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Author: Jornal O TEMPO

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As notícias do agronegócio que impactam a vida no campo e na cidade. Sempre às terças e quintas, com veiculação em toda a programação de O TEMPO FM e disponibilizado em nossas plataformas digitais e nos principais tocadores de áudio. 
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A utilização da silagem de trigo forrageiro irrigado na alimentação do gado tem trazido benefícios para pecuaristas de leite de Setubinha, no Vale do jequtitinhonha. Os trabalhos começaram em junho deste ano por meio de uma parceria entre a Emater-MG  e a Epamig com o apoio da Secretária Municipal de Agricultura.  De acordo com o extensionista da Emater-MG, Joel Lima da Fonseca, desde 2024, cerca de 30 produtores têm procurado alternativas para  melhorar e valorizar a pecuária do município. 
Apesar da alta de 0,18% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em novembro, a inflação brasileira só não foi maior graças ao desempenho da agropecuária. O IPCA, calculado pelo IBGE, mostra a variação dos preços mês a mês e é o indicador oficial de inflação do país.  Pelo sexto mês consecutivo, o grupo ‘Alimentação e Bebidas’ registrou variação negativa de -0,01%, permanecendo praticamente estável e contribuindo para conter a alta do índice oficial mesmo diante das pressões vindas dos grupos Despesas Pessoais, influenciado pela COP30, e Habitação, devido ao aumento da energia elétrica. O subgrupo ‘alimentação no domicílio’ apresentou retração de -0,20%, enquanto alimentar-se fora de casa ficou +0,46% mais caro.  A importante safra de frutas e hortaliças, a oferta de leite no mercado, além da boa oferta de arroz e feijão, foi determinante para segurar os preços no varejo. Produtos como limão, maracujá, tomate, abobrinha, pepino, cenoura e leite longa vida tiveram quedas expressivas no mês, refletindo o impacto direto da produção agrícola sobre a redução do custo de vida dos brasileiros. A boa performance da agropecuária também compensou aumentos em energia elétrica, hospedagem e passagens aéreas, itens com grande peso no avanço do índice no mês. 
No Brasil, quem mais preserva é justamente quem menos recebe incentivo fiscal, já que a ampla maioria das propriedades rurais é formada por imóveis de pequeno porte, geralmente com menos de 100 hectares. São  mais de 6 milhões e trezentas mil propriedades pequenas, o equivalente a 93,2% do total, além de mais de 343 mil imóveis rurais médios (5%) e 123 mil grandes (1,8%), segundo dados oficiais do INCRA. Mesmo preservando áreas relevantes, no modelo atual esses produtores enfrentam barreiras para transformar conservação ambiental em renda por falta de regulamentação, conforme destaca o advogado tributarista do agro Fernando Melo de Carvalho. Fernando lembra que a Lei que criou a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), foi pensada justamente para remunerar propriedades rurais que conservam florestas, água, solo e biodiversidade. Na prática, porém, a falta de regulamentação e de um cadastro nacional estruturado ainda impede que o benefício fiscal seja usufruído completamente, o que desestimula a iniciativa por parte de pequenos e médios produtores. 
A busca por soluções que reduzam custos e tornem o transporte mais sustentável se tornou pauta central em empresas de logística, frotistas e produtores rurais. Nesse sentido, a Mexim Fuel Economy lança no Brasil o Economexim, um gerador de hidrogênio desenvolvido com tecnologia alemã, criado para atuar como aditivo inteligente ao diesel, aumentando o desempenho, reduzindo consumo e prolongando a vida útil do motor.  Instalado de forma simples, o equipamento injeta hidrogênio no coletor de admissão do veículo, potencializando a queima de combustível. O processo favorece maior eficiência energética, menor emissão de poluentes e redução de resíduos de carbono no motor. A empresa afirma que o resultado, observado em campo, inclui economia média entre 25% e 40% no consumo, além de até 30% de ganho de potência, dependendo do regime de rotação e do perfil de operação. 
A chegada da época das águas traz boas perspectivas na recria do gado, uma vez que o rebanho dispõe de uma maior disponibilidade e qualidade das pastagens para se alimentar, o que ajuda no ganho de peso. Ao mesmo tempo, é um período que traz desafios no manejo dos animais que, se não corrigidos, podem prejudicar sua saúde.  Com o pasto de qualidade e em boa quantidade, o produtor tem a perspectiva de um alto potencial de ganho de peso e de expressar seu potencial genético. Os animais de recria apresentam ganhos de peso diário significativos (podendo chegar a 700g a mais de 1kg/dia com suplementação adequada), com consequente redução do tempo até o abate ou da idade de entrada na reprodução. 
