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Author: Zottis e Alexander

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Afinal, toda história acaba em pizza.

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118 Episodes
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As Filipinas iniciou formalmente uma guerra às drogas em 2016, visando o extermínio de todos os usuários e traficantes do país. Através de denúncias anônimas, é possível sem muitas dificuldades incriminar um filipino de classe baixa pelo uso de substâncias ilícitas. O próprio presidente, Rodrigo Duterte, incentiva o assassinato de usuários por outros filipinos ou policiais, prometendo perdões àqueles que o fazem. Até 2020, mais de 30 mil filipinos já foram mortos por milícias, executores, ou policiais, de todas as idades e sexos.
De 1922 - 1923 a Alemanha enfrentou uma crise econômica sem precedentes: a fome voltou a ser uma realidade, somado a uma crise política entre diversos partidos comunistas e conservadores. Nesse contexto, o Partido nazista foi fundado em 1922, trabalhando junto com a organização paramilitar SS a partir de 1925 para tornar-se unipartidário no país. O engenheiro alemão Werner Von Braun, descendente da nobreza prussiana era uma das principais referências na Alemanha na fabricação de foguetes - tecnologias novas que poderiam tanto transportar uma pessoa, uma bomba, ou uma ogiva nuclear. Von Braun trabalhou para a Alemanha durante mais de uma década na fabricação de misseis teleguiados e na fabricação de combustível de diversas aeronaves alemães. Com o início da 2º Guerra Mundial, o engenheiro filiou-se à SS e também coordenou fábricas que empregavam trabalho escravizado de judeus e eslavos na fabricação de seu foguete V-2, programado para bombardear a Inglaterra e a França. Após a derrota Alemã na 2º Guerra Mundial, a carreira de Von Braun não acabou, muito pelo contrário.  Ele e sua equipe receberam anistia dos Estados Unidos e foram levados a América para trabalhar no aperfeiçoamento do V-2, para espionar ou atacar sua rival, a União Soviética.
Avanços tecnológicos e a globalização têm eliminado diversos trabalhos no mundo inteiro: no último século, muitas profissões surgiram, enquanto diversas outras desapareceram. Na 4º edição do Geopizza,  comentamos de alguns trabalhos que não existem mais, exóticos ou comuns do ultimo século, e até mais antigos! Como controlar pestes como ratos que infestavam as cidades? Um dos trabalhos mais exóticos foi o caçador de ratos: desde a antiguidade muitas pessoas foram empregadas para lidarem com as pestes urbanas, sejam profissionais independentes carismáticos e cheios de misticismo, até a simples guardas municipais. Antes da refrigeração, como estocar alimentos e refrescar bebidas em lugares extremamente quentes? A tarefa consistia em cortar camadas de um rio congelado com um grande serrote.  As baixas temperaturas e o excesso de umidade  podia congelar os membros dos cortadores de gelo, um corte mal feito, poderia afundar.o próprio cortador. Quer nos ajudar a produzir mais podcasts como esse e receber recompensas? A partir de R$ 2 por mês você ajuda a construir o Geopizza! Escute o podcast também no no: Spotify: https://spoti.fi/2NJLR91 Google podcasts: https://bit.ly/34zCuje   Apple Music: https://apple.co/2ItQEJT Deezer: https://bit.ly/35c4Fpl Listen Notes: https://bit.ly/2NHTIEe Chartable: https://bit.ly/32fF6RL
