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Sentipensante - Podcast sobre Design e América Latina
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Sentipensante - Podcast sobre Design e América Latina

Author: Sentipensante

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O Podcast Sentipensante é um projeto de extensão do departamento de Design da UFPE, coordenado pela professora Cris Ibarra. Em nossa equipe de produção temos Hércules Monteiro, José Yank da Silva, Natalia Amorim, Beatrix Lee, Maria Eduarda Barbosa, Adriel Oliveira, Maria Vitória Bandeira, Mariane Vilarim, Bruna Avellar, Lyvia Martins e Nicole Lira. Para a realização e produção desta segunda temporada, o Sentipensante foi contemplado na Lei Paulo Gustavo da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco.

Instagram: @sentipensante.podcast | Twitter: @sentipensantepd | Facebook: @sentipensante.podcast | Email: sentipensante.podcast@gmail.com | www.sentipensantepodcast.com
20 Episodes
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No episódio de hoje, encerrando nossa segunda temporada, Cris Ibarra conversa com Natalia Amorim, Trix Lee e Yankee, integrantes da equipe do Sentipensante. Nos reunimos para compartilhar as motivações que nos trouxeram até aqui, as transformações que vivemos e tudo o que aprendemos ao longo do caminho. Falamos sobre design como processo, presença, escuta e o afeto como método. Já estamos com saudade — mas seguimos sentipensando juntos. Vem com a gente?Se você curte o nosso trabalho, conta pra gente! Vamos adorar saber o que você pensa. Deixa teus comentários no spotify ou no instagram do Sentipensante. 00:00 Intro02:26 Introdução ao Podcast e Apresentação da Equipe03:24 Motivações para Participar do Projeto09:58 Experiências e Aprendizados no Podcast12:06 Mudanças de Perspectiva sobre Design20:10 O Afeto como Método no Design23:14 Repercussões e Impactos do Podcast23:40 Preparativos para a Bienal de Design29:50 Episódios Favoritos do Podcast35:10 Desejos para a Próxima TemporadaTranscrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeod Edição do programa: Nicole Lira e Cris Ibarra "Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
No episódio de hoje, Cris Ibarra conversa com Ana Claudia Rodrigues, antropóloga e professora da UFPE. Falaram sobre definições da antropologia, sobre a virada ontológica, a virada animal e os caminhos que essas transformações vêm abrindo no campo. Ana Claudia também nos contou sobre projetos que está desenvolvendo com tubarões no Recife — iniciativas que buscam, entre outras coisas, desconstruir o imaginário que associa esses animais ao papel de vilões na cidade.Falaram ainda sobre como a antropologia vem se expandindo para o estudo das vidas em plural, indo além da centralidade humana. Segundo Ana Cláudia, essa ampliação não veio apenas da academia, mas principalmente das próprias comunidades com as quais os(as) antropólogos(as) têm trabalhado. Para muitas delas, não há separação entre natureza e cultura, como costuma ocorrer na ontologia ocidental.E, claro, conversaram também sobre os possíveis entrelaçamentos entre o design e a antropologia — e os caminhos potentes que podem emergir desses encontros.Se você curte o nosso trabalho, conta pra gente! Vamos adorar saber o que você pensa. Deixa teus comentários no spotify ou no instagram do Sentipensante. 00:00 Apresentação03:03 Introdução sobre antropologia e design - CUIDA05:46 A importância da antropologia12:07 Projetos com tubarões em Recife23:11 Virada ontológica e animal na antropologia34:02 Relações entre Humanos e tubarões48:20 Contribuições do design para a antropologiaTranscrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeod Edição do programa: Nicole Lira e Cris Ibarra "Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
