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Ontem Já Era Tarde

Ontem Já Era Tarde
Author: Luís Aguilar
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© 2025 SIC Notícias
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O futebol é o ponto de partida nestas conversas sem fronteiras ou destino agendado. Todas as semanas, sempre à quinta-feira, Luís Aguilar entra em campo com um convidado diferente. O jogo começa agora porque Ontem Já Era Tarde.
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Com um percurso que cruza continentes e décadas, Luís Norton de Matos é uma das figuras mais versáteis do futebol português. Jogador, treinador e dirigente, iniciou carreira nos anos 70 e passou por clubes como Benfica e Standard Liège, onde viveu momentos marcantes tanto a nível desportivo como pessoal. Como treinador, o trajeto é igualmente internacional: Senegal, Guiné-Bissau, Índia, França e Bélgica são alguns dos países por onde passou, para além de diversos emblemas nacionais. Atualmente, aos 71 anos, mantém-se ativo na observação de jovens talentos, colaborando com clubes na identificação de jogadores em idade de formação. Apesar da vasta experiência e de uma rede de contactos consolidada, Norton de Matos reconhece as dificuldades impostas pelas dinâmicas atuais do mercado: “Vemos jogadores que fazem três coisinhas e no dia seguinte já valem milhões. É uma indústria muito inflacionada”, afirma. Como exemplo da gestão mais racional, aponta o trabalho de Luís Campos no Paris Saint-Germain, elogiando a capacidade de identificar jogadores com elevado rendimento desportivo: “Olhamos para as transferências de João Neves por 60 milhões ou Vitinha por 40 milhões e percebemos que, por esses valores, quase que foram de borla.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
É uma história que Ricardo Araújo Pereira já contou várias vezes, mas que continua a guardar como um dos momentos mais marcantes da sua vida. Certo dia, enquanto seguia de carro com os pais, viu Eusébio a tentar apanhar um táxi. Pediu ao pai que parasse e dirigiu-se ao antigo jogador para lhe oferecer boleia. “Ele estava com dificuldades em apanhar um táxi porque iam todos ocupados. É logo algo que não faz sentido. Se o Eusébio quer um táxi, a outra pessoa tem de sair e deixá-lo entrar. É isso que faz sentido”, recorda. Eusébio aceitou o convite. Tinha de chegar ao aeroporto de Lisboa, de onde o Benfica partiria para um estágio. “Eu não conseguia falar. Estava perto de uma divindade. Mas os meus pais, que não são crentes, foram sempre a falar com ele”, conta, entre risos. Durante a viagem, o pai de Ricardo contou um episódio curioso: certo dia, numa piscina onde se encontravam vários jogadores do Benfica, teve uma cãibra dentro de água. Foi Eusébio quem o retirou da piscina e lhe deu uma picada no músculo para aliviar a dor. “E o Eusébio, muito simpaticamente: ‘Então não me lembro?’ Eu, sempre calado.” No dia seguinte, o jornal A Bola noticiava que Eusébio tinha sido o único a chegar a horas ao aeroporto, referindo apenas que “se deslocou por meios próprios”. “Era como se o carro do meu pai tivesse sido nacionalizado e dado ao Eusébio — o que acho bem e lícito”, comenta com humor. Hoje, guarda uma imagem desse ídolo sempre por perto. No fundo do telemóvel, está uma fotografia de Eusébio com a camisola do Benfica. “O Eusébio está impecável em todas as fotos. Às vezes perguntam-me: ‘Então tens uma foto do Eusébio em vez de teres das tuas filhas?’ E sou obrigado a responder: ‘As minhas filhas não marcaram um golo pelo Benfica.’” See omnystudio.com/listener for privacy information.
