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Café com Política
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Author: Jornal O TEMPO
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Entrevistas com os principais líderes políticos de Minas Gerais e do país sobre os assuntos mais evidentes da semana. Presidente, governadores, senadores, deputados, vereadores e representantes de entidades são questionados sobre tudo aquilo que o cidadão quer saber.
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A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) fez um balanço do ano legislativo de 2025 e afirmou que a entrada da Câmara dos Deputados em recesso representa uma “vitória para o povo brasileiro”. Em entrevista ao Café com Política, a parlamentar avalia que o Congresso atravessa um dos piores momentos de sua história recente, marcado, segundo ela, por retrocessos, chantagens políticas e enfraquecimento da democracia.“O balanço é muito ruim. E ainda bem que a Câmara entrou em recesso. É a maior vitória que o Brasil teve, porque nesse período nenhum direito do cidadão vai ser retirado”, afirmou. Para a deputada, o ambiente no Legislativo se deteriorou a ponto de tornar a paralisação temporária uma forma de proteção social. “De dezembro até o começo de fevereiro, nenhum direito vai ser retirado, nenhuma legislação vai ser afrouxada”, completou.Ao avaliar a condução da Câmara, Duda Salabert classificou a gestão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), como “fraquíssima”. Segundo ela, a ausência de pulso firme abriu espaço para que grupos mais radicalizados passem a ditar o ritmo do Parlamento. “Hoje, quem grita mais alto leva vantagem. Isso é péssimo para a democracia e para o parlamento”, criticou. Na avaliação da deputada, a piora do cenário político tem relação direta com a presidência da Câmara. “Se hoje nós estamos piorando consideravelmente a política do Brasil, isso tem a digital do Hugo Motta”, pontuou. Sobre as eleições de 2026, a deputada federal demonstrou preocupação com a estratégia da direita, que, segundo ela, passa pelo controle do Senado. “O maior projeto político da ultradireita não é a presidência, é o Senado”, afirmou, ao defender que o campo democrático concentre esforços na disputa pelas cadeiras da Casa. Em Minas, Duda apontou a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), como o principal nome progressista do Estado. “Quem defende a democracia tem que defender Marília Campos. Ela encarna hoje o grande nome da política democrática em Minas”.Durante a entrevista, a deputada também avaliou positivamente a possibilidade de o deputado federal Mário Heringer (PDT) disputar o Senado, como uma alternativa mais ao centro. “Seria um ótimo quadro. Minas ganharia muito com uma candidatura dele”, afirmou. Já sobre a ex-deputada Áurea Carolina (Psol), Duda reconheceu sua importância política, mas foi cautelosa quanto à viabilidade eleitoral. “Ela ajudou a renovar a esquerda em Minas, mostrou a importância da diversidade na política, mas as pesquisas têm mostrado que ela não tem grande chance de vitória. O grande nome para o Senado é Marília Campos”, avaliou.Na disputa pelo governo de Minas Gerais, Duda Salabert defendeu abertamente o nome do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PDT), e cobrou responsabilidade do PT. “Se o PT tiver o mínimo de responsabilidade por Minas Gerais, tem que apoiar o Kalil”, afirmou. Segundo ela, Kalil representa uma opção de equilíbrio em um cenário polarizado e tem histórico reconhecido, especialmente pela condução da pandemia. Ao avaliar a gestão do governo do Estado, a deputada fez duras críticas ao governador Romeu Zema (Novo) e aos pré-candidatos ligados ao seu grupo político. Segundo Duda, Zema mantém uma relação de submissão às mineradoras. “O Zema é o office boy das mineradoras”, afirmou, ao criticar a condução da política ambiental e a tentativa de privatização da Copasa. Ela também atacou as pré-candidaturas do vice-governador Mateus Simões (PSD), que classificou como continuidade de um “projeto entreguista”, e do senador Cleitinho (Republicanos), a quem acusou de desprezar a população mais pobre. “Querer tirar o pobre do jogo político é desconhecer a Constituição”, disse.No plano municipal, Duda Salabert classificou a gestão do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), como um “fracasso”. Segundo ela, a prefeitura foi fatiada para atender interesses do centrão e carece de