Freud Que Eu Te Escuto

Descubra a obra e a vida de Freud de forma acessível! No nosso podcast, você encontrará leituras cuidadosas de artigos, cartas e outros textos de Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise. Cada episódio é uma oportunidade para aprofundar seu conhecimento sobre psicanálise e explorar os pensamentos e teorias que revolucionaram a compreensão da mente humana. Utilizamos as traduções de Paulo César de Souza, da Cia das Letras. Se está gostando do podcast e quer nos ajudar a continuar, que tal se tornar um assinante? Clique aqui: https://creators.spotify.com/pod/profile/freudqueeuteescuto/subscribe

Prefácios e Textos Breves (1919)

Textos:- Prefácio a Problemas de Psicologia da Religião, de Theodor Reik- E. T. A. Hoffman e a Função da Consciência- A Editora Psicanalítica Internacional e os Prêmios para Trabalhos Psicanalíticos- James J. Putnam [1846-1918]- Victor Tausk [1879-1919]Esses textos se encontram no volume 14 das Obras Completas de Freud da Companhia das Letras, na tradução de Paulo César de Souza.

04-24
25:33

Textos Breves (1910)

Textos:- Introdução e Conclusão de um Debate sobre o Suicídio- Carta a Friedrich S. Krauss sobre a Revista Anthropophyteia- Exemplos de como os Neuróticos Revelam suas Fantasias Patogênicas- Resenha de Cartas a Mulheres Neuróticas, de Wilhelm NeutraEsses textos se encontram no volume 9 das Obras Completas de Freud da Companhia das Letras, na tradução de Paulo César de Souza.

04-18
11:12

Sobre os Sonhos (1901) - partes IX, X, XI, XII, e XIII

"o futuro que o sonho nos mostra não é aquele que acontecerá, mas o que gostaríamos que acontecesse."Esse artigo se encontra no volume 5 das Obras Completas de Freud da Companhia das Letras, na tradução de Paulo César de Souza.

04-14
28:29

Sobre os Sonhos (1901) - partes V, VI, VII, e VIII

"Não posso deixar de admitir uma relação causal entre a obscuridade do conteúdo onírico e o estado de repressão, a incapacidade de consciência de alguns dos pensamentos oníricos, e de concluir que o sonho tem de ser obscuro, para não revelar os pensamentos oníricos proibidos."Esse artigo se encontra no volume 5 das Obras Completas de Freud da Companhia das Letras, na tradução de Paulo César de Souza.

04-13
40:30

Sobre os Sonhos (1901) - partes I, II, III, e IV

Nesse artigo, Freud resume suas ideias principais ao afirmar que os sonhos são realizações disfarçadas de desejos inconscientes. Ele diferencia o conteúdo manifesto (o que lembramos) do conteúdo latente (seus verdadeiros significados), explicando como o trabalho do sonho transforma desejos ocultos em imagens oníricas por meio de mecanismos como condensação e deslocamento.Esse artigo se encontra no volume 5 das Obras Completas de Freud da Companhia das Letras, na tradução de Paulo César de Souza.

04-12
45:24

Textos Breves (1937 - 1938)

Neste episódio, apresento a leitura dos Textos Breves (1937–1938) — os últimos escritos de Freud, marcados por lucidez, ironia e uma serenidade trágica diante do fim da vida e da ascensão da barbárie na Europa.Esses textos reúnem reflexões pessoais, anotações teóricas e observações políticas, revelando o Freud mais humano e mais direto, já consciente da proximidade da morte e do colapso da civilização que tanto analisara.Entre os textos lidos estão:Lou Andreas-Salomé (1861–1937) – necrológio comovente dedicado à amiga, escritora e psicanalista, onde Freud celebra sua autenticidade e força interior.Conclusões, Ideias, Problemas – fragmentos de pensamentos de 1937, breves anotações que tocam temas como a inveja do pênis, a origem da culpa, o misticismo e a estrutura do aparelho psíquico.Um Comentário sobre o Antissemitismo – texto de notável coragem, em que Freud ironiza o moralismo cristão e denuncia a hipocrisia das condenações superficiais ao ódio contra os judeus.O Antissemitismo na Inglaterra – sua última carta publicada, escrita já exilado em Londres, para o editor da Time and Tide, onde reflete sobre a perda da pátria e o silêncio digno diante da violência e da injustiça.Freud segue agudo, indignado e espiritualmente livre. Mesmo em meio ao exílio e à doença, permanece fiel ao pensamento crítico e à coragem intelectual que moldaram todo o século XX.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 19 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: https://amzn.to/46L0dQv📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3IvD0bb

