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[:pt]Cláudio Pannuti, professor da Faculdade de Odontologia, diz que as doenças da gengiva são silenciosas, isto é, não doem e normalmente não incomodam o paciente.
Nesta edição do Boletim Saúde Bucal, o assunto é periodontite, uma doença inflamatória que afeta a gengiva e o osso que segura os dentes. De acordo com o livro Guinness de Recordes Mundiais, a doença periodontal é a doença mais comum do mundo. Por exemplo, no Brasil, 99% das pessoas têm algum tipo de doença periodontal. Existem duas formas de doença periodontal: gengivite e periodontite. A gengivite é a forma inicial da doença periodontal, e afeta apenas a gengiva. É caracterizada por sangramento da gengiva, que pode ocorrer, por exemplo, quando a pessoa escova os dentes.
As doenças periodontais são causadas por diversos fatores. O principal causador é o acúmulo de bactérias na superfície dos dentes, que por sua vez é consequência da má higiene bucal. Alguns fatores podem acelerar o avanço da periodontite. Por exemplo, pacientes que fumam perdem o osso em um ritmo bem mais acelerado que os pacientes que não fumam. Consequentemente, fumantes perdem mais dentes do que não fumantes. Por isso, é importante manter bons hábitos de saúde, tais como ter uma boa higiene bucal, alimentação saudável e não fumar, para prevenção das doenças periodontais.
As doenças da gengiva são silenciosas, isso é: não doem e normalmente não incomodam o paciente. Isso é um problema, pois o autodiagnóstico é prejudicado. O paciente só começa a perceber a periodontite quando ela está em estágio muito avançado, isto é, quando os dentes estão com perda óssea grave e já estão com bastante mobilidade. A doença periodontal pode ter impacto na qualidade de vida do paciente. Por exemplo, os dentes com mobilidade podem afetar a mastigação do paciente. A perda de dentes causada pela periodontite também prejudica a mastigação e até mesmo a fala do paciente.
Além disso, algumas pesquisas mostram que pessoas que têm periodontite podem ter mais chance de desenvolver outras doenças, como doenças do coração, respiratórias, diabetes, etc. Isso acontece por que as bactérias que estão no dente, abaixo da gengiva, podem passar para a corrente sanguínea e serem transportadas para outros locais do corpo, como coração, cérebro, fígado, vasos sanguíneos de grande porte, etc. Nestes locais, podem provocar uma inflamação local, que pode resultar nas doenças mencionadas acima.[:]The post [Odontologia no Ar] Cerca de 99% da população brasileira sofre com problemas na gengiva first appeared on FOUSP Podcasts.
Felizmente, nas últimas décadas, temos observado uma diminuição na prevalência dos índices de cárie dental. Ao mesmo tempo, observamos o aumento da longevidade de vida das pessoas, que acabam mantendo seus dentes por mais tempo na boca. Além disso, os hábitos e o estilo de vida da população mudaram consideravelmente. A erosão dental faz parte de um grupo de outros defeitos dentais chamados de lesões não cariosas. Muita atenção deve ser dada para o fato de que as lesões não cariosas são doenças contemporâneas, com relação direta com o nosso estilo de vida.
Como acontece a erosão dental? Fatores biológicos, comportamentais e químicos interagem com a superfície do dente, e, ao longo do tempo, tanto podem desgastar, ou mesmo proteger, dependendo de seu equilíbrio. A interação de todos esses fatores é fundamental e ajuda a explicar por que alguns indivíduos apresentam mais erosão do que outros, mesmo que estejam expostos a exatamente aos mesmos desafios ácidos em suas dietas.
A necessidade individual de tratamento depende da etiologia, do desconforto do paciente, da extensão e da profundidade da lesão. Controle da dieta com a redução no consumo de alimentos ácidos, remoção de hábitos deletérios devem ser instituídos. Muitas vezes, esse passo é difícil, pois necessita da colaboração do paciente.
