DiscoverA Beleza das Pequenas Coisas
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Ouça aqui a segunda parte da conversa com a jornalista e crítica literária Isabel Lucas, que fala da voragem da sociedade de consumo que consome a capacidade de escuta, de leitura, de reflexão e de olhar para os outros. Isabel é também crítica sobre a forma de gerir e pensar o jornalismo, lança novas questões e revela uma grande inquietação sobre o problema da crise climática no planeta, que parece ainda interessar pouco aos grandes poderes mundiais. E ainda partilha algumas das músicas que a acompanham. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
É uma das mais conceituadas jornalistas culturais portuguesas. Em 2016 Isabel Lucas percorreu 27 estados americanos, conheceu a América profunda e zangada — a que voltou agora a votar em Trump — e contou essa experiência no livro “Viagem ao sonho americano”. Depois andou pelo Brasil e assinou o livro “Viagem ao país do futuro”. Agora publica “Conversas com Escritores”, com entrevistas marcantes a alguns dos incontornáveis autores mundiais. Isabel, que é curadora do Prémio Oceanos de Literatura, tem um olhar crítico para o estado atual do jornalismo, base da democracia: “Em vez de encherem os jornais com mini notícias, invistam em grandes histórias, no que faz a diferença!” Ouçam-na nesta primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Ouça aqui a segunda parte da conversa com a apresentadora, cronista e fundadora da rede ‘Afrolink’, Paula Cardoso que considera o antirracismo um ato de amor para a Humanidade, e dá conta de como o livro “Tudo do amor”, da feminista Bel Hooks, a permitiu estar mais disponível para amar, com menos receios, a viver de forma plena o seu corpo e a sua sexualidade, sem culpas ou medos. E conta como um retiro de mulheres, onde não se usava roupa, foi para si profundamente libertador e empoderador. Paula partilha ainda as músicas que a acompanham e uma sugestão cultural. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Paula Cardoso foi uma das pessoas convocadas recentemente pelo Governo português para discutir soluções que respondam à revolta das comunidades dos bairros da periferia de Lisboa, após a morte de Odair Moniz, baleado mortalmente por um agente policial. A fundadora da rede “Afrolink” e apresentadora do magazine cultural “Rumos”, da RTP África, afirma que é urgente que o Governo tire da gaveta o Plano Nacional de Combate ao Racismo e à Discriminação, e que aposte na educação e revisão dos manuais escolares. Sobre a vitória de Trump: “Se a verdade tivesse algum peso, jamais teríamos este resultado. Esta deriva vem da ausência de escuta das populações que acabam em situações de desespero a ouvir falsos messias.” Ouçam-na nesta primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Ouça aqui a segunda parte da conversa com a atriz Benedita Pereira que recorda os testes e “self tapes” mais estranhos e desafiantes que fez para tentar a sua sorte em séries e filmes americanos, conta como se especializou nos sotaques inglês e castelhano e partilha os bastidores de um certo anúncio que gravou em Nova Iorque de contornos particularmente risíveis. E ainda fala dos preconceitos que sente na pele da parte de alguns realizadores, do vinho criado pelo marido durante a pandemia (que se tornou um sucesso pelo ousado vernáculo no nome) e dá-nos música, lê um excerto da obra “Um Quarto Só Seu”, de Virginia Woolf, e partilha algumas sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Aos 22 anos, a atriz Benedita Pereira partiu para Nova Iorque para escapar à máquina de fazer novelas, ao rótulo de uma série juvenil em que participou e, principalmente, para aprender mais. Por lá viveu 7 anos, estudou “o método” no famoso Instituto Lee Strasberg e noutras escolas, aprendeu a lidar com os constantes “nãos” nas audições e especializou-se a fazer sotaques em inglês e castelhano. No currículo constam papéis de destaque nas séries “Versailles”, “The Blacklist” e