um projeto estruturado para a cidade. “Não tem projeto educacional, não tem projeto ambiental, não tem projeto econômico. É a velha política do pão e circo”, criticou.A deputada também condenou os gastos com embarcações na Lagoa da Pampulha, afirmando que a população foi colocada em risco. Segundo ela, o governo do Estado chegou a oferecer barcos gratuitamente por meio da Copasa, mas a prefeitura recusou. “Por vaidade, o Damião erra e erra feio”, disse.Duda ainda acusou o prefeito de oportunismo no anúncio da tarifa zero aos finais de semana e feriados, feito após a Câmara rejeitar o projeto original. “O projeto foi construído pelos movimentos sociais e, depois da pressão popular, o prefeito anuncia como se fosse dele. Nunca foi pauta dele”, afirmou. Para a deputada, faltou humildade e reconhecimento do trabalho coletivo.Na pauta ambiental, Duda Salabert comentou a Operação Rejeito, da Polícia Federal, e afirmou que o esquema de corrupção envolvendo a mineração em Minas Gerais é muito maior do que o já revelado. “É apenas a ponta do iceberg”, disse. Segundo ela, denúncias feitas ao longo dos anos subsidiaram a investigação. “Tem muito mais político envolvido: da Assembleia, do Congresso, das câmaras e das prefeituras”, afirmou, alertando que novas fases da operação devem ocorrer.Ao avaliar a COP realizada em Belém, Duda reconheceu contradições e falhas, mas defendeu a realização do evento no Brasil. “Sem a COP seria pior”, afirmou. Para ela, a conferência se destacou pela ampla participação popular e pelos investimentos estruturais deixados na cidade. “Foi a COP com maior participação popular da história”, avaliou, defendendo, ainda assim, a necessidade de repensar o modelo global de negociação climática.
O líder do governo da prefeita Marília Campos (PT) na Câmara Municipal de Contagem, vereador Daniel do Ireneu (PSB), afirmou que a gestora “está acima do PT e de qualquer partido” e negou que haja, neste momento, qualquer discussão sobre sucessão municipal. Em entrevista ao Café com Política, exibido no canal de O TEMPO no YouTube, o parlamentar disse que Marília só deixará o cargo “no momento certo”. Para o vereador, a avaliação positiva da gestão de Marília Campos extrapola disputas partidárias. Na avaliação do vereador, apesar de a prefeita ser cotada tanto para uma candidatura ao Senado quanto ao governo de Minas em 2026, não há conversas internas sobre sua saída antecipada da Prefeitura de Contagem. Para o parlamentar, Marília tem sido clara ao afirmar que qualquer decisão será tomada apenas quando considerar adequado, mantendo, até lá, dedicação total à gestão municipal.O vereador também avaliou um eventual cenário de transição no Executivo, caso a prefeita deixe o cargo para disputar as eleições do próximo ano. Para ele, o vice-prefeito Ricardo Faria (PSD) tem plena capacidade de diálogo com o Legislativo e não representaria uma ruptura na condução do governo. O líder de Marília destacou que Ricardo tem origem no parlamento municipal, conhece o funcionamento da Câmara e está alinhado politicamente à atual gestão.Durante a entrevista, o líder do governo negou ainda a existência de crise na relação entre o Executivo e a Câmara Municipal após a chegada do ex-vereador Teteco para auxiliar na articulação política. De acordo com ele, os projetos enviados pela Prefeitura têm sido aprovados de forma ampla, muitos deles com apoio inclusive de vereadores da oposição, o que demonstraria, segundo ele, um ambiente de diálogo e estabilidade institucional.Daniel do Ireneu também falou o cenário político na Câmara e afirmou que a oposição é “bem estabelecida”, especialmente com vereadores do PL, mas segue sendo minoritária. Segundo ele, a base governista mantém maioria confortável e uma relação de diálogo permanente com a prefeita, o que tem permitido a aprovação das pautas consideradas importantes para a cidade.
A solução para os problemas de saneamento em Minas Gerais não está necessariamente atrelada à decisão de privatizar ou não a Copasa. Na avaliação do economista Marcos Lisboa, essa é uma escolha secundária diante de um fator considerado central: o modelo de regulação que será estabelecido para o setor.“O debate, às vezes, fica muito polarizado: privatiza ou não privatiza, governo ou setor privado? Esse debate superficial mais atrapalha do que ajuda”, avalia. O economista foi entrevistado pelo programa Café com Política, exibido no canal de O TEMPO no YouTube, nesta terça-feira (23/12).
