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Lavando Louça com Sócrates

Lavando Louça com Sócrates
Author: Lavando Louça com Sócrates
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© Lavando Louça com Sócrates
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E aí, já lavou a louça hoje? Já deu aquela ajeitada na casa? Não? Então pega o fone de ouvido, aperte o play e garanta já a sua crise existencial na companhia do filósofo, historiador e apaixonado por doguinhos, @yuri_socrates. Um podcast focado em reflexões filosóficas sobre a vida, seus dramas, medos e angústias. Garanto, a cada episódio, uma dose confortável de desconforto existencial!
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Foi uma longa jornada: da razão kantiana à revolta camusiana. Da crença no progresso à erosão do sentido e ao anúncio de uma liberdade radical. Em nosso cotidiano seguimos fazendo os gestos da existência: somos funções, carreiras, amigos, filhos e muitos outros personagens. Mas quem somos nós? Quem somos, além de nossos nomes, sobrenomes ou currículos? Há algum momento em que nos autorizamos a uma experiência pura da existência, desvinculada de adjetivos ou reflexões? Ou somos reféns constantes desde baile de máscaras que chamamos de sociedade? Hoje nossos devaneios são com alguns nomes novos neste podcast, porém não menos impactantes: Nishida Kitarō, Keiji Nishitani, Yukio Mishima e Osamu Dazai. Apreciem sem moderação!
O que significa ser livre? A liberdade tem limites? Se sim, de onde surgem os limites? São exteriores ou interiores à pessoa? Constatar que "a existência precede a essência" é um passo para a liberdade, mas quais os custos reais de ser livre? A filosofia existencialista culmina em uma filosofia dos limites: reconhecer a própria liberdade é entender as consequências das próprias escolhas e ser capaz de limitar a si mesmo. Mergulhemos juntos na filosofia do absurdo, de Albert Camus, refletida a partir do principal impulso à liberdade humana: a revolta.
O copo que você está usando tem um propósito: ele deve levar líquidos até você. E se você utilizá-lo como arma, como peso de papel ou como vaso, ele seguirá tendo um propósito pré-determinado. Mas e você? Qual o seu propósito? Você possui uma essência ou você simplesmente existe, sem um sentido objetivo? Para Jean Paul Sartre, “a existência precede a essência”. Venha comigo para a terceira parte da série Existencialismo, em que exploraremos os pensamentos de Sartre e Simone de Beauvoir à luz da fenomenologia do século XX.
A pergunta não é “qual o sentido da vida?”, mas “e se a vida não tiver um sentido?” Diante desta pergunta existe uma certeza: a angústia. Este desconforto que habita cada um de nós e que parece nunca silenciar. Neste episódio, a segunda parte da série Existencialismo, exploro as relações de Søren Kierkegaard e de Friedrich Nietzsche com o sentimento de angústia e, principalmente, seus desdobramentos para a reflexiva existência humana. Dar o salto ou superar?
O Existencialismo questiona não apenas qual é o sentido da vida, mas, principalmente, se a vida de fato tem um sentido. E a partir desta questão incorremos em outra: e se não tiver sentido, por que seguimos? Nesta série de cinco episódios exploraremos a trajetória do Existencialismo: de seus nascimento, através do questionamento sobre a racionalidade humana, até a sua explosão entre os séculos 19 e 20. Muitas louças serão lavadas e provavelmente você vai faxinar a casa toda, pois partiremos de Kant e Schopenhauer, passando por Kierkegaard, Nietzsche, Sartre, Beauvoir, Camus e, por fim, falaremos sobre dois existencialistas japoneses do século 20, inéditos neste podcast e cujos nomes vocês saberão em breve. Erga as mangas, coloque o fone, dê o play e bora pra mais um desconforto existencial!
Não. O ser humano não pensa tão rapidamente quanto acredita pensar. O pensamento demora e leva horas, dias, semanas ou mais tempo. E isso se deve ao fato de que não vivemos apenas pensando, mas experienciando o mundo. E é através da soma entre pensamento e experiência que efetivamente criamos uma obra, seja ela escrita, visual ou sonora. Mas em uma era de banalização da informação e da explosão das IAs, incorremos em algo muito pior do que não produzir nada: produzimos demais, porém apenas obras vazias, cópias de cópias. Vivemos uma ilusão de que podemos, ainda que estejamos com as mãos e as mentes atrofiadas.