no filme “Ascension”. Em Portugal voltou a fazer televisão, mas sobretudo teatro. E está atualmente em cena com a peça “Telhados de Vidro”, no Teatro da Trindade, em Lisboa. Um drama contemporâneo sobre ideologias opostas entre pessoas que se desejam. Ouçam-na nesta primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Ouça aqui a segunda parte da conversa com António Brito Guterres, assistente social e investigador na área de Estudos Urbanos, que aqui aborda os preconceitos políticos e sociais que levam ao anticiganismo e racismo no país, aponta soluções para o problema da habitação em Lisboa e grandes cidades e desconstrói a narrativa que o governo tem apresentado sobre as novas políticas para a imigração na AIMA. E ainda partilha as músicas que o acompanham e lê um excerto de Sophia de Mello Breyner Andresen. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
António Brito Guterres conhece a cidade invisível que mora nos bairros das periferias de Lisboa como as divisões da sua casa. O assistente social e investigador na área de Estudos Urbanos é uma das vozes dessas comunidades multiculturais, escutando-as sem imposições, condescendências ou paternalismos, procurando acudir a algumas das suas necessidades e aqui relata como estas pessoas são diariamente marginalizadas, perseguidas e assediadas pelas forças policiais. Que saídas para o ciclo de violência que assistimos no bairro do Zambujal? Que soluções para se pôr fim à exclusão e desigualdade económica e social destas pessoas? O que importa mudar no sistema e nestes bairros debaixo de fogo, onde moram populações economicamente frágeis e com necessidades específicas? Ouçam-no aqui nesta primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Será para sempre o rei da música romântica portuguesa. Não há ninguém como ele. Ao longo de mais de 50 anos de carreira, vendeu perto de 5 milhões de discos, escutados e cantados por milhões de pessoas, e recebeu centenas de prémios. O seu maior êxito foi lançado em 1980: “Eu Tenho Dois Amores”. Esta é uma conversa intimista e surpreendente com Marco Paulo feita em sua casa, em setembro de 2019, que recorda o galã dos caracóis, dos dois amores, o cantor do vozeirão e do jogo do microfone. “Não sou um cantor antigo. Sou dos anos 80, dos anos 90, dos anos 2000 e de todos os tempos.” Para ouvirem neste episódio do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ouça aqui a segunda parte da conversa com a cantora, música e atriz Mitó Mendes, que revela como no futuro a política pode passar a ter um lugar maior na sua vida e como as amizades foram fundamentais para se apurar como pessoa, ao aprender a deixar cargas emocionais para trás e a ir mais fundo no que para si é importante. E dá-nos conta das músicas que a acompanham, celebra Saramago, Carlos Paredes e Maria Teresa Horta e partilha outras tantas sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Mitó Mendes está de regresso aos palcos e à música como a voz da banda de intervenção Cara de Espelho, que junta músicos consagrados com a mira apontada para certos “políticos antropófagos” e outros absurdos destes tempos. E tudo isto servido num disco homónimo de estreia, musicalmente muito cuidado, com letras certeiras de Pedro da Silva Martins que resultam em canções que dão gosto ouvir e trautear. Depois d´A Naifa e de Señoritas, Mitó Mendes continua a acreditar no poder das cantigas para agitar consciências e “desmontar ideias pré-feitas que estão na cabeça das pessoas”. Ouçam-na aqui nesta primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça no podcast A Beleza das Pequenas CoisasSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Ouça aqui a segunda parte da conversa com a escritora, tradutora e dramaturga Luísa Costa Gomes que aqui fala do imprescindível papel dos editores e dos amigos no processo de apuro da escrita, dos desafios do jornalismo para a defesa da democracia e liberdade de expressão, alerta para os perigos do “ofensismo” e revela alguns paradoxos sobre os quais está a escrever no próximo romance, numa atmosfera de ficção científica. E ainda nos dá música, lê um excerto do novo livro de contos e sugere um filme que a arrebatou recentemente. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