Terapias como a aplicação tópica de flúor, mastigação de gomas de mascar sem açúcar para estimular o fluxo salivar após o consumo de alimentos ácidos, consumo de bebidas modificadas com reduzido potencial erosivo são algumas medidas que podem reduzir a progressão da erosão dental. Pastas menos abrasivas e a diminuição da força na escova durante a escovação, além do uso de escovas de cerdas macias, e esperar 30 a 60 minutos após consumo de bebidas ácidas para escovar os dentes também são recomendaçõesThe post [Odontologia no Ar] Erosão dental, o mal da era moderna first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]Entrevistadora: Dr. Paulo Rédua, como você resumiria o sucesso do Odontopediatra no consultório?
Dr. Paulo Rédua: A odontopediatria ela mudou muito nos últimos anos em função do perfil das mães, das necessidades de tratamento. A primeira coisa que você tem que ter é um projeto. Esse projeto hoje, ele deve ser direcionado a qualidade de atendimento. As mães de hoje querem ser bem atendidas. As mães de hoje querem que seus filhos não tenham cárie. Então, você precisa ter um programa no consultório de educação para as mães. Convencê-las de que o produto manutenção, além de ser bom para a saúde da criança, economicamente também é muito melhor, porque muito mais barato fazer prevenção do que fazer tratamento. Para você ter esse projeto você tem que estudar. Então você se formar, fazer sua pós-graduação, investir em conhecimento, em congressos, em cursos, em revistas. Você hoje tem que ficar atualizado. Se você não se atualizar o mercado vai pegar e destruir você. O mercado ele é cruel. Você precisa ter competência. Hoje as mídias, instagram, facebook, força você a ter uma proposta, você tem que ter alguma coisa que a pessoa procure e veja que você existe, que você tem competência. Então você tem uma maneira de divulgar, de maneira honesta, o consultório, você mostrar que está se atualizando. Ou seja, de maneira resumida: você precisa ter um projeto, esse projeto tem que ser voltado para a promoção de saúde, você tem que estar atualizado na mídia, você tem que estar incorporado nas necessidades das mães de hoje. É mais ou menos isso aí.[:]The post Interface com a Clinica Privada first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]Dra. Tatiana Flores: Existe luz no fim do túnel para o Odontopediatra do Sistema Público:
Existe, sim! A gente precisa primeiro ter esperança em ter um atendimento bom e completo, e segundo usar os exemplos né. Várias cidades já usam o odontopediatra no centro de especialidade. E aí, se a gente tiver trabalhos que mostrem que os resultados são melhores, e cada vez mais a necessidade desse especialista no centro de especialidade, então a gente vai ter luz no fim do túnel, sim. A gente consegue tanto mobilizar os dentistas da atenção básica, para ter um olhar melhor para o paciente infantil, quanto fazer com que e eles saibam indicar, e mostrem aos gestores as limitações deles como clínico gerais, e a diferença do paciente que se é possível fazer procedimento mais simples, o paciente que deixa tratar, e a necessidade do especialista, então tanto os centros de pesquisas, as Universidades fazendo trabalhos, quanto os colegas da atenção básica, mostrando aos gestores a necessidade desse especialista, então essa é a luz no fim do túnel, e ai a gente vai assim conseguir chegar em todas as cidades lá no centro de especialidade para melhor atender os pacientes infantis.[:]The post Interface com o Serviço Público first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]”-Professor Botazzo, além do bom senso e da ética, quais seriam as demais qualidades de um bom gestor?”
“-Ah eu penso que, além do bom senso e da ética, um bom gestor ele deve ter uma formação ampla, não apenas multi, ele deve ter um sentido interdisciplinar, isto é uma questão básica hoje, ela sempre foi, mas hoje é uma questão fundamental, não apenas você conhecer a disciplina do seu campo de atuação mas você conhecer disciplinas correlatas, você poder fazer essa navegação, esse deslizamento em relação a outros campos do conhecimento essa é uma questão fundamental e ai entra não apenas disciplinas técnicas mas hoje se discute inclusive o ensino das ciências sociais e humanas, das humanidades, como sendo algo fundamental na formação de um bom gestor.
