Birras de Mãe

<p>Nestas Birras de Mãe discutem, sem sombra de politicamente correcto, medos, irritações, perplexidade, raivas e mal-entendidos entre gerações.</p>

Birras com... Luísa Sobral: “Em casa da avó fazem o que a avó quer!”

Cereja em cima do bolo é o nome do seu primeiro de muitos álbuns, e foi assim que nos sentimos ao receber Luísa Sobral no estúdio do Público, para mais um especial Birras de Mãe. Luísa confessa que não gostava da escola, sentia que não encaixava no que esperavam dela, mas considera que foi mais do que privilegiada com os pais que lhe calharam em sorte e que nunca colocaram entraves aos dois artistas que tinham em casa. Hoje é mãe de quatro filhos, daquelas mães que vira o dia do avesso para os poder ir buscar à escola, mas confessa que a “nova” parentalidade corre o risco de ser demasiado obsessiva. Também falamos de avós, claro. “A minha mãe faz imensas coisas com os meus filhos com as quais não concordo...mas digo-lhes que quando estão em casa da avó fazem o que a avó quer!” O que, escusado será dizer, foi música para os ouvidos da avó destas Birras.  See omnystudio.com/listener for privacy information.

12-04
52:29

Mães que se arrependem de ser mães

As estatísticas indicam, tanto em Portugal como noutros países europeus, que há oito por cento de mães que se arrependem de ser mães. Não estamos a falar daquele fugaz “Ai em que é que me fui meter!”, nem tão pouco do momento de nostalgia pelo sossego e a liberdade da vida pré-maternidade que perdemos, mas de uma angústia permanente e silenciada que suga a felicidade e, seguramente, interfere de alguma maneira na relação com a criança. Que a maternidade é pintada de cor-de-rosa ninguém dúvida e até é legítimo pensar que a natureza se encarregou de nos fazer esquecer as dores de parto, as noites sem dormir e por aí adiante, de forma a garantir a continuidade da espécie, mas este arrependimento é muito mais fundo do que isso e, ao contrário do que se pode pensar, não é sinónimo de falta de amor pelo filho que se gerou. A birra de hoje é sobre este tema tabu, sem julgamentos, nem juízos precipitados.See omnystudio.com/listener for privacy information.

11-27
16:41

Os netos rejuvenescem ainda mais o avô do que a avó

Para os pais, sobretudo para os que foram menos presentes enquanto pais, a descoberta da magia de ser avô é ainda mais extraordinária do que para as avós.  Descobrem o mundo pelos olhos dos mais pequeninos e recebem a recompensa de se tornarem os heróis dos netos, num tempo em que a gratificação profissional pode não ser tão grande.  Mas temos muito mais a dizer sobre esta verdadeira paixão, sintonize a nossa Birra de hoje e não se vai arrepender.See omnystudio.com/listener for privacy information.

11-20
13:42

Joana não comas a papa!

A notícia de que os portugueses comem o dobro do que deviam, fez acordar na avó destas Birras a sua fobia contra a obsessão nacional por enfiar mais uma colher pela boca de uma criança que protesta que não tem fome! Num canto do mundo onde a alimentação e o afecto se entrelaçam, este episódio promete polémica.See omnystudio.com/listener for privacy information.

11-13
15:30

Birras com... Mário Cordeiro: Fala-se pouco no bullying fraternal

Mário Cordeiro é muito conhecido pelo seu trabalho em pediatria, a sua defesa dos direitos das crianças e adolescentes, bem como por ser uma voz incansável pelos direitos dos pais, mas o que poucas pessoas sabem, ou suspeitam depois de o ver a apresentar livros, palestras ou debates, é que foi uma criança dolorosamente tímida. Neste episódio do Birras com... ficamos a conhecer mais sobre a sua infância e adolescência. A relação muito próxima com o pai – também pediatra –, os desafios de ser o mais novo de oito irmãos e de como sobreviver a seis irmãs mais velhas foi moldando a pessoa que se tornou. Ficamos presos à sua história que vai interligando os factos da sua vida com os insights que foi coleccionado sobre a sua experiência e de como é que afectou a forma como depois foi pai dos seus cinco filhos! Se a infância influenciou a forma como trabalhou loucamente também todas as suas experiências foram direccionando Mário Cordeiro a uma nova descoberta: a da necessidade de abrandar e de viver a vida com tempo. Junte-se a nós nesta conversa carregada de sabedoria em mais um Birras com... Mário Cordeiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.

