a economia da Zona Euro está a abrandar após um breve período de crescimento, no início deste ano. Mas, num contexto económico tão volátil, é previsível que o BCE volte a descer a taxa de juro já em Dezembro ou no princípio do próximo ano? Neste episódio, Pedro Ferreira Esteves, editor de Economia do PÚBLICO, diz-nos que as empresas estão a absorver os custos laborais e que é muito provável, dependendo do ritmo da inflação, que o BCE volte a reduzir a taxa de juros até ao final do ano.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A procuradora-geral da República, Lucília Gago, apresentou na quarta-feira, no Parlamento, o relatório anual sobre a actividade da instituição, mas não quis esclarecer os deputados sobre a “campanha orquestrada” que disse ter sido organizada contra o Ministério Público, numa eventual alusão ao manifesto de 50 personalidades que pediam uma reforma da justiça. A audição no parlamento ocorreu no mesmo dia em que o Presidente da República iniciou conversas com o primeiro-ministro sobre o perfil do sucessor ou sucessora da actual procuradora-geral. Há um antes e um depois de Lucília Gago, cujo nome estará sempre associado à Operação Influencer e ao derrube de um governo de maioria absoluta. Afinal, qual será o seu legado? Neste episódio, Mariana Oliveira, jornalista do PÚBLICO especializada nas questões da Justiça, fala-nos do divórcio entre procuradora-geral e procuradores e do modo como Lucília Gago se demitiu de liderar o Ministério Público.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O debate que decorreu esta madrugada entre Kamala Harris e Donald Trump era apontado como decisivo: o primeiro grande teste à candidata democrata, depois de Joe Biden ter abandonado a corrida. Trump começou contido, mas acabou por voltar ao ataque e regressou ao registo polémico a que nos habituou. Depois de durante a campanha ter assumido a derrota na eleição de 2020, voltou atrás e disse que estava a ser sarcástico. Harris manteve sempre a estratégia inicial de apontar os truques populistas do adversário. A pouco mais de um mês e meio das eleições de 5 de novembro, os candidatos estão em empate técnico nas sondagens - a última sondagem do New York Times coloca-os a apenas um ponto percentual de diferença, com Trump à frente. Que impacto pode, então, ter este debate na parte final da corrida à Casa Branca? Neste episódio, ouvimos Pedro Guerreiro, jornalista do PÚBLICO nos Estados Unidos que acompanhou o debate nas últimas horas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Cinco reclusos fugiram este sábado, dia 7 de Setembro, da prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre, Lisboa. A fuga deu-se pelas 9h59 e foi apenas detectada perto da hora de almoço, quando um guarda se apercebeu de uma escada encostada a um dos muros da prisão. A fuga foi facilitada por uma série de falhas graves no sistema de segurança. O sistema de sensores de movimento e alarmes estava inactivo há anos; a rede da cadeia não estava electrificada, porque levava a falhas de luz; as torres de vigia foram demolidas em 2018 e o sistema de videovigilância, apesar de funcionar, não vigiava efectivamente. Porque são 200 câmaras a serem monitorizadas apenas por um segurança, ao longo de 10 horas. Além disso, uma parte crítica do muro, por onde os reclusos escaparam, estava sem monitorização directa, por falta de guardas. O caso expôs falhas significativas na gestão do sistema prisional, incluindo a falta de recursos, de pessoal e as condições precárias dos estabelecimentos. Mas os problemas nas prisões portuguesas são ainda mais amplos do que o caso deixa antever. Neste episódio, ouvimos o sociólogo Carlos Nolasco, que nos últimos anos, a pedido da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, ajudou a fazer um retrato do sistema prisional português, no Observatório Permanente da Justiça, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Siga o podcast P24 e receba cada episódio logo de manhã no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Separam-nas 30 anos e um início de carreira muito diferente: Isabel Aguiar, de 67 anos, sempre sonhou ser professora; Joana Rocha, de 37, está a chegar à profissão depois de a sua primeira opção de trabalho não ter corrido como esperava e de uma experiência na escola lhe ter mostrado que ser professora é mesmo o que a faz feliz. Isabel atingiu o topo da carreira e não está preparada para se reformar; Joana diz que não está disponível para os sacrifícios que viu outros professores fazerem e que, como acontece com a sua geração, não olha para o trabalho como carreira, mas como algo mais imediato. Não se conheciam e têm muitas diferenças, mas também descobrem pontos em comum, em que o optimismo e o gosto por ser professora são os mais evidentes. “A escola é o melhor sítio do mundo, não é?...”, diz a sorridente Joana para Isabel. Neste P24 ouvimos excertos da conversa entre as duas professoras, numa conversa conduzida pela jornalista Patrícia Carvalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Emmanuel Macron já nomeou o novo primeiro-ministro francês. Michel Barnier tem 73 anos, foi