DiscoverRetratos de Abril
Retratos de Abril
Claim Ownership

Retratos de Abril

Author: Expresso

Subscribed: 341Played: 3,275
Share

Description

Retratos de Abril é uma viagem em redor do 25 de Abril. À escuta dos sons da época, tenta fixar aquele tempo histórico. Encontra militares e políticos mas, também, a sociedade civil que se opôs ao Estado Novo e lutou pela liberdade. Dos generais e capitães aos líderes políticos; de escritores e poetas a advogados, médicos e professores universitários.

Retratos de Abril revela uma sociedade que, afinal, não era a preto e branco. 

Em 25 episódios, o Expresso conta-nos a História dos protagonistas que, há 50 anos, estavam prontos a construir a democracia.

Ficha técnica:

Episódios escritos por Lourenço Pereira Coutinho e narrados por Teresa Amaro Ribeiro, com música original e sonoplastia de João Luís Amorim, apoio à produção de Inês Marcelo e redes sociais de Tiago Serra Cunha. O genérico inicial tem a voz de Jorge Gomes e a capa é de Mário Henriques com João Carlos Santos. 

Retratos de Abril é um podcast especial do Expresso nos 50 anos da Revolução, com coordenação de Joana Beleza e direção de João Vieira Pereira.

Apoio:

Este podcast é realizado em parceria com a Hyundai.
26 Episodes
Reverse
Introdução