11-06
58:38

Crime de Vagos. Qualquer mãe pediria compaixão e não ódio

É impossível não ficar impressionado com a tragédia de um adolescente de 14 anos que dispara contra a mãe, matando-a. E é absolutamente humana a curiosidade, o tentar compreender o que aconteceu, a que está subjacente a crença – errada, mas que nos faz sentir mais seguros! — de que as coisas más só acontecem às pessoas que de alguma forma as mereciam, ou seja, que se fizermos tudo direitinho, vide educar bem os nossos filhos, uma desgraça destas não podia acontecer em nossas casas. Mas o que já é indigno é esquecer que estamos a falar de uma criança, de uma criança que só pode estar muito perturbada, e andar por aí nos comentários públicos ou nas redes sociais, a fazer diagnósticos e a clamar vingança. Esquecendo que tudo aquilo porque devemos lutar, enquanto sociedade, é que seja dado a este adolescente o acompanhamento que lhe permita uma vida com sentido, sabendo de antemão que carregará consigo uma culpa insuportável. Afinal, como diz a avó destas Birras, seria certamente o desejo da vítima, o desejo de qualquer mãe, por maior que fosse a loucura cometida pelo seu filho. Em lugar de refilarmos com o limite temporal da pena, temos é a obrigação de exigir que, ao contrário do que acontece frequentemente, estes centros educativos tenham os recursos de que necessitam. E se não o quisermos fazer por motivos altruístas, que o façamos por razões egoístas: estes jovens em breve serão adultos. E, já agora, fica o alerta: se tem uma arma de qualquer tipo em casa desfaça-se dela!See omnystudio.com/listener for privacy information.

10-30
17:15

Vamos ensinar os nossos filhos a cumprimentar as pessoas com quem se cruzam!

Depois de um intróito em que dá por si a falar do medo de um dia se esquecer do seu próprio nome, a avó destas birras faz dois apelos: primeiro, que não confinem as crianças aos carrinhos, deixando-as a andar livremente pelo seu próprio pé; segundo, que as ensinem a cumprimentar as pessoas com que se cruzam. Que voltemos todos a dizer “Bom dia” e “Boa Tarde”, ou um simples “Olá”, quando entramos no elevador ou numa loja. O medo dos “estranhos” só pode deixar a nossa vida mais pobre. O Birras de Mãe está disponível na Apple Podcasts, Spotify e em todas as restantes aplicações para podcasts.See omnystudio.com/listener for privacy information.

10-23
12:43

Birras com... Gustavo Jesus

Gustavo Jesus é psiquiatra, director clínico do PIN – Partners in Neuroscience, autor e orador nato. Fala sobre temas como o sono, a parentalidade ou as perturbações de desenvolvimento com uma clareza e um suporte científico raros. O Birras de Mãe quis tirá-lo um pouco para fora de pé, desafiando-o a olhar para a sua própria infância e adolescência, e para a forma como afectaram a pessoa em que se tornou, a profissão que escolheu, a maneira como vê a parentalidade. Conseguimos extorquir-lhe a confissão de que a mãe lhe garante que foi um “bebé perfeito” - tese que, entre gargalhadas, confirma que acolhe de bom grado - a enorme influência do pai, e de como teve a sorte de ser uma criança “ouvida e valorizada” no seio da família. Contou-nos o maior desgosto que ia dando à mãe e as estratégias do pai para o ajudar a vencer os momentos de maior stress. À pergunta: “A nossa infância influencia a forma como somos pais?”, a resposta foi um convincente “sim!”. O sentido de humor, a perspicácia, a sabedoria que trouxe para a nossa conversa, aliando a sua experiência pessoal à académica e clínica, resultam num birra que ninguém vai querer perder. Esta é uma birra especial: queremos conhecer a infância das pessoas que admiramos, descobrir como contribuiu para que se tenham tornado nas pessoas fantásticas que são. Perceber como influenciou a forma como pensam a parentalidade, como educam os seus próprios filhos. E, claro, levá-los a confessar as birras que fizeram. Esta é a primeira, mas a partir de agora conte com um episódio especial do Birras de Mãe na primeira quinta-feira de cada mês. O Birras de Mãe está disponível na Apple Podcasts, Spotify e em todas as restantes aplicações para podcasts.See omnystudio.com/listener for privacy information.

