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Conexões Afro-Lusófonas

Author: Jornal da USP

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Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos.
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Janice Miranda. Foto: Arquivo pessoal. Instagram Nesta nona edição do podcast Conexões Afro-Lusófonas, conversamos sobre o “sonho possível” com a jornalista cabo-verdiana Janice Miranda, jornalista cabo-verdiana e diretora da Rádio La Mueve, de Cabo Verde. Também abrimos espaço para um bate-papo com o professor Celso Luiz Prudente, da Faculdade de Educação, da USP,  e diretor do documentário Cabo-Verde – um sonho possível. O filme foi lançado no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. Cabo Verde passa por um momento feliz de muitas conquistas e comemorações no esporte. Afinal, pela primeira vez, os “Tubarões Azuis”, como é chamada a seleção cabo-verdiana de futebol, participarão de uma Copa do Mundo de Futebol, que será em 2026, nos EUA, México e Canadá. A jornalista Janice Miranda destaca a euforia nacional: “Acredito que era um sonho de todos e esta participação irá projetar  Cabo Verde no mundo”. Janice também ressalta a classificação inédita da seleção feminina do país à Copa Africana de Nações (CAN) Feminina, que acontecerá no Marrocos, em 2026.  Modalidades como o handebol e o basquetebol também estão em alta, coroando as celebrações dos 50 anos de independência de Cabo Verde. Liberdade de imprensa Praia, a capital do país, possui cerca de 200 mil habitantes. “Aqui é a sede da rádio La Mueve que abrange praticamente todo o território de Cabo Verde”, conta Janice, lembrando que trata-se de uma emissora internacional, das Ilhas Canárias, agora sediada em Praia. A programação é essencialmente musical e a cobertura atinge 96% do país. “Ainda não chegamos à Ilha de Brava, mas é questão de tempo”, avalia a jornalista. Janice também aborda a situação da mídia local. Ela comemora a liberdade de imprensa no país, citando  a satisfatória 30ª posição de Cabo Verde no ranking da organização mundial Repórteres Sem Fronteiras. No entanto, a geografia de arquipélago impõe desafios logísticos: dificuldades com relação à administração, gerenciamento de órgãos públicos e também com os transportes. “Viajar, por exemplo, até Mindelo ou à Ilha do Fogo é muito caro. E às vezes temos problemas com o transporte aéreo”, informa a jornalista. Um sonho possível Celso Luiz Prudente. Foto: Arquivo pessoal. Instagram O documentário Cabo Verde – um sonho possível mostra como a educação tem sido fundamental para o crescimento do país. Dirigido pelo professor Celso Luiz Prudente, o filme destaca a resiliência do povo cabo-verdiano e a aposta na educação, tendo como base os ideais do revolucionário Amilcar Cabral. O cineasta explica o caminho escolhido pela nação: “Cabo Verde é desprovido de recursos naturais ou minerais, como petróleo ou pedras preciosas. A nação optou por acreditar no seu capital humano, que se estabeleceu pela educação”.  O documentário usa a Universidade de Cabo Verde como fio condutor para mostrar como o ideário do revolucionário Amílcar Cabral, que defende a valorização do povo, se estabelece no cotidiano e na vivência da população, que o segue profundamente, como afirma o cineasta. Ouça agora a íntegra da conversa e entenda como a resiliência e o sonho de um futuro melhor moldam o presente deste arquipélago lusófono! Conexões Afro-Lusófonas Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos. Conexões Afro-Lusófonas vai ao ar na primeira sexta-feira de cada mês na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto) Apresentador: Antonio Carlos Quinto Narradora: Tabita Said Participação: Ricardo Alexino Ferreira Edição e captação de áudio: Julio Cesar BazaniniIdentidade Sonora: Bruno Torres Coordenadora de Programas Especiais: Magaly Prado É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Conexões Afro-Lusófonas estão disponíveis na página de seu arquivo neste link. .
