DiscoverE eu com isso?
E eu com isso?

E eu com isso?

Author: Instituto Brasil Israel

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O 'E eu com isso?' é o podcast do Instituto Brasil-Israel. Com convidados diferentes, aprofundamos questões religiosas, éticas, políticas e sociais, sempre evitando análises rasas e estereótipos vazios.
Anita Efraim é jornalista, mestre em comunicação política pela Universidad de Chile e santista.
Amanda Hatzyrah é professora e pesquisa temas relacionados à literatura e cultura judaica, língua hebraica e sociedade israelense, na Universidade de São Paulo.
João Torquato é músico ativista do movimento negro e pesquisa os conflitos que se originaram a partir da desintegração da Iugoslávia.
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Na última semana, o mundo foi surpreendido com imagens de “pagers” ou “bips” como eram conhecidos aqui no Brasil, explodindo em diversas regiões do Líbano e da Síria. A operação cinematográfica não foi assumida por Israel mas, segundo a rede CNN e o NYT, membros do governo dos EUA confirmaram, sob anonimato, que se tratou de uma operação conjunta planejada e executada pelo Mossad, a agência de inteligência externa de Israel, e as Forças de Defesa de Israel (FDI) contra membros do Hezbollah. Segundo as autoridades de saúde libanesas e sírias,  37 pessoas morreram  e mais de 3.000 ficaram feridas. Essas explosões é um mais um capítulo na escalada entre Israel e o grupo xiita Hezbollah que vem aumentando a cada dia  desde de 7 de outubro. Na última segunda-feira, o Hezbollah disparou mísseis de longa distância contra Israel, chegamos a cidades como Haifa e Kiriat Yam, além de assentamentos judaicos na Cisjordânia. O que acontecerá na fronteira Norte do país daqui pra frente? Pra conversar com a gente sobre a situação entre Israel o Líbano, nós convidamos Karina Stange Calandrin que é professora de Relações Internacionais no Ibmec-SP e na Uniso, pesquisadora de pós-doutorado do Instituto de Relações Internacionais da USP e doutora em relações internacionais pelo PPGRI San Tiago Dantas (Unesp, Unicamp e PUC-SP). É assessora acadêmica do Instituto Brasil-Israel e colunista da Revista Interesse Nacional, além de autora do livro “Bom dia, Líbano”, sobre a primeira guerra entre Israel e Líbano.
Quando falamos sobre reféns no Oriente Médio, um nome vem imediatamente à cabeça: Gilad Shalit. Em 25 de junho de 2006, durante uma emboscada na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, Shalit, então um jovem soldado de apenas 19 anos, foi capturado pelo Hamas. O que se seguiu foram mais de cinco anos de cativeiro, marcados pela incerteza, pelo sofrimento e por uma negociação diplomática que entraria para a história. Pra conversar com a gente, nós convidamos Rony Rechtman, que foi Primeiro Sargento de Infantaria pela Brigada Guivati 2009-2011 Formado pelo Curso de Comandantes de Infantaria em 2010, atuando nas regiões de Beit Furik-Awarta - Nablus, na Cisjordânia, em Gaza na região de Nahal Oz-Kfar Aza e na região do Hermon.
Há 23 anos, o mundo entrava em estado de choque ao ver um avião colidindo contra o edifício mais alto de Nova York. Minutos depois, houve uma nova colisão. Foram quase 3 mil mortos. Danos gigantescos nos arredores do World Trade Center. E uma mudança de cenário irreversível no mundo inteiro. Os Estados Unidos se colocam como um bastião da guerra contra o terror em todo o mundo. Quanto o 11 de setembro influenciou nesse processo? Nossa convidada hoje é Monique Sochaczewski, doutora em História, Política e Bens Culturais, professora do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e Cofundadora e Pesquisadora Sênior do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre o Oriente Médio (GEPOM).
A Shoá, o Holocausto, não apenas moldou a compreensão do genocídio e da opressão, mas também pode servir como ponto de partida para discussões sobre regimes autoritários na América Latina. Utilizar o estudo do Holocausto como uma forma de abordar questões sociais pode ser vital para educar novas gerações sobre a importância da memória histórica e a defesa dos direitos humanos, além de auxiliar na análise de outros eventos traumáticos, incluindo as ditaduras militares do Cone Sul. Quem traz perspectivas sobre esse tema hoje é a nossa convidada, Julia Amaral, Doutoranda em História Social pelo PPGHIS/UFRJ. Faz parte do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos (NIEJ/UFRJ), do Núcleo Anne Frank de Minas Gerais, coordenou o Laboratório Estudos Judaicos: Novas abordagens, do IBI no Campus, vinculada ao NIEJ e à Open Society Foundation.
