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Insurgência & Anarquia

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Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (em russo: Михаил Александрович Бакунин; Premukhimo, 30 de maio de 1814 — Berna, 1 de julho de 1876), também aportuguesado de Bakunine ou Bakúnine, foi um teórico político, sociólogo, filósofo e revolucionário anarquista. É considerado uma das figuras mais influentes do anarquismo e um dos principais fundadores da tradição social anarquista. O enorme prestígio de Bakunin como ativista o tornou um dos ideólogos mais famosos da Europa e sua influência foi substancial entre os radicais da Rússia e da Europa.
Bakunin cresceu em Premukhimo e morou em uma propriedade familiar localizada em Tver Governorate, para onde se mudou com a intenção de estudar filosofia. Em Tyer ele passou a ler as enciclopédias francesas, entusiasmando-se particularmente pela filosofia de Johann Gottlieb Fichte. A partir de Fichte, Bakunin conheceu as obras de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o pensador mais influente entre os intelectuais alemães da época. Em 1840, Bakunin viajou para São Petersburgo e Berlim com a intenção de se preparar para a cátedra de filosofia ou história na Universidade de Moscou. Em 1842, Bakunin mudou-se para Dresden. Posteriormente viajou para Paris, onde conheceu Pierre-Joseph Proudhon e Karl Marx.
O radicalismo crescente de Bakunin - incluindo sua oposição ao imperialismo russo – pôs fim às esperanças de uma carreira na docência. Ele foi deportado da França por militar contra a opressão russa exercida na Polônia. Em 1849, Bakunin foi interrogado em Dresden por conta de sua participação na rebelião checa de 1848 e acabou levado à Rússia, onde foi preso na Fortaleza de São Pedro e São Paulo em São Petersburgo. Ele permaneceu preso até 1857, quando acabou exilado em um campo de trabalho na Sibéria. Conseguindo fugir para o Japão, passou pelos Estados Unidos e finalmente chegou em Londres, onde trabalhou com Aleksandr Ivanovitch Herzen no jornal Kolokol ("O Sino"). Em 1863 ele deixou o Reino Unido com a intenção de se juntar à insurreição na Polônia, mas não conseguiu chegar ao seu destino.
Em 1868, Bakunin se juntou à Associação Internacional dos Trabalhadores, federação de sindicatos e trabalhadores que possuía filiais espalhadas por muitos países europeus, bem como pela América Latina, norte da África e Oriente Médio. A influência “bakuninista" rapidamente se expandiu, especialmente pela
Espanha. Bakunin envolveu-se então numa contenda com Karl Marx, que era uma figura-chave no Conselho Geral da Associação. O Congresso de Haia
de 1872 foi dominado por uma luta entre os seguidores de Marx, que defendiam o uso do Estado para provocar o socialismo e a facção anarquista de Bakunin, que argumentava em prol da substituição do Estado por federações locais de trabalho autônomos. Bakunin não pôde participar do congresso, pois não conseguiu chegar à Holanda a tempo. Diante da ausência do líder, a facção anarquista acabou perdendo e Bakunin foi expulso por Marx, sob a alegação de manter uma organização internacional secreta.
No entanto, os anarquistas persistiram na ideia de que o congresso não foi representativo. O grupo bakuninista, muito maior em número, ultrapassou o pequeno rival marxista, que se mantinha isolado em Nova York. Essa vitória contribuiu muito para a disseminação global do anarcosocialismo. Durante esses debates, bem como em seus escritos teóricos, Bakunin articulou e combinou as ideias básicas do sindicalismo e do anarquismo, e desenvolveu uma análise estratégica do anarquismo. Bakunin abandonou então o nacionalismo anti-imperialista que adotara durante a juventude. Entre 1870 e 1876, Bakunin escreveu algumas de suas obras mais longas, como o Estatismo e Anarquia e o Império Knuto Germânico e a Revolução Social, cujo texto Deus e o Estado
é um trecho dessa obra. Mesmo exercendo intensa atividade intelectual, Bakunin permaneceu participando ativamente como militante.