São Tomé e Príncipe tem agora a totalidade de seu território classificado pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera. Antes deste anúncio, realizado no final de setembro, somente a Ilha do Príncipe havia recebido essa distinção, concedido em 2012. “Temos progredido neste domínio”, avalia o jornalista Josimar Afonso, da Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe, e também correspondente da Agência Lusa, de Portugal, desde 2021. Josimar Afonso. Foto: Arquivo pessoal Em entrevista ao oitavo episódio de Conexões Afro-Lusófonas, Afonso considera que “este reconhecimento é para que tenhamos maior acompanhamento técnico e, possivelmente, financeiro para continuar a sensibilizar a população sobre a importância da preservação ambiental”.  Afonso destaca a riqueza natural do arquipélago, descrevendo  São Tomé e Príncipe como um destino de tirar o fôlego. “Possuímos praias lindas e com águas cristalinas. O  sol é quase permanente e temos outros pontos turísticos, como as cascatas. Enfim, é um verde imenso”, descreve o jornalista, considerando essa titulação pela Unesco como um progresso vital para a nação. Em harmonia com o homem Afonso acredita firmemente na possibilidade de  harmonia entre o meio ambiente e a ação humana. Ele cita exemplos práticos de medidas de proteção ambiental, como a declaração de zonas protegidas. “Há locais onde já não se pode pescar e espécies que não podem ser  cortadas. São políticas que o Estado tem adotado para a preservação e renovação do ecossistema”, explica.  Apesar dos avanços na conservação, São Tomé e Príncipe ainda enfrenta desafios estruturais, nomeadamente no saneamento básico. “O que tem limitado a melhoria do saneamento é a carência de recursos para pôr em prática iniciativas e projetos para educar. A situação ainda não está a 100% e a falta de saneamento é visível tanto na capital como nas comunidades”, descreve Afonso. Numa área de pouco mais de 1.000 quilômetros quadrados, as principais culturas agrícolas de São Tomé e Príncipe incluem o cacau, a baunilha e a pimenta. Afonso menciona que estas são “ culturas novas que vêm ganhando terreno na nossa produção agrícola, para além do azeite de palma, no Brasil chamado azeite de dendê”. Contudo, o produto que realmente se sobressai é o cacau nacional. “O nosso cacau não tem uma grande produção, mas é de alta qualidade. O nosso cacau é biológico e dá origem ao melhor chocolate do mundo”, garante o jornalista com orgulho.  O apoio à segurança alimentar e educação  Recentemente, o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas anunciou um auxílio em torno de 21 milhões de euros para apoiar o país em projetos de combate à insegurança alimentar.   De acordo com Afonso, a expectativa é que o valor seja mobilizado ao longo de dois anos. O jornalista sublinha que este auxílio reitera a dependência de São Tomé e Príncipe de  parceiros internacionais, onde “cerca de 80% a 90% do orçamento do Estado é financiado com ajuda externa, com ajuda externa”. O financiamento do PAM, conforme ele diz, destina-se a “aumentar e diversificar a produção local”, cita o jornalista.  No entanto, Afonso destaca que a intervenção  do PAM será fundamental para fortalecer o programa de alimentação escolar. “Temos aqui um ponto positivo que irá melhorar ainda mais a situação. Em Santo Tomé Príncipe, as escolas já oferecem, praticamente todos os dias, uma refeição quente às crianças. Aliás, cerca de  90% da população em idade escolar têm acesso à escola e são alfabetizadas”, conclui Afonso, destacando o impacto direto na infância. Conexões Afro-Lusófonas Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos. Conexões Afro-Lusófonas vai ao ar na primeira sexta-feira de cada mês na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto) Apresentador: Antonio Carlos Quinto Narradora: Tabita Said Participação: Ricardo Alexino Ferreira Edição e captação de áudio: Julio Cesar BazaniniIdentidade Sonora: Bruno Torres Coordenadora de Programas Especiais: Magaly Prado É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Conexões Afro-Lusófonas estão disponíveis na página de seu arquivo neste link. .
