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Author: CeniCAST

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Esse podcast é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.
43 Episodes
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Escrita Dramática

Escrita Dramática

2021-05-2346:29

Oi oi! Bem vindes a mais um episódio do CeniCAST!! Pois é, já faz tempo, não?! Estamos passando por uma pausa para reestabelecer as baterias, mas não aguentamos de saudades! Então, de vez em quando, vamos passando por aqui apresentar novos projetos para vocês ^^ No episódio de hoje conversamos com a Daniela Bristot e Mara Pithan sobre a finalização do eixo de escrita dramática, num papo muito bom sobre os desafios e maravilhas desse campo imenso das Artes Cênicas. Também participa do episódio o professor Rafael Ary, que ministrou a disciplina "Processos criativos - Escrita Dramática IV" na UFSC. Esperamos que gostem!! ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: www.instagram.com/cenicast_ Twitter: twitter.com/cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.
Bem vindes ao quinto episódio da segunda temporada do CeniCAST! Trazemos para esta semana a segunda parte da entrevista feita com da Cia. Clandestinos sobre Teatro de Improvisação! ⠀ Seguem abaixo as recomendações culturais dos convidados: Perfil da Cia. Clandestinos no instagram - https://www.instagram.com/clandestinoscia Cia. Os Mequetrefes - https://www.instagram.com/ciaosmequetrefes Era Preciso Ouvir Outras vozes - https://www.youtube.com/watch?v=EviKrWSU2cY ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: www.instagram.com/cenicast_ Twitter: twitter.com/cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.
Artes Pretas na Cena

Artes Pretas na Cena

2020-07-2553:20

Olá, bem vindes ao quarto episódio da segunda temporada do CeniCAST! Nessa semana apresentamos uma entrevista com Alicia Prudêncio, Nataly Delacour e Rafael Gregório para debater a formação e as referências pretas nas cenas artísticas. Pra reverberar bem o assunto, esse episódio é um pouco mais longo, mas o papo vale! Sigam nossos convidades e suas recomendações culturais: Perfil da Nataly - https://www.instagram.com/natalydelacour Perfil da Cia. THE CUPS no instagram - https://www.instagram.com/thecupsinthecloset Perfil do Rafael - https://www.instagram.com/_rafaelgregorio Perfil da Alicia - https://www.instagram.com/aliciaprudencio Moana, Drive in - https://minhaentrada.com.br/evento/moana-o-show-teatro-musical-arena-drive-in-16098 Lista Preta - https://www.instagram.com/listapreta Cia. Nosso Olhar - https://www.instagram.com/cianossoolhar Série Sague e Água - https://www.netflix.com/title/81044547 Projeto Graffiti Queens - https://www.instagram.com/graffitiqueens ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: www.instagram.com/cenicast_ Twitter: twitter.com/cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.
Improvisação

Improvisação

2020-07-1034:04

Olá, bem vindes ao terceiro episódio da segunda temporada do CeniCAST! Para este episódio, num modelo mais curto, trazemos uma entrevista feita com parte da Cia. Clandestinos sobre Teatro de Improvisação! Um papo muito legal com Nata, Michel e o Tatu, com direito a jogo de improviso no final! ⠀ Seguem abaixo as recomendações culturais dos convidados: Perfil da Cia. Clandestinos no instagram - https://www.instagram.com/clandestinoscia Canal dos Barbixas - https://www.youtube.com/user/videosimprovaveis Portátil, da Porta dos fundos - https://www.netflix.com/title/81173301 Middleditch and Schwartz [cara do Nata] - https://www.netflix.com/title/81122572 ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: www.instagram.com/cenicast_ Twitter: twitter.com/cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.
Corpos Negros na Cena

