Embora o arquiteto seja tradicionalmente associado à criação de espaços e edifícios, seu papel no planejamento urbano e na formulação de políticas públicas é igualmente essencial. No entanto, muitos profissionais ainda se mantêm afastados desses temas, seja pela forma como foram educados, pelas dificuldades em se envolver nas estruturas de participação pública, ou mesmo pela falta de conhecimento sobre as novas frentes de atuação que o mercado oferece. No episódio de hoje, vamos discutir uma questão que toca no cerne da atuação dos profissionais de arquitetura e urbanismo: a distância entre eles e os temas fundamentais da cidade. Bom cast!
E hoje vamos de episódio de cinema! Este filme, idealizado há mais de 40 anos pelo seu diretor, mostra uma fábula, de uma cidade em declínio que tenta se reerguer. O filme apresenta várias temáticas: o conflito de poderes, a política, a mídia, utopia, distopia, urbanismo, crítica social foda e até super poderes. No meio disso tudo, um arquiteto é o personagem principal que éter o papel de conduzir o futuro da cidade de forma utópica e esperançosa. Mas até ele tem seus conflitos e o passado conturbado. Hoje, a gente vai falar sobre Megalópoles de Francis Ford Coppola! Parceria: Utilize o cupom de desconto ARQUICAST10 no https://www.redraw.pro/
A história da arquitetura no final do século XX é cheia de novidades no cenário da arquitetura. E isso aconteceu por conta de vários fatores reunidos: o mundo cada vez mais globalizado, o avanço da tecnologia, os questionamentos filosóficos são alguns deles. Junte a isso um toque de ousadia de alguns arquitetos e a busca pela próxima novidade (ou como chamam os americanos, “the next big thing”. O resultado de toda essa efervescência se dá em uma exposição realizada num dos museus mais importantes do mundo, que busca mostrar uma unidade nos trabalhos de arquitetos que não estavam tão sintonizados assim. Hoje falamos sobre o complexo e controverso Desconstrutivismo na arquitetura!
A culinária é uma atividade que se tornou valorizada, sendo pra alguns uma espécie de hobby e distração. Mas cozinhar, principalmente em se tratando de um negócio, é uma atividade bastante intensa e exigente, que demanda conhecimentos específicos e dedicação ao projetar. O local que antes era algo escondido nos restaurantes e bares e hoje é atração principal por conta de reality shows, filmes e séries, a cozinha é um ambiente altamente técnico que exige planejamento meticuloso para garantir eficiência, segurança e conformidade com as normas sanitárias e operacionais. Hoje nossa conversa é a respeito das cozinhas comerciais: dos restaurantes, bares e afins. Participam: William Jucá é arquiteto urbanista, é especialista em arquitetura gastronômica como panificação, food service, além do trabalho de identidade visual. Tem mais de 14 anos de experiência no mercado e projetos espalhados em vários pontos do Brasil, e é sócio diretor da WJ arquitetura. Pablo Oazen é chef de cozinha, percorreu vários restaurantes renomados na Europa como o Au Comté de Gascogne (na França), o El Cingle (na Espanha) e o Hacienda Benazuza El Bulli (na Espanha), (todos com pelo menos 1 estrela Michelin), já trabalhou como sous-chef do francês Erick Jacquin e foi campeão da edição de 2017 do Masterchef Profissionais e foi um belo ala-pivô de basquete. Acesse o método NÓ e aplique o cupom ARQUICAST15