Quem faz as publicações do Geopizza? 🤔(eu, rs @zottes) Mas quanto aos podcasts? De onde vêm as fontes? Vivemos disso? Qual a nossa área de formação? Como são coloridas as fotos antigas?  A resposta de todas essas perguntas (e outras que você não perguntou) tá na nossa última edição do ano! (link na bio) Acredite ou não, a história do Geo é antiga: surgimos em 17 de maio de 2016. Inicialmente, éramos uma mídia dentro de outro portal online maior, mas acabamos crescendo e ganhando nosso próprio espaço.  Eu, Rodrigo Zottis, desde o meio da faculdade de comunicação social já trabalhava com portais online e a partir de 2018 com educação EAD.  A superficialidade que a mídia brasileira tratavam temas complexos, assim como a dificuldade de muitos professores em passar uma informação completa no EAD comparado às aulas presenciais, me fez iniciar o Geopizza com amigos de história e geografia. Embora exista muita informação em português sobre assuntos históricos, boa parte utiliza a mesma fonte e essa nem sempre está atualizada, ou sequer correta.  Mesmo com um propósito bonito, o Geo demorou para ganhar audiência. De 2016 - 2019, permanecemos como uma pequena iniciativa de vídeos autorais e replicador de conteúdo nas redes sociais. Apenas em maio de 2019 nosso podcast teve início, e junto com ele, um maior senso de responsabilidade com o conteúdo que distribuímos, assim como a preocupação de produzirmos conteúdo próprio. Hoje, o Geo não é uma via de mão única: aprendi muito aqui com leitores de todos os cantos do Brasil e do mundo. Todas as sugestões, críticas e agradecimentos que me passaram, tornaram ele o que é hoje. Obrigado principalmente àqueles que financiam o projeto mensalmente, pois sem vocês, certamente o Geo não existiria! Para saber mais, veja nosso destaque chamado "contribua!" Claro, obrigado também a todos que compartilharam e interagiram com nossas publicações ao longo desse ano de 2020!🎉
Por que a maioria das capitais brasileiras são em terrenos íngremes, com ruas curvas? Até o século 18, os portugueses viam suas colônias como latifúndios, voltada a vida rural, priorizando o comércio e proibindo atividades culturais, como gráficas ou educacionais, como universidades.  Nossa 38º edição está no ar! Escute no Spotify (link na bio) ou Apple Music, Google Podcasts ou Deezer. Com a instituição das capitanias hereditárias, os portugueses concentraram-se em fundar cidades em baías e penínsulas que ofereciam ampla vantagem aos indígenas.  Os municípios baseavam-se no plano urbano de Lisboa, Porto e Vila Nova - locais em terrenos íngremes, com traçados medievais,  influenciadas pela característica moura árabe. Enquanto isso, a legislação espanhola ditava que as cidades coloniais deveriam ter um formato xadrez, com rígidas especificações da localização das áreas comerciais e residenciais.  Além de basearem-se na extração do ouro, as cidades espanholas eram também centros culturais e universitários, para impedir que suas economias fossem dominadas por apenas uma indústria. Em 1535 os espanhóis publicaram 252 livros na América Latina, com gráficas em Buenos Aires,  Cidade do México e Lima, formando 7.850 bacharéis e 473 doutores no século 18. Enquanto isso, não havia universidades no Brasil até 1822 - todos interessados deveriam ir até Coimbra, em Portugal. Gráficas, era proibidas até 1745. Além disso, os espanhóis entraram em contato com civilizações indígenas densamente urbanizadas como o Império Inca e a Confederação Asteca.  as cidades espanholas eram construídas em cima de cidades indígenas devastadas, como Cuzco e Tenochtitlán, para evitar a resistência dos nativos.  Ao longo dos séculos no Brasil, o crescimento exponencial da população explicitou a falta de infraestrutura do país, que perto do século 20 ainda dispunha de uma malha urbana colonial. O país era incapaz de comportar tecnologias como eletricidade, saneamento e carros. Em obras de urbanização aceleradas, Recife Rio de Janeiro e São Paulo destruíram edificações com mais de séculos de idade. A destruição de velhos bairros e criação de novos bairros também intensificou os processos de segregação societária e racial.
A Revolta da...Vacina? #37