Corpos Negros na Cena

2020-07-0401:13:34

Olá, bem vindes ao segundo episódio da segunda temporada do CeniCAST! Trazemos uma entrevista feita com dois artistas das Artes Cênicas para conversarmos sobre suas trajetórias e ampliar a conversa sobre a importância da ocupação e presença de negras, negros e negres na cena artística. Nataly Delacour está nos períodos finais da graduação em Artes Cênicas da UFSC e Leandro Batz já é graduado no mesmo curso. Ainda assim contam com diferentes trajetórias e óticas que nos levam a experenciar um pouco da pluralidade da cena. Seguem abaixo as recomendações culturais dos convidados: Pefil do instagram do grupo teatral da Nataly - https://www.instagram.com/thecupsinthecloset Coletivo NEGA - https://www.instagram.com/coletivonega Cia Nosso Olhar - https://www.instagram.com/cianossoolhar Drag Katy Uabba - https://www.instagram.com/dragkatyuabba Elizandra Souza - https://www.instagram.com/elizandra_mjiba Ação Zumbi - https://www.instagram.com/acaozumbi Pegada Nagô - https://www.instagram.com/pegadanago Reaja ou Será Mort@! - https://www.instagram.com/reajaouseramorta ⠀ ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: https://www.instagram.com/cenicast_ Twitter: https://twitter.com/cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.
Demorou, mas chegou!!! Bem vindxs à segunda temporada do CeniCAST! Uma fase cheia de novidades e episódios especiais. ⠀ Links para ouvir: SoundCloud - https://soundcloud.com/user-758730035 Deezer - https://www.deezer.com/br/show/973922 Spotify - https://open.spotify.com/show/67ma20iz7J7Gz9KQowLhc6 iTunes - https://podcasts.apple.com/br/podcast/cenicast/id1504249901 ⠀ Para reabrir as nossas portas, trazemos a vocês um episódio com duas entrevistas gravadas com profissionais da palhaçaria. Na primeira entrevista, temos Araís, João Quinalha e Vinícius Damian, que são alunes do curso de Artes Cênicas da UFSC (nosso berço <3); já na segunda, entrevistamos a Priscila Genara, professora da UFSC que trabalha há 20 anos na área da Palhaçaria. Conversamos sobre o “jogo palhacesco”, a valorização da área, a origem do palhaço, como nossos convidadxs têm passado por esses tempos de confinamento e muitos outros assuntos. O papo tem direito até a show exclusivo dos palhaces: Uma performance que, por mais que pareça ensaiada por anos, foi completamente improvisada ao vivo, durante a entrevista! ⠀ Ao final, a priscila deixou algumas recomendações culturais, aqui abaixo você confere a lista: Filme Hotxuá - https://www.youtube.com/watch?v=po5nkwrN4mY DRICA SANTOS ( Curalina / SC) - https://www.youtube.com/watch?v=yZJeEEgSjDE Filme Chocolate - https://www.youtube.com/watch?v=R5dBToZ1NAs ⠀ ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: @cenicast_ Twitter: @cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.
ABUSIVO

ABUSIVO

2020-04-2700:56

Poesia: ABUSIVO Texto e Voz: Lara Cardoso Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. ABUSIVO De Lara Cardoso Então eu te darei a arma E você irá atirar em mim Quantas vezes quiser Ou quantas vezes achar necessário E mesmo machucada, eu irei levantar E limpar o seu suor Pois me machucar te deixa exaurido Logo irei limpar a sujeira que eu causei Não se preocupe, deixarei tudo limpo Quando precisar me machucar mais Você sabe, eu vou estar aqui.
Dor d’alma

Dor d’alma

2020-04-2602:04

Texto e Voz: Vivi Macedo Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Dor d’alma De Vivi Macedo Abro meus olhos e vejo pessoas sonhando com um mundo melhor Ouço canções de lamento sobre a maldade ao nosso redor É sufocante a realidade, parece que não tem para onde fugir O meu refúgio é a arte, que sempre suave, me ajuda a sorrir Não tenho eira nem beira, tudo é emprestado de um outro alguém Pago por tudo com vida, cada minuto, vintém a vintém Esta infinita oferta e procura só me distrai do que eu “devia” ser Me refugio na arte, que sem distrações, me ensina a crescer Tenho medo de me distrair por muitos anos, e só acordar quando “é tarde demais” Só sobreviver deve ser bem frustrante; ‘aproveite’, ‘passa rápido’, é o que dizem os pais Viver num roteiro criado por outros, dói na minh’alma, causa dissabor Prefiro sonhar com dias melhores, e junto com a arte, semear amor!
Sonhe

Sonhe

2020-04-2501:25

Texto: Clarice Lispector Voz: Laura Schmidt Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Sonhe De Clarice Lispector Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
As sem-razões do amor

As sem-razões do amor

2020-04-2401:11

Texto: Carlos Drummond de Andrade Voz: Mary Clifford Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. As Sem-Razões do Amor De Carlos Drummond de Andrade Eu te amo porque te amo. Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo bastante ou de mais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.
7PEITOS

7PEITOS

2020-04-2301:23

Texto e Voz: P4M1 Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. 7PEITOS De P4M1 quem pensa criar justiça se perde em vingança e come a fome fria por onde escorre o sangue das minhas imãs do apodrecimento eles nunca saberiam do alento que carregamos em abraços trago proteção pra nossa guerra contra o estado de estagnação em um passado criado pra alimentar a imprensa desses velhos empoeirados soldados que confundem nossos moinhos com vasos sanitários não venham jogar suas merdas nos nossos movimentos engulam sua falta de lucidez e nos deixem dançar aos ventos que sopram mensagens de libertação desse aprisionamento que insiste em achar que pode nos manter em cativeiro rasgarei suas grades amaldiçoadas com as 7 espadas que trago no peito
Demônios