A qualidade de vida em áreas urbanas está diretamente ligada à maneira como os espaços livres são projetados. Esses espaços, que incluem praças, parques, áreas verdes e áreas públicas, têm um papel fundamental no bem-estar das comunidades, oferecendo não só um respiro em meio à densidade urbana, mas também um espaço para convivência, lazer e promoção da saúde. O que define um bom projeto de espaço livre? Como esses espaços podem ser otimizados para promover conforto ambiental, interação social e, claro, uma vida mais saudável para os cidadãos? No episódio de hoje, vamos falar sobre projetos de espaços livres e a qualidade de vida nas cidades em mais uma parceria com a Asbea de São Paulo. Participam: Vinicius Barbosa é administrador de empresas e tem MBA em gestão estratégica de Negócios e Gestão de Equipes Comerciais; atualmente é Diretor Comercial da mmcité, indústria de design especializada na fabricação de mobiliário com atuação em mais de quarenta países. Gustavo Garrido é Arquiteto e Urbanista pela FAUUSP, pós-graduação pela FUPAM em Desenvolvimento Imobiliário, é sócio-diretor da ARCHSCAPE Arquitetura e Paisagem e atual presidente da AsBEA-SP – Associação Regional dos Escritórios de Arquitetura de São Paulo (gestão 2023/2025). Dicas do episódio: Acesse o método NÓ e aplique o cupom ARQUICAST15
Esse é o Arquicast 236, e hoje vamos discutir o que pode ser o futuro das cidades: como elas podem se transformar e prosperar em meio a desafios e crises. Em tempos de grandes mudanças – sejam elas econômicas, ambientais ou sociais – muitas cidades não apenas buscam sobreviver, mas reinventar seus sistemas e sua identidade. Como essas transformações impactam a forma como vivemos e nos relacionamos com o espaço urbano? Quais características permitem que uma cidade não só enfrente, mas se fortaleça diante das adversidades? E talvez, o mais importante: como o planejamento urbano pode abraçar a imprevisibilidade e transformar desafios em oportunidades? Essas são algumas das questões que envolvem o tema da cidade "Antifrágil".
No período de eleições municipais, sempre vem à tona os assuntos tradicionais dos municípios e que afetam diretamente a vida das pessoas: saneamento, habitação, transporte, saúde, educação e lazer. As discussões em todo país, especialmente em São Paulo, mal abordam esses temas e muito menos entram no assunto de qual cidade queremos para o futuro, questões que o Estatuto das Cidades e a legislação urbanística tem o papel de encaminhar. Em um momento importante para as cidades brasileiras, trazemos para nossa pauta a legislação das cidades e como ela afeta a nossa vida, que vai além de um mandato de 4 anos, em mais um episódio em parceria com a ASBEA de São Paulo! Participam: Adriana Levisky é arquiteta pela FAUUSP, mestre pela FFLCH-USP ( faculdade de filosofia , letras e ciências humanas da USP) e especialista em Finanças Sustentáveis pelo INSPER (2022). Teve assento na Comissão de Edificações e Uso do Solo (CEUSO), na Câmara Técnica de Legislação Urbanística (CTLU) e no Conselho de Preservação da Paisagem Urbana (CPPU) e no Conselho Brasileiro de Construção Sustentável. Faz parte do Conselho Deliberativo da ASBEA de São Paulo. É titular do escritório Levisky Arquitetos | Estratégia Urbana e autora do livro POLIFONIA URBANA: arquiteturas, urbanismos e mediações. Edison Lopes é arquiteto pela FAUUSP e especialista em Gerenciamento de Projetos pela FGV. Atuou como arquiteto e gerente de projetos em várias empresas e escritórios, além de ter sido presidente da ASBEA entre 2017 e 2019. É sócio fundador da ArGis - Arquitetura e Gestão Integrada e é conselheiro do CAU de São Paulo desde 2021.