François Claudius Koënigstein, mais conhecido como Ravachol (Saint-Chamond, 14 de Outubro de 1859 — Montbrison, 11 de Julho de 1892), foi um dos mais famosos anarquistas ilegalistas franceses, tornando-se a seu tempo o arquétipo do "anarquista lançador de bombas" através de suas ações diretas violentas contra a Terceira República Francesa. Da perspectiva legalista, Ravachol entrou para história como um dos grandes terroristas do século XIX.
Biografia completa em Wikpedia
Hoje, a democracia domina o mundo. Os regimes comunistas estão mortos há muito tempo, todos os países de terceiro mundo fazem eleições e os líderes mundiais se encontram para planejara “comunidade global” da qual ouvimos tanto falar. Então por que não estão todos felizes? A propósito, por que tão poucas das pessoas que podem votar nos Estados Unidos, o maior exemplo de democracia, não se dão ao trabalho de ir votar? Será que a democracia, há muito tempo a palavra preferida por toda revolução e resistência, simplesmente não é democrática o suficiente? O que poderia ser mais democrático?
Fonte: Facção Fictícia
Emma Goldman (Kaunas, 27 de junho de 1869 — Toronto, 14 de maio de 1940) foi uma anarquista lituana, conhecida por seu ativismo, seus escritos políticos e conferências que reuniam milhares de pessoas nos Estados Unidos. Teve um papel fundamental no desenvolvimento do anarquismo na América do Norte na primeira metade do século XX.
Goldman nasceu em Kovno (atual Kaunas), na Lituânia - que era, então, parte do Império Russo. Emigrou para os Estados Unidos em 1885 e viveu em Nova Iorque, onde conheceu e passou a fazer parte do florescente movimento anarquista.[1] Atraída pelo anarquismo após a Revolta de Haymarket, Goldman tornou-se uma renomada ensaísta de filosofia anarquista e escritora, escrevendo artigos anticapitalistas bem como sobre a emancipação da mulher, problemas sociais e a luta sindical. Ela e o escritor anarquista Alexander Berkman, seu amante e companheiro por toda vida, planejaram assassinar Henry Clay Frick como uma ação de propaganda pelo ato. Embora Frick tenha sobrevivido ao atentado, Berkman foi sentenciado a vinte e dois anos na cadeia. Goldman foi presa várias vezes nos anos que se seguiram, por "incentivar motins" e ilegalmente distribuir informações sobre contracepção. Em 1906, Goldman fundou o jornal anarquista Mother Earth (Mãe Terra).
Fonte: Wikipedia
Para mudar tudo, comece por todos os lugares.
Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (em russo: Михаил Александрович Бакунин; Premukhimo, 30 de maio de 1814 — Berna, 1 de julho de 1876), também aportuguesado de Bakunine ou Bakúnine, foi um teórico político, sociólogo, filósofo e revolucionário anarquista. É considerado uma das figuras mais influentes do anarquismo e um dos principais fundadores da tradição social anarquista. O enorme prestígio de Bakunin como ativista o tornou um dos ideólogos mais famosos da Europa e sua influência foi substancial entre os radicais da Rússia e da Europa.
Bakunin cresceu em Premukhimo e morou em uma propriedade familiar localizada em Tver Governorate, para onde se mudou com a intenção de estudar filosofia. Em Tyer ele passou a ler as enciclopédias francesas, entusiasmando-se particularmente pela filosofia de Johann Gottlieb Fichte. A partir de Fichte, Bakunin conheceu as obras de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o pensador mais influente entre os intelectuais alemães da época. Em 1840, Bakunin viajou para São Petersburgo e Berlim com a intenção de se preparar para a cátedra de filosofia ou história na Universidade de Moscou. Em 1842, Bakunin mudou-se para Dresden. Posteriormente viajou para Paris, onde conheceu Pierre-Joseph Proudhon e Karl Marx.
Fonte: Wikipedia
Para deixar claro, este programa não representa nosso coletivo como um todo, nem o movimento anarquista internacional. Devem haver tantos programas quanto anarquistas no mundo. Ao ler isso, reflita sobre o que ressoa e o que não ressoa; pense sobre quais mudanças você deseja fazer no mundo e quais meios de mudança são consistentes com seus valores e desejos.