A Revolta da...Vacina? #37

2020-10-1802:06:292

Na República da Espada, a lei da vacinação obrigatória tornou o Rio de Janeiro um palco de Guerra Civil por 2 semanas em 1904.
Conheça o Geopizza

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2019-03-0100:55

Desde 2019, contado histórias atuais e atemporais! Assine o programa e nos ajude a chegar cada vez longe! Assine pelo Patreon: https://www.patreon.com/geopizza ou Apoia.se: https://apoia.se/geopizza
Em 1991, Medellín se tornou a cidade mais violenta do mundo devido às ações de Pablo Escobar. O chefe do Cartel de Medellín vitimou mais de 46 mil colombianos ao longo de 10 anos, através de seus atentados a bomba feito em locais públicos. Cerca de 30 anos depois, o mesmo Pablo Escobar retornou para a Colômbia, mas dessa vez como um "ícone pop". Influenciado por séries como "Narcos", o passado traumático do país foi transformado em um "produto" para ser consumido principalmente pelos estrangeiros. Diversos turistas tornaram-se adeptos das "narco-tours" visitando locais onde Escobar morou, frequentando festas com temáticas de cartéis, buscando drogas e prostituição. Em 2019, o prefeito de Medellín discursou:  "Por que o mundo inteiro se solidariza com os EUA, com a França, a Espanha, Inglaterra, mas não com Medellín e com os colombianos, que virou uma fonte de entretenimento? " ______________________________________________ Apoie o Geo e escute episódios extras: Opção 1: Apoiase:⁠⁠ ⁠https://apoia.se/geopizza⁠⁠⁠ Opção 2: Patreon: ⁠⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠⁠ Opção 3: Orelo ⁠https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard⁠ ______________________________________________ Confira nossa loja 👇⁠⁠⁠ ⁠⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠⁠ ______________________________________________ Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ ⁠https://geopizza.com.br/pablo-escobar-e-o-narco-turismo-117/
🇯🇵 Na nova série XÓGUM: A Gloriosa Saga do Japão, disponível no Star+ e Disney+ com episódios semanais, o britânico John Blackthorne aporta no Japão em 1600 e forma uma parceria com o poderoso Lorde Yoshii Toranaga. Baseado em personagens reais, John Blackthorne foi o mercador inglês William Adams, enquanto Yoshii Toranaga é o senhor feudal Tokugawa Ieyasu 👉 No icônico ano de 1600, o Japão era uma nação dividida, controlada por diversos senhores feudais. Depois de mais de um século de conflito, o único sobrevivente dos 3 senhores feudais que lutaram para unificar o Japão, o Tokugawa Ieyasu, iria estabelecer uma burocracia estatal, tornando-se o 1º Shogun da dinastia Tokugawa, que governaria a nação até 1868. Esse é o período da "Sengoku Jidai", em que o Japão entrou em uma verdadeira guerra civil por 143 anos. Esse episódio tá repleto de samurais, ninjas, castelos e figuras históricas como Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu! ________________________________________ Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no Apoiase:⁠⁠ ⁠https://apoia.se/geopizza⁠⁠⁠ Patreon: ⁠⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠⁠ Orelo: ⁠https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard⁠ ______________________________________________ Confira nossa loja 👇⁠⁠⁠ ⁠⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠⁠ ______________________________________________ Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ https://geopizza.com.br/japao-feudal-e-o-xogum-116/
Em 1970, cerca de 89 guerrilheiros foram perseguidos na Amazônia pelo exército brasileiro em um processo que levou 4 anos e envolveu mais de 10 mil soldados. Mais da metade das vítimas da Ditadura no Brasil estiveram envolvidos nesse episódio: a Guerrilha do Araguaia. Entretanto, a maioria das vítimas foram camponeses e agricultores vitimados pelas torturas dos militares, sob a simples suspeita de ajudar os guerrilheiros. Suas propriedades foram confiscadas e destruídas, para tornarem-se bases de operações do exército. Nesse ano de 2024, completa-se 50 anos desde que a Guerrilha do Araguaia acabou, mas as suas cicatrizes são visíveis: hoje, muitos moradores das cidades de São Geraldo, São Domingos, Marabá no Pará e Xambioá no Tocantins têm receio em falar sobre a Guerrilha. Esse medo tem fundamento: em 2001, foi confirmado que o exército, junto com a ABIN, agência brasileira de inteligência, estava espionando a população clandestinamente, intimidando muitos a darem testemunhos falsos para pesquisadores quando lhes perguntavam sobre a guerrilha. Até hoje, diversos familiares não receberam nenhuma pista do governo do que aconteceu com seus filhos, filhas, maridos e esposas assassinados pelo exército, muito menos indenizações de suas propriedades destruídas. ________________________________________ Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no Orelo: ⁠https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard⁠ Patreon: ⁠⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠⁠ Apoiase:⁠⁠ ⁠https://apoia.se/geopizza⁠⁠⁠ ______________________________________________ Confira nossa loja👇⁠⁠⁠ ⁠⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠⁠ ______________________________________________ Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ https://geopizza.com.br/comunistas-e-militares-no-araguaia-115/
