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BORORÓ: a música no Brasil do século XX
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BORORÓ: a música no Brasil do século XX

Author: Alexandre da Maia, Raphael Dorsa Neto, Rádio Cultura FM de Brasília 100,9

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Programa semanal sobre a história da música no Brasil do século XX, produzido e apresentado por Alexandre da Maia e Raphael Dorsa Neto. Produção e locução das vinhetas: Fábio Iarede (@podcastdofiarede). O Bororó é transmitido todas as segundas-feiras, 21h, com reprise nas quartas-feiras, 11h, na Rádio Cultura FM de Brasília - 100,9 FM, a rádio pública do Distrito Federal.

Aqui a gente conversa sobre pessoas, movimentos, ritmos, gravadoras, lugares e tudo aquilo que interessa à história da música brasileira do século XX. Afinal, Bororó também é cultura.
17 Episodes
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"GENIALF", diria Tom Jobim. A esfinge da música brasileira, segundo alguns. Para Ed Motta, ele é "um dos Jedis da música brasileira". O Bororó vai se debruçar sobre a vida e a obra de um cantor, compositor, músico e arranjador chamado Alfredo José da Silva, filho de uma lavadeira e de um militar morto na revolução de 1932. Ele é um dos pais da música moderna brasileira. Ele é JOHNNY ALF. Alexandre da Maia vai trazer suas origens, a influência da música americana e a formação musical de Johhny Alf, que ia da música clássica a Custódio Mesquita. Johnny Alf foi expulso de casa por decidir ser músico. Um dos objetivos do programa é desfazer essa lenda de que Johnny Alf é um injustiçado. Ele só fez o que quis e assumiu sozinho todas as consequências das suas escolhas artísticas e de vida. Johhny Alf moldou a música moderna brasileira com suas harmonias e melodias de rara beleza. Para quem ama a música brasileira, Johnny Alf é eterno. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
Agora o Bororó vai começar a trazer também temas ligados ao jazz feito no Brasil. Falar de Victor Assis Brasil é reafirmar a sua competência como músico, compositor e arranjador. Um maestro de pouca idade. Alexandre da Maia trará um perfil desse grande músico da nossa história. Vitor Assis Brasil (ainda sem o "C"mudo) gravou seu primeiro disco pelo histórico selo Forma, no ano de 1966, quando tinha apenas 20 anos de idade. Participou de concursos no exterior e por ter sido escolhido o melhor saxofonista do festival de jazz de Berlim, ganhou como prêmio uma bolsa de estudos na presgiada Berklee College of Music, onde estudou de 1969 a 1973. Gravou e tocou com grandes músicos, no Brasil e no exterior, retornou ao Brasil e gravou 3 músicas suas, incluindo o tema de abertura, da novela "O Grito, a convite da TV Globo. Faleceu aos 35 anos, em 14 de abril de 1981, por conta de uma doença grave, rara e autoimune chamada poliarterite nodosa, e seu legado segue vivo como nunca. Deixou mais de 300 músicas inéditas, e esse acervo está à dispisição para quem quiser aprofundar no mergulho dessa obra tão importante para a história da música brasileira. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
"Prepare o seu coração pras coisas..." que vou continuar a contar. Um episódio não é suficiente para dar conta de um período tão significativo para a música brasileira. O segundo episódio dedicado à Era dos Festivais começa com a I Bienal do Samba, realizada em maio de 1968 pela TV Record, por meio do qual os grandes sambistas eram chamados para oferecer um samba para concorrer a prêmios. Desse período, falamos de "Lapinha" (Baden Powell/ Paulo César Pinheiro), vencedora da I Bienal do Samba (1968) e de Geovana, destaque da II Bienal do Samba, que só iria acontecer em 1971. Outras linguagens musicais aparecem nos anos 70, com o Festival Abertura, de 1975, até a edição do I Festival Universitário da MPB, organizado pela TV Cultura em 1979, quando a vanguarda paulista aparece com tudo com a vitória de "Diversões eletrônicas" (Arrigo Barnabé/ Regina Porto). E a década de 80 também se faz presente na história dos festivais como esse híbrido de mostra competitiva de canções e programa de TV. Destaque para o MPB 80, as duas versões do MPB Shell (1981 e 1982) e o Festival dos Festivais, em 1985, com eliminatórias em várias cidades diferentes e a coroação final de "Escrito nas estrelas" (Arthur Black/ Carlos Rennó), na interpretação inesquecível de Tetê Espíndola. Bororó também é cultura. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
"Prepare o seu coração para as coisas que eu vou contar". O BORORÓ desta semana trará o primeiro episódio de um período de ampliação das linguagens da música brasileira, consolidando a chamada MPB. O BORORÓ vai tratar da chamada "Era dos Festivais". A despeito do enfoque da pesquisas históricas em determinar o período áureo da Era dos Festivais entre os anos de 1965 e 1972, este primeiro momento mostrará a busca da construção de uma linguagem própria de um novo meio de comunicação em massa no Brasil: a televisão. Antes da expansão das novelas no horário nobre da TV brasileira, os festivais funcionavam ao mesmo tempo como um programa de televisão e uma competição entre canções. Este episódio trata da chamada "I Festa da Música Popular Brasileira", em 1960, no Guarujá, a partir de uma ideia de Tito Fleury, até o III Festival da Música Popular Brasileira, em 1967, que nos deu canções como "Ponteio" (Edu Lobo/ Capinan), "Roda viva" (Chico Buarque), "Domingo no Parque" (Gilberto Gil), "Eu e a brisa" (Johnny Alf), "Alegria, alegria" (Caetano Veloso). Bororó também é cultura. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