O secretário de Governo de Belo Horizonte, Guilherme Daltro, fez duras críticas ao governo de Minas Gerais, comandado por Romeu Zema (Novo), ao afirmar que a política adotada pelo Estado tem adotado um tom de “deboche” com a capital e aposta em uma estratégia de “arrastar voto”. Em entrevista ao Café com Política, exibido nesta segunda-feira (22/12), Daltro avalia que a a postura do governo estadual ignora a complexidade da relação institucional com o município e acaba instrumentalizando temas administrativos com viés político.No campo das negociações institucionais, o secretário destacou as tratativas entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Copasa, afirmando que a outorga negociada no passado foi “muito generosa” com a companhia. Daltro defendeu que a capital mineira tenha sua participação devidamente valorizada no contexto do processo de privatização da empresa, ressaltando que o município tem direito a uma fatia compatível com sua relevância no sistema.Ao comentar o cenário político na Câmara Municipal, o secretário criticou a lentidão da Justiça Eleitoral na análise de processos de cassação envolvendo vereadores. Apesar disso, reforçou que a Prefeitura não interfere nesses processos, tratando o tema como uma “matéria interna” do Legislativo. Mesmo diante da possibilidade de cassações, Daltro avaliou que a base de apoio ao prefeito Álvaro Damião deve ser mantida.Sobre a gestão municipal, o secretário admitiu que mudanças no primeiro escalão podem ocorrer, citando ajustes em estruturas como a PBH Ativos. Ele afirmou que a Prefeitura avalia correções em empresas públicas, mas evitou fazer projeções, dizendo que não cabe “futurologia” sobre decisões administrativas ainda em análise.Daltro também abordou o processo de extinção da BHTrans, afirmando que a Prefeitura atua para desacelerar a transição e evitar sobressaltos na política de mobilidade urbana. No mesmo tema, comentou o projeto do Tarifa Zero, avaliando que a proposta acabou se atropelando em razão da rapidez de sua tramitação e da disputa política em torno do assunto.No plano eleitoral, o secretário afirmou que qualquer definição sobre 2026 envolvendo União Brasil e PP passará necessariamente pelo prefeito de Belo Horizonte. Segundo ele, o cenário ainda é abstrato, e as decisões políticas serão tomadas no tempo adequado, sob a liderança de Álvaro Damião. O próprio Daltro descartou ainda uma candidatura em 2026, afirmando que seu foco está na reeleição do atual prefeito.Por fim, o secretário avaliou que, após um início de ano conturbado, a base do governo na Câmara Municipal está consolidada. Ele também garantiu que as operações de crédito contratadas pela Prefeitura têm juros baixos e não comprometem o Tesouro municipal, reforçando a sustentabilidade fiscal da gestão.
O prefeito de Sabará, Sargento Rodolfo (Republicanos-MG), afirmou que a gestão tem concentrado esforços na prevenção de enchentes e deslizamentos para atravessar o período chuvoso com mais segurança. Segundo ele, a prefeitura já realizou ações de limpeza, drenagem e manutenção em pontos críticos da cidade e prepara um grande projeto de desassoreamento que deve alcançar cerca de 20 quilômetros de rios, incluindo trechos do Rio das Velhas e do Rio Sabará. Essa limpeza seria, de acordo com o executivo, o maior da história do município, impactando diretamente cerca de 10 mil famílias.Durante entrevista ao Café com Política, Rodolfo também fez um balanço do primeiro ano de mandato, marcado por dificuldades financeiras herdadas da gestão anterior. Ele disse ter assumido a prefeitura com uma dívida de R$ 185 milhões e orçamento frustrado de R$ 137 milhões, o que exigiu reestruturação administrativa e responsabilidade fiscal. Apesar disso, destacou avanços na segurança pública, como a formação de novos guardas municipais, a implantação de monitoramento com câmeras e inteligência artificial e a construção do primeiro complexo integrado de segurança pública de Minas Gerais.Na área da saúde, o prefeito ressaltou a reforma da UPA, a reabertura do atendimento do SUS na Santa Casa após mais de uma década e a retomada de cirurgias de baixa e média complexidade na cidade. Ele também citou investimentos em turismo, regularização fundiária e melhorias na relação com servidores municipais. Segundo Rodolfo, a gestão aposta no diálogo, na transparência e na articulação com os governos estadual e federal para recuperar o protagonismo de Sabará e melhorar a qualidade de vida da população.