deputado, ministro, eurodeputado, comissário europeu e representou a União Europeia nas negociações com o Reino Unido aquando do Brexit. Mas será que este velho rosto da política francesa, e do partido de centro-direita Os Republicanos, vai reunir o consenso necessário no parlamento, dividido em três diferentes blocos? O presidente francês fez esta escolha após duas rondas de consultas aos partidos políticos e de ter recusado a nomeação de Lucie Castets, que tinha sido proposta pela Nova Frente Popular, que venceu a segunda volta das legislativas de 7 de Julho. Na altura, Macron utilizou o argumento de que essa nomeação iria causar instabilidade política. Obviamente, a esquerda contesta a opção e prepara-se para vetar Barnier no parlamento. Pelo contrário, a União Nacional diz que vai esperar pelo discurso do primeiro-ministro indigitado para tomar uma decisão. Uma coisa é certa. A estabilidade política não está garantida. A França não tem hábitos de coligação. E Barnier só será primeiro-ministro se Marine Le Pen quiser. É sobre esta conjuntura da política francesa que nos vai falar Álvaro Vasconcelos, habitual colunista do PÚBLICO, e Fundador do Forum Demos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Diana Ríos Rengifo nasceu numa área remota da Amazónia peruana. A extracção de madeira nesta região, que nem sempre é autorizada, tem vindo a colocar em risco o habitat natural dos povos indígenas, com é o caso dos asheninkas, que habitam as zonas fronteiriças dos estados do Peru e do Brasil. Os chefes desta comunidade foram alvo de uma emboscada, torturados e assassinados, por se oporem à devastação da floresta, e defenderem os interesses dos indígenas, que os madeireiros querem expulsar. Uma das vítimas mortais foi o seu pai. Diana Ríos transformou-se numa activista, participou nas conferências do clima e na Cimeira da ONU sobre Acção Climática. Ganhou reputação, conseguiu atenção internacional para a ameaça sobre o seu povo e a resistência da sua comunidade foi premiada pela Fundação Alexander Soros, filho do bilionário George Soros. Uma oferta de emprego, que se revelou enganadora, levou-a a uma prisão portuguesa, acusada de tráfico de droga. Ana Cristina Pereira explica-nos, hoje, que é Dia da Amazónia, porque é que Diana Ríos é a reclusa n.º 53 do Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O chamado corredor de Filadélfia, que separa a faixa de Gaza do sul da Península do Sinai, no norte da fronteira do Egipto, era o único espaço que Israel não controlava até ao dia 7 de Outubro, quando o Hamas atacou o país. O controlo dessa fronteira é uma condição essencial para que Benjamin Netanyahu aceite um cessar-fogo, que tem sido, sucessivamente, adiado. Mediadores israelitas terão proposto que esse controlo fosse atribuído a uma força internacional gerida pela ONU, ou até por um conjunto de países árabes, entre os quais o Egipto estaria incluído. Todavia, o primeiro-ministro de Israel tem recusado essa possibilidade. Netanyahu tem vindo a ser contestado nas ruas, depois dos corpos de seis reféns terem sido encontrados mortos nos túneis de Gaza. Começa a ser evidente que Benjamin Netanyahu prefere garantir o controlo deste corredor, para evitar um possível rearmamento do Hamas, ao resgate dos reféns com vida, diz Joana Ricarte, especialista nas questões do Médio Oriente. Neste episódio do P24, a professora e investigadora da Universidade de Coimbra, explica que “Benjamin Netanyahu faz dos poderes ocidentais reféns da sua política polarizadora”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Desde que foi anunciado em vésperas das eleições para o Parlamento Europeu, o IRS Jovem tornou-se uma das medidas mais emblemáticas e mais contestadas do actual Governo. Este domingo, na Academia Socialista, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, acentuou as críticas, dizendo que o IRS Jovem, em conjunto com a baixa do IRC, são “profundamente injustas, ineficazes nos seus objectivos de política económica e injustificáveis do ponto de vista orçamentais”. Se o Governo insistir em aprovar os regimes previstos nestas duas medidas fiscais, o PS não viabilizará o orçamento do estado de 2025 Mas, afinal, o que está em causa no IRS jovem, que Iniciativa Liberal considera discriminatório, que o FMI avalia como arriscado e sem garantias de servir para travar a emigração qualificada, havendo até quem sugira que a proposta é inconstitucional? O que está em causa é um corte de cerca de dois terços das actuais taxas de IRS para todos os jovens até aos 35 anos, desde que não recebam salários acima de 81 199 euros por ano. E uma vez que o anterior executivo socialista fez aprovar em anos sucessivos medidas fiscais mais favoráveis para os jovens, importa perceber o que leva o PS a considerar o IRS Jovem do Governo “injusto” ou “ineficaz”. Há distinções à partida que separam, e muito, a medida do anterior Governo que está em vigor da proposta do Governo levada ao Parlamento. A primeira tem uma duração máxima de cinco anos, enquanto o IRS Jovem pode durar mais de uma década – se um jovem começar a trabalhar aos 20, iria beneficiar de IRS reduzido ao longo de 15 anos. Outra