José Lima garante que o râguebi não é um desporto violento. “É duro, sim, há muito contacto, muita velocidade, mas muitas regras que nos protegem. Um jogador que promova um choque na cabeça do outro é logo expulso. E, além disso, há um grande respeito e lealdade entre os jogadores. É muito raro um jogador magoar outro de forma intencional”. O capitão da seleção lembra uma situação em que caiu inanimado num jogo frente a África do Sul e o comportamento exemplar do jogador que o lesionou: “Veio com muita velocidade e chocou com a minha cabeça, mas sem querer. Foi logo expulso, apanhou oito jogos, porque já tinha outras situações de pouco cuidado, mas foi ver-me ao hospital, pediu-me desculpa e isto mostra muito o que é o râguebi. Não sei se aconteceria com essa naturalidade no futebol ou noutros desportos”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Enquanto advogado da FIFA, Gonçalo Almeida lidou com vários processos de jogadores. Alguns deles que via apenas pela televisão. Recorda que, no mesmo dia, chegou a falar com o colombiano René Higuita e o camaronês Roger Milla, protagonistas de um lance histórico no Mundial de 1990. “O Higuita ligou-me porque tinha um valor a receber de um clube que representou, mas a situação já tinha prescrito. Passado pouco tempo, o Roger Milla entra no meu gabinete. Uma daquelas coincidências.” Noutro momento, lembra, recebeu um telefonema de Ariza Makukula. “Ele teve uma proposta para representar a seleção da República Democrática do Congo. O problema é que ele tinha representado Portugal nos sub-21 e já tinha passado a idade para fazer essa mudança. Os regulamentos não permitiam e expliquei-lhe isso, mas ele ficou chateado e não gostou.” Mais tarde, os caminhos do advogado e do avançado voltaram a cruzar-se. “Fui ver um jogo da Seleção ao Cazaquistão em 2007. Curiosamente, o Makukula estreou-se nesse jogo e marcou um golo decisivo [vitória de Portugal por 2-1]. No final do jogo, estava com um cliente que tinha acesso ao balneário e pude estar com os jogadores portugueses. Vi o Makukula e fui ter com ele. A princípio não se lembrava de mim, depois recordei o telefonema e a situação do Congo.” A reação, conta, deixou-o surpreendido: “O Makukula é enorme, deu-me um grande abraço e agradeceu por não ter jogado no Congo. Foi um episódio curioso se bem que ele não tinha nada para me agradecer. Apenas segui os regulamentos.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Foram muitos os craques que orientou no Benfica. Alguns deles tornaram-se referência no futebol português e internacional. Mas como se diz na gíria, as boas equipas constroem-se de trás para a frente e, nesse aspeto, Toni recorda a qualidade de alguns defesas: “Os meus centrais eram Mozer e Ricardo Gomes. Podia dormir descansado.” Toni também lembra os laterais como António Veloso e Schwarz. “Não só eram bons defesas, como também deixaram a sua marca em termos ofensivos. Nos treinos às vezes aquecia e aí também podia contar com o Schwarz. Era um profissional de linha dura. Se visse alguém a relaxar nos treinos, ele acordava-o logo. Quanto ao Mozer é sempre bom ter um central desses para impor respeito”. Ouça aqui o novo episódio do podcast 'Ontem Já Era Tarde'. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Manuel Cajuda é um homem com história e muitas histórias. No futebol, já foi tudo. Jogador, treinador e hoje é presidente do Olhanense, clube da sua terra. Mas foi no comando técnico de várias equipas, em Portugal e no estrangeiro, que se tornou uma figura incontornável do futebol português. Fez história em vários clubes, mas foi no Braga que deixou a maior marca. Foram muitos planteis, várias equipas e alguns episódios caricatos. “Salvei o casamento de um jogador”, conta Manuel Cajuda. Sem revelar o clube ou a identidade do futebolista, Cajuda lembra a situação: “Um jogador levou uma mulher para estágio. Eu soube e fui falar com o presidente porque tinha de haver um castigo. Só que precisava dele para jogar no dia seguinte e