Álvaro Sérgio Chitata. Foto: Arquivo pessoal Neste sétimo episódio de Conexões Afro-Lusófonas, conversamos com o arquiteto e ambientalista angolano Álvaro Sérgio Chitata. Residente em Benguela, na região centro-sul do país, ele destaca o paradoxo angolano:  apesar do crescimento econômico, o país ainda lida com taxas de mortalidade infantil entre as mais altas do mundo.  Angola possui vastas  reservas minerais e de petróleo, mas enfrenta graves problemas ambientais. Chitata lamenta a poluição e destruição de manguezais, o desmatamento e a falta de aterros sanitários adequados. O arquiteto atua como docente no ensino secundário de Benguela, onde orienta jovens estudantes sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, visando formar  adultos mais conscientes e responsáveis em relação às questões ambientais. Ele aponta que  os estudos de impacto ambiental são frequentemente ignorados, sobretudo devido à influência política e empresarial e que os esforços para o repovoamento florestal são “incipientes e desorganizados”. O corredor  do Lobito: uma rota estratégica para o desenvolvimento Em meio a essa situação de contrastes, Angola aposta no Corredor de Lobito, um projeto de infraestrutura que busca reativar a histórica linha do Caminho de Ferro de Benguela. Em consórcio com parceiros internacionais,   o projeto visa transformar essa ferrovia em um eixo estratégico conectando o Oceano Atlântico ao interior da África, incluindo a República Democrática do Congo (RDC) e a Zâmbia.  Chitata explica que o Corredor do Lobito é vital para a  economia: a linha férrea se estende por mais de 1.300 km, partindo  do porto de Lobito, em Benguela, até a o Luau, na província do Moxico. Além de ligar cerca de 40% da população angolana e incentivar investimentos em agricultura e comércio, o corredor é uma rota estratégica para exportar minérios e produtos agrícolas (como milho, soja, trigo e arroz) da Zâmbia e da RDC.  arquiteto ressalta que o projeto tem fortalecido as ,  relações econômicas e diplomáticas com seus  vizinhos (Congo, Zâmbia e Namíbia), e .também com nações não africanas, como Brasil, China e EUA. Ele destaca a China a maior credora  e principal parceira em grandes obras públicas, como construção (portos, aeroportos e estradas), embora levante a preocupação sobre a dependência da dívida chinesa. As relações com os Estados Unidos se manifestam pela participação americana no Corredor do Lobito, o que, na visão de Chitata, não diminui a influência chinesa. O desafio dos direitos humanos e da violência de gênero Chitata lamenta os altos índices  de violência contra a mulher, em Angola. Ele relaciona a persistência do problema ao “elevado nível de pobreza e à falta de escolaridade”, que alimentam uma cultura machista em muitas comunidades.  O resultado é que as mulheres continuam a ser vítimas de  violência física, psicológica, sexual, além de sofrerem discriminação, inclusive na forma de salários mais baixos.  “Ainda temos um trabalho grande a fazer”, para combater a violência doméstica, estima Chitata, ressaltando também que a homofobia é outro desafio urgente a ser superado no país. Conexões Afro-Lusófonas Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos. Conexões Afro-Lusófonas vai ao ar na primeira sexta-feira de cada mês na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto) Apresentador: Antonio Carlos Quinto Narradora: Tabita Said Participação: Ricardo Alexino Ferreira Edição e captação de áudio: Julio Cesar BazaniniIdentidade Sonora: Bruno Torres Coordenadora de Programas Especiais: Magaly Prado É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Conexões Afro-Lusófonas estão disponíveis na página de seu arquivo neste link. .