No episódio de hoje do Sentipensante, Cris Ibarra conversa com o antropólogo Fred Lúcio, coordenador e apresentador do Antropocast — um podcast feito para quem não é especialista em antropologia, mas tem curiosidade sobre o tema.Falamos sobre o que é a antropologia, suas conexões com o design e como o pensamento ocidental moderno influenciou a separação entre natureza e cultura. Fred destaca a importância da antropologia para compreender a complexidade humana e critica as dicotomias impostas pela modernidade, defendendo a interdependência entre seres e saberes. Ele valoriza outras ontologias e epistemologias — como as indígenas e as afropindorâmicas — como caminhos potentes para repensar o mundo.A conversa também mergulha no papel histórico de pensadores como Descartes e Francis Bacon na construção dessa separação entre natureza e cultura, e reflete sobre como o design pode aprender com abordagens mais colaborativas, sistêmicas e plurais para enfrentar os desafios do presente.Neste episódio, Fred também responde a duas perguntas enviadas por Beatrix Lee e Natalia Amorim, integrantes da equipe do Sentipensante.Se você curte o nosso trabalho, conta pra gente! Vamos adorar saber o que você pensa. Deixa teus comentários no spotify ou no instagram do Sentipensante. 00:00 Introdução02:09 Começo do episódio 06:46 O Que é Antropologia?08:32 A Divisão Natureza-Cultura22:19 Colonização e modernidade37:52 Francis Bacon e a Ciência a Serviço da Dominação da Natureza47:23 Perguntas de Natalia e BreatrixTranscrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeod │ Música do começo do episódio: Abulidu - Quilombo UrbanoEdição do programa: Nicole Lira e Cris Ibarra "Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
No Sentipensante de hoje, Cris Ibarra conversa com Thulio Xambá, percussionista, produtor cultural, educador e integrante do Centro Cultural Grupo Bongar, localizado na Nação Xambá, o primeiro quilombo urbano do Nordeste. Thulio nos contou sobre suas experiências na Nação Xambá, no Centro Cultural e nos diversos grupos musicais dos quais faz parte. Falou sobre figuras importantes da comunidade, como Guitinho da Xambá, e compartilhou suas vivências como arte-educador, destacando suas estratégias para valorizar a cultura afropindorâmica e seus sonhos para o futuro.Quase no final do programa, Thulio nos explica o que é aquilombar. Para ele, significa juntar forças, fortalecer e empoderar, tanto dentro da comunidade negra e periférica quanto com aliados que possam contribuir para a luta. Ele explica que o aquilombamento não se trata apenas de reunir pessoas, mas de criar espaços de pertencimento e resistência, onde a cultura, a arte e a identidade são valorizadas. Vamos aquilombar o design! 00:00 Introdução04:28 Começo do episódio 06:46 O que é o Centro Cultural Grupo Bongar 11:40 O papel do Centro Cultural na preservação cultural21:18 Envolvendo os jovens na apreciação cultural31:51 Exu: o mensageiro no candomblé33:07 A música como ferramenta de resistência40:50 Planos e sonhos para o futuro 43:37 Definindo o AquilombamentoTranscrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeod │ Música do começo do episódio: Abulidu - Quilombo UrbanoEdição do programa: Cris Ibarra "Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