Outro tópico que me ocorre comentar é a questão da criatividade, a criatividade fica parecendo pra muita gente que é apenas uma coisa dos artistas mas a capacidade imaginativa está por trás de todos os processos novos de processos humanos, entendeu? A imaginação tem um papel na ciência, não apenas na arte, um pesquisador sem imaginação é um pesquisador com recursos muito pequenos no ponto de vista da subjetividade, na gestão também por exemplo, os processos de gestão tem que ser processos criativos então a criatividade é uma outra das atribuições, dos componentes do bom gestor, entendeu?
A inovação, quer dizer, se você tem uma formação ampla, multidisciplinar, interdisciplinar, se você é criativo a inovação quase que decorre, você naturalmente você tem então processos inovadores, a impulsão essa pulsão de criar, de inventar, está na base da inovação nos processos gerenciais e nos processos de criação dentro de empresas tanto no setor público quanto no setor privado, então a impulsão, que é característica do gestor que aceita desafios, que cria e que inova.
A flexibilidade eu acho que é uma outra característica de um bom gestor porque se você tem essa formação ampla, se você tem criatividade e tem inovação, você vai ter a autonomia também, e essa flexibilidade é importante, a rigidez eu diria que é inimiga do bom gestor.
E por último sentido de justiça e esta vocação democrática, a gestão democrática é superior eu diria a uma gestão rígida, uma gestão autoritária, uma gestão que não permite, porque, se o gestor tem uma formação ampla, se ele é criativo, se ele é inovador, se ele é flexível, se ele é autónomo, então também o trabalhador tenderá a ser esta pessoa de formação ampla, inovadora, criativa, flexível. Então acho que isso é algo que enriquece e contribui para o processo gerencial como um todo”.[:]The post Interface com a Gestão do Serviço Público first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]Entrevistador: Professora Cristina Del Conte, qual é a formação ideal do Odontopediatra para trabalhar no hospital?
Dra. Cristina: A formação ideal que Odontopediatra precisa procurar são os cursos de habilitação e Odontologia hospitalar, mas eu sempre sugiro para os alunos irem além. Terminando o curso que procurem fazer estágios, que se mantenham em contato com hospital para poder vivenciar a situação hospitalar com toda a complexidade que envolve, que quanto mais experiência o profissional tiver na área mais segurança vai ter de atuação. O ambiente hospitalar é diferente do ambiente de consultório, do ambiente que está acostumado durante a formação acadêmica, da universidade. Quanto mais vivência o aluno tiver e experiência, e conseguir conhecer as diversas situações da parte hospitalar tanto do centro cirúrgico, da UTI, da complexidade dos pacientes, maior benefício ele vai ter e vai conseguir exercer melhor a sua atuação.[:]The post Interface com a Odontologia Hospitalar first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]Entrevistador: Professor Danilo Duarte, atualmente a formação em gestão acadêmica é fundamental para a formação do professor universitário?
Danilo Duarte: Sem dúvida. Eu diria que se você quer ter como profissão a formação universitária, é inexorável que você tenha uma formação acadêmica. Essa formação administrativa e a gestão acadêmica fazem parte de todo um aprendizado que, na realidade, contribui para o sucesso profissional como professor, do ponto de vista exclusivamente acadêmico. Não é possível, nos dias de hoje, admitir um professor universitário que não tenha o mínimo de conhecimento administrativo e acadêmico. Até porque essas gestões acadêmica e administrativa que oferecerão aos alunos a capacidade de reflexão a respeito de suas carreiras profissionais, tanto no sentido das atividades clínicas, como das atividades empresariais e também oferecer ao aluno a possibilidade de entender a carreira docente para que ele perpetue aquilo que você propõe, ou seja, ele seguirá os seus passos. O bom aluno, que tem um bom professor, certamente será um bom professor no futuro. Isso tudo está voltado para uma conexão entre gestão acadêmica, gestão administrativa e profissão universitária.
Resumo:
O profissional que deseja ter como profissão a formação universitária, inexoravelmente, necessita ter uma formação em gestão acadêmica e administrativa. Essa formação que ajudará o aluno a desenvolver sua capacidade de reflexão acerca de suas carreiras profissionais, como através das atividades clínicas e empresarias, além de possibilitar que o aluno conheça a carreira docente e, assim, possa também seguir a carreira acadêmica, seguindo os passos do seu professor. O bom aluno, que tiver um bom professor, certamente será um bom professor no futuro. A gestão acadêmica, a gestão administrativa e a profissão universitária estão conectadas.