O podcast Conexões Afro-Lusófonas traz, em seu sexto episódio, um tema urgente: a luta da Guiné-Bissau contra práticas que afetam a saúde e o bem-estar de mulheres e meninas. Desde 2011, a mutilação genital feminina (MGF) é considerada crime no país. Em Guiné-Bissau, como em outras nações africanas, a mutilação genital feminina é uma prática religiosa e social que pode causar problemas físicos e mentais às mulheres ao longo da vida. Para combater essa realidade, o país conta com a Lei de 2011 e com  o Comitê Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e da Criança (CNAPN). Um estudo realizado na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) aponta que o Comitê foi criado no contexto da Conferência de Beijing, de 1995. Atualmente, o órgão é tutelado pelo Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social da Guiné-Bissau. Aissato Baldé. Foto: Arquivo pessoal A convidada desta sexta edição de Conexões Afro-Lusófonas é a jornalista Aissato Baldé, que integra o Comitê. Aissato conta que sua trajetória começou em 2019, como estagiária. “Na época atuei como animadora comunitária, responsável por sessões de sensibilização em diferentes comunidades, utilizando estratégias de comunicação adaptadas ao contexto cultural e social de cada região. “Um ano e meio depois, fui nomeada oficial de Comunicação e Informação, cargo que desempenho até hoje.” Além da conscientização sobre a mutilação genital feminina, o Comitê também trabalha para erradicar outras práticas prejudiciais, como a eliminação dos casamentos forçados e precoces e a falta de escolarização das meninas.   Aissato destaca que o trabalho de conscientização alcança todo o país, dos grandes centros urbanos às zonas rurais.  “O  contato direto com as comunidades exige uma comunicação próxima, sensível e eficaz”, afirma. O país em dados: Guiné-Bissau Localizada na costa atlântica ocidental da África, a Guiné-Bissau  é um país com uma rica história e desafios a serem superados. Com uma área de cerca de 36 mil km² e uma população de mais de 2 milhões de habitantes, faz fronteira com o Senegal e a República da Guiné. Registra um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os mais baixos do continente. Em 2021, era de 0,483 e, de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2025, houve uma melhoria para 0,514, mas ainda é considerado insatisfatório.  O português é a língua oficial, resultado do período colonial iniciado no século 15. No entanto, o crioulo da Guiné-Bissau é a “língua materna” falada no dia a dia, nas relações familiares e na imprensa.  “Há momentos em que existem algumas confusões entre a língua materna e a oficial, mas a língua portuguesa se sobrepõe.”, explica a jornalista. Aissato conta que na imprensa, de um modo geral, boa parte das notícias são veiculadas nas duas línguas. Ela conta de sua experiência quando trabalhou na Rádio Capital de Bissau, em que o jornalista transmitia notícias em português e em crioulo. A independência foi conquistada em setembro de 1974. Atualmente, o país é governado pelo presidente Umaro Sissoco Embaló, que busca a reeleição nas eleições de 23 de novembro de 2025. Saiba mais sobre a mutilção genital feminina com a reportagem da BBC: Mutilação genital feminina: o que é e por que ocorre a prática que afeta ao menos 200 milhões de mulheres Conexões Afro-Lusófonas Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos. Conexões Afro-Lusófonas vai ao ar na primeira sexta-feira de cada mês na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto) Apresentador: Antonio Carlos Quinto Narradora: Tabita Said Participação: Ricardo Alexino Ferreira Edição e captação de áudio: Julio Cesar BazaniniIdentidade Sonora: Bruno Torres Coordenadora de Programas Especiais: Magaly Prado É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Conexões Afro-Lusófonas estão disponíveis na página de seu arquivo neste link. .