Esse é o Arquicast 234, e nos últimos anos, o conforto ambiental tem se tornado um dos principais fatores de valorização no mercado imobiliário, refletindo a crescente conscientização sobre sustentabilidade e eficiência energética. Mas alcançar esse conforto especialmente em projetos residenciais e comerciais, exige uma abordagem cuidadosa e bem planejada, que envolve a integração de técnicas passivas desde a concepção do projeto. No episódio de hoje, vamos explorar como essas técnicas podem ser aplicadas para criar ambientes que são não apenas confortáveis, mas também eficientes e em harmonia com o meio ambiente. E como o design passivo está moldando o futuro da arquitetura e o impacto que isso tem, tanto para os moradores quanto para o mercado imobiliário como um todo. Hoje falamos sobre as técnicas passivas de conforto ambiental na arquitetura em mais um episódio em parceria com a ASBEA de São Paulo! Participam: Marcelo Nudel é arquiteto e pós-graduado em sustentabilidade e conforto ambiental pela Universidade de Sydney, na Austrália; Atuou por 8 anos como consultor da empresa de projetos e engenharia Arup, nos escritórios de Sydney e São Paulo, com contribuição nos escritórios de Madrid e Nova York; foi consultor de projetos de arquitetos renomados como Richard Rogers, Renzo Piano, Jean Nouvel, Norman Foster; e é fundador da Ca2, empresa de consultoria e projetos nas áreas de sustentabilidade, conforto ambiental, acústica e luminotécnica. Txai Oliveira, é técnico em edificações e graduado em química; atua no ramo de projetos arquitetônicos há 15 anos, sendo desses 11 anos na Sulmetais; hoje é coordenador do setor de P&D da empresa, com foco em desenvolvimento de brises, revestimentos e forros metálicos.
Esse é o Arquicast 233, neste episódio vamos explorar a vida e a obra de um dos paisagistas mais importantes do século XX. Reconhecido por sua abordagem inovadora e pelo uso audacioso de plantas nativas, ele deixou um legado que vai além dos jardins e parques que projetou. Foi um verdadeiro artista que influenciou a estética urbana e natural, integrando arte, ecologia e paisagismo de forma única. Além de sua genialidade como paisagista, teve um papel como defensor do meio ambiente, preocupado com questões de sustentabilidade, temas pioneiros em sua época e que continuam a ser fundamentais nos dias de hoje. Participam: Lucia Costa Arquiteta e urbanista pela Universidade Santa Úrsula, doutora em paisagismo pela University College London. É professora titular na UFRJ e ja foi coordenadora do mestrado profissional em Arquitetura Paisagística do PROURB FAU/UFRJ, além de vasta experiência no campo do paisagismo e na coordenação de cooperações internacionais desse tema. Frederico Braida é arquiteto e urbanista pela UFJF, 2005, mestre em urbanismo pela UFRJ, 2008; mestre, doutor e pós-doutor em design pela PUC-Rio, pós-doutor em matemática (UTFPR, 2021). Professor de três programas de pós-graduação da UFJF e Líder do Grupo de Pesquisa LEAUD – Laboratório de Estudos da Linguagem e Expressões da Arquitetura, Urbanismo e Design.
Esse é o Arquicast 232 e hoje vamos falar sobre como a luz pode destacar características arquitetônicas, criar ambientes convidativos e realçar o design paisagístico. Desde os monumentos históricos até os edifícios contemporâneos, a iluminação desempenha um papel crucial na percepção e apreciação dos espaços. Além disso, a iluminação paisagística pode transformar jardins e espaços ao ar livre em verdadeiros espetáculos visuais. Vamos explorar como a iluminação pode transformar e valorizar a arquitetura e o paisagismo, em mais um episódio em parceria com a AsBEA-SP , a Associação Regional dos Escritórios de Arquitetura de São Paulo! Participam: Guinter Parschalk é arquiteto formado pela Faculdade Braz Cubas de Mogi das Cruzes, pós-graduado em desenho industrial na Áustria. Atuou durante muitos anos na área do design, tendo trabalhado no Brasil, Áustria e Alemanha e desenvolvido produtos nas áreas de informática, medicina, bens de capital e de consumo. É sócio-diretor do Studio IX, especializado em percepção visual e iluminação. Mônica Plumari (Lemca Iluminação) é administradora de empresas, tem MBA em Construções Sustentáveis, visando LEED GA e LEED AP. Já trabalhou em diversas empresas importantes do setor de iluminação e lidera desde 2006 o departamento de projetos da Lemca Iluminação. Bom Cast!
Hoje entrevistamos Bruno Braga, Bianca Feijão e Luiz Cattony, do escritório Rede Arquitetos! Com sede em Fortaleza, o Rede tem o trabalho coletivo como princípio, trazendo uma visão que estimula o compromisso com a arquitetura. Buscando um trabalho horizontal, acreditam que as ideias surgem do debate, entendendo a arquitetura como um suporte que se adapta às mudanças da ação do tempo. Aliando a prática de projetos à docência, pesquisa e à promoção de eventos e workshops, o escritório foi vencedor de prêmios como o do IAB do Ceará, menções honrosas como a do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake Akzonobel e selecionados para o Building of the Year do Archdaily nacional e internacional! Escute aqui!
