Fora da presidência e com os direitos políticos cassados, Fernando Collor de Mello pensou em suicídio, saiu do país e buscou as mais variadas respostas para a pergunta "Por que, Pedro?". A tragédia mais uma vez se fez presente na família. A sucessão nos negócios tomou rumos surpreendentes. E a pergunta que ficou para o Brasil foi "Por que Collor?"
Ao tomar posse na presidência da república, Fernando Collor de Mello levou consigo a família toda. O estilo de vida ostentoso contradiz o discurso austero do candidato – agora, presidente. Ao perceber que os flashes colocam luz sobre a corrupção que beneficiou a família, Pedro Collor abre o jogo e coloca todos na berlinda. Na TV, a nova atração é a CPI contra o presidente.
À frente do governo de Alagoas, Fernando Collor de Mello ganhou notoriedade e passou a ser uma opção viável para a presidência da República. Novato na política e governando um dos menores estados do país, ele entendeu - como poucos na época - a função do marketing político. Pro bem e pro mal. Era o começo da derrocada da família Collor.
O encontro entre Fernando Collor de Mello e Paulo César Cavalcante Farias foi fundamental para o futuro dos dois. O ex-vendedor de carros usados virou o braço direito e financiador das campanhas de Fernando. Apresentado aos Collor de Mello pelo próprio Pedro, PC Farias virou o inimigo número um do irmão do presidente.
O final dos anos 1970 e começo dos anos 1980 marcou o reencontro dos irmãos Collor em Maceió. Fernando, como prefeito biônico, e Pedro, como diretor da Organização Arnon de Mello. A relação familiar ganha novos contornos a partir do surgimento de duas novas personagens, as cunhadas Rosane e Thereza Collor.
Forjados na política, os irmãos Collor passaram parte da infância em Alagoas, estado governado pelo pai nos anos 1950. Uma tragédia força a mudança para Brasília, onde começam as primeiras brigas na adolescência. Além da herança política, os filhos de Arnon de Mello e Leda Collor carregaram outras marcas que foram determinantes na vida adulta dos dois.
Demitido da Organização Arnon de Mello e com a sanidade questionada pela própria mãe, Pedro Collor dá uma cartada que só ele, como irmão, poderia dar. Ele procura a revista mais importante da época e garante a manchete histórica "Pedro Collor conta tudo". Mas, e se Pedro fosse louco, mesmo?
No comando das empresas da família, Pedro Collor de Mello sente que os planos do irmão, presidente da república, podem interferir diretamente no seu sucesso como empresário. A Guerra Fria entre os dois começa a se tornar pública. Dividida entre o filho presidente e o filho empresário, a matriarca da família toma uma atitude drástica.
Collor versus Collor é um podcast original globoplay, produzido pela Rádio Novelo. Em 1992, o Brasil afastou do cargo o primeiro presidente eleito de forma direta depois da redemocratização. O governo de Fernando Collor de Mello ruiu em meio a denúncias de um enorme esquema de corrupção no governo. O principal denunciante: o irmão do presidente, Pedro Collor de Mello. A partir da descoberta de fitas de áudio inéditas, o podcast remonta a história da família desde a infância dos irmãos e busca entender por que Collor atacou Collor. Ouça primeiro no globoplay: https://globoplay.globo.com/podcasts/collor-versus-collor/140ac4dd-a21a-4e46-9154-cfdabe98e69f/