O Bororó apresenta o segundo episódio (Lado B) dedicado a Robson Jorge e Lincoln Olivetti, produzido por Alexandre da Maia, com participação mais que especial da flautista Beth Ernest Dias. Neste episódio, falamos do "Hot Parade vol. 1", de 1970 e das gravações dos anos 70, bem como o lançamento em digital do LP de Robson Jorge de 1977, lançado pela CBS. Falamos também do lançamento, pelos selos @discovoadoroficial e @discobertas, do "The MM Sessions", com gravações feitas na casa do produtor, músico e compositor Mauro Motta com Robson Jorge. O lançamento foi em novembro de 2022, nos 30 anos da morte do compositor carioca. Destacamos o lançamento em 2023 de "Deja vu", EP com 5 músicas retrabalhadas em estúdio com material inédito da parceria Robson Jorge e Lincoln Olivetti. Bororó também é cultura. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
O BORORÓ desta semana é o primeiro de dois episódios dedicados a duas das pessoas mais talentosas da história da música brasileira: Robson Jorge e Lincoln Olivetti.    Robson e Lincoln trabalharam como arranjadores, músicos e compositores que mudaram o som da música popular no Brasil do início dos anos 80, com influência nas mais variadas gerações de musicistas e músicos do Brasil. Trabalharam com Gal Costa, Maria Bethânia, Marcos Valle, Sandra de Sá com todo mundo que era relevante no cenário musical e artístico da época.   Em 1982, lançaram aquele que, para muitos, é um dos discos mais bem produzidos e bem gravados da nossa história. “Robson Jorge & Lincoln Olivetti”, o disco, é referência de qualidade musical e de produção e engenharia de som.    Neste primeiro episódio, Alexandre da Maia fala sobre as origens da dupla, o primeiro trabalho juntos em 1976, na gravação de “Fim de Tarde”, interpretada por Cláudia Telles, até o projeto Directory, de 1983.   Bororó também é cultura. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
Neste segundo episódio dedicado ao grande Heitor Villa-Lobos, Raphael Dorsa Neto traz a influência do Maestro nas mais variadas manifestações artísticas e culturais. Villa-Lobos obteve reconhecimento nacional e internacional e há grupos interdisciplinares dedicados ao estudo da sua obra até hoje. Como um dos fundadores da música moderna brasileira, sua influência é tão forte quanto inconteste. O programa tem a participação especial do poeta e ecologista Nicolas Behr. Bororó também é cultura. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
O nono episódio do BORORÓ: a música no Brasil do século XX é o primeiro dedicado a um dos pais fundadores da música brasileira: Heitor Villa-Lobos (1887-1959). Heitor Villa-Lobos foi um dos artistas fundamentais na ruptura das barreiras tradicionais das Academias de Música, nas quais havia uma fronteira nítida e hierarquizada entre o “erudito” e o “popular”. Villa-Lobos vai além dessas dicotomias artificiais e inautênticas, sempre na busca da construção de uma “identidade” para além das fronteiras, forjada na diferença da experiência de vida e da percepção musical.  A obra de Villa-Lobos traz o diálogo entre lendas tradicionais e a música europeia. Compôs uma obra vasta e estudada no mundo inteiro. Ganhou uma biografia escrita pelo musicólogo finlandês Eero Tarasti, recentemente traduzida para o português. É a grande influência dos músicos, maestros e arranjadores que aparecem nas gerações futuras, todas tributárias de sua fundamental contribuição para a construção da arte no Brasil.  Raphael Dorsa Neto traz este que é o primeiro episódio dedicado ao Maestro, já que o tempo de um programa é insuficiente por conta da quantidade de informação relevante sobre a obra e a vida de Villa.  Participação mais que especial da professora e poeta brasiliense Sandra Araújo, que nos conta a lenda do Uirapuru.  Ao buscar ser muito brasileiro, Villa-Lobos tornou-se universal.  --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
No especial dedicado aos 64 anos de Brasília e aos 36 anos da Rádio Cultura FM de Brasília - 100,9, o BORORÓ: a música no Brasil do século XX apresenta um episódio dedicado a CLAUDIO SANTORO. Aluno da onipresente Nadia Boulanger em Paris,  o compositor e maestro manauara foi fundador do Departamento de Música da @unb_oficial e também criador, em 1979, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, que hoje leva também o seu nome. Raphael Dorsa Neto preparou um episódio especial, com uma hora e meia de duração, para todos nós. Coisa linda de se ouvir, com as entrevistas mais que especiais da flautista Beth Ernest Dias e do pianista Pablo Marquine. O BORORÓ: a música no Brasil do século XX é amanhã, 21h. Reprise na quarta, 11h, na @cultura1009 Bororó também é cultura. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
Episódio 7 - Garoto