A Emater-MG apresentou aos seus profissionais as ações da empresa dentro do Novo Acordo de Mariana. O acordo foi criado para garantir a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), há dez anos. Ne acordo, a Emater-MG vai atuar na recuperação produtiva e ambiental de 1570 propriedades rurais, de 38 municípios mineiros. 
A Arapé Agroindustria se aliou à MSD Saúde Animal para buscar a Certificação em Bem-Estar Único - Missão de Cuidar. A obtenção veio após investimento e mudança de cultura em todo o processo de produção nas granjas da empresa. São 3.350 leitões por semana, que correspondem a uma produção de 402 toneladas de carne suína. A certificação colocou a empresa em um novo patamar: qualidade e valor agregado. Mas para chegar ao resultado, foram promovidas transformações. A busca pela sustentabilidade é prática comum na empresa, o que facilitou parte da mudança na produção.  Através da geração de energia limpa a partir de resíduos e dejetos, a empresa contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa e preservação da qualidade do solo, das águas subterrâneas e superficiais. Além de apresentar a vantagem de dar destino adequado às sobras de seus processos produtivos.  Na Arapé, o processo criatório considera o bem-estar dos animais através do controle do estresse, reduzindo e até afastando os mecanismos que desencadeiam estresse em um animal. Dentre as mudanças, foram instalados mais acessos água, a ração balanceada e até o método de vacinação, que usa o sistema da MSD  Saúde Animal que não usa a agulha na aplicação. Os galpões têm controle de temperatura e todos os animais são monitorados por sistema integrado que mede até a quantidade de alimento.
A produção de suínos vive um bom momento no Brasil. A carne, antes relegada a um segundo plano pelos consumidores, está se tornando uma opção de proteína acessível e saborosa. O consumo per capita de carne suína no Brasil alcançou 19,52 kg em 2024, segundo dados do IBGE. O consumo tem crescido consistentemente nos últimos anos, impulsionado pela maior acessibilidade, campanhas de marketing e versatilidade. Minas Gerais vai ainda mais longe. No estado, o consumo per capita, atingiu 27 kg em 2025. Pensando nisso, produtores estão investindo na qualidade.  A Arapé Agroindústria , em Formiga, a 190 km de Belo Horizonte, no centro-oeste mineiro, enxerga o processo de crescimento. Por isso, está investindo na qualidade da criação. Ao conquistar a Certificação em Bem-Estar Único - Missão de Cuidar, selo que avalia a cadeia produtiva de ponta a ponta, a empresa tem planos de investir ainda mais.
Em Formiga, município a 190 km de Belo Horizonte, no centro-oeste mineiro, a Arapé Agroindústria se destaca pela qualidade na suinocultura. Mas o que a difere de outras granjas? A Arapé conquistou a Certificação em Bem-Estar Único - Missão de Cuidar. Esse selo avalia a cadeia produtiva de ponta a ponta, do campo à indústria, impulsionando uma evolução contínua nas melhorias do dia a dia operacional. Para conquistar o certificado, desenvolvido pela MSD Saúde Animal e auditado pela QIMA/WQS, mais de 150 critérios foram avaliados, com base científica.   Todo o processo começa com a mudança de cultura. Desde a gestão da empresa, até o processo de produção. Tudo é avaliado.  Os requisitos precisam atender desde o bem-estar direto dos animais, que incluem qualidade da água, ração balanceada, vacinas, entre outros, e, o impacto para as pessoas, onde se incluem os colaboradores e gestores.  
A busca por mais eficiência na produção de uma fazenda passa pela atenção ao consumo de minerais pelo rebanho, que são nutrientes indispensáveis na composição das dietas bovinas por seus efeitos positivos como aumento da taxa de natalidade, do peso à desmama e diminuição da idade de abate, entre outros. Assim, os produtores precisam estar atentos para que na nutrição dos animais não haja deficiências desses elementos.  De acordo com o zootecnista e diretor técnico industrial da Connan,  empresa especializada em nutrição animal, Bruno Marson, cálcio, fósforo, sódio, cobalto, selênio, zinco e cobre, entre outros elementos, são essenciais para o bom desempenho produtivo por impactarem a fertilidade, a saúde hormonal, a produção de espermatozoides e o desenvolvimento embrionário em animais.  