Esse é o Arquicast 230, e vamos discutir uma matéria publicada na revista Dezeen, especificamente uma entrevista com o crítico de arquitetura Paul Goldberger. Nela, o escritor fala sobre como a crítica mudou de uns anos pra cá, coincidindo com a transição da mídia física para a digital. E como o próprio meio da arquitetura também mudou, com novas prioridades. O objetivo é passar por alguns pontos da entrevista e opinar a respeito. Será que concordamos com Paul Goldberger? Será que ele está errado? Vamos estabelecer a verdade definitiva com nossos monóculos e bigodes que fazem aquela curvinha aqui e agora!
O Arquicast dessa semana aborda um tema crucial e urgente: as mudanças climáticas e seus impactos nas cidades do Rio Grande do Sul. O episódio discute como eventos climáticos extremos, como chuvas intensas, têm se tornado cada vez mais frequentes, evidenciando a falta de preparo das cidades brasileiras. O programa conta com a participação de três renomadas profissionais: Clarice Misoczky de Oliveira, arquiteta e urbanista, professora adjunta do Departamento de Urbanismo da UFRGS e copresidente do IAB-RS; Bruna Bergamaschi Tavares, arquiteta e urbanista, especialista em assistência técnica, habitação social e direito à cidade, e co-presidente do IAB-RS; e Maria Dalila Bohrer, arquiteta e urbanista, especialista em planejamento urbano e de transportes. A conversa é ancorada no manifesto elaborado pela Comissão Cidades do IAB-RS, que aborda a reconstrução das cidades do Rio Grande do Sul através de duas grandes frentes: Planejamento Urbano e Regional e Moradia Digna. Esse manifesto é um chamado à ação, destacando a necessidade de atenção às diferentes escalas de planejamento, arquitetura e urbanismo para promover cidades mais justas, igualitárias e ecologicamente equilibradas. O documento destaca a importância de resgatar e fortalecer as instituições públicas responsáveis pelo planejamento regional, além disso, o resgate de estudos e planos já existentes sobre controle de enchentes faz-se essencial para esse momento. A criação de modelos sustentáveis de uso e ocupação da terra, bem como o financiamento de mapeamentos geomorfológicos, são medidas importantes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. No contexto da moradia digna, o manifesto destaca três instâncias principais: a utilização de imóveis já construídos, a melhoria habitacional via Assistência Técnica (ATHIS) e a provisão de novas moradias. A requalificação de edifícios ociosos e a utilização de imóveis vazios são estratégias eficazes para enfrentar o déficit habitacional. A ATHIS, por sua vez, oferece suporte técnico para famílias de baixa renda, ajudando na melhoria das condições habitacionais. A construção de novas moradias deve seguir princípios de sustentabilidade e respeito às características socioculturais das comunidades, talvez o maior desafio seja compatibilizar a demanda urgente por moradia e o alto grau de customização que essas novas unidades deverão ter para se adaptarem às culturas locais de cada povoado. Durante o episódio, as convidadas discutem os grandes problemas identificados pelo IAB no planejamento urbano brasileiro, trazendo uma perspectiva crítica e informada sobre as falhas e necessidades do sistema atual. Elas destacam as peculiaridades das cidades do Rio Grande do Sul, considerando aspectos como a forma urbana, a organização burocrática e a formação dos arquitetos, ajudando a entender os desafios únicos enfrentados pela região. A situação atual das cidades atingidas pelas enchentes é também descrita, abordando a destruição total ou parcial, os serviços de infraestrutura urbana, econômica e social, e as respostas emergenciais. Por fim, foi discutida a importância da participação da comunidade nos processos de planejamento, com a mobilização massiva para ajudar as vítimas sendo vista como um ponto positivo para recriar uma cultura de envolvimento comunitário na reconstrução das cidades. A tragédia recente deve ser um ponto de inflexão para mudanças significativas no planejamento das cidades, priorizando sempre a justiça climática e a inclusão social. Não deixe de ouvir.