Episódio 7 - Garoto

2024-04-1654:58

O sétimo episódio do BORORÓ: a música no Brasil do século XX é dedicado a Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto (1915-1955). Garoto foi um gênio das cordas e começou muito jovem, o que justificou o seu apelido. Garoto iniciou sua carreira aos 11 anos. Aos 12, tocou na Exposição da General Motors no Cine Odeon de São Paulo, na Rua da Consolação. Tocou com Laurindo de Almeida no chamado Duo do Ritmo Sincopado. Tocou nos Estados Unidos com o Bando da Lua, grupo que acompanhava Carmen Miranda, quando volta para o Brasil em 1940. Garoto fez parte da Orquestra Brasileira, com regência e arranjos do maestro Radamés Gnattali, que virou um grande amigo. Garoto integrou ainda o Trio Surdina, com Fafá Lemos e Chiquinho do Acordeom. Ele é um dos inventores do violão moderno brasileiro. Idolatrado por nomes como Rosinha de Valença, Raphael Rabello, Yamandu Costa e Baden Powell, Garoto é fundamental para a música popular no Brasil do século XX, e o Bororó não podia deixar de prestar seu tributo ao grande mestre. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
No sexto episódio do BORORÓ: a música no Brasil do século XX Alexandre da Maia traça o perfil daquela que Hermínio Bello de Carvalho chama de "a Arquiduquesa do Encantado". César Ladeira, um dos ícones da era do rádio no Brasil, atribuiu a ela o epíteto de "O Samba em Pessoa".   Para muitos, a maior intérprete de Noel Rosa, que a conheceu na Rádio Educadora e desde então não desgrudou mais. Viveram essa amizade na boêmia da Lapa, com Madame Satã e toda a turma que ela chamava de "barra pesada".   Resgatou a obra de Noel no Vogue em fins dos anos 40 até o início dos anos 50 (48-52), quando essa boêmia migra da Lapa para a Zona Sul do Rio, sobretudo no Leme e em Copacabana, onde ficava o Vogue. Regravou essa obra com arranjos de Radamés Gnattali, com apoio de Braguinha, amigo de Noel desde antes do Bando de Tangarás.   Aracy de Almeida é muito mais que uma intérprete de um só autor ou uma jurada ranzinza de programas de calouros na TV. Era uma intelectual, uma colecionadora de quadros que lia Schopenhauer e era amiga de luminares como Di Cavalcanti, que pintou um retrato de Aracy e deu a ela de presente, e Vinicius de Moraes.   ARACY DE ALMEIDA foi, junto com Carmen Miranda, a maior cantora de sambas de sua época. E o Bororó prestará a essa grande artista brasileira todas as homenagens que ela merece. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
Abram espaço e afastem os móveis da sala. Alexandre da Maia vai colocar todo mundo pra dançar com o quinto episódio do BORORÓ: a música no Brasil do século XX.  Vamos falar do Sambalanço, um tipo de samba urbano, centrado na força do órgão e do ritmo, que dialoga diretamente com a música cubana. Muitos músicos do Sambalanço, por conta do fechamento dos cassinos em 1946, teve que viver de música fora do Brasil, o que gerou um intercâmbio imenso entre essas representações dos sons latinos. O programa fará uma viagem a meados dos anos 50 do século XX, tempo das casas noturnas Drink, de Djalma Ferreira, e Arpege, de Waldir Calmon. O programa traz a história de Orlandivo e seu fã que pediu para que ele gravasse umas músicas suas. O fã era um certo Jorge, como vocês vão ver. Teremos Waltel Branco, Durval Ferreira, Walter Wanderley e, claro, Ed Lincoln. Bororó também é cultura. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
