F(r)icções | Ensaios de Cinema

Tomando as possibilidades de leitura entre as palavras ‘fricções’ e ‘ficções’, a revista F(r)icções trata sobre cinema e audiovisual, investindo no pensamento crítico sobre a imagem cinematográfica como um jogo entre pensamentos, formas e visões de mundo. Com apresentação do roteirista e pesquisador Márcio Andrade, o podcast F(r)icções integra os dossiês multimídia da revista homônima, que incluem ensaios, lives e video-ensaios. Saiba mais em friccoes.com Realização - Combo Multimídia

F(r)icções - Módulo Fabular | Ilhas de Calor (AL)

Esse podcast resultou do workshop F(r)icções - Laboratório de Ensaios de Cinema, ministrado por Márcio Andrade, editor-chefe da revista F(r)icções, que possui os módulos Olhar (voltado para produção de textos), Fabular (para produção de podcast) e Imaginar(-se) (para produção de vídeo). No módulo Fabular, os participantes foram estimulados a se dividir em grupos e produzir podcasts sobre curtas-metragens distintos, recebendo orientações sobre a escrita de roteiro, gravação e edição, além de aspectos teóricos em torno da linguagem cinematográfica e das teorias e histórias da crítica. Nesse episódio, Danielle Borges, Janaína Souza e João Vitor debatem sobre o curta alagoano 'Ilhas de Calor', de Ulisses Arthur. 

03-10
12:40

F(r)icções - Módulo Fabular | Ciranda Feiticeira (PE)

Resultado do módulo Fabular do F(r)icções – Laboratório de Ensaios de Cinema, o podcast produzido por Ângelo César (MG), Eduardo Santos (RJ), Fábio Marques (GO), Fátima Oliveira (PE) e Rita Carnevale (SP) traz uma análise sobre o curta-metragem ‘Ciranda Feiticeira’ (PE), dirigido por Lula Gonzaga e Tiago Delácio.   Ao longo do episódio, os participantes refletem sobre a riqueza da animação e suas experiências diante da animação. Ministrado pelo realizador, educador e pesquisador multimídia Márcio Andrade e pela cineasta, roteirista e editora de áudio Priscila Nascimento, o módulo Fabular explorou formatos de produção de conteúdo sobre cinema em podcast (como crítica, entrevista e documentário). As atividades práticas envolveram as etapas de produção sonora (do roteiro à edição) e, ao longo dos encontros, os participantes foram criando seus próprios podcasts sobre curtas-metragens que integraram a programação da 9ª MARÉ - Mostra de Cinema Ambiental da Cidade do Recife. Equipe F(r)icções Idealização Geral - Márcio Andrade Docentes (Módulo Fabular) - Márcio Andrade e Priscila Nascimento Produção - Janaína Guedes Coordenação Pedagógica - Amanda Ramos Assessoria de Imprensa - Márcio Bastos Edição de Materiais Gráficos - Rodrigo Sarmento Edição de Vídeos - Letícia Barros Motion Design - Arthur Carvalho Acessibilidade (AD) - Túlio Rodrigues e Thaís Lima Realização - Combo Multimídia Incentivo - Funcultura

11-19
16:19

06 | Super OARA e os tempos da cidade e da natureza (com Sérgio Oliveira)

Continuamos o dossiê Fábulas do Presente com o podcast 'Super OARA e os tempos da cidade e da natureza'. Nele, nosso editor-chefe, Márcio Andrade, tem um papo com o roteirista e diretor Sérgio Oliveira (PE), que aborda sua filmografia, especialmente as relações entre a fábula e os aspectos políticos no filme 'Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos' (2016). Com a Aroma Filmes (que divide com Renata Pinheiro), Sérgio vem realizando curtas como 'Schenberguianas', 'Faço de mim o que quero', Praça Walt Disney' e integrando a equipe de longas como 'Açúcar', 'Amor, Plástico e Barulho' e 'Carro Rei'.   Nesse programa, partimos do tom fabular que atravessa o filme 'Super OARA' para pensar nos atravessamentos políticos que podem ser pensados nas formas de ver e imaginar a cidade.  Nas fábulas tradicionais,  os animais são personagens antropomorfizados que funcionam como bússolas morais, mas, nesse filme, eles criam um contraponto ao modo como nós, humanos, nos organizamos e desenvolvemos como sociedade ___________________________ Ficha Técnica Roteiro | Apresentação - Márcio Andrade Entrevistado - Sérgio Oliveira Edição - Priscila Nascimento Realização - Combo Multimídia Produção - Tarrafa Produtora Incentivo - Lei Aldir Blanc (Governo do Estado de Pernambuco)