Fonte: CrimethInc
Piotr Alexeyevich Kropotkin (em russo: Пётр Алексе́евич Кропо́ткин; Moscou, 9 de dezembro de 1842 — Dmitrov, 8 de fevereiro de 1921) foi um geógrafo, economista, cientista político, sociólogo, zoólogo, historiador, filósofo e ativista político russo, um dos principais pensadores do anarquismo no fim do século XIX, considerado também o fundador da vertente anarco-comunista. Suas análises profundas da burocracia estatal e do sistema prisional também são relevantes na área de criminologia.
Escreveu livros hoje considerados clássicos do pensamento libertário, dentre os quais se destacam A Conquista do Pão (Хлеб и воля) e Memórias de um Revolucionário (Записки революционера), ambos publicados em 1892, Campos, Fábricas e Oficinas (Поля, фабрики и мастерские), de 1899, e Mutualismo: Um Fator de Evolução (Взаимопомощь как фактор эволюции), publicado em 1902. Durante um longo período, também contribuiu para a Enciclopédia Britânica, tendo sido o autor do verbete "Anarquismo", entre outros.
Fonte: Wikpedia
Doutor em História Social pelo Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), com bolsa pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH - UNIFESP), com bolsa também pela CAPES. É Bacharel e Licenciado em História nessa mesma instituição. Desenvolveu pesquisas como bolsista de iniciação científica pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (2011-2013). Foi professor da rede estadual de ensino pela Secretária da Educação do Estado de São Paulo e atualmente é professor pela Secretária Municipal de Educação (SME-SP). Membro do grupo de pesquisa História, Memória e Patrimônio do Trabalho da Universidade Federal de São Paulo, do Conselho Editorial da Revista Angelus Novus (RAN), da Universidade de São Paulo, e do Instituto de Teoria e História Anarquista (ITHA). Foi membro-fundador da revista discente do Programa de Pós-Graduação em História da UNIFESP, Revista Hydra, e integrante do Conselho Editorial do periódico (2016-2017). Dedica-se principalmente nas áreas da História Social do Trabalho e da História Política sob os seguintes temas: imprensa operária, trajetórias políticas, anarquismo, sindicalismo, socialismo, anticlericalismo, educação popular, internacionalismo e transnacionalismo no período da Primeira República no Brasil. Também tem se dedicado ao estudo do ambientalismo revolucionário contemporâneo e o antiespecismo. Email: kauanwillian09@gmail.com
David Graeber (Nova Iorque, 12 de fevereiro de 1961 - Veneza, 2 de setembro de 2020) foi um escritor, ativista anarquista, antropólogo e professor de Antropologia estadunidense.
Graeber ficou conhecido por sua participação ativa em movimentos sociais e políticos. Ele ajudou a organizar o Occupy Wall Street e os protestos contra o Fórum Econômico Mundial de 2002. Foi membro do Industrial Workers of the World (IWW) e fez parte do comitê da Organização Internacional para uma Sociedade Participativa (em inglês: International Organization for a Participatory Society). Foi professor associado de antropologia social na Escola de Economia e Ciência Política de Londres (LSE) na Universidade de Londres. Também foi professor associado na Universidade de Yale, instituição que, anteriormente, se negou a recontratá-lo após o término de seu contrato em junho de 2007, assunto em torno do qual se apresentam controvérsias e cartas de apoio ao professor e de repúdio à decisão da diretoria da universidade.
Fonte: Wikpedia
As pessoas se preocupam com as eleições em níveis nada saudáveis. Isso não quer dizer que todo mundo vota, ou acha que votar muda algo e vale a pena; pelo contrário, um número cada vez maior de pessoas faz questão de votar branco ou nulo. Mas quando você conversa sobre política, de opinar sobre a atual situação do país, o voto é a única estratégia em que as pessoas conseguem pensar — votar e influenciar o voto das outras pessoas.