Quando o 7 de outubro aconteceu, muitos se apressaram em cravar: a carreira política de Benjamin Netanyahu havia acabado. Estamos às vésperas de completar 11 meses de guerra e Bibi ainda é primeiro-ministro. Sustentado por políticos de extrema-direita, como Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, não há qualquer previsão para que Netanyahu deixe o poder. Hoje, Benjamin Netanyahu faz parte de uma rede mundial de políticos populistas de extrema-direita, que inclui ainda Donald Trump, Viktor Orban e Jair Bolsonaro. Mas ele sempre foi assim? Como Bibi chegou ao lugar onde está atualmente? Nosso convidado hoje é Gregório Noya, cientista político, professor de história judaica, pós-boger do Habonim Dror e alvirrubro fanático. E também é um dos autores do e-book que o IBI lança neste dia 28, com um artigo no qual ele fala justamente sobre Benjamin Netanyahu. 
#284 Conhecendo Israel

#284 Conhecendo Israel

2024-08-2143:47

Israel é, para muitos judeus, um símbolo. Não à toa, quando vamos a sinagoga, rezamos olhando em direção a Jerusalém. Para além do tema religioso, ainda que sem estar lá, um número relevante de judeus da diáspora sentem uma conexão com esse lugar, considerado como terra ancestral. E como essa relação muda quando você tem a oportunidade de estar lá pela primeira vez? Hoje, nossa conversa é sobre uma experiência individual, mas que pode ser, para muitos judeus, até mesmo coletiva: a experiência de estar em Israel pela primeira vez. E é claro que hoje, essas impressões são contaminadas também por um país em guerra. Nosso convidado vocês conhecem muito bem: João Torquato, apresentador aqui do “E eu com isso?”.
A cultura iídiche tem sobrevivido através dos séculos. Forjada nos guetos da Europa Oriental, é um testemunho vibrante da resistência judaica na manutenção de uma expressão cultural passada de uma geração a outra e reinventando-se nas diásporas judaicas. Perseguida e quase extinta pelos horrores da Shoá, a língua e as tradições iídiche resistiram por meio da música, da literatura e da oralidade. Mesmo diante da aniquilação, a cultura iídiche resiste, preservada pela memória de sobreviventes e por aqueles que se dedicaram a manter viva essa rica herança. Para falar do tema, convidamos o Gabriel Neistein, que  é Arquiteto e Urbanista pela FAU USP, judeu paulistano, vive e atua no bairro do Bom Retiro. Desenvolve projetos artísticos em diferentes frentes, com projeto arquitetônico, nas artes visuais e também na música. Em 2019 fundou o grupo Klezmer Três Rios, que desenvolve trabalho de investigação e criação no universo da música judaica do leste europeu.
Os israelenses vivem momentos de absoluta tensão. Desde a morte do comandante do braço político do Hamas, Ismail Hanyieh, quem está em Israel vive sob o medo de um iminente ataque do Irã. E é sobre este clima no país que vamos falar hoje. É importante que você saiba que o dia dessa gravação é 5 de agosto e, a qualquer momento, as informações desse episódio podem mudar. Mas, o que a gente que trazer pra você é uma mistura de informação, análise e sentimento diretamente de quem está em Israel, sabendo que um ataque iraniano pode ocorrer a qualquer momento. Nossa convidada é da casa, Daniela Kresch, ela que é jornalista e correspondente do IBI em Israel. 
Todo mundo sabia que, no segundo semestre de 2024, as eleições dos Estados Unidos seriam o principal assunto da política mundial. E isso se intensificou ainda mais com o atentado contra Donald Trump e a desistência de Joe Biden. Em relação à Israel, essa conversa ganhou também novos contornos a partir da fala de Benjamin Netanyahu no Congresso norte-americano. Hoje, a gente vai falar sobre a influência da eleição dos Estados Unidos em Israel, fazer alguns exercícios de futurologia de como seria uma relação entre o governo israelense tanto com Donald Trump quanto com Kamala Harris - ou será outro candidato? Nosso convidado é Roberto Simon, jornalista e analista internacional, mestre em políticas públicas pela Kennedy School da Universidade de Harvard.
