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Catinga
Author: Público
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© 2017 PÚBLICO
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Passam o tempo a dizer-nos que isto não anda tudo ligado. Mas para o artista e músico Nástio Mosquito e para o jornalista e crítico Vítor Belanciano, o público e o privado, a economia e a política, a arte e a vida, a academia e a rua, a zanga e a alegria fazem parte da mesma realidade que é possível apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. CATINGA é isso. É a hipótese de transfigurar a realidade através das conversas e das palavras.
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Bater no universo do futebol não é complicado. É um alvo muito fácil. Grosseiro, em muitos aspectos, com zonas sombrias e imensa gritaria e intrigas. O difícil é gostar de futebol, sem os clubismos, privilegiando o jogo dentro de campo para lá das camisolas e a forma como ele também pode ser expressado fora dele. Esses, os que gostam realmente dos jogos de futebol, do sim em vez do não, da beleza em vez da fealdade, não têm espaço de representação nos programas de TV. É como se não existissem. Este é o 18º Catinga, programa semanal, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano, onde público e privado, sociedade e política, arte e vida, zanga e alegria fazem parte da mesma realidade que é possível tentar apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. Uma hipótese de transfigurar a realidade através das conversas.
Mentiras há muitas, as misericordiosas, as consentidas, as maldosas, as políticas ou aquelas que pregamos a nós próprios. Condenamos a mentira, mas todos as produzimos de vez em quando, ao mesmo tempo que quem diz a verdade a toda a hora, seja lá o que isso for, é percebido, no mínimo, como indelicado. É mentira? Este é o 18º Catinga, programa semanal, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano, onde público e privado, sociedade e política, arte e vida, zanga e alegria fazem parte da mesma realidade que é possível tentar apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. Uma hipótese de transfigurar a realidade através das conversas.
Em geral, em Portugal, parece dançar-se pouco. Gostamos de ir a festas, mas para ver o ambiente. Não nos envolvemos. O corpo não mente. Talvez por isso tenhamos receio sobre o que ele pode dizer acerca de nós próprios. É comum ouvir-se dizer que a dança e a música induzem à alienação. E no entanto dançar é actividade, convida à interacção em lugares públicos, é um dos últimos vestígios de um tempo onde se participava em festividades comunitárias. De uma só vez, potencia a liberalização individual, convida à transcendência e é expressão de sociabilidade. O mundo divide-se entre quem dança e quem fica a olhar.Este é o 17º Catinga, programa semanal, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano, onde público e privado, sociedade e política, arte e vida, zanga e alegria fazem parte da mesma realidade que é possível tentar apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. Uma hipótese de transfigurar a realidade através das conversas.
No programa eleitoral de Fernando Medina, eleito presidente da câmara de Lisboa, contemplava-se um museu dedicado à expansão portuguesa, existindo neste momento um debate no espaço público sobre que nome adoptar. Museu das Descobertas, dos Descobrimentos, ou da interculturalidade de Origem Portuguesa, são algumas das propostas, sobre as quais não existe consenso. Há quem argumente que adoptar qualquer uma dessas designações é assumir uma percepção da realidade eurocêntrica. Do outro lado desvaloriza-se o assunto, com o fundamento de que tudo não passará de mais um episódio do politicamente correcto. Será mesmo assim?Este é o 16º Catinga, programa semanal, todas as segundas-feiras, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano, onde público e privado, sociedade e política, arte e vida, zanga e alegria fazem parte da mesma realidade que é possível tentar apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. Uma hipótese de transfigurar a realidade através das conversas.
Este é o 16º Catinga, programa semanal, todas as segundas-feiras, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano, onde público e privado, sociedade e política, arte e vida, zanga e alegria fazem parte da mesma realidade que é possível tentar apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. Uma hipótese de transfigurar a realidade através das conversas.
Há quem diga que nunca se arrependeu de nada. O que dá que pensar. Se não deixaram nada para trás, se não têm uma falha por preencher, que aprendizagens tiveram, que frustrações geriram, a que superações se entregaram? Por vezes é na partilha das falhas, e não do sucesso, que nos encontramos com os outros. Para isso é preciso saber pedir desculpa, perceber se faz ou não diferença ou se é ou não apropriado. Pode não curar, mas pode ajudar a sarar. E isso tanto se aplica nas relações intersubjectivas a dois como nas relações diplomáticas entre países.Este é o 15º Catinga, programa semanal, todas as segundas-feiras, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano, onde público e privado, sociedade e política, arte e vida, zanga e alegria fazem parte da mesma realidade que é possível tentar apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. Uma hipótese de transfigurar a realidade através das conversas.
Há uma década o Brasil parecia afirmar-se como país farol para o mundo. Agora os problemas avolumam-se. Cresce a violência, as desigualdades sociais e a democracia é cada vez mais musculada. A percepção geral, o que se discute, é a corrupção política, identificada como o grande problema naquele país, como se constata agora com a prisão de Lula da Silva [este podcast foi gravado antes desses acontecimentos]. Mas será mesmo assim? Claro que a corrupção deve ser censurada e julgada. Mas até que ponto o foco excessivo em torno da personalização da corrupção não nos distrai do essencial, servindo para que as grandes intermediações financeiras ou os conflitos e desigualdades sociais se tornem secundárias? Não estaremos a assistir a uma inversão de perspectivas e prioridades? Este é o 14º Catinga, programa semanal, todas as segundas-feiras, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano, onde público e privado, sociedade e política, arte e vida, zanga e alegria fazem parte da mesma realidade que é possível tentar apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. Uma hipótese de transfigurar a realidade através das conversas.
