Amarelo Desespero

Tem gente que parou no tempo em todos os sentidos, né? Ai, que tristeza. Mas também dá pra rir, porque isso aqui é Brasil, e aqui a piada tá sempre pronta. Se liga no nosso elenco de gente que tá comemorando o réveillon de 1972 até hoje.

Surtou? Surtei. E quem nunca? Pra isso, basta estar no Brasil. O episódio desta semana é uma análise da política brasileira sob o olhar do surto coletivo. Chegamos até onde estamos graças a uma série de ondas de surtos desastrosos? Quem somos nós pra afirmar. Mas, sim, é exatamente isso.

Já ouviu a expressão "espremendo graça"? Nosso ep dessa semana reúne uma lista de gente que até tenta, mas não consegue. Conheça quem são os nossos inimigos do riso. Nada pessoal. Apenas análise tática. Em alguns casos é pessoal, vai.

Quando a Marilena Chauí escreveu O Silêncio dos Intelectuais, ela não fazia ideia de onde a gente ia parar. Estamos rodeados de idiotas que constroem carreiras em cima de uma inteligência que nunca existiu. Vem com a gente sofrer mais um desespero delicioso que só o Brasil proporciona.

Vem conhecer a nossa lista de coisas que achamos subestimadas e entenda que você não está só!

Quantas vezes você já viu surtos coletivos se formarem em torno de pessoas, produtos e comportamentos que você sabe que não são tudo isso que dizem? Você não está só! Vem com a gente reclamar de tudo o que é superestimado nesse país! Aviso: contém micropolêmicas!

Quem é a pessoa mais carismática do Brasil contemporâneo? Quem faz seu dia mais feliz e te ajuda a fugir do desespero absoluto que é ser brasileiro? Descubra qual a nossa seleção do carisma e quem venceu a disputa!

Não aguenta mais não aguentar mais? Se você mora no Brasil em 2021, com certeza a sua lista do que você não aguenta mais lidar só aumenta. Pois é, a nossa também. Entre cafonice, elite burra, transfobia e abstinências, sobrou até pra Juliette.

Roubada: uma coisa que, ao contrário do Brasil, é super democrática. Todo mundo tem pelo menos uma pra contar. Neste episódio, a gente conta algumas roubadas amorosas, culturais, profissionais e outras cositas más.

Eu tenho paranoia, e quem não tem? Sem paranoia eu não sou ninguém! Sabe aquela sensação esquisita que você sente quando tem aquele pensamento esquisito? Pois é, a gente compartilha as nossas paranoias pra te mostrar que você não é única pessoa esquisita no Brasil

E vamos de 2ª temporada! No 30º episódio, trazemos ela: a fofoca! Tá passada? Das origens da fofoca ao papel fundamental que ela exerce na sociedade patriarcal (essa aqui que a gente vive, mesmo), é óbvio que falamos da vida de muita gente. Tem fofoca de política, de artista, de filosofia, de deuses e até auto-fofoca. Aperta o play e senta.

Quais discursos nós reproduzimos sem perceber que anestesiamos nossa percepção sobre o quanto a realidade é cruel? Se o buraco é mais embaixo, ver o mundo de forma romantizada faz de nós pessoas apáticas, verdadeiras Alices no país das maravilhas, ou ajuda a segurar a barra? Tirar o filtro romantizador da frente dos olhos nos torna pessimistas, ou mais conscientes do que fazer pra mudar as coisas no dia a dia? Pra discutir isso, listamos dez coisas que precisamos parar de romantizar já! Da depressão à cultura workaholic, a gente fala de família, relacionamento abusivo, mercado de trabalho, arte, machismo, e outras coisinhas mais. No melhor e pior da semana, analisamos o caso Marcius Melhem e a postura da Globo na gestão da maior crise da empresa no período recente.

Então é Natal! E o que você fez? NADA, UÉ! FIQUEI O ANO TODO ENFIADO EM CASA. Pois fique muito feliz se você tem o privilégio de manter a quarentena. Não tá fácil pra ninguém. Mas tem uma pergunta no ar que precisa de resposta: quem seria a figura mais desesperadora deste que já é oficialmente o ano do desespero? Pra responder essa pergunta, tivemos que fazer uma copa do mundo com 32 nomes rigorosamente selecionados, e eleger um único nome que merece ser o brasileiro mais odiado de 2020!!!Aperta esse play aí! Vem se desesperar e se divertir (ou não) com a gente neste episódio que vai da comédia ao drama.

Existem alternativas ao radicalismo ideológico de boa parte das igrejas neo-pentecostais? SIM! Batemos um papo com Daniela Santos, pastora da igreja Comunidade Cidade de Refúgio junto com sua esposa, que também é pastora. A Dani fala sobre a prática cristã sob a perspectiva da inclusão. Quem também vive essa realidade é Daniel Aflalo, integrante do ministério musical da Catedral Anglicana de Brasília. Ele e seu marido se casaram na igreja, assim como Daniela e Karinny. Com a Dani e o Dani a gente fala sobre o direito universal ao exercício da fé e de como ela pode ser uma importante ferramenta pra conseguir espaços através do amor, amadurecer conceitos e criar novos horizontes. Emocionante, né? No pior e melhor da semana, discutimos as medidas adotadas pelo Carrefour Brasil após o assassinato de Beto Freitas, a declaração racista do vice-presidente Mourão, a atuação potente da comediante Thamirys Borsan, e a série documental História da Alimentação no Brasil, baseada no livro homônimo do Câmara Cascudo.