No Sentipensante de hoje, Cris Ibarra conversa com Adikayani e Carmem Fulni-Ô, líderes da Articulação Indígena de Mulheres em Contexto Urbano de Pernambuco (AIMCUPE), sobre suas vivências na cidade do Recife, o coletivo, seus povos, territórios, os encantados e o papel da música nas aldeias Xukuru e Fulni-ô.A atuação delas no coletivo traz aprendizagens para nós designers. O design e todas as habilidades que adquirimos estudando design, na maioria das vezes, favorecem o sistema capitalista principalmente, ou seja, se prioriza o lucro acima de outras questões. De que maneira o design pode ser um ato de resistência? Neste programa, a conversa com a AIMCUPE nos lembra a força da união de mulheres, a força do coletivo, que utilizam a arte e a palavra como instrumento de luta, resistência, educação ambiental, fortalecimento espiritual, melhora da qualidade de vida, empoderamento e autoestima das mulheres. O design se unindo a coletivos como esse, a movimentos sociais de luta e resistência, contribui com a proliferação de mundos, com o respeito e a valorização da vida em toda sua pluralidade de formas. 00:00 Introdução04:21 Começo do episódio 05:52 Apresentação das convidadas07:07 A luta e a formação da AIMCUPE14:34 Atividades do Coletivo20:48 Desafios do coletivo e a vida urbana28: 46 Os encantados - Espiritualidade38:32 A música como forma de resistencia e curaTranscrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeodEdição do programa: Nicole Gaspar e Cris Ibarra "Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
No Sentipensante de hoje, Eduardo Souza, Thaís Barros e Cris Ibarra se reúnem para um mergulho profundo no livro “Decolonizing Design: A Cultural Justice Guidebook” da antropóloga americana Elizabeth (Dori) Tunstall. 🌍📚Tunstall desafia a ideia de que a tecnologia melhora a vida de todos. Ela revela como terras indígenas têm sido usurpadas para dar lugar a avanços tecnológicos, expõe como a Revolução Industrial piorou a vida dos trabalhadores e aumentou a desigualdade, e discute como certas invenções agravaram a escravidão nas Américas.Com suas ricas experiências em empresas de design e inovação em Chicago, Tunstall também lança críticas afiadas à Bauhaus e nos ajuda a compreender melhor as raízes do racismo nos Estados Unidos.No final do episódio, fazemos uma análise crítica do texto, destacando tanto os pontos fortes quanto as áreas que merecem reflexão. Não perca!00:00 Introdução02:40 Começo do episódio - Contextualização12:55 Chicago Multi-étnica17:00 Mitos modernistas20:08 Críticas à Bauhaus25:44 Industrialização: Um romance ruim30:41 Sangue na tecnologia32:22 Críticas ao textoTranscrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeodEdição do programa: Nicole Gaspar e Cris Ibarra "Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Neste episódio, Carol Melo e Cris Ibarra mergulham no fascinante texto 'O que diriam os animais se...?' de Vinciane Despret, uma brilhante filósofa da ciência e psicóloga belga. Esse texto foi publicado no caderno de leitura #45 da Editora Chão da Feira. No texto, a autora fala sobre como o tempo de extinções nos obriga a criar outras histórias na ciência, que nos ensinem a mudar nossa relação com o mundo, torná-lo menos violento, menos mecânico, menos dominador. Discute termos como cosmoecologia que seria a união entre ecologia e cosmos, um conceito que representa a interligação entre humanos, deuses e animais, reforçando o vínculo entre natureza e cultura. Ela propõe que, na ciência, a relação dos humanos com os animais seja de atenção, tato e responsabilidade. Para ela, conhecer bem e cuidar são sinônimos e propõe criar ambientes confortáveis para os animais, de tal maneira que mostrem do que eles são capazes. Fala sobre o termo: “parceiros estranhos”, uma maneira de se referir aos animais e um convite a nos interessarmos pelas coisas estranhas que eles fazem e entender a forma de inteligência que ela traduz. Também explica o conceito de involução que seria voltar-se para o outro para evoluir. Várias espécies recriam novas relações, novas trocas que as modificam, evoluem em colaboração. Na parte final da conversa, Carol e Cris refletem sobre como essas ideias se relacionam com o design. Ao término deste episódio, Lyvia