[:]The post Interface com a Gestão de Faculdade Privada de Odontologia first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]As doenças crônicas não transmissíveis, como por exemplo, a doença renal crônica, diabetes e hipertensão, são cada vez mais frequentes na população brasileira, acompanhando, infelizmente, uma tendência mundial. O tratamento destas doenças custa caro ao Estado e as ações preventivas são fundamentais para evitar o crescimento epidêmico e suas drásticas consequências na qualidade de vida das pessoas.
Os dentistas são profissionais da saúde que, além de promoverem a saúde bucal, têm grande potencial para realizar rastreio das doenças crônicas não transmissíveis, e ainda, aconselhar os pacientes quanto aos fatores ambientais diretamente relacionados com o seu aparecimento e desenvolvimento. O dentistas podem e devem aconselhar, por exemplo, sobre hábitos alimentares, cessação do fumo e prática de exercícios físicos.
Ao conhecer a doença de base do seu paciente, e conduzir o tratamento odontológico adequado, o dentista vai além: não apenas promove a saúde bucal, mas certamente contribui com o bem-estar e equilíbrio geral melhorando a qualidade de vida dos indivíduos, especialmente para aqueles com doença crônica não transmissível.
Pessoas com Insuficiência Renal Crônica parecem ter um risco aumentado para doença periodontal, alterações no metabolismo ósseo e maior sangramento dependendo dos níveis de ureia. A remoção de infecção bucal é importante para a saúde geral dos pacientes. [:]The post [Odontologia no Ar] Ações preventivas são fundamentais para evitar o crescimento de doenças crônicas first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]A Prótese Bucomaxilofacial é a especialidade odontológica que se dedica ao estudo e ao tratamento de malformações, mutilações e distúrbios de desenvolvimento que afetam a região facial e oral. Essas próteses têm o objetivo de reconstruir as perdas de diversas partes da face e devolvem ao paciente o convívio social familiar.
Pacientes que perdem o céu da boca, por exemplo, deixam de se sentar à mesa com sua família e de conversar, já que sua fala fica muito comprometida. A prótese é uma alternativa para aqueles que não podem realizar cirurgia plástica, ou que após inúmeras tentativas, não alcançam resultado.
O tratamento pode ajudar crianças com fenda palatina (o céu da boca aberto) até a cirurgia ou enquanto elas usam aparelhos. Outro exemplo é a produção de dispositivos que protegem as regiões da face para pessoas que realizam terapia com radiação.
No Ambulatório de Prótese Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontolgia da USP, o tipo de mutilação mais comum é a perda do globo ocular. No caso, a prótese previne o colapso e a deformidade das pálpebras, protege a cavidade contra agentes externos e a secura, restaura a direção do fluxo lacrimal e evita o acumulo de secreção. Mas próteses de nariz, orelhas, mandíbulas, língua e maxila também são confeccionadas.
O tratamento vai além da reconstituição estética. Pacientes com esses tipos de alteração possuem normalmente um psicológico debilitado, sendo necessário tratá-lo com cuidado e sempre explicar os passos e limitações do processo.[:]The post [Odontologia no Ar] Prótese Bucomaxilofacial é uma alternativa a cirurgia plástica first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]A doença tem maior incidência na população que fuma ou ingere álcool. Tratado em fase inicial, o câncer tem maior chance de ser curado e propicia uma maior qualidade de vida ao paciente, sendo assim, a procura por ajuda não deve ser protelada
Os primeiros sintomas da enfermidade são pequenas lesões na cavidade bucal assim como outras doenças que atingem a área, por isso é essencial a busca por um profissional que possa fazer o diagnóstico adequado por meio de uma biópsia.
O ideal é que se faça a prevenção. Assim, é indicado o uso do protetor solar e a boa higiene bucal, além da redução dos hábitos de fumar e beber, já que a doença é mais frequente em pessoas que não têm esse tipo de cuidado. O exame diário da própria boca e a visita regular ao dentista também são ações recomendadas, porque a partir delas pode se obter um diagnóstico precoce.