06-27
35:22

05 | Era uma vez no spaghetti western (e no cinema de horror)

Continuamos o dossiê Fábulas do Presente com o podcast 'Era uma vez no spaghetti western (e no cinema de horror)'. Nele, nosso editor-chefe, Márcio Andrade, tem um papo com o professor e pesquisador Rodrigo Carreiro (UFPE), que aborda suas pesquisas em torno do cinema de gênero (com recorte no western e no horror) e de sonoridades. Autor dos livros "Era uma vez no spaghetti western: o estilo de Sergio Leone" (Editora Estronho, 2014), "A pós-produção de som no audiovisual brasileiro" (Marca de Fantasia, 2019), organizador do livro-texto "O som do filme: uma introdução" (EdUFPR/EdUFPE, 2018). Nesse programa, a entrevista com Rodrigo serve ponto de partida para pensarmos alguns aspectos do cinema de gênero (no caso, o western) em seus contextos sociais e políticos – e como eles vão se transformando ao longo da sua trajetória. As pesquisas dele esbarram nos interesses do nosso dossiê ao nos permitir pensar em como as relações entre a fábula, a imaginação nem sempre estão tão descolados dos desejos de real no nosso consumo da ‘realidade’. ___________________________ Ficha Técnica Roteiro | Apresentação - Márcio Andrade Entrevistado - Rodrigo Carreiro Edição - Priscila Nascimento Realização - Combo Multimídia Produção - Tarrafa Produtora Incentivo - Lei Aldir Blanc (Governo do Estado de Pernambuco)

06-09
40:36

04 | Cinema(s) negro(s) como espaço de fabulação e resistência

Hoje, finalizamos o dossiê Estilhaços de Violências e Resistências com o podcast 'Cinema(s) negro(s) como espaço de fabulação e resistência. Nele, nosso editor-chefe, Márcio Andrade, tem um papo com a pesquisadora, professora e curadora Tatiana Carvalho Costa (MG), que aborda a perspectiva decolonial como um exercício de curadoria e produção de resistência a apagamentos sistêmicos e violências epistêmicas.  A partir de seu trabalho na Mostra de Cinema de Tiradentes, Tatiana fala sobre como ela percebe essas leituras a partir do recorte do cinema negro que ela vem pesquisando nos últimos anos. Nesse recorte, pensamos sobre como os cinemas negro, indígena, LGBTQIA+ vêm tomando o espaço da imagem para criar suas próprias existências fora dos contextos estruturais e simbólicos de opressão política. ___________________________ Ficha Técnica Roteiro | Apresentação - Márcio Andrade Entrevistada - Tatiana Carvalho Costa Edição - Priscila Nascimento Realização - Combo Multimídia Produção - Tarrafa Produtora Incentivo - Lei Aldir Blanc (Governo do Estado de Pernambuco)

05-11
37:56

03 | Da violência como luto e libertação do desejo

Nesse programa, tratamos dos atravessamentos entre as imagens de violência e o corpo que deseja. Nosso editor-chefe, Márcio Andrade, entrevista a roteirista, pesquisadora, professora e diretora Ana Johann, para abordar os processos de criação sobre seu filme mais recente, A mesma parte de um homem, que participou da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes e saiu do evento premiado com o Troféu Helena Ignez. Roteirista e cineasta, a jornalista é especialista em documentário pela Universidade de Barcelona e Mestra em Comunicação e Linguagem pela Universidade Tuiuti (PR). Realizou filmes como ‘De Tempos em Tempos’, ‘Abaixo do Céu’, ‘Um Filme Para Dirceu’, ‘O que nos olha’ e ‘Notícias da Rainha’, que passaram por importantes estivais no Brasil e exterior A partir desse filme, abordaremos como o corpo se torna matriz das conexões com o próprio desejo e com os gestos de violência. ___________________________ Ficha Técnica Roteiro | Apresentação - Márcio Andrade Entrevistada - Ana Johann Edição - Priscila Nascimento Realização - Combo Multimídia Produção - Tarrafa Produtora Incentivo - Lei Aldir Blanc (Governo do Estado de Pernambuco)