Martins estará respondendo aos comentários de nossa audiência nas redes sociais. Este espaço tem o objetivo de tornar o podcast sentipensante mais participativo!Então, prepare-se para um episódio inspirador e envolvente!00:00 Introdução03:15 Começo do episódio06:21 Conceito de cosmoecologia18:18 Molde narrativo / Matriz narrativa21:16 A semântica usada não é inocente (neutralidade)24:28 Parceiros estranhos28:49 Agentes secretos31:29 Evolução /Involução37:50 E o design?42:03 Sessão de redes sociais com Lyvia MartinsTranscrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeodEdição do programa: Nicole Gaspar e Cris Ibarra "Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Corte do episódio 02 STP#4 │ Design de pés descalços: Lendo Tim IngoldAgora, além do episódio tradicional, teremos cortes de até 10 minutos para facilitar ainda mais o seu acesso ao melhor do design! 🔥Neste episódio, discutimos como botas e cadeiras nos afastam do chão e do nosso entorno 🌍, além de valorizar o processo no design com insights imperdíveis! 🎨✨Participantes: Maria Eduarda Belém, Fábio Santana e Cris IbarraMúsica principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeodEdição do programa: Hércules Monteiro e Cris Ibarra
Corte do episódio 02 STP#4 │ Design de pés descalços: Lendo Tim IngoldAgora, além do episódio tradicional, teremos cortes de até 10 minutos para facilitar ainda mais o seu acesso ao melhor do design! 🔥Participantes: Maria Eduarda Belém, Fábio Santana e Cris IbarraMúsica principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeodEdição do programa: Hércules Monteiro e Cris Ibarra ----Transcrição do corte:o sair do chão além de gerar botas e sapatos, vai gerar também as cadeiras. E as cadeiras vão ajudar nessa situação do ato de viajar, que Ingold nos apresenta e também desenvolvem críticas e traz outros viés aí que vai construir essa sociedade sentada, que viajar você só tem que prestar atenção no seu destino final, você não presta atenção na paisagem, naquilo que está te afetando, para não influenciar naquilo que você vai produzir quando chegar no seu destino final. Enquanto que o caminhar tem que ser aquela caminhada de maneira bastante corporificada, dialogada com a cada passada que a gente vai construindo. É por aí. Cris Ibarra: Isso, nas viagens ele fala aqui, em relação às viagens, ele diz: “somente quando a mente está em repouso, não mais sacudida e abalada pelos deslocamentos físicos do seu alojamento corporal, ela pode operar adequadamente. Enquanto estiver entre um ponto de observação e outro, ela está efetivamente incapacitada.”. Esse era o pensamento daquela época. Então era uma negação do movimento, do movimento que estava separado do ato de pensar e que não só separado, que ainda estava atrapalhando, é o pensamento, basicamente, esse lado cognitivo, essa parte cognitiva.Maria Eduarda: Ele mais na frente, inclusive, dando um pulo bem grande, mas a gente faz que nem ele vai e volta, né? O Ingold, ele coloca aqui que a locomoção, não a cognição, deve ser o ponto de partida para o estudo da atividade perceptível. Então ele vai muito fortemente de encontro a essa percepção aí que é posta, porque ele diz que é a condição, se não é conom, é da construção da percepção e dessa atividade do conhecimento, da inteligência, à locomoção. Então você não pode ignorar que você está em movimento. E essa interação da gente, em movimento, é que vai construindo o entorno, né? O mundo que a gente vive, o ambiente que a gente está. É engraçado que ele traz mais à frente o Goffman, que é cara que fala, bom, a gente colocou as calçadas, está tudo pavimentado, então andar ao invés de ser uma coisa atropelada, ai meu Deus, eu vou pisar numa poça de lama, eu vou cair… ficou uma atividade onde você tem que se preocupar, na