Em 15 de janeiro de 2025, o advogado Daniel Francisco Chapo assumiu o cargo de presidente da República de Moçambique, após ter sido eleito no pleito de outubro de 2024. “Entre as primeiras ações do governo, o presidente recentemente celebrou cinco acordos de cooperação com Angola, com foco no desenvolvimento econômico e social”, conta o jornalista Sérgio Marcos David Matusse, convidado desta quinta edição de Conexões Afro-Lusófonas. Sergio Matusse – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens O entrevistado é administrador executivo na Televisão de Moçambique e representante da FIFA para transmissões televisivas no país. Para ele, os acordos são resultado  de uma visita de Daniel Chapo a Angola. “Existem realidades que unem esses dois países, como o fato de serem antigas colônias portuguesas que ficaram independentes no mesmo ano, em 1975”, lembra. Enquanto Moçambique descobriu recentemente recursos naturais como petróleo e gás natural,  Angola já tem uma longa história nesse setor.   Comércio fronteiriço A relação com a vizinha África do Sul é ainda mais estreita. “Certamente, a África do Sul é o país onde há mais moçambicanos fora de Moçambique”, afirma Matusse Ele destaca a mão de obra moçambicana que trabalha na indústria extrativista sul-africana.  “Muitos moçambicanos vivem desse comércio. O que se consome em Moçambique, grande parte vem da África do Sul. Nossos maiores supermercados são de capital sul-africanol. É uma cooperação inevitável que,  mais do que governamental, se baseia  nas conexões entre os povos,  famílias e comunidades”, explica o jornalista.  A política externa do governo Frelimo Daniel Francisco Chapo é filiado à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido que está no poder desde a independência em 1975. Matusse explica que, apesar de ser governado por um partido de esquerda, o país sempre adotou uma política de não alinhamento em conflitos internacionais.“Moçambique sofreu muito no passado com esse posicionamento, quando esteve ligado à antiga União Soviética. Por conta disso, foi alvo de agressões e aprendeu a lição de procurar se identificar com as diferentes correntes”, avalia. Moçambique também mantém relações fortes com países da América do Sul, como o Brasil. “Para dar um exemplo, nos períodos de pico do HIV, o Brasil montou em Moçambique uma fábrica de medicamentos antirretrovirais. Isso é um indicador de uma relação muito próxima com o Brasil”, conclui Matusse.  Conexões Afro-Lusófonas Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos. Conexões Afro-Lusófonas vai ao ar na primeira sexta-feira de cada mês na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto) Apresentador: Antonio Carlos Quinto Narradora: Tabita Said Participação: Ricardo Alexino Ferreira Edição e captação de áudio: Julio Cesar BazaniniIdentidade Sonora: Bruno Torres Coordenadora de Programas Especiais: Magaly Prado É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Conexões Afro-Lusófonas estão disponíveis na página de seu arquivo neste link. .
Nesta quarta edição de Conexões Afro-Lusófonas, continuamos a falar  sobre a Guiné Equatorial com o professor brasileiro Paulo Speller, reitor da Universidade Afro-americana da África Central, a AAUCA, localizada em Djibloho, na região continental do país.  Speller destaca que, apesar da adoção do português pela Guiné Equatorial, a presença brasileira no país africano ainda é modesta. “O Brasil tem uma presença importante em toda a África e há aqui uma embaixada bem estruturada”, descreve.  No entanto,  as relações comerciais são reduzidas. “Poderiam ser mais robustas”, diz o professor. “Temos programas importantes que promovem a ida de jovens equato-guineenses para estudar no Brasil”, lembra Speller, mencionando também a participação de empresas brasileiras na construção da infraestrutura local. “Nós tínhamos aqui algumas empresas brasileiras, que hoje já não temos. Isso poderia ser retomado.” O reitor enfatiza que os idiomas oficiais equato-guineenses facilitam contatos com o Brasil e com outros países da América Latina. “Estamos num ponto estratégico na África para exportação, serviços etc.”, reforça.  Presença estrangeira Paulo Speller, o reitor da nova universidade equatoguineense. Foto: Reprodução Desde 2022, Paulo Speller ocupa o cargo de reitor na AAUCA, que é uma universidade pública. Ele também foi secretário-geral da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e o primeiro reitor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Além da AAUCA, a outra instituição pública de ensino superior é a Universidade Nacional da Guiné Equatorial. “Aqui na AAUCA, a determinação é que o reitor ou reitora sejam estrangeiros”, conta o acadêmico. “Nós tivemos um primeiro reitor, que veio do Chile, e um segundo, de origem oriental, que veio da Suécia”, lembra Speller.  