Seu discurso é racista? Chega mais pra entender se você tem o hábito de dizer certas coisas que parecem inofensivas (e até elogios) mas na verdade carregam visões e pensamentos racistas. Neste episódio a gente discute um fator muito importante da comunicação social: o discurso que adotamos no trabalho, na vida pessoal, e nos conteúdos que produzimos. Reunimos palavras e expressões que perpetuam a lógica racista no nosso cotidiano, e aprendemos muita coisa que pode te ajudar a ter uma postura antirracista. Além disso, no melhor e pior da semana, a gente faz uma análise do resultado do primeiro turno das eleições municipais, e falamos também sobre a memória da cantora Vanuza, uma artista importante pra cultura brasileira, mas que teve o fim da sua vida marcado por equívoco que virou meme e agravou seu quadro de depressão.

Interrompemos nosso desespero e nossa programação pra falar da eleição de Kamala Harris! A primeira mulher a conquistar espaço de poder na Casa Branca é preta, filha de imigrantes e ativista dos direitos civis na democracia mais poderosa do planeta, que é uma bola. Óbvio que não nos esquecemos do Joe Biden. Estamos falando justamente sobre o que podemos esperar desse governo após quatro desastrosos anos de racismo, xenofobia, machismo, sexismo, LGBTfobia, mediocridade e incompetência de Donald Trump ocupando o posto mais importante da política no mundo. Joe Biden tá longe de ser a solução dos nossos problemas, mas com a coisa do jeito que tá, qualquer alívio conta, né não? E sobre o nosso país, a gente discute a campanha problemática do TSE, o machismo do judiciário brasileiro, e a defesa que Xuxa tem feito dos temas LGBTQIAP+ na campanha do seu novo livro.

A ciência é cúmplice das fugas psicológicas que construímos pra evitar responsabilidades da vida adulta? Ou encarar a juventude como um fenômeno que influencia toda nossa vida nos torna pessoas mais adaptáveis e tolerantes? A gente fala neste episódio sobre juventude estendida, seus desdobramentos, conceitos, recortes sociais e econômicos, e como o alargamento dessa faixa etária fornece potências e problemas pra sociedade. Quem nos ajuda nessa é o psicólogo Tiago Santa Cruz de Andrade. E ainda falamos sobre a tentativa do governo de privatizar o SUS, a pressão de Joe Biden sobre a Amazônia, a avaliação trágica dos brasileiros sobre o modo como o governo Bolsonaro trata o desmatamento, o podcast Praia dos Ossos, e o projeto Ame-se, que abre diálogo sobre depressão, respeito e diversidade com jovens nas escolas.

O feminismo veio pra te libertar, macho! Não pra te deixar desesperado. Liberte-se já da masculinidade tóxica, bebê! Como disse nosso convidado do episódio, "tudo o que sabemos sobre o que é ser macho, tá errado". E ele tem lugar de fala: Fábio Marques é jornalista, escritor, empresário, hétero, branco, casado, teve bandas de hardcore por mais de 15 anos, e tem até cara de mal. Com ele a gente fala sobre o quanto o machismo atrapalha toda a sociedade, a começar pelo próprio homem, seja ele hétero, gay, bi, trans, pan, cis. Nossa conversa passa por violência, castrações de sentimentos, inabilidade emocional, criatividade e sensibilidade. E ainda temos o boicote do governo brasileiro à Coronavac em articulação com os EUA, Aguinaldo Silva dando bobeira ao falar da morte da cantora e atriz Jane di Castro, as possibilidades de vitória do PSOL em algumas capitais, e um resgate histórico de Rita Lee no programa da Xuxa no auge dos anos 80!

Este episódio não tem desespero. Tem apenas a inteligência, a sagacidade, a lucidez, a beleza e, óbvio, o humor da nossa convidada especial: Nathália Cruz! Além de atriz, ela é roteirista do Porta dos Fundos. Com a ajuda dessa gata garota, a gente discute como as mulheres foram e são fundamentais na revolução que transformou profundamente o modo de se fazer humor aqui no Brasil nos últimos anos. Conversamos sobre o poder de transformação social que o humor tem, e sobre o poder de representatividade. E ainda discutimos se a lacração na hora de construir as piadas ajuda ou atrapalha na sensibilização de questões sociais importantes. E fica pra você uma pergunta da própria Nath (sim, somos muito íntimos): Quais sinapses você tá fazendo pra rir de uma violência?

Bateu o desespero? Mude AGORA seu mindset e dê um upgrade no seu lifestyle! Deu ranço só de ler isso? É justamente desse ranço que estamos falando. Quem veio antes, o coach ou a meritocracia? Sabia que a palavra coach veio da carruagem? Já ouviu falar em produtividade subversiva? E em cronotipo? E soft skills? Sabe como a atenção plena pode ajudar a diminuir a infoxicação? Atenção plena?? Infoxicação?! SIM! Descubra a resposta para todas essas perguntas com a ajuda da nossa maravilhosa convidada especial, a comunicadora e pesquisadora de planejamento Karolina Vieira! E não é só isso!!! No melhor e pior da semana, temos: Rolando Boldrin cagando pra Globo, a dica de joguinho sensacional Among Us, Guilherme Boulos situando geral, e breves análises das campanhas de candidatos a vereadores, dos vazamentos de conversas mais que comprometedoras dos integrantes do MBL, e dos héteros que em 2020 ainda acham que mulheres são posses.