10-24
12:24

Prefácios e Textos Breves (1930-1936)

Neste episódio, apresento a leitura dos Prefácios e Textos Breves (1930–1936) — um conjunto de escritos que, embora curtos, revelam um Freud maduro, atento ao mundo e às pessoas, oscilando entre o rigor científico e a ternura pessoal.São textos de circunstância, cartas, apresentações e reflexões que mostram o psicanalista em seu convívio com discípulos, amigos e instituições. Entre eles estão:Apresentação de The Medical Review of Reviews – observações sobre a recepção da psicanálise nos Estados Unidos, com seu tom crítico e irônico.Prólogo a Dez Anos do Instituto Psicanalítico de Berlim – homenagem à criação do instituto e à dedicação de Max Eitingon.O Parecer no Processo Halsmann – comentário sobre o uso indevido do complexo de Édipo como argumento jurídico.Apresentação de Elementos di Psicoanalisi, de Edoardo Weiss – reconhecimento do rigor e clareza do discípulo italiano.Excerto de uma Carta a Georg Fuchs – reflexão amarga sobre a “brutalidade da civilização” e a impossibilidade de reformá-la sem recursos morais e econômicos.Carta ao Prefeito da Cidade de Príbor – um agradecimento emocionado pela placa em sua casa natal, onde ele relembra a “criança feliz de Freiberg”.Apresentação de Teoria Geral das Neuroses sobre Base Psicanalítica, de Hermann Nunberg – elogio à profundidade e à consistência teórica da obra.Prólogo ao Dicionário de Psicanálise, de Richard Sterba – incentivo ao esforço acadêmico e ao trabalho de precisão conceitual.Sándor Ferenczi (1873–1933) – homenagem ao amigo e parceiro de ideias, reconhecendo sua genialidade e o afastamento final.Prólogo a Edgar Poe: Estudo Psicanalítico, de Marie Bonaparte – valorização do olhar psicanalítico sobre a arte e o gênio criativo.A Thomas Mann em seu 60o Aniversário – breve mensagem de admiração e respeito ético, recusando o elogio exagerado.A Sutileza de um Ato Falho – análise de um pequeno erro de escrita que revela, com humor, a complexidade dos processos psíquicos cotidianos.Um compêndio delicado e multifacetado — entre a despedida e o legado — em que Freud escreve menos como o fundador da psicanálise e mais como um homem diante do tempo, da cultura e da memória.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 18 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eUgk0b⁠⁠⁠⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/46g0tai

10-23
28:19

Sobre a Sexualidade Feminina (1931)

Neste episódio, leio Sobre a Sexualidade Feminina (1931), um dos textos mais complexos e fascinantes de Freud — e também um dos mais discutidos até hoje. Nele, Freud aprofunda as diferenças entre o desenvolvimento sexual masculino e feminino, questionando a universalidade do complexo de Édipo e revelando o papel decisivo da fase pré-edípica, marcada pela ligação intensa da menina à mãe.Freud afirma: “Foi necessário admitir a possibilidade de que certo número de mulheres se detém na ligação original com a mãe e jamais se volta realmente para o homem.” Essa constatação o leva a rever uma de suas próprias teses centrais: a de que o complexo de Édipo seria o núcleo de todas as neuroses.A partir dessa virada teórica, ele descreve com precisão a transição da menina da mãe para o pai, o papel do complexo de castração, as três possíveis direções do desenvolvimento feminino — renúncia, persistência da masculinidade, ou realização da feminilidade — e a ambivalência entre amor e hostilidade que permeia as relações entre mãe e filha.Freud reconhece que a feminilidade emerge não como simples espelho da masculinidade, mas como um percurso próprio, cheio de rupturas e regressões. “A fase de exclusiva ligação à mãe assume na mulher uma importância bem maior do que no homem”, escreve, propondo uma leitura que se tornaria fundadora para toda a psicanálise posterior sobre o feminino.Um texto denso, histórico e corajoso — onde Freud se aproxima da sombra e da complexidade do que chama de “mistério da feminilidade”.📖 Texto publicado nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 18 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eUgk0b⁠⁠⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/46g0tai