razão tem a ver com o custo, 1000 milhões de euros, cinco vezes mais que o benefício de IRS em vigor. Com tanto dinheiro em jogo e tantos anos, é natural que os jovens esfreguem as mãos e esperem que a proposta seja aprovada. É por isso que importa saber o que leva o PS a contestar uma medida que, à partida, é simpática para uma parte do eleitorado. O P24 convidou para esse efeito o líder da Juventude Socialista (JS), Miguel Costa Matos. Deputado desde 2018, Miguel Costa Matos é licenciado em Filosofia, Política e Economia e tem um mestrado em Economia. Está em vésperas de deixar a liderança da JS por ter atingido o limite de idade, 30 anos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Não há dúvidas: a política despediu-se do Verão este fim-de-semana. Daqui até final de Novembro, data em que se saberá o destino da proposta da lei do Orçamento do Estado, o país vai ficar suspenso das negociações, ou da falta delas, entre Luís Montenegro e de Pedro Nuno Santos. Nos eventos partidários deste domingo, um e outro trataram de construir o cenário em que essas conversas se vão realizar. O primeiro-ministro lamentou a instabilidade da Oposição. Pedro Nuno Santos acusou o Governo de querer humilhar o PS. Mas houve mais do que o habitual jogo de palavras: o líder do PS colocou em cima da mesa um chumbo certo ao Orçamento se o Governo insistir em manter as suas propostas para o IRS Jovem e para o IRC, os impostos sobre os lucros das empresas. Vale assim a pena olhar para o que aconteceu e para os reflexos deste domingo nas próximas semanas. Neste P24, ouvimos Helena Pereira, editora executiva do PÚBLICO. Siga o podcast P24 e receba cada episódio logo de manhã no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio, o jornalista do PÚBLICO Mário Lopes traz-nos recomendações de música para um Verão que não tem de ser só de festa e folia. Da música portuguesa aos inevitáveis da época, conheça neste episódio as sugestões de Mário Lopes.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Era um dos nomes mais falados para o cargo e foi confirmado esta quarta-feira por Luís Montenegro. Maria Luís Albuquerque é o nome proposto pelo Governo português para o cargo de Comissária Europeia. Luís Montenegro justificou a escolha da antiga ministra das Finanças com os vários desafios económicos e financeiros no horizonte da União Europeia, a que se juntam enormes desafios nas áreas de segurança e defesa. Por isso, para o primeiro-ministro, é imperativo “que cada Estado-membro disponibilize alguns dos seus melhores”. Maria Luís Albuquerque tem 56 anos e foi ministra de Estado e das Finanças durante o período da troika. Sucedeu a Vítor Gaspar em Julho de 2013, cargo que manteve até 2015. No PSD, foi vice-presidente durante a liderança de Passos Coelho e em 2011 e 2015 foi cabeça de lista às legislativas, por Setúbal. É membro do Conselho Nacional do PSD e membro do Conselho de Supervisão da subsidiária europeia da norte-americana Morgan Stanley. Ursula von der Leyen tinha pedido aos líderes europeus que indicassem dois nomes para o cargo, um de um homem, outro de uma mulher, com o objectivo de ter uma comissão paritária nível de género. Montenegro acabou por apresentar apenas o nome de Albuquerque. Pode a escolha de um nome tão ligado ao período da troika e ao governo de Passos Coelho ser um risco para a imagem de Luís Montenegro? Neste O24, ouvimos Helena Pereira, editora executiva do Público sobre a escolha do primeiro-ministro e o que significa em termos políticos. Siga o podcast P24 e receba cada episódio logo de manhã no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Foi só um susto, mas não um susto qualquer. Na madrugada de segunda-feira, uns milhares de portugueses acordaram sobressaltados com a terra a tremer. Durou apenas uns segundos, mas para muitos bastou para reviver a ameaça de pesadelo que paira em especial sobre os habitantes de Lisboa. Viver perto de uma falha sísmica, como a que existe entre Gibraltar e os Açores, é nesses momentos motivo de ansiedade. Momentos como os da madrugada de segunda-feira servem por isso para recordar a possibilidade de um novo desastre. Valem pelo susto que desperta más memórias e gera atenção, motivação e energia para se discutir a prevenção e a mitigação de riscos. Mas será que Portugal está a responder pela acção aos níveis de risco elevado de sismo do seu território? Desde 1980 que há legislação obrigatória para a construção, mas está a ser bem aplicada? Não seria melhor haver um programa permanente de educação para situações de risco? Em Lisboa, onde a maioria dos hospitais não foi feita com as boas regras da engenharia anti-sísmica, há planos de contingência para mitigar um eventual desastre? Como no caso de Santa Bárbara, que só é invocada quando troveja, o país, com excepões louváveis de levantamentos como que a Câmara de Lisboa fez, só se lembra dos terramotos e dos tsunamis quando a terra treme. O que temos então feito e o que podemos fazer? Neste P24, ouvimos Susana Custódio, sismóloga, professora e investigadora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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