Recentemente, o Partido Trabalhista de Israel, o Avodá, e o Meretz, ambos partidos de esquerda, anunciaram que se fundiram e agora serão conhecidos como “Democratas”. De acordo com o acordo assinado pelo presidente do Partido Trabalhista, Yair Golan, e pela delegação do Meretz liderada pelo secretário-geral do partido, Tomer Reznik, a nova chapa do partido para a Knesset será escolhida em primárias democráticas pelos membros dos novos partidos e autoridades que se juntarão a eles. Mas o que significa o fim do partido que governou Israel nos primeiros 30 anos do país? Será que ainda existe um caminho para a esquerda isralense? Para conversar com a gente hoje sobre a fusão dos trabalhistas com o Meretz  e o futuro da esquerda israelense, nós convidamos o Renato Bekerman que é ativista do movimento Hashomer Hatzair desde 1983, doi delegado pelo Mapam e pelo Meretz em dois congressos sionistas, foi presidente da Organização Sionsita de São Paulo entre 1992-1994 e atualmente foi membro do Comitê de ação sionista da Organização Sionista Mundial.
Em 7 de outubro de 2023, o mundo presenciou um dos maiores ataques terroristas da história. Neste dia, terroristas do Hamas entraram em território israelense e comentaram um massacre contra civis e militares na região do sul do país. Deixando milhares de mortos, casas destruídas e sequestrando outras centenas de pessoas, não apenas israelenses, mas também imigrantes e trabalhadores dos kibutzim próximos da fronteira com a Faixa de Gaza. Nesses 9 meses de conflito, aqui no podcast falamos sobre diversos temas  relacionados à guerra e aos impactos na sociedade isralense, mas o que mudou de lá pra cá e como é visitar Israel e as áreas atacadas no pogrom de 7 de outubro? O episódio de hoje será um pouco diferente, nós iremos conversar com a também apresentadora do podcast, Anita Efraim, que além de ser jornalista, fanática por futebol e mestre em comunicação, acabou de retornar de Israel e vai contar um pouquinho pra gente como foi essa experiência.
Na fundação do Estado de Israel, o primeiro primeiro-ministro do país, David Ben Gurion, permitiu que os ultraortodoxos se isentassem do alistamento militar - obrigatório a todos os outros. Naquele momento, a população ultraortodoxa era pequena, mas 76 anos se passaram e eles são milhares. Esse é um dos tantos dilemas da sociedade israelense. No dia 25 de julho, a Suprema Corte de Israel definiu que não há nenhuma justificativa legal para que a população ultraortodoxa não se aliste. Essa crise pode derrubar o governo de Benjamin Netanyahu e pode significar uma mudança importante na sociedade israelense. Para conversar com a gente sobre esse tema, nossa convidada é Marta Topel, antropóloga, livre docente da Universidade de São Paulo e vice-diretora do Centro de Estudos Judaicos da mesma universidade, autora de “O sagrado e o impuro no judaísmo: lei, comida e identidade”.
No último dia 27 de julho, o Instituto Brasil-Israel em parceria com a comunidade Shalom e com a Casa do Povo, fez uma visita guiada ao cemitério israelita de Cubatão para conhecer a história das “polacas”,  que eram mulheres judias do leste europeu que vieram ao Brasil em busca de trabalho e que aqui foram convertidas em prostitutas. Estas, por não poderem ser enterradas no mesmo cemitério que os demais judeus, fundaram o Cemitério Israelita de Cubatão (em 1928), e que, desde 2010, se tornou um patrimônio histórico do Brasil. Mas quem eram essas mulheres, como viviam e por que tantas delas foram enterradas no cemitério de Cubatão? Para nos ajudar a entender melhor essa história, temos a honra de receber uma especialista no assunto, a Beatriz Kushnir, que é doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas. Autora, entre outros, de Baile de máscaras: as polacas e suas associações de ajuda mútua (Imago). Foi Diretora do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro entre 2005-20. Pesquisadora vinculada ao INCT-Proprietas. Professora do PPGARQ/Unirio e do PPGH/UFF.
Nas últimas semanas, tomou conta das redes a discussão em torno do tema sobre o aborto, no Brasil, por conta do PL 1904-24, que equipara a punição de abortos realizados após as 22 semanas à pena por homicídio, inclusive em gestações decorrentes de estupro, que pode chegar a 20 anos, pena superior à que receberia o próprio estuprador. Além de absurdo, o PL é um retrocesso no que diz respeito aos direitos das meninas e mulheres brasileiras. Com toda essa discussão em torno do tema, decidimos abordar a questão do aborto a partir de uma perspectiva judaica e contar um pouco para você, ouvinte do nosso podcast, como funciona o direito à interrupção da gravidez para mulheres israelenses. Nossa convidada hoje é a Rabina Fernanda Tomchinsky, da Comunidade Shalom, formada em Psicologia pela PUC-SP, rabina pelo Seminário Rabínico Latino-Americano.