A construção civil, apesar das dificuldades, vem buscando inovações para ajudar na eficiência da obra em todos os sentidos. E uma delas é o desafio da industrialização, que traz uma série de vantagens. Os novos lançamentos imobiliários residenciais tentam atender uma clientela cada vez mais exigente e trazer inovações que o mercado oferece. Mas como fazer isso num ambiente tão desafiante como a construção civil brasileira? É sobre esses e outros assuntos que vamos conversar em mais um episódio em parceria com a ASBEA de São Paulo!
Esse é o Arquicast 227, e o episódio de hoje é mais um da série de mobilidade, esse tema tão extenso! E hoje vamos falar da abrangência das pesquisas nesse campo. Para essa conversa, convidamos duas pesquisadoras do grupo Mob 4.0. O projeto é um espaço colaborativo para a criação de uma plataforma de dados para o planejamento inteligente da mobilidade urbana no estado do Rio de Janeiro, que começou em 2020 em um evento com apoio da COPPE/UFRJ, HIT e CAPES e hoje se tornou uma rede que alimenta o planejamento através de diversas discussões, dentre elas, a conectividade, inclusão e o compartilhamento de vicências. Participam: Ana Maciel – Economista. MBA em Finanças (IBMEC-SP), mestra em Engenharia de Produção (UENF) e doutoranda em Engenharia de Transportes (COPPE/ UFRJ). Assessora de Programas Especiais no Instituto Municipal de Trânsito e Transporte de Campos dos Goytacazes e Colaboradora do Mob 4.0. Cléo Adário - Arquiteta e Urbanista. Arquiteta e Urbanista (UFJF), mestre em Arquitetura e Urbanismo (PPG.au/UFV), doutoranda em Engenharia de Transportes (COPPE/ UFRJ) e prestadora de serviços no projeto Mob 4.0.
O episódio 226 do Arquicast é dedicado à incrível história da Fallingwater, ou Casa da Cascata, de Frank Lloyd Wright. Em uma conversa divertida sobre essa obra-prima arquitetônica, que continua a inspirar e influenciar arquitetos ao redor do mundo, seus principais aspectos e detalhes enriquecedores foram descritos e comentados no programa. Além das curiosidades sobre a demanda do projeto, seus mitos e desafios, o episódio é uma excelente oportunidade para conhecer mais sobre esse clássico da arquitetura. Frank Lloyd Wright, um dos arquitetos mais inovadores do século XX, experimentou um período de relativo ostracismo antes de retornar triunfantemente ao cenário arquitetônico com esse projeto. Kazu Maoski, arquiteto e fundador do podcast Arquipapo, destaca como Wright, após anos fora dos holofotes, conseguiu ressurgir com um trabalho que não apenas demonstrou sua habilidade inigualável de integrar arquitetura e natureza, mas também revitalizou sua carreira. Os Kaufmann, uma influente família de Pittsburgh, foram os patronos por trás desse projeto visionário. Edgar Kaufmann, proprietário da famosa loja de departamentos Kaufmann's, e seu filho, Edgar Kaufmann Jr., desempenharam papéis cruciais na concretização da Fallingwater. PC Lourenço, arquiteto e professor, enfatiza a importância da relação entre Kaufmann Jr. e Wright, que começou quando o jovem estudou com o arquiteto em Taliesin. A fazenda Bear Run, um local de retiro de fim de semana para a família, foi escolhida como o cenário perfeito para a nova residência devido à sua impressionante queda d'água e à paisagem natural envolvente. A concepção da Fallingwater é uma das histórias mais notáveis da arquitetura moderna, a rapidez com que Wright projetou a casa, supostamente em apenas três horas, incorporando o concreto armado de maneira inovadora ainda é um mistério a ser desvendado. A relação simbiótica entre a casa e a natureza é um dos aspectos mais fascinantes do projeto. Wright conseguiu criar uma estrutura que parece emergir organicamente da paisagem, com varandas que se estendem sobre a cachoeira, criando uma harmonia perfeita entre o artificial e o natural. PC Lourenço descreve a Fallingwater como composta por vários pavimentos que se entrelaçam com a topografia