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Compasso Latino Rádio

Author: Mauro Braga

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Todas às quartas-feiras, às 8h, temos as histórias dos compositores, intérpretes e obras do bolero, do tango, do samba-canção e vários outros ritmos latinos, especialmente relativas às canções produzidas nas décadas de 1920 a 1960.
Programas transmitidos pela Estação do Conhecimento, emissora da UFMG, FM 104.5, com apresentação de Mauro Braga, apoio técnico de Cláudio Zazá, para as gravações, e de Beatriz Falcão, para o podcast.
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La Bruja Salguero é o pseudônimo da cantora argentina María de los Angeles Salguero, nascida em 1972. Ouçamos, com La Bruja Salguero, de Homero Expósito e Osmar Maderna, “Pequeña”, e, de Rámon Navarro e José Pedroni, “Palabras para el cavallito de la noria”
Sobrinho da Marquesa de Santos, Alberto de Castro Simões da Silva, falecido aos 87 anos em 1986, conhecido como Bororó, foi cantor, violonista e compositor brasileiro. Um boêmio dado a inúmeras aventuras amorosas, que nos deixou muitas canções completamente esquecidas, com razão. O maior arquivo virtual da música brasileira, o site discos do Brasil, criado por Maria Luiza Kfouri, registra somente 9 canções de Bororó. No programa de hoje ouviremos 3 delas. Ouçamos, de Bororó, com Sílvio Caldas, “Da cor do pecado”, com Marisa, “O que é, o que é?” e, com Miúcha e Jobim, “Sublime tortura.”
Nascido em 1948, em Havana, o saxofonista, clarinetista, compositor e diretor de orquestras Paquito d’Rivera é um dos grandes nomes do cenário musical internacional. Paquito vive exilado nos EUA, desde 1980. Ele tem 14 prêmios Grammy e mais de meia centena de discos gravados. Apreciador do bolero, Paquito tem fusionado, em algumas composições, este gênero com sua especialidade, o jazz latino.  O álbum The Caribbean Jazz Project, de 1995, inclui um dos belos exercícios de Paquito fusionando o jazz e o bolero, intitulado “Como um bolero”.  Ouçamos, de Paquito D’Rivera e Osvaldo Rodriguez, “Como un bolero”, em versões com e sem letra, ambas com Paquito, a segunda, na voz de Osvaldo.
 A peruana Susana Baca, nascida em 1944, é uma das mais expressivas damas da cançã latino-americana. Ganhadora de 3 prêmios Grammy, ex-ministra da cultura do Peru, ex-presidente da Comissão latino-americana de cultura da OEA, homenageada pela República da França com a Ordem de Artes e Cultura, Susana vive o auge de sua carreira, com apresentações nos mais destacados palcos de todo o mundo.O Peru vive, desde 2022 um novo período de grave crise política, sob um governo autoritário. Susana está reagindo corajosamente a essa violência. Em concerto apresentado em Lima, no final de 2022, intitulado, Maestra Vida, ela fez uma clara menção a esses fatos, em duas de suas interpretações. Nas canções “Maestra vida”, do Panamenho Rubén Bladés e “Hasta la raiz”, da jovem mexicana Natália Lafourcade, uma filha de exilado político chileno. Ouçamos.
Dentre as jovens vozes femininas do tango, uma das que mais vem se destacando é Inés Cuello. Ela nasceu em 1989 e começou a cantar muito cedo: aos 7 anos. Aos 20, começou a ganhar projeção no cenário musical portenho, ao vencer a 17a edição do prêmio Hugo del Carril, em 2009. Em 2011, chegaria ao disco com o Cd Sueño de Juventud. Ela voltaria a lançar discos em 2015, 2021 e 2022. O mais recente deles, intitulado “Mi ciudad y mi gente”, será tema do programa de hoje. O repertório de “Mi ciudad y mi gente” mescla clássicos do repertório tanguero com temas dos anos de 1960 e, também, com composições mais recentes. Selecionamos desse disco, para hoje, dois temas de épocas bem diferentes, ambos com nítido conteúdo social. “Tristezas de la calle Corrientes”, de 1942, melodia de Domingo Federico e versos, de Homero Expósito e “Los ejecutivos”, autoria de Maria Elena Walsh, uma das referências musicais de Inés, do simbólico ano de 1968, agrega a temática política à social. Um tema muito atual. Ouçamos.
