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Eco-Mitologia
Eco-Mitologia
Author: Sofia Batalha
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© Sofia Batalha
Description
A Eco-Mitologia entrelaça Ecologia, Mitologia, Ecopsicologia e crítica cultural. Aqui falamos da forma como contamos histórias, pessoais, sociais ou políticas, e de como moldam mundos. Os áudios não são perfeitos: tropeço, hesito, erro. Falo como pessoa, não como máquina. Que estas conversas despertem as sabedorias esquecidas, que nos ligam à Vida com escuta, memória e responsabilidade, no meio de falhas e encantamentos. Em múltiplas vozes e sabedorias, das sombras, negligenciadas, esquecidas e mutiladas, que se continuem a desdobrar.
84 Episodes
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Vamos começar hoje com uma imagem bastante forte, tirada de um sonho. Um jardim ali na fronteira do submundo.Imaginem um solo muito escuro, fértil, cheio de vida, mas também de morte. Tudo ao mesmo tempo. Frutos por todo lado, flores, insectos a zumbir.E neste cenário, pronto, surge Siduri, que nos oferece um néctar doce e fermentado. O néctar dela é o da imanência, o de estar vivo neste mundo complexo, por vezes difícil, mas incrivelmente fértil.
Hoje, queremos convidar-vos a um ato de rebelião e de ternura: trocar de história. Vivemos numa crise ecológica que é, fundamentalmente, uma crise de relação. E essa crise é sustentada pelas histórias que escolhemos contar sobre quem somos, onde estamos e o que é o mundo.Na Ecopsicologia, o foco não é apenas como a natureza nos afeta, mas como as nossas narrativas afetam o mundo vivo. E ao relacionarmo-nos através do mito, participamos numa rede de significados vivos que atravessa tempo, espaço e espécie. Como se interligam estas duas práticas, Eco-Mitologia e Ecopsicologia?Neste episódio vamos falar de:Psicocentrismo: O Espelho Estreito da Psique HumanaO Mito como Parentesco e Calendário Ecológico Ancorar a Psique no Ritmo do ParentescoO Gesto de Escutar o DesconfortoComo sempre, este episódio foi tecido a partir dos textos em serpentedalua.com, dos meus livros e aulas.
A História Portuguesa/Ibérica do Silenciamento da Natureza e a Amnésia Coletiva. Baseada nos livros Os contos da Serpente e da Lua e O Santuário.Neste episódio, propomos uma jornada eco-mitológica, revendo os marcos desse silenciamento da natureza na história ibérica/portuguesa. Vamos procurar os fragmentos frágeis de sabedoria antiga que sobreviveram no folclore, mesmo que distorcidos pelo medo, e refletir sobre as consequências deste desvincular para a nossa Ecologia. Na Península Ibérica, a perda de sabedoria local e indígena começou a deslaçar-se há muitas gerações.
Este episódio baseia-se no livro d'O Santuário.Um convite para repensar a paisagem como entidade viva, como um campo anímico onde mito e matéria não estão separados.Neste episódio, abrimos espaço para escutar:o que foi soterrado pelas camadas do tempo moderno,os mitos esquecidos que ainda habitam pedras, rios e palavras,e as vozes da terra que não cabem em mapas nem arquivos.Falamos de pertença que não se compra e memória que não é apenas humana. Da mitologia como uma forma de cuidado profundo com o invisível que sustenta o visível.Se já te sentiste desenraizada na tua própria terra… se intuis que a crise ecológica também é uma crise de imaginação e de relação… então este episódio é um convite ao retorno. Não ao passado, mas ao ritmo mais lento que pulsa sob o asfalto.
Neste episódio, descemos ao subsolo da identidade psíquica.Falamos de duas psiques que parecem distintas, mas são espelhos rachados da mesma ferida moderna:A psique não-autóctone — aquela que perdeu a relação com o chão, com a linhagem, com o tempo profundo.A psique de plástico — moldável, descartável, otimizada para sobrevivência em territórios colonizados de dentro e de fora.Guiado pelos textos da Serpente da Lua, este episódio é um convite a sentir as raízes partidas, a fome de pertença, e os movimentos de compensação que fazemos quando estamos perdidos no mapa, sem bússola ontológica.Oferecemos terreno fértil para a pergunta: Como se reaprende a sonhar com a Terra quando a psique foi moldada longe dela?Para quem se sente desenraizado, deslocado, ou em crise com a própria forma de sentir e conhecer, este episódio pode ser um espelho gentil e desconfortável.Lê os textos que o inspiraram:– serpentedalua.com/psique-nao-autoctone– serpentedalua.com/a-psique-nao-autoctone-e-a-psique-de-plastico
Viajamos pelo livro-roteiro, Um Lugar Feliz, escrito por mim, que explora a conexão intrínseca entre os seres humanos, as paisagens e a Terra. Discutimos o exílio da natureza na cultura ocidental e a primazia da mente racional, contrastando-o com conceitos de consciência mítica, filosofias antigas e a importância da reverência e reciprocidade para o bem-estar tanto individual como ecológico. O livro propõe práticas para reativar uma perceção multidimensional da realidade e integrar as paisagens externas e internas.