Demônios

2020-04-2201:36

Texto e Voz: Ana Gabriela Granado Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Demônios De Ana Gabriela Granado Eu era melhor Estava no caminho da dúvida Mas não era esse o pior Era das minhas certezas a única súdita Não ter certeza nem de quem sou Não quero seguir as ordens de um estranho Mas ao invés de mudar meu ramo Fui do mundo um orador fanho Aquele que não realiza bem sua função É como se eu não tivesse nascido para viver Não entendo o mundo quando está são É possível ter-se nascido apenas para ser visto perecer? Tentei escolher o que mais me alegrava Tentei não me preocupar com tudo Mas esqueci que o mundo ainda girava Em uma sala de gritos, eu era apenas um surdo Não sei nem quem sou E quero desvendar o mundo Aos meus demônios me ofereço, me dou Numa outra versão perdida, eu sumo Fora do meu próprio eu Perdido entre a névoa da verdade Nada mais do que um monstro do mundo seu Uma criação falha de duas metades
Dos poemas que esqueci

Dos poemas que esqueci

2020-04-2100:52

Texto e Voz: Bruna Flor Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Dos poemas que esqueci De Bruna Flor Tem poema q’é que bem pássaro Pousa, pia e sai a voar novamente Hoje mesmo me veio um lindo Enquanto cortava batata E quando pensei em anotar O danado me voa deixando A lembrança que de foi bom Voei fora da asa...
VIVARESTA

VIVARESTA

2020-04-2001:49

Texto e Voz: P4M1 Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. VIVARESTA De P4M1 ante o espelho reconheci meu medo e engoli o que vi ali achando que a percepção que tinha sobre mim era única e verdadeira e sanguínea e traiçoeira. por muitos passos olhei pro chão entoando a voz rouca e baixa no coração que vinha corajosamente de encontro com a vida a cada nova batida. e a garganta? a cada estalo que vinha da coluna depois dos estilhaços que vieram da barriga transmutei sorrindo pra que assim fosse capaz de manter minha camuflagem intacta: viver na bolha. até que a morte me separe? roncou mais uma vez... a barriga? não, dessa vez é ronco que rompe o céu da minha boca quando um tambor do peito anuncia mensagens vindas de Olho e agora eu até me divirto por perceber que tudo aquilo qu'eu sentia morta bagagem a carregar como s'eu fosse outro: uma pilha de roupa velha. interessante aqui ver que a ideia continua e que a gente tem que viver pra ver o que resta: viva
Personagens

Personagens

2020-04-1902:22

Texto: Ana Gabriela Granado Voz: Douglas Trindade Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Personagens De Ana Gabriela Granado Sinto-me algo além do que sou Mais de você e menos de mim Nem sei se existes, e se existes, o que te restou? Porque me sinto como se fosse assim... Li apenas linhas de alguém que desconheço Que descrevem você como alguém ilegal Deram à sua história um fim, um meio e um começo Enquanto minha mente se distancia do modo racional Não citarei nomes de quem nem sei se existe Mas sinto sua dor e me sinto menos eu Ela penetra fundo e a realidade não resiste Peso que meu mundo se transforme no teu Tuas roupas, teus cabelos, teus traços Pareço-me com você sem querer Sinto como se os seus fossem meus laços E por fim, não sei nem onde fui me meter Sinto a dor da tua perda A doçura de alguns de teus beijos Teus únicos vestidos de seda Aquela tua ânsia por pães com queijos Mas no fim, nem sei quem sou Se sou eu, tu, ou nossas mentes misturadas Perco-me do mundo e nem sei onde realmente estou Vislumbro a esperança de mãos atadas Só eu te conheço? Não, talvez centenas Que se sentem em você com o breve som de um hino Transformo-me, mas sei que você é apenas Uma esplêndida personagem de um livro
Bicho tempo

Bicho tempo

2020-04-1800:45

Texto e Voz: Bruna Flor Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Bicho tempo De Bruna Flor Oxe o tempo sempre esteve aí; tagarela volátil desmedido bicho doido que nunca ninguém conseguiu passar a mão pelos cabelos, ele vai, num pede licença...
Abate

Abate

2020-04-1701:17

Texto e Voz: Sarah S. Motta Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Abate De Sarah S. Motta Cravo o pedaço de vidro dentro do peito. Quanto mais dói, mais finco estas fibras transparentes na carne. Enquanto afunda neste peito sem fundo, o reflexo do mundo se expande dentro de meu cadáver. O caco invade as veias, e o sangue grita, jorra, arde. Da boca saem vogais, sílabas Desespero. Perdido sentido. De dor os rugidos implodem sem filtros Explode a birra, a cor, a arte. Cadê os que amam, cadê quem odeia Cadê EU? Amando, odiando, criando... Cadê minhas crias de outras vidas?! "Fugiram!", clamam, "fugiram!" Deixaram-me a esmo, deixaram-me lesma Sozinha comigo berrando e eu mesma Lesmando o meu próprio abate
Preço Bom Nós Tem