O professor salienta a rica diversidade de línguas e etnias na Guiné Equatorial, além da significativa presença estrangeira. “Temos aqui na AAUCA, cinco professores venezuelanos e outros quatro cubanos. Ao todo, contamos com professores de 15 países dentro da universidade”, contabiliza. Speller descreve a Guiné Equatorial como  “um mundo em si mesmo”. “Às vezes, os guineenses nos dizem: ‘A Guiné é muito complexa. Vocês, brancos, brasileiros, estrangeiros, não nos entendem. Isso aqui é muito complexo’”, relata. O país também experimentou um influxo de migrantes de outras nações africanas impulsionado pelo  boom do petróleo, que resultou em um caldeirão de culturas e de línguas, como descreve o professor. “Você tem muita gente da República dos Camarões, alguns do Gabão, alguns de São Tomé, da Libéria, e há também uma interessante presença árabe. A Guiné Equatorial tem uma vivência histórica de lidar com o outro”, ressalta Speller. Ele lembra que, “de acordo com estimativas, quase um terço dessa população seria de estrangeiros ou nascidos fora do país, ou filhos de imigrantes vindos de outras nações.”  A moeda corrente na Guiné Equatorial é o Franco CFA Central (XAF), que também é utilizado em outros cinco estados independentes na África Central: Camarões, República Centro Africana, Chade, República do Congo e Gabão. De acordo com a cotação atual do Banco Central do Brasil, R$ 1,00 equivale a 102,4485 francos CFA. Conexões Afro-Lusófonas Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos. Conexões Afro-Lusófonas vai ao ar na primeira sexta-feira de cada mês na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto) Apresentador: Antonio Carlos Quinto Narradora: Tabita Said Participação: Ricardo Alexino Ferreira Edição e captação de áudio: Julio Cesar BazaniniIdentidade Sonora: Bruno Torres Coordenadora de Programas Especiais: Magaly Prado É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Conexões Afro-Lusófonas estão disponíveis na página de seu arquivo neste link. .
Nesta edição de Conexões Afro-Lusófonas conversamos com o professor Paulo Speller, brasileiro que vive na Guiné Equatorial há cerca de dois anos atuando como reitor da Universidade Afro-Americana da África Central (AAUCA). Essa instituição pública de ensino superior fica  na cidade de Djibloho, no interior do país. Speller nos conta que “mesmo antes da entrada na CPLP, a língua portuguesa começou a ser introduzida na Guiné Equatorial em 2011, por um decreto do presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo”. A CPLP é uma organização internacional composta por países que compartilham o português como língua oficial, incluindo Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Apesar de ser um país pequeno, com pouco mais de 28.000 km² e uma população estimada em quase 800.000 habitantes, a Guiné Equatorial é um verdadeiro “mosaico linguístico”. “Além das três línguas oficiais, há outros idiomas no país”, descreve Speller. Entre as mais faladas, conforme o professor, estão o fang, uma língua bantu, e o pidgin inglês. “O pidgin inglês é uma junção do inglês com outras línguas africanas”, explica o reitor.  Existem outras como a língua bubi, falada na Ilha de Bioko; o fá d’ambô, um crioulo falado na ilha de Ano Bom; e o bisiu, crioulo de Malabo. Speller elogia: “Essa riqueza de línguas e a cultura do país é um fascinante encontro entre as raízes africanas e o legado espanhol”. Historicamente, o espanhol consolidou-se como a língua principal da Guiné Equatorial devido à sua longa história como colônia da Espanha, o que a distingue da maioria dos países africanos de língua oficial portuguesa. A introdução do português, portanto, marca um movimento estratégico de reaproximação com a lusofonia, buscando novas parcerias e integração regional. Os benefícios e desafios do petróleo Paulo Speller, o reitor da universidade equatoguineense. Foto: Reprodução A Guiné Equatorial é uma nação pequena, como informa o professor Paulo Speller. Ele calcula que em apenas três horas é possível atravessar todo o país. “E isso pode ser feito por intermédio de excelentes estradas, que foram construídas durante o ‘boom’ do petróleo e com a participação, inclusive, de empresas brasileiras”, lembra Speller.  A indústria petrolífera do país tem uma história recente. A  descoberta e exploração de petróleo e gás natural na década de 1980 mudaram significativamente a economia local. Speller descreve que houve investimentos massivos em infraestrutura, como estradas, portos e aeroportos. “Essa infraestrutura é o que se vê mais claramente no país, gerando emprego e oportunidades. Mas, é preciso ver as desigualdades e a distribuição”, considera. “Realmente há uma desigualdade importante, que se observa em vários países africanos, inclusive na Guiné”, cita Speller. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), menos da metade da população tem acesso à água potável e 20% das crianças não sobrevivem aos primeiros 5 anos de vida. Conexões Afro-Lusófonas Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos. Conexões Afro-Lusófonas vai ao ar na primeira sexta-feira de cada mês na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto) Apresentador: Antonio Carlos Quinto Narradora: Tabita Said Participação: Ricardo Alexino Ferreira Edição e captação de áudio: Julio Cesar BazaniniIdentidade Sonora: Bruno Torres Coordenadora de Programas Especiais: Magaly Prado É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Conexões Afro-Lusófonas estão disponíveis na página de seu arquivo neste link. .