Quando a torre cai, o que se revela?Neste episódio, descemos pela espiral da Torre. Não como metáfora decorativa, mas como matéria real. A queda como parte da trama da Terra, como desmoronamento necessário para que algo mais verdadeiro possa emergir.Inspirado no artigo publicado na Serpente da Lua, este episódio convida à escuta do colapso, não o colapso espetáculo dos títulos de jornal, mas o íntimo, aquele que nos desorganiza por dentro.Falamos de estruturas que precisam ruir. De um chão que treme, não para nos punir, mas para nos libertar da prisão que confundimos com abrigo.Este episódio (como todos) não oferece conselhos, mas oferece perguntas, lamentos e sussurros de lucidez no meio da poeira. Um convite a cair com dignidade, e a escutar o que ainda canta entre os escombros.
Neste episódio do podcast de Eco-mitologia, atravessamos as reverberações do meu último livro de, O Dia a Seguir da Tempestade, escutando o que se move no silêncio depois do vendaval.É um convite para quem deseja habitar as perguntas que nascem quando a tempestade nos atravessa, num chão que ainda pulsa com histórias antigas e futuros que insistem.Falamos de mitos como campos vivos, de paisagens interiores que se encharcam com o mundo, e da urgência de escutar o que a Terra sussurra quando os ruídos cedem. Um episódio para quem caminha com feridas abertas, mas também com raízes que procuram recomeços.Ouve com o corpo. Não procures resolver: escuta.
Este episódio explora uma reinterpretação eco-mitológica de Siduri, a deusa velada da Epopeia de Gilgamesh, argumentando que este mito antigo oferece uma crítica profunda à psique ocidental moderna e um caminho para metabolizar o luto coletivo e a eco-ansiedade. Centro-me na ideia de encontrar perspetiva e cura não através da conquista ou transcendência, mas através da presença, das relações e da aceitação dos ciclos inerentes de decadência e regeneração da vida.Referências do Episódio:O Nectar de SiduriSiduriSiDURi ~ O Abraço Abundante e Alquímico do Submundo
Este episódio traz excertos de «Nossa Senhora da Orada - A Linhagem Eco-Mitológica da Montanha», um ensaio que explora as raízes indígenas e pré-cristãs da devoção portuguesa a Nossa Senhora da Orada. Nesta investigação-oração argumento que a figura, frequentemente sincretizada com a Virgem Maria, é, na verdade, um ser geo-ecológico e ctónico que personifica a paisagem viva das montanhas e das águas, ecoando antigos cultos eco-mitológicos e animistas. A investigação liga a etimologia de «Orada» a conceitos de oração, elevação, metais sagrados e limites, afirmando que o próprio local sagrado, a montanha, é Orada ela mesma. Através da análise de contos populares e de outros atributos, tais como a sua ligação a mitos de serpentes, rituais de fertilidade e águas curativas, reivindico esta figura como uma poderosa Mulher Serpente, metamorfoseante, que guarda os limiares do submundo.Podem ler o ensaio em português e inglês, de onde constam todas as referências:Nossa Senhora da Orada - A Linhagem Eco-Mitológica da MontanhaOur Lady of Orada The Eco-Mythological Mountain Bloodline
Artigos do site Serpentedalua.com e do livro O Santuário, introduzem os conceitos de Ativismo Eco-Mítico e Paisagens Afetivas, defendendo uma relação profundamente interligada entre a consciência humana e o ambiente vivo. O Ativismo Eco-Mítico é apresentado como uma forma literária, afetiva e lenta de protesto que desafia as perspetivas modernas e antropocêntricas, reimaginando mitos e histórias tradicionais através de uma lente ecológica, com foco no envolvimento emocional e nas lutas interseccionais. Esta abordagem incorpora as ideias do pós-ativismo e do Gesto Menor para promover mudanças sutis e profundas na perceção, para além das formas tradicionais de manifestação pública. Entretanto, a discussão sobre Paisagens Afetivas critica a visão ocidental e racional da paisagem como um recurso externo a ser gerido, propondo, em vez disso, uma conexão visceral e simbiótica, na qual os estados internos, como emoções e memórias, são inseparáveis do território externo e vivo. Em última análise, ambos os conceitos instam a uma recuperação da sabedoria relacional e a uma responsabilidade poética em relação ao metabolismo complexo e biointeligente da Terra, afastando-se de sistemas de separação, como o colonialismo e o capitalismo.
O Grito de hoje é O Caminho do Poço
Este é um espaço-tempo de Escritas tecidas pelo afecto do Corpo Presente, pela imaginação da Alma Ecológica e curiosidade da Psique Mítica.
E este é o território dos Gritos-Oração, das preces bradadas e de poesias gritadas. Umas arcanas e outras recentes. Uivos das vísceras-coração, que respiram e são selvagens. Ofereço-vos para que nos transformemos em conjunto.
Podem encontrá-las nos meus livros e no meu site serpentedalua.com
O Grito de hoje é Não sou a tua projeção
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O Grito de hoje é O significado da Doença
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O Grito de hoje é No Escuro Rasgamos as Linhas e Cosemos a Teias
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O Grito de hoje é Encantar o Monstro
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O Grito de hoje é Habitar o Habitat
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O Grito de hoje é Oração ao Ar que nos Compõe
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O Grito de hoje é Ouves as mulheres Serpente?
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O Grito de hoje é Honrar a Ancestral, a mentora do não saber
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