Será que é por isso que tantas pessoas se sentem desempoderadas? Digitar um par de números anonimamente uma vez por ano, ou a cada quatro anos, basta para nos sentirmos incluídos no processo político ou para ter influência sobre ele? Mas o que há além do voto?
- CrimethInc
Vivemos uma época turbulenta. Manifestações e contramanifestações, bloqueios, revoltas e confrontos explodem com frequência. Além disso, ações diretas solidárias e de apoio mútuo são cada vez mais presentes para manter pessoas e comunidades com vida e saúde em meio a crises sanitárias e econômicas que o capitalismo apresenta. Já passou da hora de nos organizarmos para os levantes que estão a caminho.
Mas organizar-se não significa ingressar em uma instituição preexistente e receber ordens. Não deve significar perder sua capacidade de agir e inteligência para, ao final, se tornar apenas uma engrenagem em uma máquina. De uma perspectiva anarquista, a estrutura organizacional deve elevar ao máximo tanto a liberdade quanto a coordenação voluntária em todos os níveis e escalas, desde o menor grupo até a sociedade como um todo.
Errico Malatesta, (1853-1932) - o último teórico clássico do anarquismo.
Nasceu perto de Nápoles, Itália, de uma família de classe média. Rebelde indomável com “60 anos de carreira” como agitador social, foi também grande escritor, talvez o que o francês Henri Bergson se referia ao dizer que: “Precisamos agir como homens de pensamento e pensar como homens de ação”.
Foi preso pela primeira vez aos 14 anos por escrever uma carta “insolente e ameaçadora” ao Rei Victor Emmanuel II da Itália reclamando de injustiças sociais. Cursou medicina por três anos, mas foi expulso por atuar nos movimentos estudantis republicanos da Universidade de Nápoles. Participou da Comuna de Paris, em 1871, onde trocou as ideias republicanas pelo anarquismo e se inscreveu na Internacional dos Trabalhadores, tornando-se discípulo e amigo do Mestre Bakunin.
Malatesta era uma figura muito popular e atraia “fãs” aos milhares pelo mundo afora. Incendiou as sociedades de países como Suíça, Espanha, Egito, Romênia, França, Bélgica, Inglaterra, Cuba, EUA e Argentina. Trabalhou como eletricista, mecânico e até vendedor de sorvete enquanto participava das insurreições e escrevia textos libertários. No total, passou 10 anos de sua vida como preso político.
Só voltou à Itália depois da 1ª Guerra, sendo preso após participar, dentre outros, de ocupações de fábricas. Com a chegada de Mussolini ao poder, Malatesta foi processado por suas declarações antifascistas, mas já era muito conhecido e querido pelo povo para simplesmente ser preso ou executado. Teve um final de vida relativamente quieto, se sustentando como eletricista e morrendo em prisão domiciliar em Roma no ano de 1932.
Maria Lacerda de Moura se definia como intelectual, pacifista e feminista. Na imprensa, escreveu sobre os movimentos em que militou sem deixar de criticá-los: o feminismo, por não acolher mulheres negras e pobres; o comunismo, por pregar hierarquias excessivas no governo; o anarquismo, por ser tão radical a ponto de não aproveitar boas estratégias de outros sistemas políticos. A descrição poderia ser a de muitas jovens de hoje, mas pertence a uma mulher que viveu no século passado, e que foi uma das primeiras feministas do Brasil.
Publicado em 1871 no periódico Arauto do Governo em Moscou como um manifesto da Sociedade Secreta da Retaliação do Povo, que inspirou Dostoievski a escrever Demônios. Redigido por Sergei Netchaev com a suposta colaboração de Mikhail Bakunin em 1869 D.C.
Maria Lacerda de Moura se definia como intelectual, pacifista e feminista. Na imprensa, escreveu sobre os movimentos em que militou sem deixar de criticá-los: o feminismo, por não acolher mulheres negras e pobres; o comunismo, por pregar hierarquias excessivas no governo; o anarquismo, por ser tão radical a ponto de não aproveitar boas estratégias de outros sistemas políticos. A descrição poderia ser a de muitas jovens de hoje, mas pertence a uma mulher que viveu no século passado, e que foi uma das primeiras feministas do Brasil.