do local. Os balanços proeminentes, que se projetam sobre a água, são uma das características mais ousadas e disruptivas do projeto. A volumetria da casa, com suas formas horizontais e linhas limpas, reflete a filosofia de Wright de criar uma "arquitetura orgânica", onde o design se integra perfeitamente ao ambiente. Entre as particularidades da casa, destaca-se a famosa escada que desce diretamente para a água, proporcionando um contato íntimo com a natureza circundante. As varandas, além de oferecerem vistas deslumbrantes, amplificam a sensação de estar flutuando sobre a cascata. O constante som da água corrente adiciona uma dimensão acústica única ao espaço, transformando a casa em uma experiência sensorial completa. Inicialmente ignorada por alguns críticos contemporâneos, incluindo Philip Johnson, que a excluiu da exposição "International Style”, em 1963 a residência foi doada ao Western Pennsylvania Conservancy, garantindo sua preservação para futuras gerações. Hoje foi transformada em um museu e recebe milhares de visitantes anualmente. Para mais detalhes e insights, não deixe de ouvir o episódio completo e explorar as referências adicionais disponíveis na versão em vídeo disponível no YouTube.
A história do urbanismo é um campo complexo e multifacetado, repleto de debates e interpretações que moldam nossa compreensão das cidades e de seu desenvolvimento ao longo do tempo. O episódio 225 do Arquicast oferece uma oportunidade para o assunto ao abordarmos um dos livros mais influentes sobre os métodos utilizados pelos historiadores do urbanismo. Trata-se do livro clássico “O Urbanismo: utopias e realidades”, de Françoise Choay. A obra traz uma perspectiva holística que engloba as dimensões sociais, culturais e políticas das cidades. Uma das questões centrais discutidas no episódio é a evolução dos modelos propostos pela autora, de interpretação do urbanismo ao longo do tempo. Inicialmente, são apresentados modelos dicotômicos, como o pré-urbanismo e o urbanismo, que dividem o desenvolvimento do pensamento urbanístico em fases distintas. Participam do episódio Patrícia Junqueira, doutora em Arquitetura e Urbanismo pelo NPGAU/UFMG e professora da UFOP, também Carlos Eduardo Ribeiro, doutor em "Artes Cênicas" pela UNIRIO e Professor Adjunto do Departamento de Projeto, História e Teoria da UFJF. Conforme a discussão avança, percebe-se uma tendência em direção a uma compreensão mais complexa e fluida, que reconhece a interconexão de diferentes influências e correntes de pensamento utilizadas para a construção desse cenário. Françoise Choay é uma figura central nesse debate historiográfico, seus escritos destacam a importância de analisar o urbanismo não apenas como uma sequência linear de eventos, mas como um processo dinâmico, moldado por uma variedade de fatores sociais, culturais e políticos, como podemos perceber quando a autora classifica e organiza os chamados modelos “progressistas” e “culturalistas”, além dos demais que a autora apresenta de forma muito atualizada à época em que o livro foi escrito, tendências que seriam consolidadas no século XXI como a “Antrópolis”. Embora suas ideias tenham sido amplamente difundidas e reconhecidas, muitas vezes foram simplificadas ou descontextualizadas, perdendo parte de sua riqueza e complexidade original, levantando questões importantes sobre a forma como as teorias e abordagens historiográficas são transmitidas e aplicadas no campo do urbanismo, ressaltando a necessidade de contextualizá-la historicamente. Ao explorar as contribuições de pensadores como Françoise Choay e suas influências sobre o campo, os participantes nos convidam a repensar nossas próprias abordagens e perspectivas sobre o urbanismo e seu papel na sociedade contemporânea. Dessa forma, o episódio oferece uma possibilidade para melhor entendermos as complexidades das cidades e seu desenvolvimento ao longo do tempo. Não deixe de ouvir!