O tratamento mais comum é a cirurgia, associada ou não a outros procedimentos. É importante ressaltar que o câncer tratado em fase inicial tem maior chance de ser curado e propicia uma maior qualidade de vida ao paciente, sendo assim, a procura por ajuda não deve ser protelada.[:]The post [Odontologia no Ar] Câncer de boca tem chance de cura first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]Acompanhamentos com um cirurgião-dentista devem ser regulares para se evitar que uma infecção bucal possa gerar outras doenças mais graves. O professor Manoel Eduardo Lima Machado, do Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da USP, explica as consequências de uma infecção não tratada, e comenta as atitudes a serem tomadas pelo profissional da odontologia e também pelo próprio paciente.
Segundo dados do Instituto do Coração (Incor), 36% das mortes por problemas cardíacos e 45% das doenças cardíacas são de origem dental. Isso evidencia que um problema aparentemente simples nos dentes, mas que não passou por tratamento adequado, pode ter consequências sérias que colocam a vida do paciente em risco.
As pessoas diagnosticadas com infecções bucais devem adquirir o hábito de fazer visitas frequentes a um cirurgião-dentista, para que um profissional possa auxiliar na recuperação. Além dessa reeducação por parte do paciente, o dentista também deve agir de forma específica nesses casos: é importante que o atendimento clínico seja focado na desinfecção, evitando situações que causem desconforto ao paciente, como cirurgias mutiladoras.
O tratamento contra as infecções deve ser iniciado o mais rápido possível. Assim que realizado, o acompanhamento dura cerca de dois anos e permite que a evolução do caso seja observada e melhor controlada, para que o problema não se expanda e afete outros órgãos.[:]The post [Odontologia no Ar] Infecções bucais podem causar outros problemas de saúde first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]O tratamento com implantes dentários para reabilitar dentes perdidos avança rapidamente em todo o mundo, e no Brasil não é diferente. Mais e mais pessoas têm ao menos um implante dentário. Ainda que seja muito bem sucedido, alcançando bons resultados estéticos e funcionais, e atingindo mais de 97% de sucesso em cinco anos e mais de 90% em dez, é preciso saber que os implantes podem apresentar complicações técnicas e biológicas, que podem levar, até mesmo, a sua perda. Entre as razões para a perda do implante, aquela com maior ocorrência, e mais preocupante, é a biológica, conhecida como peri-implantite. Essa perda ocorre após a osseointegração estar consolidada, ou seja, os tecidos ao redor do implante já estão reparados, o implante está bem aderido ao osso e funcionando
A peri-implantite é uma doença infecciosa, causada por bactérias da placa bacteriana. Aquela mesmo que temos que remover diariamente, com escova, fio e creme dental, para preservar nossa saúde bucal. Essas bactérias acumuladas sobre os implantes provocam inflamação nos tecidos ao seu redor, levando a destruição do osso onde o implante está aderido. Ou seja, prejudicando a osseointegração. É uma doença que se inicia sorrateira e silenciosa, pois não dói, e que pode levar a perda do implante. Esteja atento e cuide dos seus implantes. O primeiro estágio desta inflamação é chamado de Mucosite peri-implantar. Neste período, o paciente apresenta apenas uma inflamação na mucosa ao redor dos implantes, que fica mais avermelhada e sangra com facilidade. Ainda não há perda óssea, e o tratamento local realizado por dentista especializado, associado a antisépticos, além de uma boa escovação e higiene bucal, podem reverter totalmente o problema.
Porém, sem tratamento, a infecção pode evoluir e o paciente pode apresentar mau hálito, inchaço ao redor do implante, pus, sangramento, gengiva avermelhada, bolsas gengivais aprofundadas, e mais importante, perda óssea! Estes últimos sinais podem ser detectados apenas pelo dentista especializado, assim, é fundamental a visita a esse profissional regularmente. Neste ponto, o tratamento local poderá incluir: raspagem do implante, associação com antissépticos, uso de antibióticos, e após reavaliação, o paciente poderá ser submetido a um procedimento cirúrgico para a retirada dos tecidos inflamados e recuperação da saúde peri-implantar. Em casos mais graves, a perda óssea ao redor do implante já poderá ter atingido a maior parte do seu tamanho, ou ainda, este poderá apresentar mobilidade. Nesses casos, em que o dente não está mais fixo, é feita a retirada do implante durante a cirurgia. Atualmente, existem alternativas para reabilitar o paciente que tenha adquirido a peri-implantite, mesmo que ele perca o implante, uma reconstrução óssea pode ser capaz de repor o osso perdido e possibilitar que o procedimento seja feito novamente.