Conhece o "Vietnã brasileiro?" 🇻🇳 Durante a década de 1970, o sul do Pará e o norte de Goiás virou uma zona de guerra entre guerrilheiros do PCdoB e o Exército. Aqui, o exército brasileiro organizou a sua maior movimentação de tropas desde a 2º Guerra Mundial. Mais de 10 mil homens do exército, incluindo da Marinha, Força Aérea e Polícias Militares foram enviados para combater 89 guerrilheiros da Guerrilha do Araguaia, criada pelo PCdoB. Por isso, o Araguaia foi chamado de "O Vietnã Brasileiro" por alguns. Inspirada nas revoluções de Cuba, China e Vietnã, integrantes do PCdoB chegaram a conclusão que a "revolução brasileira" deveria começar pelo campo, mais especificamente no Araguaia. Com sua mata fechada, rios abundantes e numerosas serras, a região do Araguaia serviria como abrigos geográficos dos tanques, helicópteros e aviões do exército. De lá, a ideia era que o movimento se espalhasse para outras regiões do país, convocando a população camponesa brasileira a integrar a guerrilha e derrubar a ditadura militar. Assim, nasceu a Guerrilha do Araguaia. Durante quase 8 anos, homens e mulheres das mais variadas idades e classes sociais, caçaram, treinaram e sobreviveram em meio à Amazônia, gestando no Araguaia um movimento auto suficiente que tinha como objetivo deflagrar uma guerra popular prolongada. Campeões de boxe, garimpeiros, professoras, enfermeiras e até dirigentes que trocavam cartas com Mao Tsé-Tung participavam da guerrilha. Mas antes que os comunistas estivessem prontos para exportar a revolução para os camponeses, os militares já tinham sido alertados da existência do grupo. Tal como aconteceu com Canudos, a guerrilha resistiu até o fim, repelindo diversas excursões e campanhas do exército ao longo de alguns anos. _________________________________________ Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no Orelo: ⁠https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard⁠ Patreon: ⁠⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠⁠ Apoiase:⁠⁠ ⁠https://apoia.se/geopizza⁠⁠⁠ ______________________________________________ Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠⁠⁠ ⁠⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠⁠ ______________________________________________ Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ ⁠https://geopizza.com.br/⁠⁠
O pirata mais bem-sucedido da história não foi um homem: foi uma mulher chinesa. Ao contrário da maioria dos piratas que saqueavam navios durante 1 ou 2 anos e geralmente morriam em batalha, Zheng Yi Sao esteve na ativa por 9 anos. Dona de uma frota pessoal de mais de 1400 piratas e 24 navios, ela construiu uma fortuna baseado em saques, contrabandos e extorsão. A pirata ainda comandou uma Confederação de Piratas composta por 5 diferentes frotas que navegava pelo Mar do Sul da China. Com 400 navios e 70 mil homens ao seu dispor, Zheng Yi Sao planejou, coordenou e realizou saques à navios chineses, britânicos e portugueses nos primeiros anos do século 19. Através de uma rede de inteligência e monitoramento, Zheng Yi Sao conseguiu até mesmo monopolizar o comércio marítimo de sal na China. Considerada como uma ameaça nacional, a Marinha Chinesa teve que aliar-se a Marinha Britânica e Portuguesa para tentar captura-la. Em todo caso, os resultados não foram satisfatórios: aos montes, almirantes britânicos e portugueses tornaram-se reféns nos porões da pirata. Escondendo seus navios em baias e cavernas, os piratas tornavam inútil qualquer ajuda estrangeira que desconhecia da geografia local. Além da pirataria, Zheng Yi Sao ainda diversificou sua carreira e construiu diversas casas de jogos em Guangzhou e Macau. Parecia que ninguém conseguia impedi-la. Será? _________________________________________ Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no Orelo: https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard Patreon: ⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠ Apoiase:⁠⁠ https://apoia.se/geopizza⁠⁠ ______________________________________________ Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠⁠⁠ ⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠ ______________________________________________ Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ https://geopizza.com.br/⁠