O sonho de montar um escritório de arquitetura e criar projetos autorais é uma aspiração comum entre muitos recém-formados em arquitetura e urbanismo. No entanto, mais do que apenas a parte criativa e técnica, é crucial considerar a gestão do negócio. Este foi o tema central do episódio 224 do Arquicast, onde foram discutidos os desafios e estratégias para profissionalizar os escritórios de arquitetura. O episódio começa destacando um dado alarmante: 25% das empresas no Brasil fecham suas portas devido a problemas de gestão, conforme uma pesquisa do Sebrae em 2020. Nesse contexto, como conciliar os desejos profissionais com a administração eficiente do negócio? Em parceria com a Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura de São Paulo (ASBEA), o Arquicast convidou Gustavo Garrido, presidente da ASBEA-SP, e Daniel Toledo, diretor executivo da Königsberger Vannucchi. Garrido e Toledo compartilham suas experiências e abordam os primeiros passos para quem deseja empreender na prestação de serviços em arquitetura. A questão do espaço físico em uma era digital é levantada, ressaltando a importância da presença online, mas sem desconsiderar a relevância de um local físico para encontros e apresentações. Além disso, a discussão sobre a precificação dos projetos como pilar da gestão é essencial. Os participantes destacam que a precificação vai além de uma simples metodologia de composição de preços, envolvendo diversas dimensões que impactam na sustentabilidade do escritório. A escala do negócio também é discutida e os desafios específicos de cada uma. Nesse caminho, a gestão de pessoas surge como um ponto central, destacando a necessidade de pensar na gestão de equipes tanto quanto na gestão dos projetos. A medição de resultados em um trabalho aparentemente artístico é debatida, evidenciando a importância de não se limitar apenas à medida financeira. A busca por apoio e capacitação, seja por meio de cursos específicos ou entidades como a ASBEA, é incentivada, bem como a valorização dos profissionais da área e a construção de um mercado local sólido são abordadas como estratégias importantes para a caminhada de oportunidades. O episódio proporciona uma reflexão valiosa sobre os desafios da profissionalização dos escritórios de arquitetura ao trazer especialistas com experiências práticas para a discussão, ainda, o episódio oferece insights fundamentais para aqueles que buscam empreender nesse campo tão dinâmico e desafiador. Embora o caminho para profissionalizar um escritório de arquitetura possa ser desafiador, ele é repleto de ramificações para aqueles dispostos a investir na capacitação e aprendizagem contínua, desenvolvendo suas habilidades empresariais. Com as ferramentas certas e o apoio adequado, é possível transformar o sonho de empreender na área da arquitetura em uma jornada gratificante e bem-sucedida. Não deixe de ouvir o episódio!
Arquicast 224 - Pritzker 2024: Riken Yamamoto A arquitetura contemporânea está em constante busca por inovação e relevância social, nesse contexto, o arquiteto japonês Riken Yamamoto, vencedor Prêmio Pritzker de 2024, é celebrado não apenas por sua habilidade técnica, mas também pelo seu profundo engajamento comunitário e seus esforços em projetos de reconstrução após desastres naturais, transformando essa jornada em legado para jovens profissionais. Sua trajetória na arquitetura é marcada por influências profundas e uma visão humanista que permeia suas obras. Yamamoto nasceu em uma casa de estilo machiya japonês, onde a integração entre espaços públicos e privados era intrínseca ao ambiente. Essa experiência formativa moldou sua compreensão precoce da importância da comunidade na arquitetura. Aos 17 anos, durante uma visita ao Templo Kôfuku-ji, ele foi profundamente impactado pelo Pagode de Cinco Andares, uma experiência que despertou sua paixão pela arquitetura e influenciou sua abordagem futura ao design. Esses momentos fundamentais na vida de Yamamoto revelam a influência da cultura e da história japonesa em sua visão arquitetônica. Durante suas viagens pela costa mediterrânea e pelas Américas, Yamamoto absorveu uma variedade de influências culturais e arquitetônicas