10-16
59:41

Amamentação: não hesite em pedir ajuda!

Dar de mamar pode não ser tão intuitivo e fácil como as redes sociais levam a crer, esquecidas de que as mães tradicionalmente tinham o apoio de uma comunidade de mulheres que já tinham passado pelo mesmo e conheciam todos os truques. E se os cursos de preparação para o parto já tocam no assunto, a verdade é que é com o bebé já nos braços e o leite a subir que as questões realmente surgem. Sabia que basta, por exemplo, uma “pega” mal feita — e não, nem sempre os bebés sabem tudo! —, para que a recém-mãe comece a desanimar, ou desenvolva uma mastite (das coisas mais dolorosas que existem). Por tudo isto não deve esperar que alguma coisa corra mal para pedir ajuda a uma enfermeira ou a alguém especializado em amamentação. Este é um tema sobre o qual a mãe destas Birras tem muito a dizer, porque é um assunto que conhece profundamente, tanto pessoal como cientificamente, por isso neste episódio a voz é sobretudo dela. Mas não vai encontrar aqui qualquer ditadura da amamentação — a escolha é sempre da mulher, mas que só é realmente livre se for uma decisão informada, por isso vamos lá aos factos...See omnystudio.com/listener for privacy information.

10-09
26:42

Os irmãos influenciam tanto (ou mais) do que os pais

Pais e mães, não gastem tanto tempo a moer a cabeça com as possíveis consequências das vossas opções de parentalidade, porque são muito menores do que gostamos todos de imaginar. É claro que os pais são fundamentais na vida dos filhos, mas o “Efeito Pais”, dizem os mais recentes estudos, é provavelmente menos potente do que o “Efeito Irmãos”, quer seja por exemplo, ou por oposição, acabam por jogar um papel fundamental na personalidade e nas escolhas futuras uns dos outros. Quem tem a sorte de ter irmãos sabe instintivamente que assim é — conhecem-nos muitas vezes melhor do que os nossos próprios pais, em parte porque não estão tão cegos aos nossos defeitos como por vezes os nossos pais estão, e em parte porque nos vêem desempenhar outros papéis, por exemplo quando estão connosco entre amigos, na escola e em “cenários” em que os mais velhos não entram. Por outro lado, pertencem à nossa geração, e os seus conselhos são frequentemente mais realistas e mais honestos. Pronto, já percebeu que a nossa Birra de hoje é polémica, faça favor de entrar.See omnystudio.com/listener for privacy information.

10-02
16:56

É preciso ensinar as raparigas a defenderem-se na rua

A avó destas Birras está chocada – reuniu um grupo de raparigas adolescentes e já não tão adolescentes e pediu-lhe para contarem a sua experiência de andarem na rua sozinhas ou em pequenos grupos de amigas. Durante o dia, a caminho da escola ou já da universidade. E ficou indignada. Não, o problema não é que o assédio tenha aumentado, o mais grave é que não diminuiu, ou seja, está igual ao que ela e todas as raparigas da sua idade viveram nos anos 70 e 80, igual ao que a sua filha viveu no início do século. Nenhuma destas queixas, note-se bem, referiu imigrantes, mas sim nativos que continuam convencidos de que Portugal ainda é a “coutada do macho ibérico”, expressão de um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça usado há umas décadas para desvalorizar a violação de duas turistas. São os mesmos “velhinhos” descompensados que põem a mão na perna da infeliz que se senta ao seu lado, homens que sussurram que “Gosto delas novinhas”, com a conivência de quem presencia estas cenas e, tantas vezes, não diz, nem faz nada, para socorrer a vítima. Hoje é este o tema de uma birra gigantesca, onde se conclui que, infelizmente, temos de preparar as nossas adolescentes para saberem reagir nestes momentos sem, no entanto, lhes coartar a liberdade ou encher-lhes a cabeça de medos. Fique com a nossa reflexão e conselhos, e partilhe connosco a sua.See omnystudio.com/listener for privacy information.

09-25
21:10

Qual síndrome do ninho vazio qual carapuça!