Preço Bom Nós Tem

2020-04-1601:58

Texto: Orquestra Manancial da Alvorada Voz: Isadora Marques Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Preço Bom Nós Tem De Orquestra Manancial da Alvorada Só quem antes viu O pó da terra arrasada na brasa Pressentiu O terror que se incutiu Na alma de um povo esbelto Que pela lama caiu E pela rampa viu descer O velho cheiro de morte que grita quando vem Preço bom nós tem Preço bom como ninguém vai oferecer Dez quarteirão daqui eu sei bem Que ninguém vai proteger o que é de ninguém Eu solicito pista extra Pro pai de fora congestiona não Eu te licito a higiene Que preto e pobre deixa duro não Vou te passar uma lista boa Vê se tá com papel e lápis na mão Vô te dizer do que, que cê precisa Pro pai de fora dá co pau na mão Cê mata as bicha e os drogado Lança mosquito com infecção Vende uns ingresso parcelado Blinda os cavalo blinda teus canhão Compra uns brinquedo umas algema Que o pai de fora também é safadão Vô te dize do que, que ele gosta No quarto do hostel da federação Tem que te litro de aguardente Rabo de porco, banda-larga e pão Umas morena bem novinha Pano pro esperma e o sangue nu Esperma e o sangue no chão (Esperma e o sangue nu)
Texto e Voz: Michel Oliveira Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Uma carta para meu amor que deve estar vindo De Michel Oliveira Não sei por onde começar, talvez não saiba nem o que dizer, mas a boca enche para despejar tudo aquilo que já fez derramar lágrimas dos olhos de quem prometeu não chorar mais. Prometer não chorar? Essa promessa eu não fiz. Já me vem o choro na vista só em pensar em ficar um só dia sem me jogar aos prantos, em qualquer canto, qualquer cômodo, ou lugar mais bonito que seja. O choro me lava. Chorar me encharca de tudo aquilo que pensei guardar, mas não guardarei, ou se já guardei não sei, ou sei? Sim, claro que sei. Muito guardei, escondi, comprimi dentro de um potinho pequeno, guardado no fundo da gaveta, onde sabia, ninguém vasculharia. Talvez outros pertences ou até mesmo a poeira ajudasse a esconder ainda mais. Mas desisti disso. O choro é livre me disseram. E assim faço dele meu acordar da alma. Se eu tenho medo, choro. Se me sinto corajoso, me fortaleço em lágrimas que rolam pela minha pele e purificam-me num todo. Quem ama chora. Chora por não ter o amor correspondido, chora por ser traído, chora por esperar demais quem disse vir, mas muito demorou e nem veio. Quem não ama também chora. Chora por sentir falta de amar. Chora porque não consegue amar de novo. Chora por precisar de um amor, mas não sabe onde encontrar. Derramo esse choro. Quem precisa de um amor quando já se ama pai e mãe, a irmã, o irmão, o filho, o cachorro, o amigo. Quem precisa de mais amor? Eu preciso! Eu necessito de amor. O amor cura, o amor muda, molda, move, movimenta, atormenta, lamenta, trás problemas, resolve problemas, conflita, limita, te imita. Me imita? Reflete. Eu vejo no amor o que não vejo em mim, mas quero ver e sentir. Vejo no amor o que vejo em mim e quero arrancar. Por que você é tão como eu meu amor? Por que viver com você me causa essa dor? Não quero ser como você, mas você é tão como eu. Então, tudo bem. Eu mudo isso e aquilo para ficar de bem, mas quando você for embora, vai levar isso que me ensinou também? Deixa só um tiquinho dessa bondade aqui, não leve toda essa paz, nem fique com toda essa risada alta, me deixe continuar sorrindo, me deixe enxergar o mundo assim como você vê, tão lindo. Obrigado por me fazer ver que é possível continuar evoluindo mesmo com você longe. Obrigado por aceitar meu choro sem motivo, talvez fosse falta de carinho, falta de um amor como você comigo. Obrigado por eu ser tão parecido contigo. Obrigado por não termos nada a vê um com o outro. Obrigado por isso e por aquilo. Você me amou e foi embora, mas deixou seu amor comigo.
Soneto de Fidelidade

Soneto de Fidelidade

2020-04-1401:07

Texto: Vinicius de Moraes Voz: Giulia Barth Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Soneto de Fidelidade De Vinicius de Moraes De tudo, ao meu amor serei atento antes E com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa lhe dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure
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