Pequim, China, 1420 A Cidade Proibida de Pequim foi construída por mais de 1 milhão de trabalhadores ao longo de 14 anos. Seguindo uma série de princípios estéticos, todo detalhe arquitetônico e artístico dos palácios reafirmavam que o imperador era o filho do céu na terra. Esse complexo, conhecida como Cidade Púrpura, foi mais tarde chamada pelos chineses de “Cidade Proíbida” por um motivo muito claro: os seus 980 palácios eram todos restritos aos chineses comuns. Tudo que o imperador da China Zhu Di fez ao longo de seu reinado de 24 anos foi em uma escala monumental, que buscava transmitir grandeza e glória. A Cidade Proibida de Pequim era apenas um desses exemplos: junto dela, o imperador ordenou a construção de navios com 100 m de extensão, para compor a maior marinha do mundo. A Frota do Tesouro, comandada pelo eunuco Zheng He, viajou até lugares tão distantes como o atual Iêmen e o Quênia. Graças às riquezas desse comércio marítimo que foi possível construir a Cidade Proibida de Pequim. Parecia que a China tinha uma prosperidade sem limites diante de si. Mas só parecia mesmo. Pois a magnitude das obras do imperador era equivalente ao tamanho do seu ego e dos erros que ele cometeria. O período de maior expansão externa da China foi seguida pelo período de seu maior isolamento. Ironicamente, a China retirou-se dos mares justamente quando os europeus tentaram encontrar uma rota marítima para a Índia. ______________________________________________ Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no Orelo: https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard Patreon: ⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠ Apoiase:⁠⁠ https://apoia.se/geopizza⁠⁠ ______________________________________________ Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠⁠⁠ ⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠ ______________________________________________ Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ https://geopizza.com.br/⁠
Nanjing, China, 1403. A Frota do Tesouro da China foi a maior Frota Marítima já reunida da história 🇨🇳 Com 317 navios e 27 mil pessoas, uma marinha maior que a chinesa só seria reunida 500 anos depois, durante a 1º Guerra Mundial. Com embarcações com mais de 130 metros de comprimento, o mundo só veria barcos maiores no século 19, com a invenção dos barcos à vapor. Comandada pelo eunuco Zheng He, milhares de navios chineses navegaram em conjunto até a Tailândia, Vietnã, Malásia, Indonésia, Sri Lanka, Índia, Somália e Quênia. Essas viagens, com finalidades diplomáticas e econômicas, estenderam o poder político e a influência da China em todo o Oceano Índico, impactando até mesmo a Austrália. Entre os anos de 1405 a 1433, graças aos seus investimento na tecnologia naval, a China tornou-se a maior potência ultramarina no mundo.
Bagdá, Iraque, 1993 O filho de Saddam Hussein tornou-se a pessoa mais odiada do Iraque, mais que seu próprio pai. Por que? Sádico, mimado, violento e explosivo, Uday Hussein tinha acesso a uma riqueza interminável, tornando-o possível de fazer qualquer coisa, em qualquer lugar. Uday Hussein já tinha executado pessoas em festas em Bagdá, abusado sexualmente de meninas menores de 18 anos, torturado atletas olímpicos por perderem partidas e muito mais. Qualquer brincadeira ou desrespeito com Uday poderia significar meses de tortura ou morte. Com dezenas de palácios, milhares de carros de luxo, roupas de marca, animais exóticos contrabandeados e armas folheadas a ouro, Uday Hussein exibia sua riqueza tal como sua violência. Sem amigos e constantemente movido à álcool e cocaína, Uday Hussein tinha até mesmo um dublê com sua aparência e altura, para confundir mercenários que tentassem assassina-lo. ______________________________________________ Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no Apoiase:⁠⁠ https://apoia.se/geopizza⁠⁠ Patreon: ⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠  Orelo: https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard ______________________________________________ Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠⁠⁠ ⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠ ______________________________________________ Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ https://geopizza.com.br/⁠
Iraque, 2003. Governado por Saddam Hussein durante 24 anos, o Iraque foi considerado parte de um “eixo do mal” de acordo com o ex-Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Chamado de o “louco do Oriente Médio” Saddam era acusado de financiar organizações terroristas, invadir países como o Irã e Kuwait, utilizar armas químicas em civis e de perpetuar sua família em posições de poder. Saddam tinha, de fato, feito tudo aquilo que lhes acusavam. De tudo isso, ele só não só não era um louco. Saddam não era impulsivo, agia com critério e era bajulado por vários líderes internacionais. Com um complexo messiânico de poder ilimitado, agressão desenfreada, uma perspectiva paranóica e aspirante à monarca, Hussein se considerava destinado a liderar todos os povos árabes a viver sob uma mesma nação, em uma ideologia conhecida como pan-arabismo. Considerando-se um descendente do rei babilônico Nabucodonosor, do profeta Maomé e do sultão Saladino, Saddam queria ser lembrado como um grande conquistador do mundo árabe. Constantemente rodeado de conselheiros, guarda-costas e dublês, todos tinham medo de contradizê-lo. Junto com seus dois filhos, Udey e Qusay, a família Hussein controlava quase todos os assuntos nacionais do Iraque: política, esporte e a cultura. Em 1991, Saddam Hussein teve em suas mãos o 6º exército mais poderoso do mundo, financiado pelo seu maior parceiro comercial, os Estados Unidos. ______________________________________________ Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no: Apoiase:⁠ https://apoia.se/geopizza⁠ ou Patreon: ⁠https://patreon.com/geopizza⁠ (se você mora fora do Brasil) ______________________________________________ Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠ https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠ ______________________________________________ Fontes completas e dicas culturais no nosso site⁠ https://geopizza.com.br/⁠