não podia deixá-lo de fora.” Em conjunto com a direção, ficou decidida uma multa: “Disse-lhe que íamos tirar-lhe 50 por cento do salário e ele disse que não. E eu respondi: ‘Ok, então vou contar à tua mulher’. A reação dele mudou logo.” Então, Manuel Cajuda explicou que a multa se iria manter, mas feita de forma faseada “para que não falta dinheiro em casa e a mulher não desconfie”. “Resultado, salvei um casamento e fiquei com o jogador na mão até final da época”, lembra, entre risos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Jorge Andrade foi um dos centrais mais respeitados da sua geração, mas o corpo pagou caro por cada duelo. No podcast Ontem Já Era Tarde, o antigo internacional português revelou as mazelas com que vive desde que pendurou as chuteiras. “Parti os dentes, parti o nariz, parti o quinto metatarso… estou todo torto”, descreve com humor e realismo. As lesões marcaram a sua trajetória — e não ficaram no passado. “Tenho dores no joelho todos os dias. Se jogar à bola, jogo uma vez por ano. Não dá para mais. Ainda tenho ferros no joelho.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ricardo Sá Pinto é um daqueles jogadores que deixa marca nos adeptos do Sporting. Uma ligação emocional que resiste ao tempo. Contratado ao Salgueiros na época 1994/95, criou desde logo um vínculo especial com as bancadas de Alvalade. Um laço tão forte que ainda hoje lhe vale a alcunha de “Coração de Leão”. Mais tarde, transferiu-se para a Real Sociedad e, após três épocas em Espanha, teve nova oportunidade de regressar ao clube do coração. “Voltei com aquela vontade de ganhar um campeonato e jogar uma Champions pelo Sporting. Consegui ambas”, recorda. Mas apenas 15 dias depois de assinar novamente pelos leões, no verão de 2000, surgiu uma proposta que poucos recusariam: “Os dirigentes do Sporting na altura podem confirmar. O Real Madrid quis contratar-me e estava nas minhas mãos.” Sá Pinto tinha dado nas vistas na liga espanhola. Especialmente num jogo em que deixou Roberto Carlos, um dos melhores laterais-esquerdos da história, em agonia. O Real não ficou indiferente. Florentino Pérez, já então presidente dos merengues, chegou a afirmar publicamente que faltava pouco para que Sá Pinto se juntasse a Luís Figo, o primeiro galáctico da sua era. E Figo também fez pressão para voltar a ter Sá Pinto ao seu lado. Ambos tinham sido colegas nos leões e passaram muitos anos a jogar lado a lado na Seleção Nacional. Mas o negócio não se concretizou. “O Sporting seria ressarcido em dinheiro e com jogadores. Se eu quisesse sair, tinha saído. Mas, por incrível que pareça, disse não ao Real Madrid. Tinha acabado de voltar ao meu clube e trair o Sporting não é a minha forma de estar.” Sá Pinto admite que a decisão não foi fácil e garante que, se estivesse noutro clube estrangeiro, talvez não hesitasse. Mas o sportinguismo falou mais alto. A escolha acabou por ser recompensada. Em 2001/2002, já em Alvalade, foi peça importante na equipa que conquistou o título nacional, orientada pelo romeno Lazslo Boloni, e ao lado de nomes como Schmeichel, João Vieira Pinto ou Jardel — que lhe tinha escapado na primeira passagem pelo clube.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Passou por clubes como Benfica, FC Porto, Belenenses, Vitória de Setúbal, Santa Clara ou Académica e representou a seleção nas camadas jovens, incluindo o Mundial de sub-20. Após a carreira, teve uma breve incursão no imobiliário e não previa voltar ao futebol. Mas tudo mudou com um convite da SportTV para comentar salários em atraso — tema que conhecia bem. A experiência correu bem e a televisão tornou-se caminho sério. Após 17 anos como comentador na SportTV, juntou-se à equipa de análise desportiva da SIC Notícias. Durante a carreira, viveu episódios marcantes. No Benfica, confrontou um jornalista que o culpou por um golo sofrido... quando já nem estava em campo. “Já tinha sido substituído. Pensei que ele era maluco ou mau caráter.” Passado algum tempo, encontrou-o e abordou-o:“Perguntei se tinha algo contra mim. Ele respondeu: ‘Não, tenho muita admiração por si.’ Quando dizem isso, normalmente é mentira. Era daqueles que criticava sem avaliar.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