verdade, em olhar, né? O caminhar nas cidades modernas virou uma atividade mais do âmbito visual, né? E você socializar através do caminhar com o olhar. Muda também essa história, né? Então tem uma coisa assim do foco de onde você está olhando. Você não olha mais para o chão. Se você for olhar para o chão é para ver se tem algum sujo, alguma coisa que tropeçou e tal, não sei o que. E aí, me chama a atenção essa ideia de associar o chão a um lugar que você olha porque tá sujo, porque tem alguma coisa errada que vai atrapalhar o caminhar, né? Isso é muito, acho que flagrante desse pensamento, dessa visão moderna, né? Inclusive um pouco… A visão permanece suprema, ele fala aqui. É como se você olhasse só para os outros e tem a coisa de ver e ser visto, né? E o chão só ali, naquele momento, você olha para o chão só para ver se tem alguma coisa ruim, né? Cris Ibarra: Ruim, exatamente. Mas é uma percepção meio que cortada, assim. Não é a percepção de sentir realmente o caminho que está ali se desdobrando, né? É só se tem uma sujeita. É algo realmente que chama a atenção pro visual e não para a percepção que a gente tem nos pés, essa capacidade de percepção que está nos pés. E aí ele, mais para frente, gente, já para ir avançando no texto, aí ele vai falar sobre três áreas, ele vai falar sobre meio ambiente, tecnologia e paisagem, que para mim é uma das partes mais interessantes. Enfim, ele vai falar sobre como a gente não percebe isso, isso que a gente está falando o tempo todo, não só com os olhos, mas com os ouvidos, com a superfície da pele, com o corpo todo.Maria Eduarda: Ele fala assim, essa coisa aqui assim, “a falta de chão da sociedade moderna, caracterizada pela redução da experiência pedestre, a operação de uma máquina de andar e pela correspondente elevação da cabeça acima dos pés como âmbito da inteligência criativa, não está apenas profundamente enraizada nas estruturas da vida pública e nas sociedades ocidentais. Também se tem derramado sobre a corrente principal de pensamento nas disciplinas da antropologia, da psicologia e da biologia.” O que tem implicação, enfim, são as disciplinas que tratam da vida humana, né? E da relação, não só da vida humana, da vida, na verdade, como a gente se relaciona com o ambiente entre nós, como é a cultura, né? Contamina absolutamente tudo, né? E tem uma coisa assim que ele coloca que, que ele acha que uma abordagem mais literalmente aterrada da percepção deveria ajudar a restaurar o lugar adequado do tato no equilíbrio dos sentidos. Nós não estamos percebendo o mundo com os sentidos equilibrados. Não existe equilíbrio entre os sentidos na percepção do mundo que a gente tem, no mundo moderno hoje. E ele fala que isso é muito ruim, é prejudicial. Eu acho isso muito bacana, uma colocação muito pertinente. Cris Ibarra: Como a visão e a audição são realmente mais valorizados e o tato realmente não é. E aí mais pra frente, ele vai dizer que a vida, ele diz, “mas na vida real, na maioria das vezes, não percebemos as coisas de único ponto de vista, mas sim andando por elas.” É muito interessante essa percepção, né, Duda? Sobre ele citando Gibson.Maria Eduarda: É, exatamente. Que ele fala, “percebemos suma, não a partir de ponto fixo, mas ao longo do que o Gibson chama de caminho de observação. Isso eu acho genial. Eu acho, é isso, um caminho de observação. A gente constrói o mundo através de um caminho de observação. Cris Ibarra: E através do movimento. A locomoção vai te ajudar a perceber, não é do ponto de vista só. E graficamente isso faz muito sentido. A gente vai conhecer quando a gente ver uma coisa, vamos dizer assim, uma versão 3D das coisas, não só a partir de uma visão, de um ponto de vista, mas quando a gente caminha, esse caminho da percepção é muito gráfico, essa imagem.