Um tema, duas canções, de países e ritmos diferentes, um samba e uma valsa, separadas no tempo por mais de 60 anos. O tema é a reação do apaixonado ao rompimento de um romance por seu parceiro. Ouçamos essas duas canções, cujos versos, embora tão distantes no tempo, parecem dialogar entre si. Ouçamos, com Lais Mann, de Billy Blanco, “Compromisso com a saudade” e, com Victória Moran, dela própria, “La negadora”.
O gênero musical mais antigo do novo mundo que ainda está vigente é, muito provavelmente, a habanera, que surgiu em Cuba, na primeira metade do século XIX. E seu número mais antigo que chegou aos tempos atuais é a canção “La paloma”, composta pelo espanhol Sebastián Iradier, em Havana, no ano de 1863. Ouçamos, de Sebastián Iradier, com Nana Mouskouri, “La paloma”, e, de Antonio Burgos e Carlos Cano, com Carmen Muyor, “Habaneras de Cádiz."
O ano de 2023 que já nos havia levado tanta gente notável da MPB, em seu final nos roubou também Lyra. Lyra se aproximou de gente da música dos morros do Rio de Janeiro e foi um dos responsáveis, por exemplo, por trazer à ribalta nomes como ZéKeti, Nelson Cavaquinho, Cartola e Elton Medeiros. Entre seus parceiros encontram-se Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Vinícius de Moraes, Geraldo Vandré e Chico Buarque. Ouçamos, de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes, com Leny Andrade, “Influência do jazz”, e, de Lyra e Menescal, com Menescal, Chris Delano, Kay Lyra, Leila Pinheiro e Wanda Sá, “Benção bossa nova”.
Três belas canções muito antigas do cancioneiro portenho, quase esquecidas. Um tango e duas valsas. Optamos para escutá-las nas gravações mais antigas, com boa qualidade técnica, que encontramos. As três são de autores que não se destacaram como criadores de canções. Ouçamos essas 3 joias esquecidas do cancioneiro portenho. Com Carlos Gardel, de Alfonso Lacueva e Ricardo Brignolo, “Intimas” e, de Hector e Luiz Bates, “Nelly”, e com Roberto Goyeneche, de Juan Armando Freyre e Juan Carlos Mesa, “Berretin”.
Veronica Marchetti, nascida em 1983, na cidade de Rosário, vem ganhando espaço como intérprete da música argentina, desde o final da segunda década do século XXI. A partir do primeiro disco, ela, sem deixar de lado o tango, diversificou seu repertório, incluindo gêneros variados do cancioneiro argentino, tais como o chamamé, a zamba e a milonga, assim como o bolero. Ouçamos, com Veronica Marchetti, “Alma de loca”, de Freyre e Mesa, e “Que hás hecho de tu vida”, de Garello e Rosales.
O amigo Roberto Soraggi me deu a dica da cantora mexicana Berenice Girón, falando-me do disco que ela gravou em 2017 exclusivamente com obras de Armando Manzanero. Berenice é uma jovem veracruzenha, nascida possivelmente na segunda metade dos anos de 1980. Oriunda de uma família bem situada economicamente e amante da música, manifestou cedo pendores artísticos, estimulados pelos estudos que realizou em conservatórios, a partir dos 5 anos. Não consegui encontrar informações sobre sua trajetória antes do primeiro disco gravado em 2017. Ocorre que esse disco, foi inteiramente dedicado a Manzanero. O álbum chama-se #Manzanero e está disponível no youtube. Ouçamos, com Berenice Girón de Mazanero, “Adoro”, “Señor amor” e “Cuando el romance se vá”.
Hoje falaremos das melhores vozes femininas do bolero mexicano. Um tema polêmico e subjetivo. Ouçamos, de Lara, com Toña la Negra”, “Noche Criolla”, de Mário Fernandes Porta, com Elvira Rios, “Que me importa”, e de Miguel Pous, com Amparo Montes, “Mi amor por ti”.