04-21
30:15

F(r)icções - Módulo Fabular | Atrito (PB)

Estamos finalizando as publicações dos podcasts resultantes do workshop F(r)icções - Laboratório de Ensaios de Cinema, ministrado por @marcioh.andrade, editor-chefe da revista F(r)icções. Esse workshop foi dividido em três módulos - Olhar (voltado para produção de textos), Fabular (para produção de podcast) e Imaginar(-se) (para produção de vídeo). No módulo Fabular, os participantes foram estimulados a se dividir em grupos e produzir podcasts sobre curtas-metragens distintos. Nesse processo, receberam orientações sobre a escrita de roteiro, gravação e edição, além de aspectos teóricos em torno da linguagem cinematográfica e das teorias e histórias da crítica. Nesse episódio, Simone Mamede (MS), Norlan Silva (DF) e Beatriz Ohana (GO) debatem sobre o curta paraibano Atrito, de Diego Lima.

03-12
17:33

F(r)icções - Módulo Fabular | Rosário (PE)

Estamos continuando as publicações dos podcasts resultantes do workshop F(r)icções - Laboratório de Ensaios de Cinema, ministrado por Márcio Andrade, editor-chefe da revista F(r)icções. Esse workshop foi dividido em três módulos - Olhar (voltado para produção de textos), Fabular (para produção de podcast) e Imaginar(-se) (para produção de vídeo). No módulo Fabular, os participantes foram estimulados a se dividir em grupos e produzir podcasts sobre curtas-metragens distintos. Nesse processo, receberam orientações sobre a escrita de roteiro, gravação e edição, além de aspectos teóricos em torno da linguagem cinematográfica e das teorias e histórias da crítica. Nesse episódio, Giselle Araújo (PE), Marcelo Cruz (SP) e Salatiel Cícero (PE) debatem sobre o curta pernambucano Rosário, de Juliana Soares e Igor Travassos.

03-11
17:04

02 | O documentário e as potências do (an)arquivo

Nesse segundo programa, tratamos dos atravessamentos entre o cinema documentário e as imagens de arquivo. Nosso editor-chefe, Márcio Andrade, entrevista o professor e pesquisador Marcelo Ribeiro, da UFBA, para falar um pouco sobre suas pesquisas em torno do arquivo, da memória e a relação com o documentário. Coordenador do grupo de pesquisa Arqueologia do sensível e membro do Laboratório de Análise Fílmica, Ribeiro desenvolve e orienta pesquisas sobre imagem, história e direitos humanos. Doutor em Arte e Cultura Visual (UFG) e fundador, autor e editor do incinerrante (incinerrante.com) e autor do livro ‘Do inimaginável’, lançado em 2019 pela editora UFG. ___________________________________ Ficha Técnica Roteiro, Apresentação e Edição - Márcio Andrade Entrevistado - Marcelo Ribeiro Realização - Combo Multimídia Produção - Tarrafa Produtora Incentivo - Lei Aldir Blanc (Governo do Estado de Pernambuco)

02-26
29:34

18 | Uma casa, um mundo – Berliner, McElwee e Mekas e olhar micro-histórico sobre o documentário autobiográfico