Neste episódio, Cris Ibarra, Maria Eduarda Belém e Fábio Santana discutem o capítulo “A cultura no chão: o mundo percebido através dos pés” que faz parte do livro “Estar vivo” do antropólogo britânico Tim Ingold, publicado pela Editora Vozes. Maria Eduarda Belém e Fábio Santana são doutorandos do Programa de Pós Graduação em Design da UFPE. Os três conversam sobre como o caminhar é uma atividade inteligente distribuída por todo o corpo humano e como sociedade europeia tem se afastado do chão. Eles refletem também sobre como essas ideias se relacionam com o design. No final deste episódio, Yankee, integrante da equipe do Sentipensante, responde os comentários da nossa audiência nas redes sociais.Transcrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeodEdição do programa: Hércules Monteiro e Cris Ibarra "Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Neste episódio, Cris Ibarra e Fernanda Regueira discutem o capítulo “Uma ameaça para a ressurgência holocênica é uma ameaça à habitabilidade” que faz parte do livro Viver nas Ruínas da antropóloga norte-americana Anna Tsing, publicado pela editora Mil Folhas do IEB. Fernanda Regueira é designer, professora e doutoranda do Programa de Pós Graduação em Design da UFPE. As duas conversam sobre conceitos como sustentabilidade, antropoceno, holoceno, ressurgência, plantations, entre outros e a sua relação com a prática e pesquisa em design. No final deste episódio, Adriel Oliveira, integrante da equipe do Sentipensante, responde os comentários da nossa audiência nas redes sociais.Transcrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeodEdição do programa: Cris Ibarra e Fernanda Regueira. "Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Neste episódio, discutiremos o texto “Contra o terricidio” de Arturo Escobar, publicado pela N-1 Edições. O autor é um cientista social colombiano, que tem trabalhado com comunidades e movimentos sociais afrodescendentes no Pacífico da Colômbia e nos anos 90s fez parte do grupo Modernidade/Colonialidade, coletivo de intelectuais latino-americanos que propus uma discussão crítica sobre as relações de poder que se instalaram no continente americano, com o início da colonização europeia e o genocídio de seus povos nativos. Me acompanham nessa discussão Cezar Cavalcanti, designer e doutorando do PPGDesign e João Montenegro, designer e mestrando do mesmo programa. Conversamos principalmente sobre 3 conceitos chaves que traz Escobar no texto: relacionalidade, interdependência radical e comunalidade e finalizamos com pontos positivos e negativos do texto.No final deste episódio, Nicole Gaspar, integrante da equipe do Sentipensante, responde os comentários da nossa audiência nas redes sociais.Transcrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeodEdição do programa: Cris Ibarra e João Montenegro."Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/----Arturo Escobar: (Manizales, Colômbia, 20 de novembro de 1952) é um antropólogo e pesquisador colombiano. Inicialmente, suas áreas de interesse eram ecologia política, antropologia do desenvolvimento, movimentos sociais, ciência, tecnologia e a relação entre design e autonomia, muitas vezes no âmbito da reflexão sobre a Colômbia. Atualmente, suas principais áreas de interesse são as lutas territoriais contra a Colômbia. o extrativismo, as transições pós-patriarcais, pós-desenvolvimentistas e pós-capitalistas e o design ontológico. Nos últimos trinta anos ela trabalhou com organizações e movimentos sociais afro-colombianos, ambientalistas e feministas.Foi professor de antropologia e ecologia política na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, Estados Unidos, até 2018. Até 2023, está vinculado aos programas de doutorado em Ciências Ambientais, na Universidad del Valle, em Cali, e em Design e Criação, pela Universidade de Caldas, em Manizales.Seu livro mais conhecido é La invención del desarrollo (1996, 2012). Seu livro mais recente é Autonomía y Diseño: la realización de lo comunal (2016) e Otro posible es posible: caminando hacia las transiciones desde Abya Yala / Afro / Latino-América (2018).Atualmente está escrevendo um livro sobre relacionalidade chamado Diseñando relacionalmente: haciendo y restaurando la vida, junto com Michael Osterweil e Kriti Shama. Além disso, foi eleito membro da Academia Americana de Artes e Ciências em abril de 2021. Fonte: Wikipedia, 2024.