Ninguém podia ser cretino com Nara Leão.   Das salas do apartamento 303 do bloco Louvre do Edf. Palácio Champs Elysées à consagração nacional como violonista e intérprete, Nara Leão sempre prezou pela integridade de sua arte. Alexandre da Maia traz os detalhes da carreira e da vida dessa que é uma das nossas grandes cantoras.   Nunca ficou presa aos modismos, tampouco desejou fama, sucesso e notoriedade. Ela deixa o show Opinião, inclusive, por achar que toda a aclamação da imprensa e do público ao espetáculo findava por desvirtuar o objetivo do show: ser um espaço de resistência à ditadura militar.   Portanto, rotular Nara Leão como “musa da Bossa Nova” é algo historicamente falso. Se a bossa nova tinha sua “musa”, ela era Sylvinha Telles. E por que a necessidade de se ter “musas” em movimentos culturais?    Ademais, Nara sempre pensava à frente. Gravou um disco inteiro só com composições de Roberto e Erasmo quando a “intelligentsia" da época, vertida nos jornais em forma de crítica cultural, considerava cafona e de mau gosto a obra de uma das maiores duplas de compositores da história da nossa música popular.   Nara Leão nunca foi, tampouco quis ser uma mulher encaixável em rótulos. E o quarto episódio do BORORÓ é dedicado a essa grande, imensa artista da nossa música, falecida com apenas 47 anos de idade.   Bororó também é cultura. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
O terceiro episódio do BORORÓ: a música no Brasil do século XX vai tratar de um dos estetas de nossa música. Se Chiquinha Gonzaga, como vimos no episódio anterior com Raphael Dorsa Neto, traz um molho brasileiro para ritmos de salão europeus como a polca, LUIZ GONZAGA inventa uma estética própria. Traz uma visão de uma parte do Brasil sempre neglicenciada e diminuída, além de musicalmente ter inventado uma linguagem musical. GONZAGÃO não é apenas o Rei do Baião. O Velho Lua é um dos inventores de nossa música popular, com influências que permanecem cada vez mais vivas até hoje. A obra de Luiz Gonzaga segue "impregnada de eternidade", parafraseando o também pernambucano Manuel Bandeira. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
Raphael Dorsa traz um retrato biográfico e musical de uma das artistas mais importantes para a própria construção de uma identidade musical brasileira, em toda sua diversidade: Chiquinha Gonzaga (1847-1935). Neta de avó escravizada, Chiquinha foi uma das inventoras da música brasileira, sobretudo a música popular. Sua importância para a história da música brasileira é inconteste. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
Episódio 1 - Bororó

Episódio 1 - Bororó

2024-03-1357:22

Alexandre da Maia e Raphael Dorsa Neto conversam sobre um dos nomes mais importantes da música no Brasil do século XX: Alberto de Castro Simões da Silva, o Bororó. Compositor, violonista e para muitos o maior boêmio da história da Zona Sul do Rio de Janeiro, Bororó (1898-1986) foi fundamental na consolidação de nomes como Orlando Silva e tantos outros. Bororó foi o primeiro compositor a trazer um elemento sensorial ao falar de amor nas letras. Um dos gigantes da nossa música, mas infelizmente pouco falado. O Bororó homenageia esse grande personagem da cultura brasileira. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bororo/message
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