Introdução

2024-03-2801:231

Retratos de Abril é uma viagem até ao tempo em redor do 25 de Abril. À escuta dos sons da época, tenta fixar aquele tempo histórico. Encontra militares e políticos mas, também, a sociedade civil que se opôs ao Estado Novo e lutou pela liberdade. Dos generais e capitães aos líderes políticos; de escritores e poetas a advogados, médicos e professores universitários. Retratos de Abril revela uma sociedade que, afinal, não era a preto e branco.  Em 25 episódios, o Expresso conta-nos a História dos protagonistas que, há 50 anos, estavam prontos a construir a democracia. Estreia a 1 de Abril de 2024.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Fernando Salgueiro Maia foi a primeira cara do 25 de Abril. Foi ele quem venceu a fraca resistência do regime ditatorial, no Terreiro do Paço, e foi ele quem cercou o quartel do Carmo, onde estava Marcelo Caetano. Tudo sem provocar vítimas, como era sua prioridade. Quem foi este homem que sempre sonhou ser oficial do Exército, combateu em África, deu a cara pela revolução no terreno e, depois do 25 de Abril, recusou mais protagonismo? See omnystudio.com/listener for privacy information.
Maria de Lourdes Pintasilgo foi uma percursora. Foi a primeira mulher a ser ministra em Portugal e, mais tarde, chegou a ser primeira-ministra e candidata presidencial. Católica progressista, defensora dos mais desfavorecidos, teve nas políticas sociais e culturais o centro da sua intervenção política. Para uns foi apenas uma idealista, para outros era uma humanista focada no essencial: as pessoas. Quem foi esta mulher que abriu novas portas da política às mulheres? See omnystudio.com/listener for privacy information.
A 25 de abril de 1974, Adelino da Palma Carlos era já um conhecido professor universitário e advogado que defendera vários opositores do regime ditatorial. No entanto, poucos apostariam nele como futuro primeiro ministro do governo provisório. Descubra a biografia desta figura esquecida da história portuguesa neste episódio do podcast especial ‘Retratos de Abril’See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em 1972, Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa publicaram o livro “Novas cartas portuguesas”. As autoras ficaram conhecidas por “três Marias” e o livro foi muito falado sem, contudo, ser lido, pois foi apreendido pela censura três dias após a sua publicação. As autoras foram a julgamento em novembro de 1973, acusadas de atentado contra a moral pública  mas viriam a ser absolvidas a 7 de maio de 1974, ajudadas pelo 25 de Abril que trouxe, finalmente, a liberdade de expressão e o fim da censura. Qual o percurso das “três Marias” e o que contavam as “Novas cartas portuguesas”?  See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em abril de 1974, António de Spínola e Francisco da Costa Gomes eram os generais mais prestigiados do exército português. Ambos viriam a ser figuras políticas centrais após o 25 de abril, primeiro na Junta de Salvação Nacional e depois como presidentes da República. Neste episódio do podcast ‘Retratos de Abril’, recordamos duas figuras emblemáticas dos primeiros anos da revolução.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em março de 1970, a poeta Natália Correia foi condenada a pena de prisão suspensa pela publicação do livro “Antologia da Poesia Satírica e Erótica Portuguesa”. Chegou a pensar defender-se em verso, como o fez, anos mais tarde, em plena Assembleia da República, com o célebre poema que dedicou ao deputado do CDS João Morgado, quando este defendeu que “o ato sexual é para fazer filhos”. Natália Correia era assim: original, insubmissa, provocadora e livre, sobretudo livre. Quem foi esta mulher que gostava de se dizer “poeta” e não “poetisa”, que organizou salões literários onde se reunia a oposição ao Estado Novo e que nos deixou o seu original conceito de “Mátria”?See omnystudio.com/listener for privacy information.
6 de maio de 1974: Sá Carneiro, Magalhães Mota e Pinto Balsemão fundaram o PPD, Partido Popular Democrático, um dos primeiros a surgir depois do 25 de Abril. Já existiam o PCP, fundado em 1921, e o PS, sucessor da Ação Socialista Portuguesa, fundado em 1973. Pouco tempo depois, em julho, foi fundado o CDS: Centro Democrático e Social.  Por circunstâncias várias, estes foram os quatro partidos estruturantes do regime democrático. Este episódio relembra os seus fundadores e principais figuras da época, sublinhando a importância dos partidos políticos para uma democracia representativa.    See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em 1964, “Livro Sexto”, de Sophia de Mello Breyner, recebeu o grande prémio de poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores. Este foi um livro marcante na obra da poetisa, evidenciando o seu compromisso com a liberdade e a justiça social. Este episódio narra o percurso da poetisa que se opôs ao regime ditatorial e que um dia escreveu “Eu posso dizer que escrevo para transformar o mundo. Eu penso que a poesia deve transformar o mundo”.  See omnystudio.com/listener for privacy information.
Casa do Povo de Óbidos, 1 de dezembro de 1973. Cerca de 180 militares do quadro dos oficiais das Forças Armadas reuniram-se sob um pretexto trivial: fazer um magusto. Na verdade, esta foi uma importante reunião clandestina do então chamado “movimento dos capitães”. Em Óbidos, os oficiais presentes tomaram a decisão de avançar para um golpe de estado e elegeram uma comissão coordenadora do movimento. Oiça este episódio do podcast narrativo Retratos de AbrilSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A 25 de janeiro de 1973, o deputado Francisco Sá Carneiro endereçou uma carta de renúncia ao presidente da Assembleia Nacional. Na carta, lembrou que fora eleito como independente e denunciou a obstrução sistemática a todas as suas iniciativas legislativas. Durante cerca de quatro anos, Sá Carneiro procurou em vão reformas que permitissem a liberdade de imprensa, o fim dos presos políticos e eleições livres para a presidência da República. Quando bateu com a porta, exclamou: “é o fim!”. Recorde a sua vida neste episódio do podcast Retratos de AbrilSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Maria Lamas (1893-1983)

Maria Lamas (1893-1983)

2024-04-1114:151

28 de abril de 1974, estúdios da RTP. Ainda espantada com o que o país vivera nos últimos dias, Maria Lamas mostrava-se esperançada numa nova vida, mais justa, sobretudo para as mulheres. Direitos iguais para as mulheres foi o combate de vida desta mulher singular, que divorciou-se duas vezes, numa época em que tal era estigma, foi das primeiras jornalistas profissionais, presidiu ao conselho nacional das mulheres portuguesas, esteve presa e exilada por opor-se ao regime ditatorial. Oiça a sua biografia neste episódio do podcast Retratos de AbrilSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A 4 de dezembro de 1970, a SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, foi fundada como uma entidade independente do poder político e com o objectivo de refletir sobre os problemas do país e propor soluções para o seu desenvolvimento. Encarada com desconfiança pelo regime ditatorial, a SEDES revelou-se na plenitude em democracia. Os seus estudos têm dado contributos válidos em áreas setoriais decisivas, desde os transportes à agricultura, e vários dos seus associados  integraram os governos provisórios e constitucionais. Oiça este episódio do podcast Retratos de Abril dedicado ao associativismo da SEDESSee omnystudio.com/listener for privacy information.
José Afonso (1929-1987)

José Afonso (1929-1987)