O futebol é o ponto de partida neste podcast de conversas sem fronteiras ou destino agendado. Todas as semanas, sempre à quinta-feira, Luís Aguilar entra em campo com um convidado diferente. O jogo começa agora porque "Ontem Já Era Tarde." Pedro Henriques, antigo jogador de clubes como Benfica e FC Porto, e atual comentador desportivo da SIC Notícias, é o primeiro convidado da quarta temporada do "Ontem Já Era Tarde". Estreia a 8 de Maio nos sites da SIC, SIC Notícias, Expresso e em todas as plataformas de podcast.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Jornalista multifacetado, viaja do ciclismo ao futebol, passando pela política, sempre com um estilo muito próprio e inconfundível. Atualmente, a SIC, Eurosport e Rádio Renascença são algumas das casas onde podemos vê-lo e ouvi-lo. Veio para Portugal em 1995 por amor. “Quando cheguei não conhecia nada do país nem sabia falar a língua. Vim com uma namorada que era portuguesa.” Começou por viver num abrigo de pessoas com deficiência visual. “Era a forma de ter um sítio onde dormir nesses primeiros tempos.” Ajudava-os em todas as tarefas e ainda hoje fica emocionado quando recorda esse período. Está neste momento a tratar do pedido de nacionalidade portuguesa, mas tem sido um processo travado por muitas barreiras burocráticas. “Portugal está a tornar-se um país menos tolerante. Há coisas que gosto e outras que não gosto, mas amo este país e quero morrer aqui.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
São quase 40 anos de carreira e mais de 2500 narrações de jogos de futebol entre rádio e televisão. Pedro Azevedo é um dos narradores em atividade mais antigos do país e tem marcado presença nos principais palcos do desporto português e internacional: “Tenho cinco campeonatos do Mundo, outros tantos da Europa e três finais europeias”, revela. A larga experiência levou-o escrever o livro técnico “Relato de Futebol – narração na rádio, tv e internet”, editado pela Bluebook, como forma de partilhar o seu conhecimento. Na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, em 2004, o FC Porto, então orientado por José Mourinho, deslocou-se a Old Trafford. Os dragões estavam em desvantagem até que Costinha, já nos minutos finais, marcou o golo que ditou o afastamento dos ingleses: “Relatei o golo com muita emoção, mas o senhor Peter Schmeichel não gostou.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Afirma-se muito supersticioso em relação aos jogos do Sporting e está a viver com alguma apreensão o início de João Pereira como treinador dos leões. “Sou daqueles muito pessimistas. Ainda agora, com estes maus resultados, disse ao meu irmão que já havia muita euforia.” É daqueles adeptos que diz preferir saborear as vitórias com alguma moderação. “Historicamente, o Sporting é um cube que se dá mal com a bazófia. Sempre se deu bem como underdog e agora, se pudesse dar uma tática aos adeptos, era mesmo para diminuir essa bazófia.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Foram muitas as mudanças no FC Porto da última época para esta. André Villas-Boas venceu e tornou-se presidente, Vítor Bruno é o novo treinador e saíram vários jogadores importantes. Um deles, o capitão Pepe. Paulo Baldaia não tem dúvidas de que Pepe ainda seria um jogador importante na equipa: “O FC Porto tem belíssimos centrais, mas comete muitos erros na defesa porque falta alguém com essa inteligência e conhecimento do jogo. Isso resolvia-se com o Pepe ainda a jogar mais um ano. Desconfio que com o Pepe a jogar, o Benfica não teria dado 4-1 ao FC Porto e não sei se o Sporting ganharia.