Neste episódio, o editor-chefe da F(r)icções, Márcio Andrade, recebe o pesquisador espanhol Efrén Cuevas, uma das principais referências mundiais no estudo do documentário autobiográfico, dos filmes de família e do arquivo doméstico. A conversa atravessa a obra de três cineastas fundamentais — Alan Berliner, Ross McElwee e Jonas Mekas — para pensar como a vida íntima, os gestos cotidianos e a memória familiar se transformam em matéria cinematográfica. Cuevas revisita o papel das imagens caseiras, o surgimento do filme-diário, a força dos registros pessoais como disputa de sentido histórico e o conceito de “documentário micro-histórico”, que propõe que grandes transformações podem ser percebidas nos pequenos detalhes das vidas comuns. ______________________Roteiro e Apresentação - Márcio AndradeEdição - Priscila NascimentoProdução - Janaína GuedesCoordenação Geral - Márcio AndradeRealização - Combo MultimídiaIncentivo - Lei Paulo Gustavo – Edital Geraldo Pinho (Prefeitura do Recife)________________________ReferênciasCuevas, Efrén y Carlos Muguiro (eds.), El hombre sin la cámara. El cine de Alan Berliner / The Man without the Movie Camera: The Cinema of Alan Berliner, Ediciones Internacionales Universitarias, Madrid, 2002. Cuevas, Efrén, “The Immigrant Experience in Jonas Mekas’s Diary Films: A Chronotopic Análisis of Lost, Lost, Lost”, Biography, vol. 29, n. 1, winter 2006, pp. 55-73._____________ (ed.), La casa abierta. El cine doméstico y sus reciclajes contemporáneos, Colección Textos Documenta, Ocho y Medio, Madrid, 2010. _____________. Cycles of Life: El cielo gira and Spanish Autobiographical Documentary. In: LEBOW, Alisa (org.). The Cinema of Me: The Self and Subjetivity in First Person Documentary. New York: Columbia University Press, 2012._____________. Home Movies as Personal Archives in Autobiographical Documentaries. Studies in Documentary Film, vol. 17, n. 1, 2013, pp. 17–29

12-02
46:40

17 | Do familiar ao obsceno – Alfabeto Sexual entre a autoficção e imagem pornográfica

Neste episódio, o editor-chefe da F(r)icções, Márcio Andrade, mergulha na obra e no pensamento de André Medeiros Martins, performer, ator e autoficcionista que investiga o corpo, o desejo e a pornografia como dispositivos de criação. Partindo de filmes como “Alfredo não gosta de despedidas” e “Alfabeto Sexual”, discutimos como práticas íntimas, rituais performativos e registros cotidianos transformam-se em narrativas capazes de questionar limites entre documentário, ficção, exposição e fabulação. A conversa atravessa temas como nudes, selfies, escrita de si, pornografia online, performance, memória familiar e a potência do corpo como método de pesquisa e invenção artística. Um episódio para quem deseja refletir sobre o íntimo como acontecimento político, estético e existencial._________________________Roteiro e Apresentação - Márcio AndradeEdição - Priscila NascimentoProdução - Janaína GuedesCoordenação Geral - Márcio AndradeRealização - Combo MultimídiaIncentivo - Lei Paulo Gustavo – Edital Geraldo Pinho (Prefeitura do Recife)__________________________ReferênciasBRASIL, André. Formas de vida na imagem: daindeterminação à inconstância. In Revista FAMECOS, v. 17, nº 3, set/dez 2010,pp. 190-198.SIBILIA, Paula. La espectacularización del yo. Elmonitor de la Educación. Buenos Aires, p.34 - 37, 2008ODIN, Roger (org). Le film de famille: usage privé,usage public. Paris: Méridiens Klincksieck, 1995.FELDMAN,Ilana. Jogos de cena: Ensaios sobre o documentário brasileiro contemporâneo.Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação daEscola de Comunicação e Artes - ECA, Universidade de São Paulo – USP. SãoPaulo, 2012. 162p.SILVA, Mariana Duccini. Ponto de vista a(u)torizado:composições de autoria no documentário brasileiro contemporâneo. Tese(Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Escola deComunicação e Artes - ECA, Universidade de São Paulo – USP. São Paulo, 2013.239p.

12-02
53:01

16 | Do ser como invenção compartilhada – O real e o fabulado nos filmes de Allan Ribeiro

Neste episódio do podcast F(r)icções, o pesquisador Márcio Andrade entrevista o cineasta Allan Ribeiro, cujos filmes borram as fronteiras entre o documentário e a ficção, o íntimo e o coletivo, a imagem e o gesto. A partir de encontros com artistas, performers e personagens reais – como no curta O Clube (2014) ou nos longas Esse amor que nos consome (2012) e Mais do que eu possa me reconhecer (2015) – Allan constrói um cinema em que o autor é também cúmplice e personagem. Conversamos sobre os modos de escrita de si presentes em sua filmografia, atravessando temas como performance, autorrepresentação, envelhecimento, amizade, fabulação e invenção. Em destaque, discutimos ainda seus filmes mais recentes O dia da posse (2021), Eu fui assistente de Eduardo Coutinho (2023) e seu projeto sobre a passagem de Madonna pelo Brasil, que colaboram para pensarmos a autoficção como gesto compartilhado de fabulação do real._________________________Roteiro e Apresentação – Márcio AndradeEntrevistado – Allan RibeiroEdição – Priscila NascimentoProdução – Janaína GuedesCoordenação Geral – Márcio AndradeRealização – Combo MultimídiaIncentivo – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura

07-10
35:34

15 | Eus em Série – Das autoficções em I may destroy you, Better Things e outras dramédias contemporâneas

Neste episódio do podcast F(r)icções, o pesquisador Márcio Andrade entrevista o pesquisador João Pedro Pinho, que analisa o fenômeno das séries semiautobiográficas como expressão das novas formas de escrita de si nas narrativas televisivas contemporâneas. Em diálogo com obras como I May Destroy You, Better Things, Girls, Louie, Seinfeld e Master of None, a conversa percorre os territórios híbridos da autoficção, explorando as fronteiras entre o vivido e o encenado, o íntimo e o coletivo.João propõe o conceito de “semiautobiografias ultrapersonalistas” para descrever um conjunto de produções em que autoras e autores constroem versões ficcionais de si mesmos, tensionando as noções de autoria, identidade e autenticidade. A partir de um mapeamento que identificou mais de 90 séries semiautobiográficas produzidas entre 2000 e 2020, João analisa como o gênero da dramédia se tornou um espaço privilegiado para experimentações narrativas, especialmente com o esgarçamento da sitcom tradicional. O episódio também reflete sobre a crescente contaminação entre ficção e documentário, apontando para obras como O Ensaio, de Nathan Fielder, e How to with John Wilson, que radicalizam a performatividade do “eu” em contextos não ficcionais, pensando a autoficção como linguagem do risco e da hesitação._____________________________Roteiro e Apresentação – Márcio AndradeEntrevistado – João Pedro PinhoEdição – Priscila NascimentoProdução – Janaína GuedesCoordenação Geral – Márcio AndradeRealização – Combo MultimídiaIncentivo – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura

07-10
53:48

14 | Deslembrar ou Desesquecer – Dos movimentos do arquivo pessoal às memórias em um corpo coletivo

Neste episódio do podcast F(r)icções, o pesquisador Márcio Andrade entrevista Abiniel Nascimento, artista que compartilha sua trajetória poética e política com os arquivos, a memória e a arte contemporânea. A conversa atravessa suas vivências na zona rural de Carpina, onde os álbuns de fotografia da avó serviram como um primeiro campo de fabulação, e alcança seus trabalhos mais recentes, que tensionam os limites do que pode ser considerado documento, história, prova, presença.Ao longo do episódio, acompanhamos como sua formação em museologia provocou rupturas e ressignificações: o arquivo, que antes parecia neutro e objetivo, passa a ser questionado em sua função colonial de apagar, domesticar e silenciar. Abiniel narra o surgimento de obras como Exercício de Arquivo e Aracá, em que a memória aparece menos como registro e mais como experiência encarnada, gesto performativo, reverberação ancestral. Fabulação, silêncio, apagamento, presença. Em diálogo com pensadores como Georges Didi-Huberman, este episódio propõe pensar os arquivos não como repositórios fechados, mas como territórios em disputa, campos de força, imagens que tremem.__________________________Roteiro e Apresentação – Márcio AndradeEntrevistado/a – Abiniel NascimentoEdição – Priscila NascimentoProdução – Janaína GuedesCoordenação Geral – Márcio AndradeRealização – Combo MultimídiaIncentivo – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura

07-10
35:17

13 | O íntimo é político – Sobre Olga Futemma e as histórias do documentário no Brasil

Neste episódio do podcast F(r)icções, o pesquisador Márcio Andrade conversa com a pesquisadora Hanna Esperança sobre sua investigação acerca das cineastas brasileiras que, desde os anos 1980, vêm inscrevendo suas histórias pessoais, afetivas e familiares no campo do documentário. O ponto de partida é a obra da realizadora nipo-brasileira Olga Futemma, mas a conversa se expande para um olhar crítico sobre os modos de narrar o país a partir da primeira pessoa — um gesto que desestabiliza as lógicas tradicionais do documentário social.Entre relatos de pesquisa e atravessamentos pessoais, Hanna narra o percurso que a levou a esse campo: da experiência como realizadora do curta ViajoSola ao mergulho nos filmes e roteiros não filmados de Olga Futemma. Com referências a filmes como Meninas de um outro tempo (1983, Maria Inês Villares), Um Passaporte Húngaro (2001, Sandra Kogut), Os dias com ele (2013, Maria Clara Escobar) e os curtas Retratos de Hideko (1981) e Chá Verde e Arroz (1989), ambos de Olga Futemma, o episódio destaca os modos de enunciação construídos por mulheres cineastas e defende o íntimo como ponto de encontro entre disputas políticas e estéticas.___________________________Roteiro e Apresentação – Márcio AndradeEntrevistada – Hanna EsperançaEdição – Priscila NascimentoProdução – Janaína GuedesCoordenação Geral – Márcio AndradeRealização – Combo MultimídiaIncentivo – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura

07-10
43:12

12 | Virgindade, Fim de Tarde e as infâncias LGBTQIAPN+

Neste episódio do podcast F(r)icções, o pesquisador Márcio Andrade entrevista com o cineasta, quadrinista, educador e pesquisador Chico Lacerda, que revisita as múltiplas formas de inscrição da primeira pessoa em suas obras audiovisuais e gráficas. Em diálogo com os filmes experimentais de Su Friedrich e com as HQs autobiográficas de Alison Bechdel, Lacerda compartilha suas estratégias para tensionar memórias íntimas e coletivas a partir de uma perspectiva dissidente.A conversa gira em torno do curta Virgindade (2015), em que o diretor narra, em voz própria, episódios de sua infância e adolescência ligados à descoberta do desejo homoafetivo, articulando relatos pessoais a imagens documentais da cidade do Recife. O episódio também aborda a trilogia em quadrinhos Fim de Tarde, publicada pelo selo O Grito! HQ, na qual Chico se debruça sobre as tensões entre autodescoberta, sexualidade e aceitação familiar, recriando um mesmo universo de lembranças sob outro regime de linguagem. Entre reflexões sobre estética, política e linguagem, o episódio destaca o papel das escritas de si como ferramentas de partilha e como práticas que desafiam normas de representação.______________________________Roteiro e Apresentação – Márcio AndradeEntrevistado – Chico LacerdaEdição – Priscila NascimentoProdução – Janaína GuedesCoordenação Geral – Márcio AndradeRealização – Combo MultimídiaIncentivo – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura

07-10
36:38

11 | Encruzilhadas e Fabulações - Autoetnografias periféricas e as escritas (coletivas) de si

Neste episódio do podcast F(r)icções, o pesquisador Márcio Andrade entrevista a comunicadora, artista, pesquisadora e mãe Luz Mariana Blet, que compartilha sua trajetória marcada pela articulação entre arte, ativismo e pesquisa, com especial atenção às práticas autoetnográficas desenvolvidas em contextos periféricos. A partir de sua experiência com o Coletivo Crua, criado em 2013 no Rio de Janeiro, Luz reflete sobre o cinema como escrita de si e de seus territórios, pensando um cinema de rua, de encruzilhada, que nasce do desejo de comunicar e fabular a partir da experiência negra e periférica. O curta Onã, realizado pelo coletivo, torna-se ponto de partida para discutir os atravessamentos entre memória, religiosidade, oralidade e performance como potência estética e política. Já no contexto do doutorado em Antropologia Social (UFSC), Luz participa da criação do Coletivo Panelinha e do filme É Preciso Aprender a Voltar para Casa, que articula performance, ancestralidade e etnografia como formas de narrar o reencontro de um homem negro com sua história e com os objetos de memória da diáspora. A conversa percorre os caminhos da escrevivência, da etnoficção e da etnofabulação como gestos que insurgem contra as lógicas hegemônicas de saber e representação.__________________________Roteiro e Apresentação – Márcio AndradeEntrevistada – Luz Mariana BletEdição – Priscila NascimentoProdução – Janaína GuedesCoordenação Geral – Márcio AndradeRealização – Combo MultimídiaIncentivo – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura

07-10
37:06

10 | Thyniá e Mar de Dentro - Ou do gesto de rasurar arquivos e reescrever a memória