Michelle Obama disse numa entrevista que estava em terapia para superar a síndrome do ninho vazio depois de as filhas terem saído de casa, e a humorista Kathy Lette escreveu um artigo a troçar das ansiedades da ex-primeira-dama. Qual vazio, qual carapuça, é tempo de celebração, defende. Com as “crianças” fora de casa, o casal pode finalmente reconquistar a intimidade perdida, sem pratos sujos atirados para o lava-louças e roupas espalhadas por todo o lado — e que tal transformar o quarto deles num escritório ou mesmo num ginásio? Neste episódio do Birras de Mãe, a avó fala da sua experiência e pergunta à mãe/filha que sonhos tem para o dia em que recuperar a posse da casa só para ela — o que, tendo em conta a idade em que os filhos deixam o tecto paterno, só deve acontecer daqui a muitas décadas... Entre, divirta-se e pense alto connosco!See omnystudio.com/listener for privacy information.

09-18
17:24

Aprenda a conhecer o bebé que calhou em sorte

Uma avó, com um humor e sensibilidade impagável, revelou ao Birras de Mãe a sua admiração pela paciência com que o neto recém-nascido lida com a inexperiência dos pais. Deixa-os aprender a porem-lhe fraldas, a dar-lhe de mamar, a vesti-lo e a despi-lo, sem um queixume. Rimos meia-hora com a perspicácia do comentário: finalmente, no meio desta história toda, alguém dá voz ao bebé. Não podíamos ter melhor ponto de partida para um episódio em que lhe contamos as descobertas do famoso pediatra Berry Brazelton, que veio destruir o mito de que as crianças nascem tábuas rasas. Mães, se vos calhou um bebé que não para de chorar, tem dificuldade em ser pousado ou quer mamar insistentemente não pensem que a culpa é vossa, mas, se por acaso, ganharam a lotaria do sono, temos pena de as informar que também não podem ficar com o mérito todo. Mas junte-se a nós no primeiro episódio da Nova Temporada do Birras de Mãe.See omnystudio.com/listener for privacy information.

09-11
17:29

A moda dos “Grandma Showers”, as festas para futuras avós

Viva o dia dos Avós, que o Birras de Mãe não podia, obviamente, deixar de assinalar com pompa e circunstância — as avós de hoje, e as que nos antecederam. É, também, o pretexto perfeito para falarmos de uma moda que faz furor nos EUA: as “Grandma showers”, festas dadas pelas avós para celebrar a sua passagem ao novo estatuto, e que causam indignação entre muitas mães que as acusam de lhes roubar os holofotes. Se já os “Baby showers”, que tinham no início o objectivo de assegurar a futura mãe que não estava sozinha, descambaram em festas de uma desproporção absurda, o que dizer desta nova tendência? Em que o bebé em si passa a ser apenas um pretexto para feiras de vaidades? No Birras de Mãe temos opiniões, e a esperança de que por cá haja mais bom senso.  See omnystudio.com/listener for privacy information.

07-24
12:59

Como sobreviver a férias com sogros e pais

A avó/mãe destas Birras fala da sua experiência de férias com pais e sogros e tira lições que espera possam ser úteis às mães já neste verão de 2025, ajudando-as a evitar o stress de se sentirem comprimidas entre a frente dos avós e a frente dos filhos. Sem se esquecer do que esperar do marido! Entre neste episódio que pretende salvar o seu descanso e a paz na família, e junte os seus conselhos aos nossos. See omnystudio.com/listener for privacy information.

07-17
09:49

E se eu fizer mal ao meu bebé? Lidar com o sofrimento dos “pensamentos intrusivos”

Irrompem vindos do nada, assustam, provocam pânico e causam uma enorme culpabilidade — os “pensamentos intrusivos”, que podem ser um sintoma de uma perturbação obsessiva-compulsiva, são muito mais frequentes do que imaginamos, e podem tornar-se mais intensos no período de pós-parto. Se é mais do que natural sentir ansiedade perante a maternidade, sobretudo para quem é mãe pela primeira vez, estes pensamentos persistentes e indesejados, que a razão não consegue afastar, causam um sofrimento enorme e que é difícil de confessar, por medo do julgamento dos outros. Como é que uma mãe pode dizer que receia magoar o seu querido bebé, que tem medo de perder a cabeça depois de horas de choro, quando acredita profundamente que é uma possibilidade. Por isso calam e não procuram ajuda. A birra de hoje fala desta perturbação sem tabus, na esperança de derrubar o preconceito, porque há quem as possa ajudar, porque há tratamento que trazem alívio, porque o pior que podem fazer é procurar reprimi-los e calá-los. See omnystudio.com/listener for privacy information.

07-10
17:17

E se criássemos um Tinder para mães?