que enriqueceram sua prática. Desafiando a prevalência das casas unifamiliares no Japão, ele propôs alternativas que privilegiam a comunidade e a coletividade. Após o devastador Terremoto e Tsunami de Tōhoku em 2011, Yamamoto demonstrou seu compromisso com o serviço à comunidade, fundando institutos e iniciativas para ajudar na reconstrução e recuperação das áreas afetadas. O projeto "HOME-FOR-ALL", uma iniciativa voluntária co-fundada por Yamamoto, desempenhou um papel crucial na reconstrução de residências para aqueles que perderam tudo no desastre. Esse aspecto humanitário de sua prática reflete sua crença no poder da arquitetura para transformar vidas e promover o bem-estar social. O legado arquitetônico de Yamamoto transita entre a interação dos espaços e a acessibilidade, entre o engajamento dos usuários e dos transeuntes, contribuindo para o enriquecimento das comunidades locais onde estão inseridas. Seu compromisso com a inovação com o design centrado no ser humano o coloca como uma figura inspiradora, fator considerado pelo júri na premiação. Se quiser saber mais sobre a premiação desse ano, não deixe de ouvir o episódio completo do Arquicast. Além das informações comentadas acima, o programa ainda conta com uma versão em vídeo disponível no YouTube. As polêmicas não ficaram de fora da edição, sobretudo quando o assunto foi sobre a opção do júri em dar visibilidade também à produção japonesa contemporânea. Participe dessa conversa ouvindo o episódio. Bom cast!
Imagine-se vagando pelas ruas encantadoras de Paris, imerso em uma paleta de cores vibrantes e narrativas poéticas. Este é o universo visualmente deslumbrante de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", um filme que captura não apenas os corações dos cinéfilos, mas também o olhar atento dos apreciadores de arquitetura. No episódio de Arquitetura e Cinema do Arquicast sobre esse clássico contemporâneo, tenta-se desvendar as complexidades arquitetônicas que moldam o cenário onde a história de Amélie se desenrola. Paris é muito mais do que apenas o cenário onde a história se passa; é um personagem por si só. Das ruas sinuosas de Montmartre às paisagens urbanas de Montparnasse, a habilidade do diretor Jean-Pierre Jeunet em capturar a essência arquitetônica da cidade é notória. A estética peculiar e pitoresca das ruas, com seus cafés charmosos e fachadas coloridas, oferece um pano de fundo perfeito para as aventuras de Amélie. A arquitetura em "Amélie Poulain" é uma ferramenta narrativa, visto que os espaços arquitetônicos refletem os estados de espírito das personagens. Das escadas estreitas do apartamento de Amélie à atmosfera nostálgica da loja de fotografia de Nino, cada espaço é meticulosamente projetado para contar uma história por si só, criando uma sensação de intimidade e familiaridade para o público. A paleta de cores vibrantes é um dos aspectos mais marcantes do filme, entre o vermelho ardente dos cabelos de Amélie e o verde suave das janelas de Montmartre, cada cor evoca uma emoção distinta e contribui para o visual cativante do filme. Mais do que simplesmente decorativo, o uso das cores desempenha um papel crucial na imersão do espectador na jornada de Amélie. "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" transcende o status de mero filme para se tornar uma obra de arte cinematográfica passados vinte anos, especialmente pela sua profunda ressonância emocional, motivo do seu impacto duradouro na cultura cinematográfica. Participe dessa conversa escutando o episódio, e descubra novas formas de apreciação desse clássico. Dicas do Episódio: Perfil: http://instagram.com/filmtourismus Filme: Amnésia (Christopher Nolan) | IMDB Filme: Zona de Interesse | IMDB Exposição: CCBB Mundo Zira Jogo: Trilhas Urbanas
Matheus Dorneles Campos
04:42
Lourrany Américo
Muito top! Foi uma aula! tks
Silton Henrique
Rino Levi? Com todo respeito ao grande nome da Arquitetura mundial, o Arquicast não poderia trazer alento e empreendedorismo aos milhares de escritórios "fechados"? Não seria oportuno tantos temas afins do atual cenário? Abraços e parabéns pelo canal!
Cleisyane Moura
Esse episódio é muito maravilhoso 💜
Fabrício Ferreira
"lado negro"?