Neste episódio do podcast F(r)icções, o pesquisador Márcio Andrade conversa com a artista visual, realizadora e diretora de arte Lia Letícia, que compartilha suas práticas e atravessamentos criativos no campo expandido das imagens de si. A conversa parte de sua trajetória marcada por trânsitos entre linguagens (da performance à videoarte, da direção de arte ao cinema experimental) para abordar como seus trabalhos articulam corpo, memória e arquivo como territórios de invenção e disputa.A partir dos filmes Thyniá (2019) e Mar de Dentro (2021), Lia Letícia propõe um cinema que tensiona os modos hegemônicos de narrar a história, recombinando imagens de arquivo, textos coloniais, vozes negras e indígenas e experiências racializadas. Fabulação, escuta e errância são os princípios de uma linguagem que se recusa ao fechamento e que assume a indisciplina como força política e poética. Sua obra, como discutido no episódio, se aproxima do gesto de cineastas como Rithy Panh e Rodrigo Ribeiro, ao transformar a ausência dos corpos, das vozes, das imagens apagadas em matéria sensível para um cinema de evocação crítica._____________________________Roteiro e Apresentação – Márcio AndradeEntrevistada – Lia LetíciaEdição – Priscila NascimentoProdução – Janaína GuedesCoordenação Geral – Márcio AndradeRealização – Combo MultimídiaIncentivo – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura

07-10
47:09

09 | Arquivos da Ausência – Das rasuras da memória ao ensaio como invenção

Neste episódio do podcast F(r)icções, o pesquisador Márcio Andrade conversa com a pesquisadora e realizadora Carolina Gonçalves sobre as potências criativas da ausência no cinema autobiográfico. A partir de sua trajetória entre a prática artística e a pesquisa acadêmica, Carolina compartilha o processo de construção de sua tese de doutorado, que articula memória, luto e imagens de arquivo no filme-ensaio. Em meio à descoberta de um rolo de Super-8 que não revela as imagens esperadas de seu pai falecido, emerge a pergunta que guia sua investigação: o que fazer diante da imagem que falta?Ao longo da conversa, discutimos como a linguagem do ensaio permite lidar com fragmentos, lacunas e hesitações, transformando a falta em gesto de criação. Carolina comenta também sua análise de filmes como Histórias que Contamos (2012, Sarah Polley), Coração de Cachorro (2015, Laurie Anderson) e Teatro de Guerra (2018, Lola Arias), refletindo sobre fabulação, subjetividade e os atravessamentos entre ficção, documentário e autobiografia.Entre vozes, arquivos e afetos, o episódio propõe o ensaio como um modo de escutar o que ainda não tem forma — e de habitar o intervalo entre o visível e o invisível._________________________________Roteiro e Apresentação – Márcio AndradeEntrevistada – Carolina GonçalvesEdição – Priscila NascimentoProdução – Janaína GuedesCoordenação Geral – Márcio AndradeRealização – Combo MultimídiaIncentivo – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura

07-10
41:11

08 | Do si como encontro com o outro – Das cartas fílmicas ao documentário autobiográfico em Limiar

Neste episódio do podcast F(r)icções, o pesquisador Márcio Andrade entrevista a documentarista e pesquisadora Coraci Ruiz, que compartilha sua trajetória e suas experiências com o cinema de si, refletindo sobre as implicações éticas, estéticas e políticas do gesto de narrar a própria vida e a vida daqueles que estão ao redor. A conversa atravessa duas linhas fundamentais da sua obra: o uso das cartas fílmicas como dispositivo de criação documental e a construção do documentário autobiográfico como prática relacional, como é o caso do longa Limiar (2020).Coraci revisita seu percurso desde os primeiros experimentos com videocartas nos anos 2000 até a pesquisa acadêmica sobre documentários autobiográficos realizados por mulheres. Ao tratar das cartas audiovisuais (como em Saudade: Videocartas para Cuba e Cartas para Angola), a autora explora a potência poética e dialógica dessas formas narrativas, entendendo-as como pontes entre sujeitos distantes, dispositivos de escuta e troca. Já em Limiar, filme que acompanha o processo de transição de gênero de seu filho adolescente, a cineasta se lança numa travessia íntima e política, em que a câmera torna-se mediadora de afeto, descoberta e reinvenção.________________________Roteiro e Apresentação – Márcio AndradeEntrevistada – Coraci RuizEdição – Priscila NascimentoProdução – Janaína GuedesCoordenação Geral – Márcio AndradeRealização – Combo MultimídiaIncentivo – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura

07-10
41:42

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