Diante do risco de perda do implante, e da evolução silenciosa da doença peri-implantar, uma boa higienização bucal deve ser feita sempre, utilizando-se os recursos recomendados pelo seu dentista (escova, fio, escovas interdentais, creme dental, etc). Porém, sabemos que ninguém faz uma higienização perfeita, assim, ao visita regular ao cirurgião dentista especializado, por exemplo, o Periodontista é fundamental para prevenir a instalação da periimplantite. Lembre-se que só o dentista é capaz de detectar se está ocorrendo perda óssea ao redor do seu implante! Qualquer sinal de sangramento, vermelhidão ou inchaço ao redor do seu implante deve ser sinal de alerta para que você procure seu dentista. É importante lembrar que a mucosite não tratada poderá evoluir para uma periimplantite, assim, a mucosite deve ser tratada o mais breve possível! Prevenir é a palavra de ordem![:]The post [Odontologia no Ar] Peri-implantite doença infecciosa que
[:pt]As emergências médicas durante o atendimento odontológico configuram aquelas situações onde existe o risco de morte e, portanto, ações devem ser feitas prontamente, de forma mais correta e rápida possível. Ainda que essas situações possam ocorrer em qualquer momento da vida, o atendimento odontológico propicia condições que podem facilitar essas ocorrências; podemos citar como exemplo a ansiedade e o medo do tratamento dentário.
A prevenção se faz conhecendo adequadamente a saúde de seu paciente. A avaliação pré-operatória de pacientes que irão se submeter a tratamento odontológico, do ponto de vista sistêmico, deve ser completa, detalhada e exige conhecimento acurado do cirurgião-dentista em reconhecer as manifestações de diferentes patologias.
A anamnese bem conduzida propiciará o reconhecimento de fatores de risco que levarão o profissional a adaptar a sua conduta terapêutica. Estudos têm mostrado que uma parcela importante da população chega à consulta odontológica em condições médicas que exigem a adequação do profissional na conduta do tratamento dentário. Eles mostram que pacientes hipertensos ou com problemas cardiovasculares predominam em relação a outras doenças. Há ainda uma importante parcela da população que chega ao cirurgião-dentista sob o efeito de diferentes medicações, sejam elas prescritas por médicos ou muitas vezes como auto-medicação.
Com isso o profissional poderá reconhecer diferentes situações clínicas que podem influir no tratamento odontológico: ansiedade e medo desproporcionais ao atendimento, alergias a diferentes medicamentos (antibióticos, analgésicos entre outros) e mesmo aos utilizados durante o atendimento, como por exemplo, os anestésicos locais. Outros casos podem ser citados como os pacientes imunodeprimidos, portadores de doenças infectocontagiosas, portadores de cardiopatias, idosos entre outros. É obrigação do profissional de odontologia reconhecer e avaliar todas as variantes que podem influir nas adequadas condições dos pacientes em seus atendimentos.
As situações de maior ocorrência estão relacionados ao medo e ansiedade. Se não forem rapidamente reconhecidas pelo profissional, poderão levar o paciente a inconsciências, na prática, desmaios na cadeira odontológica. O reconhecimento dos sintomas estabelecerá a diretriz do tratamento. Detectar os sinais vitais do paciente, (resposta a estímulos, pulso e respiração) darão indicações ao profissional sobre a gravidade do ocorrido. Na ausência desses sinais, o cirurgião-dentista deverá solicitar o mais rapidamente possível o socorro adequado, acionando o serviço de resgate e no caso de uma parada cardiorespiratória deverá saber efetuar a manobras de suporte básico de vida (reanimação cardiorespiratória de forma correta) para a manutenção da vida até a chegada da equipe especializada. Nesses casos, é importante que a equipe de trabalho esteja capacitada para auxiliar adequadamente o cirurgião-dentista e o consultório odontológico tenha boas instalações físicas e equipamentos adequados. Em outras situações é possível que o profissional tenha que administrar medicamentos que possam minimizar os efeitos clínicos, como antihistamínicos ou epinefrina. Em todos os casos o profissional deve dominar os efeitos dos medicamentos e indicá-los corretamente.