Um Tinder para mães, em que uma mulher em licença de parto poderia descobrir outras mães na mesma situação na vizinhança, para um passeio no parque com os seus bebés, para beber um café e conversar, cortando com a solidão e o isolamento em que tantas se descobrem nesta fase? A ideia é da Ana e surge neste episódio na sequência de uma ode às amizades entre os pais dos amigos dos nossos filhos. Essa comunidade que se vai criando e que transforma o dia-a-dia das famílias, tanto em termos práticos (“Podes trazer hoje o meu filho da escola?”; “Porque não o deixas cá esta noite e curas essa enxaqueca?"), como psicológico porque, afinal, conhecem bem as crianças uns dos outros e estão todos na mesma fase de crescimento. A Ana classifica estes amigos como “diamantes”, mas recorda que a “vila” que nos ajuda a criar os nossos filhos não nos vai bater à porta — é preciso construí-la e trabalhar para a manter. É sobre amizade, a nossa Birra de hoje.See omnystudio.com/listener for privacy information.

06-19
10:24

Serei capaz de ser família de acolhimento?

São mais de seis mil as crianças entregues ao cuidado do Estado que permanecem anos a fio em instituições, e apenas cerca de 300 as que têm o privilégio de receber o cuidado de uma família de acolhimento, ao contrário do que acontece na maioria dos países da Europa. A campanha que pretende encontrar mais famílias dispostas a acolher uma criança surtiu resultados. Conseguiu aumentar ligeiramente este número, mas ainda há muito a fazer. E se a ideia de nos afeiçoarmos a uma criança para depois a “perder” assusta, mesmo sabendo de antemão que é esse o desfecho inevitável, o que dizer de um bebé que não tem forma de saber o que aí vem, que se apega a nós como se fôssemos para sempre, e de repente é reconduzido para outra família? A resposta é mais simples do que à primeira vista parece: qual é a alternativa? É melhor conhecer um colo e uma família e separar-se dele (mantendo geralmente ligações para toda a vida), ou nunca ter tido colo nem a oportunidade de aprender a vincular-se aos outros? Pois. A questão de fundo, a única que realmente troca as regras do jogo, é a eternização de uma solução que está pensada para ser uma transição muito curta. Mas esse crime, o crime de manter estes meninos num limbo, roubando-lhes a infância (e o futuro), é um crime contra todas estas crianças, a que não nos podemos conformar. Mas, que estas famílias de acolhimento com uma enorme generosidade tentam minimizar.See omnystudio.com/listener for privacy information.

06-12
20:34

Fazem-se demasiadas cesarianas em Portugal

O número de cesarianas em Portugal não pára de aumentar, com uma incidência assustadora nos hospitais particulares, que representam seis em cada dez partos, mas com números crescentes também nos públicos. Se há bons motivos para birras, este é decididamente um deles. Ninguém é, obviamente, contra as cesarianas, que salvam vidas de mães e bebés, mas o que explicam estes números, em absoluta revelia com as recomendações da Organização Mundial de Saúde? Será que as grávidas estão realmente informadas sobre os riscos para elas e para os seus bebés? São levadas a esta decisão por medos que não tem razão de ser, e que uma boa prática clínica e de acompanhamento podiam facilmente contornar, ou por razões que não deviam sequer contar nesta equação como, por exemplo, o desejo de compaginar o parto com a agenda do médico que as assiste? Esta Birra não foge às perguntas difíceis. Oiça, comente e conte-nos a sua experiência.See omnystudio.com/listener for privacy information.

06-05
18:32

Quando a política divide as famílias

“O meu marido não deixa o nosso filho ficar com os avós, porque são adeptos de Trump” — era este o título de um artigo do The New York Times. Num momento em que também em Portugal as famílias se “polarizam” em torno dos últimos resultados eleitorais, o Birras de Mãe não foge ao tema. Quando os ânimos estão ao rubro, como gerir as relações entre avós, filhos e netos, sem deitar o menino fora com a água do banho? Porque, afinal, aquilo de que as nossas crianças mais precisam é de aprenderem a navegar com empatia e respeito, mas também com espírito crítico, um mundo contraditório e conturbado, e esta pode ser uma oportunidade de aprofundar a lição.  A política do “cancelamento”, de cortar relações, é uma saída fácil, mas que não leva a lado nenhum. Entre nesta Birra e deixe-nos os seus comentários.See omnystudio.com/listener for privacy information.

05-29
16:54

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