O segundo trimestre de 2025 marcou um recorde histórico na população ocupada do agronegócio brasileiro. O boletim Mercado de Trabalho no Agronegócio, elaborado pelo Cepea em parceria com a CNA, registrou 28,2 milhões de trabalhadores, um avanço impulsionado pela participação feminina que, na comparação com o mesmo período de 2024, cresceu 1,9%, enquanto a ocupação masculina aumentou apenas 0,2%. Isso se traduz em 203 mil trabalhadoras no agro. Hoje, quase 4 em cada 10 (37,9%) postos de trabalho no agronegócio são ocupados por mulheres, totalizando 10,8 milhões de trabalhadoras. Mas não apenas na força de trabalho. No campo, a liderança feminina também avança de forma contínua, de acordo com o último levantamento do Observatório das Mulheres Rurais do Brasil da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O número de estabelecimentos rurais dirigidos por elas subiu 44% em 10 anos, indo de 656,2 mil para 946 mil (19% do total). Em número de hectares, houve um aumento de 66,5% (11.963.566 ha.) no intervalo. Esse dinamismo feminino se reflete na cafeicultura. Embora as mulheres estivessem no comando de apenas 13,2% das 304,5 mil propriedades cafeeiras registradas em 2017 no Censo Agropecuário 2017 do IBGE, no total elas já somavam 6,1 milhões na economia rural. Em Minas Gerais, os últimos dados mostram 86,7 mil estabelecimentos rurais liderados por mulheres, a maior parte deles (67,8 mil) na agricultura familiar, que responde por cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil, sendo a produção de lavouras responsável por cerca de 34% da atividade econômica. 
O Grupo UbyAgro, multinacional brasileira especilizada em nutrição e defensivos agrícolas, promove o Ideathon UbyAgro & ABCZ 2025. A maratona visa reunir estudantes, pesquisadores, empreendedores e profissionais para criar soluções inovadoras voltadas ao agronegócio.  Realizado em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), o evento acontece de 28 a 30 de novembro, no  Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Durante os três dias, os participantes serão divididos em grupos multidisciplinares e desafiados a propor soluções para problemas apresentados pelas instituições.  O Grupo UbyAgro levará ao desafio a necessidade de integrar informações estratégicas de mercado, patentes, registros e pesquisas científicas em uma plataforma de inteligência artificial, facilitando decisões e fortalecendo a competitividade do setor. Já a ABCZ propõe como desafio a criação de uma plataforma de comunicação centralizada para a Associação dos Funcionários da entidade, capaz de integrar notícias, eventos e prestação de contas, promovendo maior interação entre colaboradores e gestores. 
Nas Terras Altas da Mantiqueira, há mais de mil metros de altitude, em Alagoa, no Sul de Minas, que o seu Jayr Martins de Barros vive sossegado e produz famoso Queijo de Alagoa, que já conquistou paladares no mundo todo.  Desde de pequeno frequentava a queijaria do pai e assim foi aprendendo o ofício.  Na Fazenda Serra do Condado, a produção é toda artesanal. O segredo é a paciência, segundo conta seu Jayr, que mexe a massa até cozinhar para chegar no ponto perfeito. Todo esse saber, aprendido desde a infância, o senhor Jayr segue passando de geração em geração. Tatiane Barros Siqueira, sua filha, também é produtora de queijo artesanal, em Aiuruoca. Orgulhosa do pai e do legado que carrega, sempre que pode, está em Alagoa.  Tatiane conta que os queijos do pai, que é muito inventivo, têm sempre um formato diferente. 
Em outubro de 2025, a Coalizão Agricultura, liderada pelo CONSELHO EMPRESARIAL BRASILEIRO PARA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL e formada por mais de 40 entidades, realizou a entrega ao Presidente da COP30, o Embaixador Andre Correria do Lago, do relatório ‘Descarbonização do Agro – Caminhos para reduzir emissões e promover sustentabilidade’. Esse documento teve como objetivo apresentar um plano de descarbonização do setor até 2050. A executiva Claudia Veiga, especialista em sustentabilidade e ESG, atual  Gerente Sênior de Sustentabilidade Corporativa na Syngenta,  apresentou o relatório durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). O evento, intitulado "Descarbonização do Agro – Caminhos para reduzir emissões e promover sustentabilidade", é uma iniciativa co-anfitriã da Syngenta com a Citrosuco e a Reserva Votorantim. 