Nesta segunda edição do podcast Conexões Afro-Lusófonas, o jornalista Antonio Carlos Quinto e o professor Ricardo Alexino Ferreira recebem  o jornalista Victor Hugo Mendes para uma conversa. Radicado em Lisboa há sete anos, Victor Hugo  apresenta desde 2020 na RTP África o programa “Tem a Palavra”, um espaço de debate interativo aberto à população e aos telespectadores em discussões sobre questões atuais das nações lusófonas africanas. A RTP África, vale lembrar, é um canal televisivo coproduzido pela RTP destinado aos habitantes africanos de língua portuguesa.  Durante o bate-papo, Victor Hugo  compartilhou sobre os desafios e as conquistas dessas nações, que se aproximam dos 50 e 51 anos de independência. O jornalista apontou similaridades nos problemas enfrentados, como as dificuldades nos setores de educação, saúde, transportes e desenvolvimento econômico. Além disso, Victor Hugo enfatizou as persistentes, “lutas pela democracia, pelo respeito aos direitos humanos e pela liberdade de expressão”. Foto: Reprodução de tela do perfil de Victor Hugo Mendes no Facebook Fluxos Migratórios e Demografia As nações africanas de língua portuguesa estão localizadas em várias regiões do continente. Angola, Guiné Bissau e os arquipélagos de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe encontram-se na costa do Oceano Atlântico. A Guiné Equatorial, também banhada pelo Atlântico, possui territórios insulares no Golfo da Guiné. Moçambique, por sua vez, situa-se na costa do Oceano Índico.  Victor Hugo estima que Portugal concentre atualmente cerca de trezentos mil angolanos.  Contudo, ressalta que essas  estimativas carecem de precisão oficial, justificando que “o cruzamento de informações entre instituições portuguesas e angolanas, em muitos casos, não são fiéis à realidade”. Angola se destaca como  o país africano de língua portuguesa com maior densidade populacional, abrigando aproximadamente 40 milhões de habitantes. Moçambique, com seus 34 milhões de habitantes, não apresenta a mesma tradição de migração para Portugal.  Legado literário e musical angolano Em 2024, o escritor Victor Hugo Mendes lançou Nagrelha 2030, obra que ele descreve como “quase uma biografia” de Gelson Caio Manuel Mendes, mais conhecido por Nagrelha. O artista, ícone do kuduro – gênero musical angolano – morreu aos 36 anos. “Ele era um artista muito popular em Angola”, ressalta Victor Hugo, evidenciando a importância cultural do músico. Assista ao vídeo da apresentação de Dizumba Grande no YouTube  Conexões Afro-Lusófonas Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos. Conexões Afro-Lusófonas vai ao ar na primeira sexta-feira de cada mês na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto) Apresentador: Antonio Carlos Quinto Narradora: Tabita Said Participação: Ricardo Alexino Ferreira Edição e captação de áudio: Julio Cesar BazaniniIdentidade Sonora: Bruno Torres Coordenadora de Programas Especiais: Magaly Prado É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Conexões Afro-Lusófonas estão disponíveis na página de seu arquivo neste link. .