10-21
40:19

Um Distúrbio de Memória na Acrópole (Carta a Romain Rolland, 1936)

Neste episódio, apresento a leitura de Um Distúrbio de Memória na Acrópole (1936), a célebre carta de Freud ao escritor Romain Rolland, escrita quando Freud já estava idoso e fragilizado, mas ainda capaz de transformar uma lembrança pessoal em uma profunda reflexão psicanalítica.Ele narra uma viagem a Atenas, feita com o irmão, e o estranho sentimento que o tomou ao subir à Acrópole: “Então tudo isso existiu realmente, tal como aprendemos na escola.” — um pensamento banal à primeira vista, mas que se revela, sob análise, uma chave para o inconsciente.Freud investiga o episódio como se fosse um de seus pacientes, transformando o próprio espanto em objeto de estudo. Descobre ali um conflito interno entre prazer e culpa — a sensação de “ter ido longe demais”, de ter superado o pai e transgredido um interdito antigo. “Há algo errado nisso, algo proibido desde sempre. É como se o essencial do êxito fosse chegar mais longe que o pai.”O texto é um dos últimos em que Freud fala de si com tanta lucidez e humanidade. Nele, encontramos o teórico e o homem, o cientista e o filho — reunidos na lembrança de um instante em que o real e o simbólico se confundem sob o sol da Acrópole.📖 Texto publicado nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 18 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eUgk0b⁠⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/46g0tai

10-17
20:47

Meu Contato com Josef Popper-Lynkeus (1932)

Neste episódio, apresento a leitura de Meu Contato com Josef Popper-Lynkeus (1932), texto em que Freud revisita as origens da psicanálise e reflete sobre seu encontro intelectual — ainda que nunca pessoal — com o pensador austríaco Josef Popper-Lynkeus.Freud rememora o momento de nascimento de A Interpretação dos Sonhos e descreve, com rara franqueza, a busca por compreender os distúrbios psíquicos que a medicina de sua época não sabia tratar. “Era preciso buscar novos caminhos. E como era possível ajudar os doentes se nada se compreendia dos seus males?” — escreve ele, explicando como a investigação dos sonhos se tornou uma via para a alma.Ao descobrir, anos mais tarde, a obra Fantasias de um Realista, de Popper-Lynkeus, Freud encontra nela uma surpreendente afinidade: o autor descreve um homem cujos sonhos nunca eram absurdos — alguém “não dividido”, em harmonia interior. Freud reconhece ali uma formulação intuitiva da própria teoria da deformação onírica: “A deformação era um compromisso, resultado do conflito entre pensamento e sentimento.”Em Popper, Freud vê um ideal humano — íntegro, ético, livre de falsidade — e, ao mesmo tempo, um espelho do que a psicanálise busca compreender: o equilíbrio entre instinto e cultura, entre desejo e repressão. Com ternura e melancolia, confessa: “Adiei uma visita até que foi tarde demais, e pude apenas cumprimentar seu busto no parque de nossa prefeitura.”Um texto tocante, entre a lembrança e a admiração, em que Freud fala tanto de Popper quanto de si mesmo.📖 Texto publicado nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 18 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eUgk0b⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/46g0tai

10-15
14:34

Por Que a Guerra? (Carta a Eisntein, 1932)