É uma das vozes literárias portuguesas mais marcantes. Enquanto Luísa Costa Gomes prepara um romance de ficção científica, acaba de lançar uma nova colecção de histórias breves: “Visitar amigos e outros contos”. Neste podcast fala de como não cede à pressão do tempo, é crítica da produção massiva de “uma certa evangelização, moralismo e didatismo” nas obras que enchem as livrarias, fala da televisão como uma “espiral descendente” de “vileza” e "estupidificação geral” e alerta para o perigo dos dogmas e da morte da democracia. Esclarece ainda que não viveu nenhum renascimento, após um percalço: “Tive pneumonia, nada de mais. A vida tem umas sacudidelas. Penso na morte desde que nasci, faz parte”. Ouçam-na aqui nesta primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça no podcast A Beleza das Pequenas CoisasSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Em 2022, dezassete anos depois da polémica autobiografia “Bilhete de Identidade”, a socióloga Maria Filomena Mónica voltou a publicar um novo livro íntimo. Mas, desta vez, mergulhou nas centenas de cartas, postais e documentos que herdou da sua família, para arrumar as memórias e desenterrar segredos que nunca imaginara, sobre a sua mãe e a sua avó. Chamou-lhe “Duas Mulheres”, com a chancela da Relógio d´Água, e, através delas, quis perceber melhor o passado e a mulher em que se tornou. Neste episódio especial, gravado em maio de 2022, Maria Filomena Mónica reflete ainda sobre o amor, a finitude e a forma salvífica como a escrita a tem ajudado a sobreviver ao cancro. Ouçam-na no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Foi a primeira cantautora da pop portuguesa. São várias as canções de Dina que nos ficaram para sempre no ouvido. Hinos ao amor e à vida. A artista foi três vezes ao Festival da Canção e acabou por vencer com “Amor de Água Fresca”, em 1992. Mas a sua obra vai muito além dos festivais. Com seis discos gravados e músicas que atravessam a pop, a folk, o funk e o rock, Dina despediu-se dos palcos em 2012 por causa de uma doença nos pulmões. Em 2016, quando celebrava 40 anos de carreira, Dina abriu-nos a porta de casa e falou da sua música, das suas escolhas, vitórias e arrependimentos. Esta terá sido uma das últimas entrevistas que deu, antes da sua morte em 2019. Um testemunho generoso e emotivo para ouvir nesta conversa com Bernardo Mendonça. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
A vida da atriz e encenadora Fernanda Lapa foi tão rica e intensa que dava um filme ou uma peça de teatro com os ingredientes da melhor literatura, feita de alegrias, muitas lutas e conquistas e grandes perdas. Mulher forte, íntegra e inconformada dedicou toda a sua vida à arte que mais amava, o teatro. Esta foi a última entrevista dada por Fernanda Lapa, dois meses antes de partir com uma doença fulminante, em agosto de 2020. É sobre o seu amor profundo aos palcos e o futuro incerto do setor das artes, a desesperança, a frustração e falta de dinheiro dos profissionais das artes e espetáculos que arranca esta conversa com a fundadora da companhia Escola de Mulheres (sediada no Clube Estefânia). Figura maior do teatro português, que lutou até ao fim pela valorização da Cultura, dos artistas e técnicos, e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, não foi mansa na crítica ao poder: “Um país que não trata bem os artistas está moribundo. E este país não é para artistas, nem para velhos, nem para novos.” Nesta conversa, Fernanda Lapa conta ainda alguns dos momentos mais relevantes do seu caminho e assume ter sido a teimosia o que a fez levantar-se todas as manhãs. E, tal como o poeta José Gomes Ferreira, revela que viveu sempre cheia de “saudades do futuro.” See omnystudio.com/listener for privacy information.