No programa de estreia do podcast Conexões Afro-Lusófonas, o jornalista Antonio Carlos Quinto conversa com Ricardo Alexino Ferreira,  professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. sobre o projeto de resgate de biografias e memórias de intelectuais de países africanos e territórios que têm o português como língua.  Desde 2012, Alexino dedica-se a essa iniciativa, que abrange  Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Angola, além de Macau, na China, e Goa, na Índia. O projeto, que conta com o apoio da Fapesp e da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, busca dar visibilidade a figuras que, muitas vezes, são negligenciadas pela historiografia tradicional. Ricardo Alexino Ferreira. Abril de 2025. Foto: Marcos Santos Viagens à África A motivação para o projeto surgiu da inquietação de Alexino com a forma como o continente africano é frequentemente retratado: “É comum ouvirmos ‘a França, a Itália’, mas ‘a África’, como se fosse um único país. Como um continente com 54 nações ainda é visto dessa forma?”. Para combater essa visão simplista, Alexino partiu para o outro lado do Atlântico começando por Cabo Verde, com o objetivo de conhecer o pensamento dos intelectuais africanos dos países de língua portuguesa sobre suas nações e sobre o continente.  Além de Cabo Verde, Alexino visitou Angola, onde lecionou na Universidade Lueji A’Nkonde , na Lunda Norte, na cidade de Lundo. O docente ministrou aulas na área de comunicação por meio de um Programa de Mestrado em Educação criado pelo professor Roberto da Silva, da Faculdade de Educação da USP. Inicialmente, a ideia era produzir um livro-reportagem. No entanto, as filmagens realizadas durante as viagens revelaram um material rico e promissor, levando Alexino a expandir o projeto para a produção de um documentário. O projeto ainda está em andamento, e novas viagens à África estão previstas. A expectativa é que o resultado final seja uma obra que contribua para a construção de uma memória mais completa e plural do continente africano. Conexões Afro-Lusófonas Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos. Conexões Afro-Lusófonas vai ao ar na primeira sexta-feira de cada mês na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto) Apresentador: Antonio Carlos Quinto Narradora: Tabita Said Participação: Ricardo Alexino Ferreira Edição e captação de áudio: Julio Cesar BazaniniIdentidade Sonora: Bruno Torres Coordenadora de Programas Especiais: Magaly Prado É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Conexões Afro-Lusófonas estão disponíveis na página de seu arquivo neste link. .
A Rádio USP anuncia o lançamento do podcast Conexões Afro-Lusófonas, uma iniciativa que visa estreitar os laços culturais e informativos entre o Brasil e os seis países africanos de língua portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Com estreia marcada para o dia 4 de abril, às 17h, o programa será transmitido toda primeira sexta-feira de cada mês, levando entrevistas exclusivas com jornalistas e pesquisadores diretamente da África. O objetivo é promover o intercâmbio de conhecimentos em uma imersão nas culturas dessas nações, explorando seus costumes, expressões musicais, a diversidade que as caracteriza e as nuances de suas configurações políticas atuais. Conexões Afro-Lusófonas é uma oportunidade de expandir horizontes e conhecer de perto a realidade dos países lusófonos africanos. O podcast é apresentado por Antonio Carlos Quinto, editor de Diversidade e Inclusão do Jornal da USP, que conduzirá a audiência nesta jornada sonora e informativa. Conexões Afro-Lusófonas Conexões Afro-Lusófonas têm o objetivo de fortalecer os laços culturais entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. O programa apresenta entrevistas exclusivas explorando as culturas, músicas, diversidades e políticas desses países, promovendo um intercâmbio de conhecimentos. Conexões Afro-Lusófonas vai ao ar na primeira sexta-feira de cada mês na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto) Apresentador: Antonio Carlos Quinto Narradora: Tabita Said Participação: Ricardo Alexino Ferreira Edição e captação de áudio: Julio Cesar BazaniniIdentidade Sonora: Bruno Torres Coordenadora de Programas Especiais: Magaly Prado É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Conexões Afro-Lusófonas estão disponíveis na página de seu arquivo neste link. .
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