Neste episódio, apresento a leitura de Por que a Guerra?, a famosa correspondência entre Sigmund Freud e Albert Einstein, escrita em 1932 a convite da Liga das Nações. Nela, dois dos maiores pensadores do século XX dialogam sobre uma das questões mais urgentes e dolorosas da humanidade: será possível livrar os homens da fatalidade da guerra?Einstein pergunta, com angústia racional: “Há alguma forma de libertar a humanidade da ameaça da guerra?” — e Freud responde com a serenidade de quem conhece o terreno obscuro da alma: “Direito e violência são, na verdade, a mesma coisa; o direito é apenas a violência de uma comunidade organizada.”Ao longo da carta, Freud percorre temas como a origem da agressividade, o instinto de morte, o papel da cultura e a difícil transformação da violência em laço social. “Tudo o que produz laços emocionais entre as pessoas tem efeito contrário à guerra”, escreve, antecipando o que hoje chamaríamos de educação emocional e ética coletiva.Com lucidez e desalento, Freud reconhece que o fim das guerras dependeria não de tratados, mas de um amadurecimento interno da humanidade: “A guerra contraria de forma gritante as atitudes psíquicas que o processo cultural nos impõe. Simplesmente não mais a suportamos.”Este é um dos textos mais comoventes e visionários de Freud — um apelo à razão e à empatia, escrito às vésperas da Segunda Guerra Mundial.📖 Texto publicado nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 18 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eUgk0b⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/46g0tai

10-11
30:00

O Prêmio Goether (1930)

Neste episódio, apresento a leitura de O Prêmio Goethe (1930), composto pela Carta ao Dr. Alphonse Paquet e pelo Discurso na Casa de Goethe, em Frankfurt — textos em que Freud reflete sobre sua relação com Goethe, a psicanálise e o lugar do pensamento científico diante da arte e da genialidade.Em tom ao mesmo tempo comovido e lúcido, Freud confessa: “Como até agora não fui mimado por homenagens públicas, arranjei-me de modo a poder passar sem elas.” No entanto, deixa transparecer a alegria genuína de receber o prêmio que leva o nome do homem que mais admirava entre os escritores alemães.Em seu discurso, lê-se o tributo de um pensador ao outro: Freud aproxima Goethe de Leonardo da Vinci e reconhece em ambos o impulso de compreender as forças que movem a alma humana. “O trabalho de minha vida teve uma única meta: observar os distúrbios mais sutis das funções psíquicas de pessoas sãs e doentes.”Ele reconhece em Goethe um precursor das ideias psicanalíticas — alguém que, muito antes de Freud, intuía os vínculos inconscientes, a força dos afetos primordiais e o papel dos sonhos: “Aquilo que não sabido ou não pensado pelos homens no labirinto do peito vaga durante a noite.”Mais que uma homenagem, o texto é um diálogo entre dois gigantes — um poeta e um analista — sobre o enigma da criação, da culpa e da condição humana.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 18 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eUgk0b📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/46g0tai

10-10
13:29

Textos Breves (1926-1929)

Neste episódio, leio uma coletânea de escritos curtos de Freud, produzidos entre 1926 e 1929. São textos de ocasião, homenagens, discursos e reflexões rápidas que, embora menos conhecidos, revelam muito da sua voz pessoal, de suas amizades e da forma como articulava ciência, cultura e vida.Entre eles estão:Carl Abraham, 1877–1925 – homenagem emocionada ao amigo e colaborador, falecido precocemente.A Romain Rolland, no 60o aniversário – carta que combina admiração e reconhecimento pelo trabalho e pela humanidade de Rolland.Discurso na Sociedade Filhos da Aliança – em que Freud fala sobre sua relação com o judaísmo e sobre a importância de pertencimento.Apresentação de artigo de E. Pickworth Farrow – breve introdução que sublinha a relevância do texto de um colega.A Ernest Jones, no 50o aniversário – mensagem que relembra a trajetória e a contribuição de um dos maiores divulgadores da psicanálise.Carta sobre alguns sonhos de Descartes – reflexão curiosa sobre sonhos do filósofo, distinguindo o que se pode ler como expressão consciente e inconsciente.Textos curtos, mas que revelam um Freud humano, em diálogo constante com seus pares, ora íntimo e afetuoso, ora preciso e científico. Um mergulho em registros que nem sempre chegam ao grande público, mas que ajudam a compreender a dimensão viva de sua obra.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 17 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠https://amzn.to/4nRKhCf⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/453pILL⁠