Há cada vez mais gente a viver longe dos parceiros, dos amigos ou dos familiares, com países ou continentes a separá-los, ou porque trabalham em contextos distintos, ou cada vez mais, porque se conheceram na internet. Essa tendência crescente para encontros no espaço virtual desvincula-nos do espaço e tempo, acontecendo em qualquer sítio, a qualquer hora. Tanto as relações próximas como à distância têm defensores. Demasiada proximidade perturba a relação, numa alusão aos rituais do quotidiano, dizem uns, mas um dos riscos da distância é criar-se uma imagem idealizada do Outro. Como é que ficamos? Este é o 13º Catinga, programa semanal, todas as segundas-feiras, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano.
Hoje não existe anúncio de emprego para empresas ou instituições que não tenha um item a proclamar que se privilegiam pessoas criativas, com capacidade inovadora e ideias fora da caixa. E se o mercado quer é sintomático que surjam cada vez mais pessoas apresentando-se com esse perfil. Resta saber se o que temos hoje em dia não é a romantização dessas noções e sua apropriação superficial, através da retórica que as envolve. É que a maior parte das pessoas, empresas ou instituições tem dificuldade em lidar com indivíduos realmente criativos. Se o forem realmente é certo que irão gerar incertezas. Não serão muito fáceis de enquadrar. Terão um espírito independente e critico. E necessitarão de tempo.
A conversa foi solta. Um queria falar de coisas boas, o outro não estava para aí virado. Começamos com coisas simples, a sensação de nos deitarmos em lençóis lavados, torradas em pão alentejano pela manhã, dar um gole de cerveja ao final do dia, encontrar no bolso uma nota perdida ou dar uma boa notícia a alguém de que se gosta e acabámos no Barreiro, na forma como a reinvenção pessoal se toca com a reinvenção urbana. Por vezes não o conseguimos ver, mas está lá tudo. Às vezes é como o arquitecto que vai ver uma casa em ruínas. Onde uns vêm apenas entulho, ele consegue visualizar o potencial que está ali. A possibilidade do amor, bem como o engenho dos seres humanos, acontece onde tem de acontecer. Às vezes basta saber ver, projectar e fazer acontecer.Este é o 11º Catinga, programa semanal, todas as segunda-feiras, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano, onde público e privado, sociedade e política, arte e vida, zanga e alegria fazem parte da mesma realidade que é possível tentar apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. Uma hipótese de transfigurar a realidade através das conversas.
No universo da finança, da arte contemporânea, da moda, do jornalismo, do direito ou da academia existem códigos próprios. Cada expressão da vida social tem os seus rituais de comunicação. Uns têm pavor de entrar nas finanças porque não conseguem descodificar os mecanismos burocráticos da economia. Outros quando se confrontam com um quadro de Jackson Pollock indignam-se por não terem ferramentas de conhecimento que lhes permitam decifrar o que visualizam. Todos os instrumentos exclusivos de comunicação existem para supostamente facilitar essa mesma comunicação, mas muitas das vezes parecem entravá-la. Como ser compreendido num mundo atulhado de signos que nem sempre entendemos e transmitir complexidade com alguma clareza e simplicidade?As formas exclusivas de comunicação é o tema do décimo Catinga, programa semanal, todas as segunda-feiras, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano, onde público e privado, sociedade e política, arte e vida, zanga e alegria fazem parte da mesma realidade que é possível tentar apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. Uma hipótese de transfigurar a realidade através das conversas.
A obsessão pela originalidade é o tema do nono Catinga, programa semanal, de Nástio Mosquito e Vítor Belanciano, onde público e privado, sociedade e política, arte e vida, zanga e alegria fazem parte da mesma realidade que é possível tentar apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. Catinga é isso. Uma hipótese de transfigurar a realidade através das conversas.
Mas, afinal, onde anda o dinheiro?
Vivemos imersos na cultura do ruído. Não é apenas a omnipresença da música e da TV nos espaços públicos, é também o falar alto, são os motores ou essa ideia de que temos de estar em comunicação a todo o momento. A cacofonia tornou-se normalidade.
A sedução não vai morrer. Mas está a mudar. É preciso destrinçar entre comportamentos não desejados ou prepotentes, daquilo que é construção do desejo ou da sedução. Vive-se um momento de transição e como acontece sempre nessas alturas existe desordem e riscos de arbitrariedades, mas ao mesmo tempo isso não nos deve impedir de questionar as estruturas que regem as nossas sociedades. As mesmas que permitem não apenas formas de violência sobre as mulheres, mas muitas outras formas de violência.
Desejamos ter seguranças e verdades absolutas. Provavelmente tal coisa não existe. A única evidência é a morte física.
O duche lava por fora e pode purificar por dentro
O amor romântico é uma revelação ou uma construção que exige muito trabalho? Com Nástio Mosquito e Vitor Belanciano.
Passamos o tempo de dedo em riste. Mas estamos zangados com o quê exactamente?Segundo episódio do programa Catinga, com Nástio Mosquito e Vítor Belanciano.
Passam o tempo a dizer-nos que isto não anda tudo ligado. Mas para o artista e músico Nástio Mosquito e para o jornalista e crítico Vítor Belanciano, o público e o privado, a economia e a política, a arte e a vida, a academia e a rua, a zanga e a alegria fazem parte da mesma realidade que é possível apreender por inteiro, pensando nela em voz alta. CATINGA é isso. É a hipótese de transfigurar a realidade através das conversas e das palavras.
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