No Brasil do século 19, os africanos que conseguiam comprar sua liberdade tinham a opção de "retornar" à África. Para as autoridades brasileiras, os ex-escravizados libertos, sejam africanos ou não, eram um empecilho à modernização do país que visava estimular a migração européia e branca. Assim, sucessivas leis discriminatórias foram postas em prática, que não reconheciam de nenhuma forma ex-escravizados libertos como cidadãos brasileiros, nem mesmo aqueles libertos que tinham nascido no Brasil. Tudo isso tinha uma premissa clara: expulsar os libertos do Brasil. Para onde eles iriam? Nos olhos das autoridades, de onde eles tinham vindo: da África Um liberto que topava fazer essa viagem, levava um sonho de viver seus últimos dias na terra em que nascera, na terra em que seus ancestrais foram enterrados. Assim, de 1835 - 1866, uma média de 400 libertos por ano estavam indo para a África. Ao longo do tempo, a comunidade desses retornados expandiu ao ponto que chegou a 7 - 8 mil pessoas no final do século 19. Entretanto, ao chegar ao continente africano, muitos deles lidaram com desafios que jamais imaginariam. Seus principais povos de origem e aldeias, tinham sido exterminados ou tinham migrado. Eles foram forçados a morar em locais da costa da África que nunca tinham morado anteriormente. No Benin, esses retornados brasileiros foram apelidados de Agudás. No Togo, são chamados de amarôs. Em Gana, são chamados de Tabom. Nos povoados que formaram na costa da África, os libertos construíam suas casas semelhante aos sobrados do Brasil, comiam pratos como feijoada e até dançaram festas como bumba-meu-boi Até 1920 o português era a principal lingua falada entre eles e até a década de 1970, alguns descendentes lembravam de provérbios, canções e expressões em português. ______________________________________________ Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no: Apoiase:⁠ https://apoia.se/geopizza⁠ ou Patreon: ⁠https://patreon.com/geopizza⁠ (se você mora fora do Brasil) Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠ https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠ ______________________________________________ Fontes completas e dicas culturais no nosso site⁠ https://geopizza.com.br/⁠
Em 1882, o Egito tornou-se um protetorado britânico, embora já estivesse sofrendo uma profunda influência europeia há quase um século. Desde 1801, o governante egípcio Muhammad Ali havia aplicado moldes europeus nas instituições, escolas, exército e nas cidades egípcias. Graças a isso, os britânicos garantiram posições de poder no país, liderando cargos científicos e burocráticos. Acumulando riqueza, eles compravam grandes plantações e construíram suas mansões longo do Nilo. Tamanha foi sua influência, que um dos projetos comerciais mais ambiciosos do mundo - o Canal de Suez - foi proposto e executado no Egito em 1869 através de firmas europeias. Curiosamente, o Egito não tinha direito algum de usufruir dos lucros do canal: eles pertenciam apenas aos britânicos e franceses. Em uma tentativa de se adequar aos moldes europeus e transformar Cairo em uma "Paris no Nilo" o Egito afundou-se em dívidas que obrigaram-lhe a ceder sua autonomia a Grã-Bretanha. Com a oficialização da ocupação britânica em 1882, um regime praticamente colonial foi instaurado, segregando a capital em bairros para europeus e bairros para egípcios. Em uma passagem do livro "Os Condenados da Terra” o autor Frantz Fanon escreve sobre Cairo, que: “ O mundo colonial é um mundo cortado em dois. Embora opostos, a cidade colonial depende de seu oposto oriental. A cidade do colono é uma cidade fortemente construída de pedra e aço. É uma cidade bem iluminada; as ruas são de asfalto e as latas de lixo engolem os restos, invisíveis, desconhecidos e mal pensados. As ruas são limpas, planas e sem buracos. A cidade do colono é uma cidade bem alimentada; sua barriga está sempre cheia de coisas boas. A cidade do colono é uma cidade de brancos, de estrangeiros, de europeus. Já a vila dos colonizados, a vila nativa, a aldeia, a medina, é um lugar de má fama, povoado por homens de má reputação. Eles nascem lá, pouco importa onde e como se alimentam; eles morrem lá, não importa onde, nem como. É um mundo sem espaço; onde as cabanas são construídas umas em cima das outras. A cidade nativa é uma cidade faminta, faminta de pão, de carne, de sapatos, de carvão e de luz. A cidade nativa é uma aldeia agachada, uma cidade de joelhos, uma cidade chafurdando na lama. É uma cidade de estômagos vazios e de pés descalços. A vila nativa é uma cidade de negros e árabes.“ No início do século 20, diversas guerrilhas rurais e urbanas surgiram por todo o Egito, clamando por independência. ______________________________________________ Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no: Apoiase:⁠ https://apoia.se/geopizza⁠ ou Patreon: ⁠https://patreon.com/geopizza⁠ (se você mora fora do Brasil) Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠ https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠ ______________________________________________ Fontes completas e dicas culturais no nosso site⁠ https://geopizza.com.br/⁠