2024-04-1313:471

A 29 de março de 1974, o Coliseu dos Recreios encheu-se para assistir ao primeiro encontro da canção portuguesa. Estavam anunciados nomes como Carlos Paredes, Adriano Correia de Oliveira, Fernando Tordo e José Afonso, quase todos eles com músicas proibidas pela censura. No final, entoaram em conjunto “Grândola vila morena”, música de Zeca Afonso editada em 1971 e que escapou milagrosamente à censura. Dias depois, esta seria uma das senhas do 25 de Abril.  See omnystudio.com/listener for privacy information.
A 4 de outubro de 1965, um grupo de católicos oposicionistas publicou um manifesto a criticar o regime ditatorial, a guerra e a falta de liberdades cívicas. Helena Cidade Moura estava neste grupo, tal como esteve com a oposição nas eleições de 1969, apoiando a CDE. Para Helena Cidade Moura a prioridade era lutar pelas liberdades cívicas e pelo acesso de todos à educação e cultura. Já depois do 25 de abril, como dirigente do MDP/CDE, foi uma das principais responsáveis pelas campanhas de alfabetização, num país que, no início da década de 1970, tinha cerca de 25% de pessoas que não sabiam ler. Oiça este episódio do podcast Retratos de AbrilSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Miguel Torga (1907-1995)

Miguel Torga (1907-1995)

2024-04-1513:471

Leiria, 2 de dezembro de 1939. O médico Adolfo Correia da Rocha foi preso no seu consultório pela PSP e enviado para Lisboa, para ser interrogado pela PVDE (antiga PIDE). Este médico era o poeta e escritor Miguel Torga.  O motivo da prisão: a queixa de Nicolás Franco, embaixador de Espanha em Portugal a propósito do livro “A Criação do Mundo”, onde o escritor denunciou os horrores da guerra civil de Espanha. Oiça a biografia de um dos principais escritores do século XX português no podcast Retratos de AbrilSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Lisboa, capela do Rato, 31 de dezembro de 1972. Centenas de pessoas concentraram-se em reflexão e protesto contra a continuação da guerra colonial: Nuno Teotónio Pereira, Fernando Pereira de Moura, e o estudante liceal Francisco Louçã, então com 16 anos, eram alguns dos participantes. A polícia cercou o local e, como ninguém arredou pé, entrou na capela e fez inúmeras prisões. Foi a quarta vez que o arquiteto Nuno Teotónio Pereira foi preso, só libertado após o 25 de Abril. Esta é a sua biografia no podcast especial Retratos de AbrilSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Cidade Universitária de Lisboa, 10 de maio de 1962. Cerca de 90 estudantes estavam em greve de fome na Cantina da universidade após decretar luto académico em protesto contra a revogação da autonomia universitária e a suspensão do dia do estudante. O senado da Universidade deu então uma hora para que a cantina fosse evacuada. Caso contrário, o assunto passaria para as mãos da polícia. Os estudantes não cederam e a PSP entrou na cantina. Foram presos quase 100 estudantes, entre eles Jorge Sampaio, que esteve preso em Caxias durante 3 dias. Oiça a biografia desta figura incontornável do panorama político português neste podcast especial Retratos de AbrilSee omnystudio.com/listener for privacy information.
José Ferreira de Castro nasceu no longínquo ano de 1898 e emigrou, como tantos outros, para o Brasil quando tinha 12 anos. Foi seringueiro, um duro trabalho, quase escravo, de extrair borracha por horas a fio sob um calor abrasador. A sua sorte foi saber ler, escrever e fazer contas. Autor de obras incontornáveis como “A Selva”, candidato ao Prémio Nobel, contestador do Estado Novo e jornalista: oiça aqui a imensa vida de Ferreira de Castro no podcast Retratos de AbrilSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Quartel da Pontinha, Regimento de engenharia 1, noite de 24 de abril de 1974. O posto de comando do Movimento das Forças Armadas aguardava com ansiedade que “Grândola vila Morena”, canção de José Afonso, tocasse no programa “Limite” da Rádio Renascença. Era a senha para o inicio da operação “derrube do regime”, planeada pelo major Otelo Saraiva de Carvalho. Oiça a biografia desta figura ímpar e polémica no podcast narrativo Retratos de AbrilSee omnystudio.com/listener for privacy information.
loading
Comments 
Download from Google Play
Download from App Store