O mais importante a se realçar é que o cirurgião-dentista capacitado tem todas a ferramentas e conhecimento para evitar essa situações, reconhecê-las e solucioná-las. A empatia entre profissional-paciente é fundamental para se evitar situações relacionadas ao estresse e suas consequências.[:]The post [Odontologia no Ar] Na edição de hoje o assunto é “emergências médicas em Odontologia” first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]
Com o intuito de abastecer o banco de órgãos da universidade para auxiliar em pesquisas, a campanha procura incentivar as famílias a doarem não só dentes de leite como também os permanentes em qualquer estado.
O Tarde Nacional – Amazônia desta quinta-feira (23), falou sobre a campanha ” O endereço da Fada do Dente”. Promovida pela Faculdade de Odontologia da USP, tem como objetivo ensinar às crianças, de maneira bastante didática, a importância que seus dentinhos de leite podem ter para a ciência e incentiva-las a doar, junto a seus pais. Assim é possível abastecer o banco de orgãos da universidade e incrementar as diversas pesquisas na área, que buscam, entre outros fins, desenvolver novas técnicas e tratamentos mais acessíveis para a própria população.
Quem esclareceu mais sobre esse assunto foi o professor e coordenador do banco de dentes humanos da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), Dr. José Carlos Imparato.
O professor resaltou que as doaçoes podem ser feitas de qualquer lugar do país, e de qualquer tipo de dente, incluindo permanentes, cisos ou danificados com cáries e etc.
Acesse o site da campanha e torne-se um doador você também!
Fonte: Rádio EBC[:]The post [Odontologia no Ar] “O endereço da Fada do Dente” first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]“Dentes do siso” ou “dentes do juízo” são as denominações populares dos terceiros molares. Como esses dentes são os últimos a se formar, são recorrentes os transtornos em função da falta de espaço na arcada dentária, por exemplo. Nem todas as pessoas possuem os terceiros molares e nem todos os terceiros molares precisam necessariamente ser removidos, mas a dúvida entre manter e tirar esses dentes permanece.
Os terceiros molares – chamados de dente do siso – geralmente erupcionam no período entre o término da adolescência e o início da vida adulta, mas eles podem aparecer também em idades mais avançadas. Dependendo de diversos fatores, esses dentes podem permanecer inclusos no tecido ósseo, mas isso pode ocasionar lesões císticas ou tumores. Isso gera a velha dúvida: é necessário mesmo tirá-los?
A opção de tratamento mais comum é a remoção, chamada de exodontia. A exodontia é, geralmente, um procedimento cirúrgico simples realizado em consultório odontológico sob anestesia local. Leves desconfortos causado pelo inchaço e pela dificuldade em abrir a boca após a cirurgia pode ocorrer, mas desaparece dentro de alguns dias, e o paciente volta a exercer suas atividades normais. As dores também podem ser tratadas com medicamentos como analgésicos, receitados pelo profissional dentista.
A decisão de manter ou não esses dentes é acompanhada de suas respectivas consequências: a manutenção deles pode causar desde cáries a problemas mais sérios, enquanto que o processo de retirada também oferece riscos dependendo do caso.
É sempre importante buscar orientação de um dentista para avaliar o caso e a necessidade de remover os sisos. A decisão deve ser do cirurgião dentista ou do cirurgião buco-maxilo-facial, junto com o paciente.[:]The post [Odontologia no Ar] Dente do Siso: remover ou não first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]Há pouco tempo, quando se perdia um dente, os tratamentos mais eficazes disponíveis eram com pontes móveis, dentaduras ou pontes fixas. Essas alternativas não tinham boa fixação ou podiam causar desgaste nos dentes vizinhos. Surgiu, então, o implante dentário — que não conta com esses infortúnios.
