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Economia de quarta - Monica de Bolle
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Economia de quarta - Monica de Bolle

Author: CBN

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Uma análise sobre os rumos da economia no país.
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Na sua coluna de despedida da CBN, Monica de Bolle fala um pouco dos cinco anos em que esteve como comentarista da rádio e sobre o trabalho que prepara para lançar nos EUA. Ela participa de um estudo que mostra o grau de nacionalismo econômico nos EUA. A conclusão é de que o sentimento aumentou, está cada vez mais disseminado e contagia os eleitores. Foi o que levou muitos eleitores a votar como votou nas últimas eleições.
Monica comenta sobre a chamada 'anti-esquerda' no Brasil e como esse grupo apoia medidas, porque a esquerda é contra. Dentro desse grupo, há pessoas de posicionamentos políticos diferentes. Monica também fala sobre o apelo emocional na campanha de Trump para se reeleger em 2020.
O Brasil vive uma 'versão tropical' da estagnação secular, com economia parada, sem reagir, e registrando inflação contida abaixo da meta. Ainda não se sabe que efeito uma redução dos juros poderia causar na economia no cenário atual.
União Europeia tem fechado acordos com países parceiros dos Estados Unidos, como resposta à guerra comercial. Para Monica de Bolle, Brasil se beneficia com acordo e vai poder exportar e importar mais. O país também deve receber concessões que não são dadas aos EUA, por exemplo.
Monica de Bolle afirma que mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro e procuradores da Lava-jato foi a gota d'água. Ela compara caso à série Chernobyl, da HBO, que mostra os bastidores políticos da explosão nuclear na Ucrânia soviética.
Monica de Bolle faz uma análise sobre a visita do presidente dos Estados Unidos ao Reino Unido. Ela diz que Trump anunciou que estaria disposto a negociar um acordo comercial amplo, mas, na realidade, por enquanto é só uma promessa sem nada concreto.
Termo foi cunhado no contexto da Grande Depressão, em 1938, quando o economista Alvin Hansen sugeria que talvez o mundo estivesse à beira de nova era em que o desemprego seria mais elevado do que anteriormente e o crescimento econômico permaneceria baixo, sem alguma outra força que pudesse empurrar a economia de volta aos níveis de emprego de antes da crise de 1929.
Monica de Bolle comenta os impactos dessa guerra comercial e avalia como uma "completa insensatez". "Inevitavelmente, haverá um repasse para o consumidor, o que significa que os preços todos vão aumentar", afirma.
Está em andamento negociação de China e EUA sobre relações comerciais. No entanto, em meio a isso, Trump disse que vai sobretaxar produtos chineses, causando reação negativa no mundo todo. Fato é que o presidente dos EUA mantém a retórica belicista como estratégia política. O mundo acaba afetado porque estamos falando das duas maiores economias do planeta. Prejuízos não ficam só com eles, respingam no resto do mundo.
Mônica de Bolle comenta a vitória dos socialistas nas eleições na Espanha. Ela avalia que o "repúdio ao populismo nacionalista, que vem sido tendência global, não está emplacando na Espanha".
Argentina, como vários países latinos, opera sua economia com duas moedas, porque, no passado, houve dolarização. O problema hoje no país sob o comando de Mauricio Marcri é que a inflação está subindo em função da desvalorização do peso frente ao dólar. Isso explica porque, a despeito da contração econômica, é difícil combater a inflação.
As dificuldades sem fim da economia argentina passam por uma inflação extramente alta, que não cede. E agora, como ingrediente extra, está instalado o drama político das eleições presidenciais, em outubro. Um artifício populista foi apresentado para tentar sanar o problema: presidente Macri decidiu congelar preços por seis meses, sendo 60 produtos incluídos no pacote.
A 'desanimada' maior foi com a previsão de crescimento do Brasil, mas a questão é mundial. Previsões foram revisadas para baixo de modo geral.
Monica de Bolle defende que temos que largar alguns rótulos e buscar um caminho mais ao centro. "O que está faltando nessa discussão toda é pensar no que se quer. É preciso delinear bem onde deve estar o estado e onde ele não deve estar".
Monica De Bolle comenta a aversão demonstrada pelo presidente da República pela articulação política e diz que ele está colocando tudo no mesmo saco ao chamar de velha política. "Para fazer uma articulação, não é preciso oferecer cargos a partidos e nem emendas", avalia.
Mônica De Bolle afirma que, com o fluxo enorme de imigrantes, tudo o que acontece na Venezuela tem repercussão enorme no país vizinho. Ela destaca o fato de que as guerrilhas colombianas exercem influência sobre os militares que atuam na Venezuela.
Nos EUA, diversas investigações sobre o presidente correm em paralelo. Para Monica de Bolle, é provável que sejam encontradas irregularidades nas atitudes de Trump. 'Os indícios estão por toda parte', diz ela. Monica também comenta plano de política industrial alemão, que pode levar a medidas protecionistas: 'pode causar uma perturbação enorme das cadeias de valor'.
Monica de Bolle afirma que a história de que o presidente dos EUA está interessado em fazer com que o líder da Coreia do Norte para seu programa nuclear é conversa para boi dormir. 'O que o Trump de fato quer é a ótica. Ele quer a percepção de que ele foi o único presidente norte-americano nas ultimas décadas que conseguiu alguma coisa da Coreia do Norte. Não importa o que é essa alguma coisa'.
Considerando um cenário em que Maduro vá embora e que seja possível ter um governo razoavelmente estável, será preciso começar o trabalho do conserto de tudo. País vive uma hiperinflação. Novo governo teria que restabelecer algum significado para os preços. A dolarização não é o caminho correto. O melhor seria não dolarizar e tentar instituir alguma moeda que tenha confiança. Algumas partes do Plano Renal poderia ser adaptável para a Venezuela.
Presidente dos EUA começou falando sobre unidade, mas seguiu pela linha dura que tem adotado desde o princípio de que tem que construir o muro na fronteira. Na avaliação de Mônica de Bolle, semana que vem será bem dramática. Ou haverá novo fechamento do governo ou Trump declarará emergência nacional para poder usar recursos para construir o muro, passando por cima do Congresso.
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