Orquesta Típica Misteriosa Buenos Aires é a denominação escolhida por um grupo de jovens músicos argentinos para uma agrupação musical que pretende cultivar o tango antigo e renovar o gênero, com novas composições e interpretações e arranjos mais adequados ao século XXI. Eles iniciaram suas atividades em 2008 e chegaram ao disco em 2010. Seu repertório engloba desde canções muito antigas, do início do século XX, até temas atuais, criados em boa parte por seus integrantes: tangos, milongas, valsas, candombes e mesmo boleros. Hoje escutaremos a Típica Misteriosa Buenos Aires as cançôes “Tú corazón”, de Racciatti e Soriano e “Si no me engana el corazón”, de Mise e Bahr, com vocal de Eliana Sosa, e, com vocal de Ariel Prat, “Volvé ao tambor”, de Prat e Arias.
A maranhense Sandra Dualibi, nascida possivelmente no final dos anos de 1950, chegou cedo ao Pará e tarde à música. Graduou-se em Odontologia, em 1982, pela UFPA. Exerceu por um bom tempo a profissão de odontóloga e para felicidade dos amantes da música, em 2005, ela optou por uma carreira musical. Tornou-se cantora e compositora. Ouçamos com Sandra Dualibi, dela própria em parceria com Cássia Portugal e Márcia Forte, “Bolerar”; de Paulo Moura e Marcelo Sirotheau, “Amores, amores”; e de Otávio de Moraes e Paulo Valdez, “Meiga presença”.
Os processos de evolução do tango são, geralmente, qualificados como Guardias: Nosso tema de hoje é Fresedo. Ouçamos dois registros de “Vida mía”, de Osvaldo e Emílio Fresedo: a primeira, de 1933, com a orquestra de Fresedo e vocal de Roberto Ray; a segunda com a orquestra de Fresedo acompanhada pelo trompetista Dizzy Gillespie.
O porto-riquenho Bobby Capó, nascido em 1922 e falecido em 1989, foi um cantor de prestígio no Caribe, em sua época, e até na comunidade latina dos Estados Unidos, onde residiu boa parte de sua vida e faleceu. Bobby Capó aventurou-se também na composição e acertou na mosca. Compôs boleros eternos “Piel Canela” e “Quién lo diria”. Ouçamos “Piel Canela”, em gravação da grega Nana Mouskouri de 2002, e “Quién lo diria”, em gravação de Daniel Maza, de 2010.
Curioso o título do Cd que a peruana Tania Libertad, radicada no México desde 1970, gravou em 2013: ”Manzanero a 3 pistas”. Foi o 17o disco que ela gravaria no México. Foi nomeaada como Artista da Paz, pela Unesco, em 1997, e, no ano seguinte, o título de Embaixadora Ibero-Americana da Cultura, também pela Unesco, e o Grammy Latino de 2009, pela excelência musical. Ouçamos, com Tania Libertad, de Armando Manzanero, “Contigo aprendi” e “Como yo te amé”.
Ouçamos, com Roberto Goeyneche, “Uno”, de Mariano Mores e Enrique Santos Discépolo, e “Balada para un loco”, de Astor Piazzolla e Horacio Ferrer.
Gente que sofreu com amores fracassados e que, às vezes no inverno da vida, resolve apostar novamente na busca da felicidade conjugal. Este é o nosso assunto de hoje, mais especificamente de como temas da canção popular o abordam. No programa de hoje trataremos desta questão na MPB, falando de um samba-canção e um samba, ambos pouco conhecidos. Ouçamos com Nora Ney, de Lupicínio Rodrigues, “Dois tristonhos”; e com Ataulfo Alves, dele próprio em parceria com Aldo Cabral, “Fênix”.
No episódio de hoje ouviremos duas belíssimas canções: Dos gardênias e No te importe saber. Essas canções estão no cd "Três Gerações de Músicos Cubanos" - Lucrecia, Patato Valdéz e Paquito de Rivera. Ouçamos.
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