10-09
13:46

Carta a Theodor Reik

Neste episódio, apresento a leitura da Carta a Theodor Reik, escrita por Freud em 14 de abril de 1929. Trata-se de um documento curto, mas revelador, em que Freud deixa transparecer tanto sua relutância em escrever quanto suas percepções críticas a respeito da ética, da psicanálise e até mesmo de Dostoiévski.Ele reconhece a natureza provisória e até “descuidada” do texto, confessando: “Agora só escrevo com relutância. Certamente você notou essa característica.” Ainda assim, a carta oferece passagens valiosas sobre a luta contra a masturbação, o sentimento de culpa e o vínculo entre neurose e compulsão.Freud também faz observações pessoais e incisivas, como quando afirma: “Com toda a minha admiração pela intensidade e superioridade, eu não gosto de Dostoiévski. Minha paciência com naturezas patológicas se esgota na análise delas.”Além disso, dialoga com Reik sobre visões da ética — a objetiva e a subjetiva — e sobre sua postura diante do futuro da humanidade. Apesar de reconhecer o pessimismo de seu interlocutor, Freud mantém uma réstia de abertura: “Apenas a pesquisa científica deve ser isenta de pressupostos. Nos outros tipos de reflexão, não se pode evitar a escolha de ponto de vista.”Um texto breve, mas carregado de densidade, que mostra um Freud humano, crítico e, de certo modo, cansado.📖 Artigo publicado nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 17 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠https://amzn.to/4nRKhCf⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/453pILL

10-08
04:17

Dostoiévski e o Parricídio (1928)

Neste episódio do Freud Que Eu Te Escuto, lemos um dos textos mais instigantes do volume tardio de Freud: Dostoiévski e o Parricídio (1928). Nele, Freud mergulha na complexa personalidade de Dostoiévski, entre o escritor genial, o moralista contraditório, o pecador e o neurótico.Freud questiona: “Como devemos nos orientar nessa desconcertante complexidade?” e aponta que, se como escritor Dostoiévski alcançou alturas próximas a Shakespeare, como moralista acabou por se submeter às autoridades seculares e espirituais, desperdiçando a chance de se tornar libertador dos homens.Um dos pontos centrais do ensaio é a relação entre os ataques epilépticos do autor e a neurose, compreendida a partir do assassinato do pai e do sentimento de culpa que o acompanha. Freud afirma: “O parricídio é o crime principal e primordial, tanto da humanidade como do indivíduo. É, de todo modo, a fonte principal do sentimento de culpa.”No texto, vemos também a articulação entre o complexo de Édipo, a bissexualidade latente, a formação do supereu e a necessidade de punição. Para Freud, “Todo castigo é, no fundo, a castração, e, como tal, realização da velha atitude passiva para com o pai.”Dostoiévski aparece, assim, como alguém dilacerado entre genialidade literária e compulsões destrutivas, entre amor desmedido e culpa esmagadora, entre a busca de redenção e a submissão à autoridade.Prepare-se para uma leitura densa e fascinante, em que literatura, psicanálise e tragédia pessoal se entrelaçam.📖 Artigo publicado nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 17 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: https://amzn.to/4nRKhCf📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/453pILL

10-08
39:54

Prefácios e Textos Breves (1923-1925)