O Vale do Jequitinhonha guardava, até pouco tempo, um segredo de décadas que só as abelhas conheciam, mas que os apicultores mais antigos já desconfiavam. Até os anos 90, a apicultura no Vale do Jequitinhonha era basicamente extrativista. O mel era bom, mas era mais um produto entre outros, sem valor agregado e cujo potencial não era conhecido. A virada começou com a organização – primeiro em associações municipais, depois com a criação da Associação dos Apicultores do Vale do Jequitinhonha (Apivaje), e, mais tarde, da Cooperativa dos Apicultores do Vale do Jequitinhonha (Coopivaje). Com a união dos produtores, veio a qualificação e a profissionalização do beneficiamento. Mas o potencial do mel local ainda era apenas um palpite, e a peça que faltava estava nas universidades. Com o envolvimento da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, o mel da flor de aroeira, uma árvore nativa do sertão, foi posicionada no mercado como produto premium.
A saúde dos animais é um dos fatores que mais influenciam na produtividade da pecuária. Com um rebanho saudável, o produtor reduz perdas, evita gastos com medicamentos e garante melhores resultados na produção de leite e carne. A Emater-MG orienta que o manejo sanitário seja parte do planejamento de todas as propriedades, com atenção constante à vacinação, prevenção de doenças e controle de parasitas.De acordo com o zootecnista Manoel Lúcio Pontes Morais, coordenador técnico estadual da Emater-MG, o primeiro passo é manter um calendário sanitário atualizado e afixado em local visível.  Os cuidados começam logo após o nascimento do bezerro. O fornecimento do colostro nas primeiras horas de vida é considerado uma das medidas mais importantes, pois garante imunidade inicial contra várias doenças. Outro procedimento essencial é a cura do umbigo, feita com álcool iodado, para evitar infecções e complicações no recém-nascido.A vacinação é um dos principais instrumentos de prevenção. No caso da brucelose, a imunização de bezerras entre três e oito meses é obrigatória e deve ser feita por médico veterinário ou profissional credenciado. Já a vacina contra a raiva deve ser aplicada anualmente. 
Durante a COP30, a Nestlé Brasil assinou um acordo de cooperação geral com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), referência nacional e internacional em ciência aplicada ao campo, para acelerar o desenvolvimento de pesquisas e soluções tecnológicas sustentáveis voltadas à produção agrícola e pecuária no Brasil. Os dois primeiros projetos contemplados têm como objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa na produção de leite e de cacau — que, junto com a de café, formam as principais cadeias produtivas de ingredientes da Nestlé. 
O cafeicultor Guilherme Abreu Vieira, de 17 anos, colocou Minas Gerais no topo dos melhores cafés do Brasil deste ano. Com propriedade em Espera Feliz, na região do Caparaó, ele conquistou o primeiro lugar na categoria arábica no Coffee of The Year (COY). Um dos momentos mais aguardados da Semana Internacional do Café (SIC), a premiação do COY ocorreu na sexta-feira passada, no encerramento da feira. Minas Gerais também garantiu a 5ª colocação na categoria canéfora com a produtora Flávia Aparecida Lopes Silva, do Sítio Recanto da Mata, em Santa Rita do Ituêto.Quarta geração de cafeicultores da família Protázio na cafeicultura, Guilherme cresceu em meio a lavoura. 
Agricultores familiares do município de Moema, região Central de Minas, comemoram os 400 quilos colhidos de batata-inglesa. A ação é  resultado do projeto de difusão tecnológica da cultura do tubérculo, que visa diversificar a produção para atender às demandas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).O plantio foi realizado em abril deste ano e cada um dos dezesseis produtores receberam aproximadamente 2,5 kg de batata-semente. A agricultora Maria do Carmo Santos de Araújo decidiu investir na atividade para aumentar a renda e diversificar a produção. Ela está satisfeita com o resultado.De acordo com ela, a batata foi uma ótima opção para em feiras, mercados locais e para o Pnae, onde ela vende seus produtos. Maria do Carmo contou que Colheu 50 quilos e para o próximo ano tem expectativa de aumentar em 300% a produção de batata e também de outros legumes. 
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