Eduardo Gageiro retratou o país miserável do antigo regime, esteve na linha da frente do 25 de Abril, captou o último beijo da governanta Maria a Salazar e registou o atentado nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972. Nesta conversa feita em novembro de 2017, o homem que ficou conhecido como “o fotógrafo do povo e da revolução” faz contas à vida, à doença e à solidão, assume um certo mau feitio, mas assegura que “nunca foi mau para ninguém”. Ouçam-no aqui nesta conversa com Bernardo Mendonça. Boas escutas! See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ouça aqui a segunda parte da conversa com o ator e criador Marco Mendonça, que assume querer desbravar no futuro o cinema europeu e americano e não só, revela os bastidores e o processo criativo do espetáculo “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”, de Tiago Rodrigues, partilha algumas inquietações e fantasmas que tem superado e ainda dá-nos conta das músicas que o acompanham e sugere algumas ideias para ler, ouvir e ver para esta reentrée. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Marco Mendonça deu logo que falar em 2019 como autor e intérprete da peça “Parlamento Elefante”, junto com João Pedro Leal e Eduardo Molina, que foi o projeto vencedor da primeira edição da Bolsa Amélia Rey Colaço. Desde 2020 integra o elenco de um dos espetáculos mais marcantes dos últimos anos, “Catarina e a beleza de matar fascistas”, de Tiago Rodrigues, em digressão internacional. O ator e criador volta agora a cena, a solo, com a reposição do espetáculo “Blackface”, estreado em 2023 no Festival Alkântara e que pode ser visto no TBA, em Lisboa, até ao dia 7 de Setembro. Para esta conferência musical — entre o stand-up e a fantasia, entre a sátira e o teatro físico, entre o burlesco e o documental —, Marco Mendonça procura os limites do que pode ser representado num palco, partindo de experiências pessoais e da história do ‘blackface’ como prática teatral racista, desde as suas raízes nos EUA ao seu caminho e expressão em Portugal. Ouçam-no aqui nesta primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ouça aqui a segunda parte da conversa com a bailarina e coreógrafa Olga Roriz, que aqui revela como está a sentir e ressentir o passar dos anos e as novas possibilidades do corpo, agora mais maduro, e dá pistas de onde vem a sua força e energia inesgotável. Olga fala ainda do seu bom humor, que está a vir mais ao de cima nos últimos tempos, e que quer fazer uso dele no seu próximo solo. Dá também conta dos temas que mais lhe interessa atualmente refletir e levar a palco e ainda nos dá música. Depois lê magistralmente um texto seu e outro do escritor Pedro Paixão e sugere o que fazer, ler e ouvir neste mês de banhos e sol. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Que inspirador escutar a Maria João Pires, nesta manhã Outonal! Também eu, apaixonada pela Natureza Mãe, sinto a gratidão de poder escutar as melodias das aves, da brisa a acariciar as árvores, sentir a terra húmida, os gatos em redor, uns raios de sol a brindar o dia! Aproveito para incentivar a consulta das redes de Bibliotecas Públicas, a nível Nacional, onde as sugestões de leitura, estão disponíveis.
Como é que eu uma mulher de 75 anos, amante deste assunto, não conhecia esta mulher tão lúcida, tão culta, tão sensível? Penso tanto naquilo que é dito, genocídio ignorado por tantos, tanta insensibilidade. Como podem dormir matando gente à fome?
sublime conversa
parabéns, Rui Tavares é dos poucos portugueses que pensa Portugal e a Europa de uma forma humanista e verde. E esse é o único caminho saudável para o homem inserido no planeta
da erro ao descarregar
Matavilhoso ❤️
Olá Bernardo. O seu podcast me ganhou desde o primeiro que ouvi, em Setembro 2019. Gosto muito da forma como conduz as entrevistas. Sou brasileira e vivo em Lisboa desde 2014. Confesso, sou muito desligada do Brasil e das questões atuais, porque vivo Portugal a 100% e no presente. Fiquei surpreendida, muito positivamente, com a entrevista da Cláudia Raia, que revelou um personalidade que eu não fazia ideia que ainda fosse tão atuante e que fosse ainda ativista de assuntos tão importantes com o ageless. Obrigada por isso e por todos os outros episódios que ainda vão me fazer companhia no trânsito.
Que podcast incrível!!!
Ótimo, parabéns....
não há mais? :(
genial
Foi a viagem de autocarro mais bem acompanhada de sempre