Neste episódio de Freud Que Eu Te Escuto, apresento uma coletânea de pequenos escritos de Freud, que vão desde prefácios a livros de colegas até cartas pessoais e declarações ocasionais.Textos lidos neste episódio:Prólogo ao relatório sobre a Policlínica Psicanalítica de Berlim, de Max EitingonCarta a Luis López-Ballesteros y de TorresCarta a Fritz WittelsDeclaração sobre CharcotPrólogo a A Juventude Abandonada, de August AichhornObituário de Joseph BreuerExcerto de uma carta sobre o judaísmoMensagem na inauguração da Universidade Hebraica de JerusalémFreud escreve, ao recordar seu mestre em Paris:“Entre muitos ensinamentos que, no passado, em 1886, me foram prodigalizados por Charcot na Salpêtrière, dois me deixaram uma impressão bastante profunda: que não devemos nos cansar de sempre considerar novamente os mesmos problemas e que não devemos nos preocupar com a oposição geral, se trabalhamos com honestidade.”Em outro momento, refletindo sobre a educação de crianças desamparadas, ele afirma:“Se educador aprendeu a análise mediante a experiência em sua própria pessoa e está em condição de aplicá-la a casos fronteiriços, então se deve permitir a ele o exercício da psicanálise e não lhe pôr nisso obstáculos por motivos mesquinhos.”E, em tom autobiográfico, a propósito de Breuer, escreve:“Ele disse naquele momento: ‘acho que é a coisa mais importante que nós dois teremos a comunicar ao mundo’.”Reunidos, esses textos revelam um Freud íntimo, memorialista e também comprometido com o futuro da psicanálise, seja na formação de novos analistas, na educação, ou na fundação de instituições.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 16 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eVVXjh ⁠⁠⁠⁠⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/40lz1E9

09-30
19:56

Josef Popper-Lynkeus e a Teoria dos Sonhos (1923)

Neste episódio de Freud Que Eu Te Escuto, Freud reflete sobre a questão da originalidade científica e reconhece como algumas de suas ideias fundamentais sobre os sonhos já haviam sido intuídas por outros pensadores. Em especial, ele destaca a obra de Josef Popper-Lynkeus, que, de forma independente, antecipou aspectos centrais da noção de censura onírica.Freud escreve:“Partindo do caráter estranho, confuso e insensato que apresentam muitos sonhos, ocorreu-me que o sonho tem de ser assim porque nele luta por exprimir-se algo que tem contra si a resistência de outros poderes da psique. (...) Chamei de censura onírica o poder psíquico que leva em conta essa contradição interior e deforma os impulsos instintuais primitivos do sonho.”E completa:“Mas justamente essa parte essencial de minha Teoria dos Sonhos foi descoberta por Popper-Lynkeus de forma independente.”Neste texto breve, mas revelador, Freud reconhece a importância da “pureza e limpidez moral” do pensador austríaco, ao mesmo tempo em que reafirma a centralidade da censura onírica como chave para compreender a deformação dos conteúdos inconscientes nos sonhos.✨ Apoie este projeto: siga o podcast, avalie e compartilhe com quem também se interessa por Freud e pela psicanálise.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 16 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eVVXjh ⁠⁠⁠⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/40lz1E9

09-29
07:12

Alguns Complementos à Interpretação dos Sonhos (1925)

Neste episódio de Freud Que Eu Te Escuto, Freud retorna ao tema dos sonhos mais de duas décadas após a publicação de A Interpretação dos Sonhos, oferecendo acréscimos e reflexões que ampliam a teoria original. Ele discute os limites da interpretabilidade, a responsabilidade moral pelo conteúdo onírico e até a relação dos sonhos com o chamado “ocultismo”, em especial os sonhos proféticos e a telepatia.Freud escreve:“É claro que a pessoa tem de se considerar responsável pelos impulsos maus de seus sonhos. Que outra atitude se poderia ter para com eles? Se o conteúdo onírico, corretamente entendido, não é inspirado por outros espíritos, então é parte do meu ser.”E ainda:“Se frequentemente sucede o contrário, se lembramos dos sonhos até durante anos e decênios, isso sempre significa uma irrupção do inconsciente reprimido no eu normal.”Neste texto, Freud reforça que o sonho não é um enigma isolado, mas uma formação psíquica passível de interpretação, embora nem sempre a análise consiga alcançar toda a sua extensão. Ao mesmo tempo, ele convida a pensar sobre a moralidade dos desejos revelados nos sonhos e não hesita em se aproximar de temas polêmicos, como a telepatia, sempre a partir do olhar psicanalítico.✨ Apoie este projeto: siga o podcast, avalie e compartilhe com quem também se interessa por Freud e pela psicanálise.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 16 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eVVXjh ⁠⁠⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/40lz1E9