Em 1922, arqueólogos britânicos encontraram a primeira tumba intacta de um faraó no mundo: a tumba do Rei Tutancamon. Rapidamente o “Rei Tut” tornou-se um fenômeno midiático na Europa e nos Estados Unidos. Músicas, livros e filmes foram produzidos em sua homenagem: era uma verdadeira Egitomania. Na sociedade britânica, os homens passaram a vesitr casacos com botões com a forma de cabeça de Tutancamon, enquanto as mulheres usavam broches no cabelo com forma de escaravelhos. Os pertences encontrados na tumba do faraó, como cadeiras, jóias e estátuas, revolucionaram a arquitetura e a moda europeia. Edifícios britânicos foram construídos com colunas egípcias em suas fachadas, com seus interiores com móveis inspirados nos pertences Tutancamon. O fascínio com o Egito chegou a tal ponto que um escocês, chamado de James Alexander, iniciou uma campanha de arrecadamento público para construir um navio e transportar um obelisco de mais de 200 toneladas do Egito até Londres. Sua mobilização foi um sucesso, sendo o motivo pelo qual existe um obelisco egípcio no meio de Londres. O fascínio dos britânicos com o Egito também revelava uma profunda preocupação da sociedade vitoriana: o Egito, uma das civilizações mais poderosas do mundo, agora era uma nação de ruínas. Os ingleses, queriam evitar que o Império Britânico colapsasse de forma semelhante. ______________________________________________Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no: Apoiase: https://apoia.se/geopizza Picpay: ⁠https://picpay.me/geopizza ou Patreon: https://patreon.com/geopizza Confira nossa loja do Geopizza, a Geostore 👇https://shopee.com.br/shop/482090101/______________________________________________ Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/
Em 1798, o general francês Napoleão Bonaparte, com 29 anos, escreveu: “Minha glória já desapareceu. Devo procurá-la no Oriente. Esta pequena Europa não é o suficiente." Para Napoleão, o Egito era uma terra faraônica e bíblica, de imperadores como Alexandre o Grande e Cleópatra. Era o espaço de uma civilização "perdida" que havia construído os monumentos mais impressionantes da Antiguidade. Embora o Egito fosse tudo isso, a realidade mostraria para Napoleão que seus conhecimentos sobre o país estavam desatualizados e envoltos em romance. Em pouco tempo, a conquista militar do Egito por Napoleão se mostrou um fracasso completo. Durante a campanha, os franceses assassinaram milhares habitantes egípcios, assim como turcos e sírios. Os próprios soldados de Napoleão sucumbiram em números ainda maiores pela peste. A derrota militar de Napoleão no Oriente Médio foi explícita para todos, mas o mesmo não pôde ser dito sobre a sua "conquista científica". Além do seu exército, Napoleão trouxe 167 cientistas para estudar o Egito. A cada novo templo e tumba que era escavado pela expedição científica de Napoleão, o público europeu ficava cada vez mais eufórico pelas últimas revelações no país. Aos poucos, uma verdadeira euforia começou a apossar-se das mentes e dos corações dos europeus em relação ao Egito. Todos queriam saber quem foi Ramsés II, Nefertiti ou que segredos estavam escondidos no templo de Luxor. Enciclopédias, romances e guias ilustrados sobre o Egito começaram a ser comercializados nas principais metrópoles franceses, britânicas e austríacas. Aproveitando-se daquele fenômeno, Napoleão ordenou a confecção de diversos manuais descritivos do país, aumentando ainda mais o interesse popular pelo país. Graças a essa euforia, Napoleão não foi visto como um general inexperiente e fracassado, mas sim como um conquistador "científico" que trouxe "luz" ao decrépito país. Para os europeus, o Egito se tornou um fenômeno cultural. Entretanto, para os egípcios, a Europa tornou-se o sinônimo de colonização e brutalidade. Enquanto os europeus idealizavam o Egito em Londres ou Paris, na vida real, os soldados franceses em Cairo desprezavam o islã, entravam com suas botas sujas nas mesquitas e eram truculentos com os vendedores nos bazares. Era um paradoxo: enquanto os europeus desprezavam o Egito e a civilização árabe, eram fascinados por aquele Egito romantizado. ______________________________________________ Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no: Apoiase: https://apoia.se/geopizza Picpay: ⁠https://picpay.me/geopizza ou Patreon: https://patreon.com/geopizza Confira nossa loja do Geopizza, a Geostore 👇https://shopee.com.br/shop/482090101/ ______________________________________________ Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/
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Comments (25)

