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Cientistas na Linha de Frente
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Cientistas na Linha de Frente

Author: Agência Pública

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"Cientistas na Linha de Frente'' é um podcast investigativo da Agência Pública sobre cientistas ameaçados. A série de seis episódios estreia dia 4 de agosto e será lançado semanalmente. Apresentado por Mariana Simões, o programa conta a história de pesquisadores que são atacados por seus estudos. Da coleta de dados sobre o desmatamento da Amazônia, à saúde da mulher, as perseguições atravessam diversos campos científicos. Alvos de uma onda anti-ciência que tomou conta do Brasil, os cientistas sofrem intimidações, demissões e recebem até ameaças de morte. Alguns são obrigados a andar com escolta armada e sair do país para se proteger. Mas todos tem algo em comum: estão dispostos a colocar a própria vida em risco para defender a ciência.

Toda quarta, às 11h, nos principais tocadores de podcasts.
7 Episodes
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O cientista da computação David Nemer, não imaginava que uma simples reunião de trabalho em São Paulo se tornaria um pesadelo. Apesar de morar no exterior há 14 anos, David costumava vir muito ao Brasil. Mas na sua última estadia, recebeu um e-mail com o título “Sabemos onde está”. Quando abriu a mensagem, viu uma foto sua caminhando por um parque. Isso foi em 2019. Desde então, David nunca mais voltou ao Brasil.As ameaças acontecem porque ele monitora grupos de política no Whatsapp e estuda como estes grupos espalham as chamadas Fake News, ou desinformação, pela internet. Ele tem estudado principalmente os grupos bolsonaristas porque diz que estão entre os que mais espalham informações falsas. No episódio de hoje, cientistas da computação revelam como esses grupos operam e por que sofrem perseguições ao estudar o tema. A repórter Mariana Simões também entrevista o administrador de um desses grupos e acompanha o dia-a-dia dessas verdadeiras redes de ódio e desinformação. ||Quem está por trás deste episódio:Direção, roteiro, reportagem e locução - Mariana Simões / Montagem, mixagem, masterização e música tema - Ricardo Terto / Rádio Fake News – Roteiro e locução Ricardo Terto, apoio de pesquisa Ethel Rudnitzki / Coordenação e edição - Natalia Viana / Apoio - Instituto Serrapilheira / Consultora de Roteiro - Gisele Regatão / Divulgação - Marina Dias, Ravi Spreizner, Tainah Ramos / Ilustração - Catarina Bessell / Rádio Fake News – Roteiro e locução Ricardo Terto, apoio de pesquisa Ethel Rudnitzki / Este podcast usou trechos de áudios da TV Brasil, Jovem Pan, Brasil de Fato e Band News /
Imagine ter que sair às pressas do Brasil, deixar para trás a sua família, o seu emprego e tudo que você conhece, sem saber quando você vai poder voltar. Foi o que aconteceu com a antropóloga Debora Diniz. Ela recebeu tantas ameaças de morte que ela passou a temer não só pela sua vida, mas pela sua família. Debora estuda direitos reprodutivos e virou alvo de ataques de grupos conservadores que se dizem anti-aborto. “Nós estamos falando de alguém que diz ‘eu vou matar você’, [junto com] o endereço da minha casa e como vai matar,” diz Debora Diniz em entrevista à repórter Mariana Simões.No episódio de hoje, Debora conta como tem lutado para resistir aos ataques. As cientistas que trabalham na Anis, a ONG de direitos humanos fundada por Debora, também enfrentam uma avalanche de ódio nas redes. Desde 2016, a Anis produz estudos e presta apoio às mães que foram afetadas pela epidemia de Zika no Brasil. E enquanto as cientistas da Anis tentam conseguir assistência médica e financeira para estas mães, recebem todo tipo de ameaça. No mais recente, um e-mail chegou à caixa de e-mails da ONG com uma mensagem: “vamos metralhar a sede do Instituto Anis”. ||Quem está por trás deste episódio:Direção, roteiro, reportagem e locução - Mariana Simões /Montagem, mixagem, masterização e música tema - Ricardo Terto /Editora e Coordenadora geral - Natalia Viana /Apoio - Instituto Serrapilheira /Consultora de Roteiro - Gisele Regatão /Divulgação - Marina Dias, Ravi Spreizner /Ilustração - Catarina Bessell. /Este podcast usou trechos de áudios da TV Setorial, Band News e Brasil de Fato