A presidente nacional do PSOL, Paula Coradi, classificou como “desproporcional e vergonhosa” a decisão da Câmara dos Deputados que suspendeu por seis meses o mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). Em entrevista ao Café com Política, exibido nesta quarta-feira (17/12) no canal de O TEMPO no Youtube, Coradi afirmou que a punição foi fruto de uma articulação política liderada pelo ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em retaliação à atuação combativa do parlamentar contra o chamado orçamento secreto.“Nós tínhamos o entendimento de que a situação era muito difícil, porque existia uma articulação por trás, nos bastidores, do próprio Arthur Lira”, pontuou. Segundo ela, o processo contra Glauber ganhou força após o deputado ter intensificado os embates com Lira e ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) para bloquear cerca de R$ 4 bilhões do orçamento secreto por falta de transparência. “A partir dali, o grau de tensão aumentou bastante”, afirmou.Apesar do cenário adverso, a presidente do PSOL afirmou que uma articulação política envolvendo a bancada do partido, lideranças do Congresso e o governo federal conseguiu impedir a cassação do mandato. “Nós também contamos com o próprio Guimarães, que ajudou. Então, o governo teve um papel importante para impedir uma cassação injusta”, avaliou.Para Coradi, a suspensão aplicada a Glauber evidencia o que classificou como “dois pesos e duas medidas” dentro da Câmara. Ela comparou o caso do deputado do PSOL com outros episódios recentes. “Nós temos um deputado que tomou seis meses de suspensão por algo ínfimo, enquanto o Chiquinho Brazão sequer teve processo de cassação votado na Câmara, mesmo sendo indiciado como mandante do assassinato da Marielle”, disse. A dirigente também citou a decisão que manteve o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). “A Câmara também livrou a Carla Zambelli, que é condenada pela Justiça e está presa e foragida”, criticou.Ao avaliar a atuação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Coradi disse que houve abuso de autoridade e ausência de diálogo. “O presidente da Câmara não pode tomar dois pesos e duas medidas”, afirmou, citando ainda o uso da Polícia Legislativa contra parlamentares, agressões a deputados e o corte da transmissão da TV Câmara como “incidentes gravíssimos”.Apesar da punição, a presidente do PSOL avalia que o caso acabou ampliando a visibilidade do partido e do campo progressista. “O Glauber é um deputado muito combativo, que orgulha a nossa bancada”, disse. Para ela, a tentativa de cassação se insere em um movimento mais amplo de intimidação política contra mandatos de esquerda em câmaras municipais, assembleias legislativas e no Congresso Nacional. “São motivos totalmente políticos, que tentam calar a voz do PSOL e de outros partidos do nosso campo”, afirmou.Federação e eleições de 2026No campo eleitoral, Paula Coradi confirmou que o PSOL e a Rede Sustentabilidade estão em diálogo para renovar a federação para as eleições de 2026. “A nossa experiência é muito positiva, por isso, existe uma grande tendência de renovação”, afirmou. Segundo ela, o partido trabalha na montagem de chapas competitivas para os Legislativos estadual e federal e também para o Senado.Ao rebater críticas de que o PSOL atuaria como um “satélite do PT”, Coradi afirmou que o partido mantém autonomia política. “Somos um partido com muita autonomia. Não abaixamos nenhuma das nossas bandeiras para caber dentro de uma ou outra decisão do governo”, disse. Segundo ela, o PSOL tem protagonismo em pautas nacionais, mesmo integrando a base de apoio do presidente Lula.Boulos, São Paulo e Minas GeraisSobre o cenário de 2026 em São Paulo, Coradi afirmou que Guilherme Boulos pode ser candidato ao Senado, a depender da conformação do quadro eleitoral. “Se for candidato, a tendência é que seja ao Senado”, disse, destacando que ele deve cumprir um papel relevante na campanha, tanto em São Paulo quanto nacionalmente.A presidente do PSOL também destacou a deputada Érica Hilton como aposta central do partido em São Paulo. “Ela deve ser a grande puxadora de votos e pode ser uma das deputadas federais mais bem votadas do Brasil”, afirmou.Em Minas Gerais, Coradi disse que o PSOL trabalha para ampliar suas bancadas e defende a construção de unidade no campo da esquerda. O partido aposta nas candidaturas de Bela Gonçalves e Célia Xakriabá para a Câmara dos Deputados e lançou Áurea Carolina como pré-candidata ao Senado. “Queremos construir as melhores condições para que a esquerda volte a governar Minas Gerais”, concluiu.