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nortenho e sportinguista. Rui Couceiro nasceu no Porto, mas o seu coração sempre pendeu para o Sporting. “Gostava muito de jogadores raçudos como o Oceano ou o Sá Pinto”, confessa. Revela que a fase recente dos leões foi das mais marcantes que teve como adepto e não esconde a vontade de lançar um livro sobre Ruben Amorim: “Ele não me deixa mentir. Desafiei-o muitas vezes. A última foi agora quando soube que ele ia para o Manchester United. Ele foi como é publicamente. Muito simpático, cordial e educado, mas recusando sempre.” Rui Couceiro afirma que nunca viu ninguém com esta postura no futebol português: “Adoraria fazer a sua biografia porque é um individuo benigno para o futebol e personifica tudo aquilo que este desporto deve ser.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Bhout, startup portuguesa, criou o primeiro saco de boxe inteligente do mundo. Da junção entre o mundo dos videojogos e o fitness nasce um conceito que tem acumulado prémios, nomeações, distinções, admiradores, clientes e investidores. “A ideia nasce, literalmente, de um sonho. Sonhei que estava a golpear um saco de boxe e que o saco de boxe se transformou numa pessoa”, revela o CEO da Bhout, Mauro Frota.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Foi uma carreira repleta de grandes clubes, em vários campeonatos, títulos importantes (ganhou por quatro vezes a Liga Europa, três no Sevilha, uma no FC Porto) e de presenças com a seleção nacional nas mais importantes provas. No final da temporada 2020/21, ao serviço do Farense, Beto decide pendurar as luvas, mas não está totalmente convencido com a nova vida sem futebol e sem competição. “Passado pouco tempo, tenho um convite para jogar na Finlândia. Terminada a aventura nórdica, Beto percebeu que tinha de encarar a nova fase da sua vida sem a azáfama diária de ser jogador de futebol. “Procurei ajuda e encontrei uma pessoa que me deu algumas ferramentas e que me indicou o caminho pelo qual podia seguir.” See omnystudio.com/listener for privacy information.
Para Jel e aqueles que o acompanhavam, nunca houve dúvidas. Os verdadeiros sketches, o humor que lhes interessava, estava na rua e não no conforto do estúdio. Jel, em conjunto com a própria equipa, seria detido por um sketch em que fingia de polícia. Nunca mais viu as fitas desse sketch (foram apreendidas) e ainda teve de ouvir os avisos de um agente: “Vocês são malucos, fazem ali aquilo, nós entrámos e podia ter sido um morticínio [risos].” A brincadeira, no entanto, teve os seus custos: “Acabei condenado por usurpação de funções com seis meses de pena suspensa”. Ouça aqui o novo episódio de Ontem Já Era Tarde. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Começou por jogar futebol, mas o gosto por ciclismo esteve sempre presente. Herdou a paixão pela bicicleta do pai, que também foi praticante, e trocou a bola pelos pedais ainda na adolescência. Natural de Pegões, no Montijo, Ruben Guerreiro foi queimando etapas até chegar às grandes provas mundiais. Passou por equipas dos Estados Unidos e Bélgica. Atualmente, está na Movistar, em Espanha. É o convidado deste Ontem Já Era Tarde, ouça aqui em podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Apesar de ter chegado a Portugal com 11 anos, Jacqueline diz que ainda hoje há muita discussão dos seguidores do UFC sobre a sua naturalidade: “Ouço muita coisa. Uns dizem que sou portuguesa, outros brasileira, e até há quem diga que sou africana. As pessoas podem dizer o que quiserem. Mas luto por Portugal e levo sempre a bandeira de Portugal para as competições.” Jacqueline lembra as oportunidades que teve no país depois de sair do Brasil: “Cheguei a Portugal sem saber ler ou escrever. Só para que se tenha uma ideia de como era o ensino no Brasil. A minha vida lá também não era fácil. Vim para cá e tudo mudou.” Jacqueline mudou-se de São Paulo para o Pragal, em Almada, e diz que também não esquece essa cidade da margem sul do Tejo: “Quando luto, vejo a ali a dizer Almada e foi aí que tudo começou. Vou sempre representar Almada.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
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