No primeiro episódio, vamos explorar o papel do design em contextos pouco industrializados e refletir sobre como adaptar o design às realidades locais. Discutimos o conceito de "plasticidade fenotípica" das plantas e como isso pode inspirar a produção de artefatos. Vamos sentipensar com nossos territórios, explorando ideias de Orlando Fals Borda e práticas de design mais relacionais e éticas. Compartilhamos experiências pessoais com beija-flores durante a pandemia e como essas interações podem influenciar o design com mais-que-humanos. Também abordamos a "respons-habilidade" de Donna Haraway e a importância de criar colaborações inesperadas para enfrentar os desafios do presente.No final deste episódio, Natalia Amorim, integrante da equipe do Sentipensante, responde os comentários da nossa audiência nas redes sociais.Transcrição do episódio no site: https://sentipensantepodcast.wordpress.com/Música principal: Tonho Nolasco │Música da sessão de redes sociais: Modern Jazz Samba - Kevin MacLeodEdição do programa: Cris Ibarra e Natalia Amorim"Modern Jazz Samba" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Concluímos a temporada com uma conversa com a host do Sentipensante, a professora, pesquisadora e designer, Cristina Ibarra e com toda a equipe diretamente por trás do podcast: Ana Leticia Ramos, Débora Andrade, Clara Oliveira, Nicole Ferraz e Thaylly Ramos. Nesse episódio, falamos sobre como se deu a criação do podcast Sentipensante, além das motivações, surpresas e desafios que vieram durante o caminho. Esta é uma conversa onde refletimos sobre a primeira temporada e as nossas expectativas para a próxima. Host: Cris Ibarra // Músicas: "Crescentes" de Ketsa /  "Thru Nature" de deeB / “Bumble Bee Bossa” de Podington Bear / Edição: Cristina Ibarra + Debora AndradeTexto recomendado: Um tipo de Design Antropology sentipensante? ensaio de Cris Ibarra t.ly/rARr
Nesse episódio, conversamos com nosso último convidado da temporada, Alfredo Gutierrez Borrero, pesquisador colombiano e professor associado da Escola de Desenho Industrial da Universidade Jorge Tadeo Lozano em Bogotá, Colômbia. Nessa entrevista, exploramos a sigla DESSOCONS, que significa Designs dos Suis (sul em plural), Designs outros e Designs com outros nomes. Neste episódio, iremos explicar e explorar cada um desses termos e trazer perspectivas interessantes que vão aprofundar a resposta para a clássica pergunta: o que é design? Transcrição da primeira parte em português: t.ly/aisKHost: Cris Ibarra + Sessão Redes Sociais: Nicole Ferraz // Músicas: "Crescentes" de Ketsa / “Little Lily Swing” de Tri-Tachyon /  "Thru Nature" de deeB / “Bumble Bee Bossa” de Podington Bear / Edição: Cristina Ibarra Alguns links:Diseño del Sur: La Interculturalidad en la vida cotidiana: t.ly/DvmI2° COLÓQUIO VIRTUAL: GIRO DECOLONIAL 27 | 11 | 2020 – Mesa 3 Materialidades: t.ly/uZ9yGIRO DECOLONIAL: CONCEITOS E TEMAS 05 | 11 | 2020 – (De)colonialidades como desenhos de mundos: t.ly/Kc1W
No sexto episódio, tivemos uma conversa com Renata Marques Leitão, designer brasileira que atua como professora adjunta da OCAD University no Canadá. Renata explica como ela fez conexões entre o campo do design e o artesanato em suas pesquisas de mestrado e doutorado. Ela também se aprofunda nas possibilidades de um Design Pluriversal.Link para pesquisa com nossos ouvintes: https://forms.gle/NDAeVxw2H7g1MpEPA Host: Cris Ibarra + Sessão Redes Sociais: Débora Andrade // Músicas: "Crescentes" de Ketsa / “Little Lily Swing” de Tri-Tachyon /  "Khaf" de deeB / “Bumble Bee Bossa” de Podington Bear / Edição: Cristina Ibarra + Débora Andrade + Nicole Ferraz.