O confronto de ideias envolvendo a guerra entre Israel e Hamas é mais uma prova de que a polarização é inimiga dos debates profundos. Nesse contexto, aproveitamos que junho é o mês do orgulho para falar sobre como a pauta LGBTQIA+ tem sido instrumentalizada durante esse conflito, que já se estende por mais de 8 meses. Toda hora a gente ouve alguma coisa como “não dá pra apoiar a causa e ser sionista”, ou, do outro lado, “vocês não sabem o que acontece com LGBTs em Gaza”. Será que esse tipo de argumentação faz algum sentido? Nossa convidada hoje é a Daniela Wainer, escritora, editora, uma das coordenadoras do Gaavah, coletivo judaico LGBTQIA+ do IBI.
Entre os dias 11 e 13 de julho, celebramos Shavuot, que para muitos é uma oportunidade de fortalecer sua fé e se conectar com a sabedoria da Torá, mas não só. Shavuot nos convida também à reflexão sobre como a própria Torá e seus ensinamentos podem ser ressignificados para o século em que vivemos. O que significa a Torá para nós hoje, em um mundo tão diferente daquele em que foi revelada? Como podemos encontrar relevância e significado em seus ensinamentos milenares em meio aos desafios do século XXI? Para falar sobre esse tema, nosso convidado é o rabino Natan Freller, depois de quase uma década de estudos e trabalhos rabínicos nos Estados Unidos e Israel, retornou ao Brasil e está atuando como rabino na Congregação Israelita Paulista.
Nesta semana, lembramos 8 meses do dia de 7 de outubro. A guerra se estende e segue acumulando vítimas, enquanto restos mortais de israelenses ainda são encontrados, tal era o estado de seus corpos. Neste contexto, um episódio chamou bastante atenção: a morte de 45 palestinos em um campo de refugiados em Rafah. Será que esse caso pode ser um ponto de virada numa guerra que parece ser interminável? Depois de Rafah, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expôs um plano de cessar-fogo que teria sido feito por Israel, e agora esse é o assunto do momento no noticiário israelense. Nosso convidado é Henry Galsky, diretor de jornalismo do portal Israel de Fato, que traz notícias sobre Israel em português. 
Apesar de se tratar de um tema universal, a experiência do luto, esse processo de elaboração interna das perdas que experimentamos, também é muito singular para cada sujeito. Mas como essas vivências interagem com nossos processos internos e nos afetam psiquicamente? Mais do que nunca, é importante refletir sobre o tema, como experiência individual, mas também coletiva. Quantas perdas materiais e simbólicas, diretas e indiretas, temos vivenciado desde o 7 de outubro? Ou desde que as enchentes do Rio Grande do Sul devastaram vidas humanas e cidades inteiras? Quais os caminhos possíveis para elaborar essas perdas e ressignificá-las? Pra conversar com a gente sobre esse tema super complexo e delicado, nós convidamos o psicanalista, Christian Dunker, que é também professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, dono do canal do YouTube, "Falando nisso", e  que recentemente lançou um livro inteiro falando sobre o tema, sob o título “Lutos finitos e infinitos”, pela editora Paidós.
Na semana passada, Luiggi Lellis, aluno do curso de Serviço Social da PUC São Paulo usou as redes sociais pra contar que havia sido expulso da chapa do Centro Acadêmico. O motivo era o fato de ele se identificar como sionista. Talvez alguns pensem que ele exagerou ou que não foi bem assim, mas, o próprio grupo de alunos confirmou essa versão. Pra conversar com a gente sobre esse caso, nós convidamos o próprio Luiggi Lellis, que passou por essa situação. 
O dia dessa gravação é segunda-feira, 13 de maio de 2024. Hoje, é Iom Hazikaron, Dia de Lembrança dos Caídos em Guerra e Vítimas do terrorismo. Amanhã, 14 de maio, é Iom Haatzmaut, Dia da Independência de Israel. E no dia seguinte, 15 de maio, os palestinos lembram o que chamam de Nakba, que quer dizer desgraça. São datas nacionais importantes para os dois povos. Mas, provavelmente, não serão as mesmas após o 7 de outubro. O mesmo vale para Iom Hashoá, que aconteceu na semana anterior. Nossa ideia é refletir sobre a mudança do ethos da sociedade israelense, provocada pelo 7 de outubro. E também olhar para a situação palestina, que vê o atual momento como uma “nova Nakba”. Nosso convidado é Daniel Douek, cientista social. Mestre em Letras pelo programa de Estudos Judaicos e Árabes da USP e assessor especial do IBI. TED: Palestinian and Israeli face to face Newsletter: Independência é ter paz
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