Era um dia qualquer em janeiro de 2012 quando o analista ambiental do Ibama José Augusto Morelli saiu para fazer uma patrulha de barco em Angra dos Reis no Estado do Rio de Janeiro. Ele não imaginava que naquela manhã ensolarada a sua vida profissional mudaria para sempre. Durante a patrulha, Morelli encontrou Jair Bolsonaro, na época um deputado federal, pescando em um local proibido. O agente do Ibama pediu para Bolsonaro se retirar porque ele estava pescando em uma Estação Ecológica destinada exclusivamente à pesquisa científica. Mas Bolsonaro se recusou a sair e acabou recebendo uma multa de 10 mil reais.“Desde então eu nunca participei de nada relevante no Ibama. Nada,” conta Morelli à repórter Mariana Simões. “Eu nunca fui chamado nem pra discutir a cor que deve pintar o meio fio.” Morelli alega foi perseguido por ter multado Bolsonaro e que chegou a perder dois cargos de chefia e sofrer boicotes em série dentro do Ibama. No episódio de hoje, funcionários do Ibama alegam viver sob um regime de medo e contam que aqueles que prezam pela ciência e a proteção do meio ambiente enfrentam remoções e assédios constantes do governo Bolsonaro. O Ibama foi apelidado pelo presidente de “indústria de multas” e tem sido alvo de cortes orçamentários. Muitos acreditam que o governo está desmontando o Ibama aos poucos. Quem sofre mais com tudo isso são as belezas naturais brasileiras, cada vez mais à mercê do crime organizado. ||Quem está por trás deste episódio: Direção, roteiro, reportagem e locução - Mariana Simões /Montagem, mixagem, masterização e música tema - Ricardo Terto /Coordenação e edição - Natalia Viana /Apoio - Instituto Serrapilheira /Consultora de Roteiro - Gisele Regatão /Divulgação - Marina Dias, Ravi Spreizner, Tainah Ramos /Ilustração - Catarina Bessell /Este podcast também usou trechos de áudios da Jovem Pan/
Em abril deste ano, Larissa Bombardi, professora da Universidade de São Paulo (USP), pegou os seus dois filhos pequenos e foi se refugiar na Bélgica. A razão? Larissa estava prestes a publicar uma nova pesquisa sobre agrotóxicos. O agrotóxico é um produto químico que mata pestes em plantações agrícolas. “Agora eu posso falar sossegada, agora eu posso mostrar o resultado da pesquisa,” disse Larissa à repórter Mariana Simões depois de ter conseguido se exilar na Europa.Larissa vem sofrendo intimidações porque as suas pesquisas revelam uma série de problemas que esses produtos causam à saúde. Segundo ela, uma pessoa morre intoxicada com agrotóxico a cada dois dias no Brasil. Ela diz sofrer ataques porque o trabalho dela incomoda uma poderosa indústria que usa estes produtos: o agronegócio. Neste episódio, do Cientistas na Linha de Frente, mostramos como o agronegócio brasileiro tentou usar um estudo duvidoso para impedir que o paraquate, um dos pesticidas mais letais do mundo, fosse proibido no Brasil. A pressão do mercado para manter produtos como este à venda é tão grande que pesquisadores brasileiros não estudam estas químicas por medo de sofrer represálias. Alguns que se aventuram no tema contam neste programa que são perseguidos e até demitidos por revelarem o mal que os pesticidas fazem à saúde. ||Quem está por trás deste episódio:Direção, roteiro, reportagem e locução - Mariana Simões /Montagem, mixagem, masterização e música tema - Ricardo Terto /História de um camponês– Roteiro e locução Ricardo Terto /Coordenação e edição - Natalia Viana /Apoio - Instituto Serrapilheira /Consultora de Roteiro - Gisele Regatão /Divulgação - Marina Dias, Ravi Spreizner, Tainah Ramos /Ilustração - Catarina Bessell /