O implante é uma estrutura metálica, que é instalada no tecido ósseo saudável como substituição da raiz do dente perdido para servir de suporte para coroas dentais artificiais. Nesse processo, uma boa quantidade e qualidade óssea disponível no local que sofreu a perda é muito importante para um tratamento mais seguro. Caso isso não ocorra naturalmente, é possível conseguir essas condições por meio de procedimentos cirúrgicos.
Depois de tudo feito, para aumentar as chances de sucesso de um implante, além de realizar os cuidados diários propostos pelo dentista, é também recomendado o retorno ao cirurgião para que ele possa diagnosticar possíveis problemas em seus estágios iniciais e, assim, tomar as devidas providências.[:]The post [Odontologia no Ar] Funcionamento do implante dentário e cuidados que ele demanda first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]A Odontologia do Esporte colabora para a manutenção do desempenho de várias formas, sempre procurando suprimir problemas de saúde bucal permitindo que seja explorado ao máximo os pontos positivos e talentos do atleta. O cirurgião dentista responsável deve conhecer e considerar as particularidades fisiológicas dos atletas, a modalidade que pratica e as regras do esporte para que não haja interferência no ritmo de treinos e jogos
Com a finalidade de melhorar o rendimento esportivo e prevenir lesões, a especialidade Odontologia do Esporte estuda as doenças da cavidade oral no desempenho dos atletas, principalmente olímpicos.
Reinaldo Brito e Dias, professor titular e responsável pela disciplina de Odontologia do Esporte do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilofaciais da Faculdade de Odontologia da USP, explica que a falta de cuidado entre os profissionais de saúde e técnicos do entorno do atleta sobre a importância da saúde oral e sua implicação na saúde geral é um fator preocupante.
A saliva traz informações importantes sobre as condições físicas e de saúde do atleta. A análise de marcadores bioquímicos fisiológicos pode determinar o ritmo de treinos, análise de tipo e quantidade de bactérias presentes. Possibilita também prevenir lesões musculares, problemas cardíacos, em articulações e aterosclerose, por exemplo, que podem comprometer um melhor desempenho do atleta.[:]The post [Odontologia no Ar] Importância da saúde oral e implicações na saúde do atleta first appeared on FOUSP Podcasts.
[:pt]Quando há próteses ou implantes a cautela com a gengiva é ainda mais importante. A boca pode servir de porta de entrada para uma série de infecções e outros tipos de doença. Sendo assim, não pode ser posta em segundo plano. É fundamental que os idosos fiquem atentos para identificar qualquer alteração na cavidade bucal e façam visitas ao dentista a fim de serem orientados da melhor forma
A terceira idade pode ser uma fase muito prazerosa da vida se houver um cuidado especial em relação à saúde.
Quando se tem próteses ou implantes a cautela com a gengiva é ainda mais importante. No caso do portador de uma dentadura, o ideal é que elas sejam substituídas a cada cinco anos, porque a parte que fica sob as próteses vai se desgastando com o passar do tempo. Esse tipo de paciente também deve fazer um autoexame semanal, já que o surgimento de anomalias deve ser avisado ao dentista o mais rápido possível.
Entre outros problemas que acometem essa parcela da população estão a diminuição da quantidade de saliva, retração gengival, perda dos dentes inferiores e artroses que dificultam a empunhadura da escova. Tudo isso tem consequências como uma maior vulnerabilidade a infecções, perda de tonicidade da língua e sensibilidade dos dentes.
É importante que em cada um desses casos o idoso procure por um dentista, a fim de ser orientado da melhor forma, e se a pessoa não tiver mais condição de realizar suas atividades diárias, um cuidador deve ser a solução.
A boca também deve receber cuidados intensivos porque pode se tornar uma porta para uma série de doenças, isto é, a qualidade de vida na terceira idade também depende de uma boa saúde bucal.[:]The post [Odontologia no Ar] Como cuidar dos dentes na melhor idade? first appeared on FOUSP Podcasts.