Neste quinto episódio, conversamos com o historiador Fabio Luis Barbosa dos Santos sobre a importância de estudar a história do Brasil e da América Latina. Ele nos explica conceitos como o “capitalismo dependente”, um capitalismo que impossibilita a nossos países o comando do próprio destino e o conceito de “subdesenvolvimento”. Na conversa, o professor Fabio Luis argumenta como o dinamismo da inovação em nossos países latinoamericanos vem principalmente de fora e não das necessidades ou desejos das pessoas que vivem aqui.Host: Cris Ibarra + Sessão Redes Sociais: Clara Oliveira // Músicas: "Crescentes" de Ketsa / “Little Lily Swing” de Tri-Tachyon /  "Downtown" de deeB / “Bumble Bee Bossa” de Podington Bear / Edição: Cristina Ibarra + Débora Andrade.
No quarto episódio do Podcast Sentipensante, tivemos uma conversa com o destacado líder indígena, Ailton Krenak. A mensagem que ele traz é urgente. Ele nos fala que a tecnologia é um recurso oportunista usado para imprimir a marca do ser humano na Terra. Para ele, a tecnologia, como a gente a conhece, está diretamente relacionada com o antropoceno. Este termo se refere a nossa era, em que as atividades humanas têm alterado drasticamente o funcionamento e os fluxos do planeta. Krenak explica que os danos desta era antropocêntrica não são acidentes, são escolhas.  Conversamos sobre tópicos como a ancestralidade, o papel das universidades, o conceito de vida e sustentabilidade, entre outros temas.  Host: Cris Ibarra + Sessão Redes Sociais: Clara Oliveira // Músicas:"Crescentes" de Ketsa / “Little Lily Swing” de Tri-Tachyon /  “Blown Out” de deeB / “Bumble Bee Bossa” de Podington Bear / Entrevista e Edição: Cristina Ibarra
No terceiro episódio do Podcast Sentipensante, tivemos uma conversa com o doutor em antropologia, Salvador Schavelzon, da Argentina. Nessa conversa, levantamos questões sobre a dicotomia cultura/natureza, sobre o impacto do capitalismo e sobre algumas das possíveis alternativas para possibilitar a existência de um mundo onde caibam muitos mundos.  Host: Cris Ibarra + Sessão Redes Sociais: Thaylly Ramos // Músicas: "Crescentes" de Ketsa / “Little Lily Swing” de Tri-Tachyon /  “Have We Met” by deeB / “Bumble Bee Bossa” de Podington Bear / Edição: Cristina Ibarra + Débora AndradeInstagram: @sentipensante.podcast | Twitter: @sentipensantepd | Facebook: @sentipensante.podcast | Email: sentipensantepd@gmail.com |
Nesse segundo episódio do Podcast Sentipensante, discutiremos sobre o conceito de sentipensar: o que é, como surgiu, e por que adotar essa forma de criar e fazer pesquisa pode impactar nas vidas daqueles que buscam ser catalisadores de mudanças. Conversaremos com Joanne Rappaport (EUA), doutora em antropologia, e Victor Negrete (Colômbia), pesquisador social e jornalista sobre o sociólogo Orlando Fals Borda, um dos pioneiros da Investigação Ação Participativa no mundo..Guia do programa: 8:40 - Vamos às entrevistas! 11:33 - Quadrinhos na luta pelo território 15:30 - Pesquisa como imaginação  20:14 - Postura decolonial 21:56 - Movimento adaptado às condições do país  23:26 - Importância da história das ciências sociais  26:14 - O que é sentipensar? . Host: Cris Ibarra + Sessão Redes Sociais: Nicole Ferraz // Músicas: "Crescentes" de Ketsa / “Little Lily Swing” de Tri-Tachyon / “Enrollados” de Sea Dragon / “Bumble Bee Bossa” de Podington Bear / Edição e roteiro do episódio: Cristina Ibarra
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