Integrante do Executivo Estadual desde 2021, com atuações na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e na Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), Bárbara Botega assumiu um importante desafio ao ocupar a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), substituindo Leônidas Oliveira, que deixou o posto em meados de setembro deste ano.Desde então, a gestora tomou frente à continuidade de ações da pastas, além de propor novas iniciativas para alavancar o Turismo e a Cultura em Minas. Em entrevista ao Café com Política, no canal de O TEMPO no YouTube, Bárbara fala sobre os desafios do cargo, projetos que pretende trazer ao Estado e o legado que quer deixar para a cultura de Minas Gerais.
O deputado federal Pedro Aihara (PRD-MG) fez um alerta durante entrevista ao Café com Política sobre o que considera um “ativismo judicial danoso” do Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, episódios recentes, como a reação à chamada PEC da Blindagem, revelam uma “relação problemática” entre Judiciário e Congresso. Segundo o parlamentar, a discussão foi distorcida nas redes e parte da imprensa, reduzida à ideia de impunidade, quando a maior preocupação da maioria dos deputados era responder a interferências que, na avaliação dele, fragilizam o equilíbrio entre os Poderes.Aihara ressalta que não defende um STF enfraquecido, mas sim limites institucionais claros. Ele argumenta que decisões que avançam sobre prerrogativas legislativas abrem precedentes perigosos, capazes de afetar governos de diferentes orientações no futuro. “Hoje pode ser ideologicamente confortável; amanhã, não. O respeito à divisão constitucional de competências é indispensável”, afirmou. O deputado também critica a simplificação das narrativas políticas nas redes sociais, que, segundo ele, transformam debates técnicos em disputas apaixonadas e dificultam a compreensão do cidadão.Além da tensão institucional, Aihara discutiu temas como segurança pública e emendas parlamentares. Ele voltou a cobrar maior investimento federal no setor, alertou para a expansão de facções em Minas Gerais e no país e criticou o que chamou de “criminalização generalizada” das emendas, defendendo transparência e fiscalização, mas sem demonizar o instrumento. Por fim, disse que pretende disputar a reeleição em 2026 e adiantou que conversa com PP e União Brasil sobre eventual mudança partidária.
O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Patos de Minas, Luiz Eduardo Falcão (sem partido), afirmou, em entrevista ao Café com Política exibido nesta sexta-feira (12/12), que a relação institucional com o governo Romeu Zema vive um momento de afastamento provocado pelo próprio Estado. Segundo ele, prefeitos aguardam há quase três meses uma resposta do governo estadual sobre um documento que reúne as principais demandas das cidades. “Da nossa parte, não existe mal-estar. Mas parece que por parte do Estado está havendo um desrespeito em relação à AMM. E aí o desrespeito não é comigo, é com os municípios de Minas Gerais”, avaliou.Falcão destacou que, apesar de ter deixado o Partido Novo, mantém diálogo institucional com o governo e considera fundamental que todos os gestores façam o mesmo. “Eu tenho noção da minha responsabilidade de ter um relacionamento institucional. A AMM não vai se furtar ao seu direito de apresentar as demandas dos municípios”, afirmou.Críticas à privatização da CopasaUm dos principais pontos de atrito da AMM atualmente com o governo Zema é o projeto de privatização da Copasa. Para Falcão, o processo foi conduzido sem diálogo adequado com as prefeituras. “O processo foi atropelado. Não podemos ser ignorados”, pontuo.Segundo ele, os municípios não foram consultados antes da formulação do texto enviado à Assembleia Legislativa (ALMG). Falcão ressaltou que prefeituras têm responsabilidade direta sobre o serviço, inclusive sendo cobradas pela população quando há falta d’água ou problemas de saneamento. De acordo com o presidente da AMM, a associação apresentou uma emenda ao projeto e protocolou questionamentos no Tribunal de Contas do Estado para garantir que as cidades tenham autonomia para renegociar contratos. “Os municípios não serão os últimos a saber. Cada gestor vai ter a liberdade de aceitar, renegociar ou não renovar o contrato”, disse.Pacto federativo e “pautas-bomba”Durante a entrevista, Falcão afirmou ainda que o pacto federativo brasileiro não funciona na prática. “O pacto federativo é uma ficção. Retiram 85% do dinheiro das cidades e levam tudo para Brasília e para Belo Horizonte”, afirmou.O prefeito de Patos de Minas também falou sobre o impacto de aprovações no Congresso pisos salariais e novas obrigações sem fonte de custeio definida. “A bomba vai explodir no colo dos prefeitos. O dinheiro é um só e, muitas vezes, essas medidas recaem somente sobre os municípios”, alertou.Cenário eleitoral: governo, Senado ou CâmaraQuestionado sobre seu futuro político, Falcão disse não descartar disputar o governo de Minas, o Senado ou a Câmara dos Deputados em 2026. Reforçou, porém, que ainda não é o momento de definir candidaturas. “Não é hora de discutir cargos. O que eu vejo é que o momento não é de ter candidato de si mesmo”, afirmou.Falcão também lembrou que, se disputar qualquer cargo em 2026, terá de deixar seus dois postos atuais. “Se for candidato, tenho que renunciar à Prefeitura e à AMM”.Apesar de não ter filiação no momento, o presidente da AMM reconhece que já avançou em conversas com algumas siglas. “Republicanos é o partido com que mais conversei até agora”, afirmou. Ele também mencionou diálogos com PSD, PL e MDB, mas diz buscar um alinhamento programático antes de decidir o destino político.