“Quando se trata de questões científicas, não existe autoridade acima da soberania da ciência,” disse Ricardo Galvão, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A frase foi dita pelo cientista em 2020, logo depois que um embate público com o Presidente da República Jair Bolsonaro levou à sua demissão.Na sala da sua casa no interior de São Paulo, o cientista Ricardo Galvão recebe a repórter Mariana Simões e conta por que enfrentou o presidente. Bolsonaro disse que os números do INPE que mostram uma alta alarmante no desmatamento da Amazônia “não condizem com a verdade”. Segundo o INPE, o desmatamento vem crescendo nos últimos dois anos e no ano passado registrou a maior taxa dos últimos 12 anos. Este índice não para de crescer. Só em junho deste ano, a Amazônia perdeu um território quase três vezes maior que a cidade de Fortaleza, capital do Ceará.No episódio de hoje, a maior floresta tropical do mundo está sob ameaça e os cientistas que produzem os dados sobre o desmatamento também. Por defender o trabalho do instituto, Ricardo diz que foi atacado, demitido e até espionado pelo governo. Mas Ricardo acredita que a ameaça vai muito além dele e que o governo pode estar sufocando o protagonismo dos cientistas do INPE e tentando controlar o monitoramento de satélites feito pelo instituto.Não se esqueça de acompanhar o Cientistas na Linha de Frente no no Apple Podcast, Castbox, Deezer, Soundcloud, Spotify ou Google Podcast.||Quem está por trás deste episódio:Direção, roteiro e reportagem - Mariana Simões /Locução – Mariana Simões /Montagem, mixagem, masterização - Ricardo Terto /Música tema – Ricardo Terto / Coordenação e edição - Natalia Viana /Apoio - Instituto Serrapilheira /Consultora de Roteiro - Gisele Regatão /Divulgação - Marina Dias, Ravi Spreizner, Tainah Ramos /Ilustração - Catarina Bessell /Este podcast usou trechos de áudios do Jornal Nacional, Globo News e CNN Brasil
Ao longo da Pandemia de Covid-19 está havendo uma pandemia de perseguições. Cientistas dizem estar sendo atacados por causa dos estudos relacionados à crise sanitária. Alvos do negacionismo e de uma onda anti-ciência capitaneada pelo governo Bolsonaro, eles revelam que sofrem intimidações, demissões e recebem até ameaças de morte. Alguns são obrigados a sair do país para se proteger. Mas todos têm algo em comum: estão dispostos a colocar a própria vida em risco para defender a ciência.O episódio de hoje mostra cientistas brasileiros que correm contra o tempo para salvar o país da maior pandemia do século. Um deles é o infectologista Marcus Lacerda. Marcus sofre ameaças em série depois de comprovar que a cloroquina, uma droga promovida por Bolsonaro como "tratamento precoce” contra o coronavírus, não funciona. O presidente ainda resiste a seguir as medidas de distanciamento social recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e chega até a dizer que a Covid-19 era “apenas uma gripezinha”. |||Quem está por trás deste episódio:Direção, roteiro e reportagem e locução - Mariana Simões /Montagem, mixagem, masterização - Ricardo Terto /Trilha sonora e música tema – Ricardo Terto /Rádio Fake News – Roteiro e locução Ricardo Terto, apoio de pesquisa Ethel Rudnitzki /Coordenação e edição - Natalia Viana /Apoio - Instituto Serrapilheira /Consultora de Roteiro - Gisele Regatão /Divulgação - Marina Dias, Ravi Spreizner, Tainah Ramos /Ilustração - Catarina Bessell /Este podcast usou trechos de áudios da Rádio França Internacional e do O Globo /
Uma onda anti-ciência tomou conta do Brasil, os cientistas sofrem intimidações, demissões e recebem até ameaças de morte. Alguns são obrigados a andar com escolta armada e sair do país para se proteger. Mas todos tem algo em comum: estão dispostos a colocar a própria vida em risco para defender a ciência.A partir do dia 04/08, toda quarta às 11h, Mariana Simões conta o drama e a luta destes cientistas na linha de frente.==TEASERTexto e locução: Mariana SimõesEdição e música tema: Ricardo Terto
Comments (1)

ratinho indiano

Que eu saiba, foi a doutora nise Yamaguchi que foi perseguida e xingada por defender o uso do tratamento precoce, não que eu acredite em cloroquina(até porque é difícil de se achar qualquer coisa relacionado ao tratamento precoce que não esteja recheado de política e insultos contra ele e os que defendem), a questão são as perseguições. Qualquer um que duvide da ciência de ambos os lados é perseguido!

Sep 11th
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