09-28
26:08

Observações sobre a Teoria e a Prática da Interpretação dos Sonhos (1923)

Neste episódio de Freud Que Eu Te Escuto, Freud retoma o tema dos sonhos vinte e três anos após a publicação de A Interpretação dos Sonhos. O texto reúne ajustes e aprofundamentos de sua técnica, mostrando a importância de considerar tanto as resistências quanto os diferentes caminhos que um sonho pode tomar dentro da análise.Freud escreve:“Sendo elevada a pressão, podemos chegar a saber de que coisas o sonho trata, mas não descobrimos o que diz acerca dessas coisas. É como se atentássemos para uma conversa distante ou voz muito baixa.”E ainda:“Com facilidade nos esquecemos de que, em geral, o sonho é apenas um pensamento como qualquer outro, possibilitado pelo relaxamento da censura e pelo reforço inconsciente, deformado pela interferência da censura e pela elaboração onírica.”Neste artigo, Freud discute as diferentes técnicas de interpretação, a distinção entre sonhos “de cima” e “de baixo”, os sonhos de convalescença, os sonhos confirmadores e até os chamados sonhos de castigo. Ele mostra como o material onírico pode ser tanto um aliado no processo terapêutico quanto um campo de resistência, sempre exigindo a escuta atenta e a delicadeza do analista.✨ Apoie este projeto: siga o podcast, avalie e compartilhe com quem também se interessa por Freud e pela psicanálise.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 16 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eVVXjh ⁠⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/40lz1E9

09-27
27:09

Algumas Consequências Psíquicas da Diferença Anatômica entre os Sexos (1925)

Neste episódio de Freud Que Eu Te Escuto, entramos em um dos textos mais delicados e controversos de Freud, escrito em 1925. Aqui, ele se volta para a infância, para o primeiro florescimento da vida sexual, e busca compreender como a diferença anatômica entre os sexos determina caminhos psíquicos diversos.Freud investiga o desenvolvimento do complexo de Édipo no menino e na menina, destacando o papel decisivo do complexo de castração. Para o menino, a ameaça de castração dissolve a posição edípica; para a menina, a experiência da falta é justamente o que introduz e possibilita o Édipo. É nesse ponto que ele formula uma das passagens mais célebres do texto:“Enquanto o complexo de Édipo do menino sucumbe ao complexo de castração, o da menina é possibilitado e introduzido pelo complexo de castração.”A partir dessa diferença estrutural, Freud descreve como a menina se afasta da mãe, toma o pai como objeto amoroso e passa a desejar, em lugar do pênis, a criança:“A menina abandona o desejo de possuir o pênis para substituí-lo pelo desejo de ter uma criança e, com essa intenção, toma o pai por objeto amoroso. A mãe se torna objeto de ciúme. A menina se tornou uma pequena mulher.”O artigo revela como, para Freud, a feminilidade e a masculinidade não são pontos de partida, mas destinos psíquicos atravessados por perdas, substituições e identificações. Trata-se de um texto fundamental para compreender tanto a teoria psicanalítica quanto os debates que ainda hoje ecoam em torno da diferença sexual e de suas consequências na subjetividade.✨ Apoie este projeto: siga o podcast, avalie e compartilhe com quem também se interessa por Freud e pela psicanálise.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 16 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4eVVXjh ⁠⁠📱 Para adquirir o eBook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/40lz1E9

09-26
24:11

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