Andreia deiavicente

putz. Eh tanto grito que desanimei de ouvir no começo. parece que estão fazendo um show.

Feb 19th
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Gleybson Andrade

estou chocado com os relatos como os escravos eram tratados, impossível uma alma humana ouvir e não sentir repugnância a essa passado tenebroso desta sociedade

Apr 29th
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Endrio

O transporte é realmente um grande problema no Amazonas, tem cidades que estão há 10 anos esperando pela construção de um aeroporto.

Dec 4th
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Endrio

Temos que agradecer muito esse Manoel Calado. kkkkk

Dec 3rd
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Endrio

Comecei ouvir pelo 57, foda. Eu não tinha visto o ep. 56.

Dec 2nd
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Endrio

Esses relatos sem dúvida deixam o episódio ainda melhor.

Nov 30th
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Endrio

Finalmente um podcast que não faz episódios só sobre a história do sudeste.

Sep 30th
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Prismo

isso me lembrou uma certa musica do tim maia, agora ela finalmente faz sentido

Jul 16th
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Eduardo Rodrigues

Não sai áudio

Jul 2nd
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Elsino Silva

Está sem áudio

Jul 1st
Reply (1)

Aquiles Brum

Esse "por causa que..." é irritante!

Jun 26th
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Prismo

tem que ser assim mesmo taokei!

Jun 13th
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Erivelton Nobrega

não existe os livros traduzidos? ou um resumão, a narrativa é mega interessante

Mar 18th
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João Kviatkoski

Mais um episódio excelente, como sempre

Feb 6th
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Gabriel Cândido

E imaginar que esse lixo do Duterte é adorado por muita gente

Feb 2nd
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Rogério Felipe Batista de Sousa

conteúdo bom demais mas vocês ficam falando baixo e do nada falam gritando para quem está usando fone é incomodo

Jan 11th
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Vinícius Souza

06:50

Jan 11th
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Vinícius Souza

07:50

Dec 15th
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Lucas Soranz

Bah, muito bom! obrigado pelos ensinamentos!

Oct 13th
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Wallysson Santana

Tem algo errado com feed aqui, notei atraso de 3 dias pra pingar aqui.

May 23rd
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