Um grupo de ex-prefeitos mineiros está articulando uma chapa, com ao menos dez nomes, para disputar vagas na Câmara dos Deputados em 2026. A movimentação está sendo liderada pelo ex-presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e ex-prefeito de Moema, Julvan Lacerda. Ele comentou sobre a articulação durante entrevista ao Café com Política. A estratégia, segundo Lacerda, mira uma tentativa de enfrentar o que ele chama de “engessamento” do sistema político, além da dificuldade de renovação no Congresso. A ideia é formar uma chapa competitiva, baseada na pauta municipalista, capaz de eleger até três deputados federais. “Nosso grupo pode eleger até três deputados federais sem depender dos caciques”, afirmou.
O diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI), Marcus Pestana, faz um alerta grave: o Brasil caminha para um estrangulamento orçamentário já a partir de 2027. Segundo ele, o afrouxamento do arcabouço fiscal, a explosão da dívida pública e a falta de margem no Orçamento vão obrigar o próximo presidente a adotar medidas duras.Pestana critica a flexibilidade da nova LDO, aponta risco de desequilíbrio fiscal contínuo e afirma que o país precisa repensar sua estrutura de gastos, estancar a dívida e aumentar drasticamente sua capacid
O deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), líder da bancada na Câmara e presidente do partido em Minas Gerais, afirmou em entrevista ao Café com Política que o PT, por vezes, age de forma negativa com aliados, tratando-os como “segunda opção”. Ele citou o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PDT), visto por uma parte dos petistas como reserva para a disputa pelo governo do estado.“A maneira ruim de eles tratarem os companheiros é essa. Já começa chamando Kalil de segunda opção, opção alternativa. Ele é a primeira opção nossa. Acredito que não está na hora de impor condições para apoiar ou não apoiar. Decide. Se quiser ter um candidato próprio, tenha. Mas Kalil é o nome mais próprio, que não está com a direita”, disse.
O novo presidente do Avante em Minas Gerais e ex-secretário de Governo de Romeu Zema (Novo), Igor Eto, afirmou que pretende apoiar o governador na candidatura à presidência em 2026, assim como o vice Mateus Simões (PSD) para o Executivo estadual. Entretanto, ele afirma que ainda não há uma definição por parte da legenda em relação às próximas eleições. Em entrevista ao programa Café com Política, exibido no canal no YouTube de O TEMPO nesta quinta-feira (4/12), Eto explicou que os planos do Avante para o ano que vem envolvem consolidar as bancadas de deputados federais e estaduais de Minas.Eto deixou o Partido Novo e o governo Zema recentemente para presidir o Avante em Minas, com a missão de reorganizar a legenda no estado e montar as chapas que vão concorrer a cargos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e ao Congresso Nacional. Apesar de críticas e acusações de “traição” internas no Novo, o presidente do Avante afastou a ideia de que teria deixado a sigla por “mágoas” e afirmou que irá apoiar tanto Zema quanto Simões no ano que vem.
O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), Matheus Guimarães, estima que a ponte sobre o Rio São Francisco, na MG-402, no norte do estado, deve ficar pronta até o final de 2026. O equipamento liga a cidade de São Francisco a Pintópolis e será uma das maiores de Minas, com 1.120 metros de extensão e 13,8 metros de largura. O balanço sobre as obras foi feito durante entrevista ao programa Café com Política, exibido no canal no YouTube de O TEMPO nesta sexta-feira (28/11).