Segundo o mito dos andróginos, os seres humanos estão fadados a vagarem pelo mundo procurando por algo ou alguém que lhe falta. Isto, para Platão, é o amor: uma ausência, um vazio que tentamos preencher. Mas será que esta ausência é algo necessariamente ruim? Ou será que é justamente desta ausência que precisamos para entendermos o que é a vida? Bora, que hoje o teu coraçãozinho de pedra vai sentir!
Se eu posso, será que eu devo? Esta é uma das principais perguntas do campo conhecido por "filosofia ética", em que investigamos os alcances e limites das nossas ações, bem como suas repercussões. As inteligências artificiais entraram para este debate recentemente, uma vez que afetam diretamente inúmeros campos humanos, como as produções artísticas e de conhecimento, a temporalidade e, principalmente, a ideia de produtividade. Pois bem, venham comigo e meus amigos Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Byung Chul Han e, inclusive, Immanuel Kant para um papo acerca dos limites éticos da IAs.
Todo mundo já ouviu falar da famosa frase “só sei que nada sei”, mas o que ela significa? Além disso, como Sócrates desenvolveu esta linha de raciocínio que levou ao nascimento do que chamamos de filosofia antropológica? Amado por seus discípulos e odiado por muitos cidadãos atenienses, Sócrates entrou para a história da filosofia como um pensador crítico, questionador e erótico, o que, logicamente, teve um preço elevado.
Sempre falo que a melhor leitura é aquela que desconforta e que abala algo em nós. E se você acompanha este podcast, imagino que goste daquela dor no peito que vem ao ler uma passagem reflexiva de algum livro, capaz de te fazer repensar a própria vida e suas escolhas. Pois bem, aqui vão cinco obras que destruíram muitas falsas certezas em mim e que espero que tragam, a todos vocês, muitas dores existenciais!
O que é o absurdo? O que é a angústia de perceber que nunca conhecerá definitivamente o mundo ao seu redor ou a si mesmo? Como viver com esta angústia existencial, sem negá-la, sem fugir dela e de suas consequências?Enfim, meus caros ouvintes, um episódio centrado especificamente na obra “O mito de Sísifo”, de Albert Camus. Vivam absurdamente.
O papo de hoje é só entre titãs: Milan Kundera, Ludwig Wittgenstein, Johan Huizinga e (claro) Albert Camus. Por que? O que tem em comum entre todos estes nomes? Todos trabalharam com carinho o tema do humor e a forma como a ironia, a piada e o absurdo fazem parte do nosso cotidiano. É através do humor que aprendemos a viver. E é através do humor, também, que aprendemos a resistir ao peso da existência. As obras de referência para este episódio foram: Risíveis Amores (Milan Kundera), Cultura e Valor (Ludwig Wittgenstein), Homo Ludens (Johan Huizinga) e A Queda (Albert Camus).
O absurdo pode confrontar qualquer um, em qualquer momento. É a marca humana: perceber a existência e se perguntar sobre ela. Buscar um sentido, um significado objetivo que justifique tudo o que já aconteceu. Mas não importa o quando buscamos este sentido, há sempre um silêncio após a resposta provisória. Há sempre um absurdo. Há sempre uma cisão entre o ser humano e o universo que o rodeia. Como viver uma vida destituída de sentido? E será que a vida destituída de sentido pode ser bem vivida?
O tédio é o momento em que o indivíduo retorna a si, sendo capaz de conversar consigo mesmo e de fazer juízo do mundo ao seu redor. Mas o que acontece quando vivemos rodeados por distrações, sons e entretenimentos? O que acontece quando nos privamos de pensar sobre o mundo que nos cerca? Recaímos na objetificação do mundo e nos iludimos com o pensamento tentador de que somos os protagonistas da existência. E este é o primeiro passo para uma existência solitária, vazia e não reflexiva. No papo de hoje discutimos as ideias de David Foster Wallace, nomeadamente das obras Isto é Água e O Rei Pálido, com doses de Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche.
Como você se sentiria se fosse condenado a reviver a sua vida repetidas vezes, com os problemas e as alegrias, com os medos e os sorrisos? Você aceitaria ter que viver novamente tudo o que já viveu? Ou você veria esta condenação como uma horrível punição? Esta pergunta, elaborada por Friedrich Nietzsche no século XIX, representa o malabarismo humano do cotidiano, que vagueia entre duas possibilidades: determinismo e liberdade. E neste primeiro episódio de 2025 exploraremos os impactos destas questões sobre a forma como observamos e conduzimos a vida.
Tem muito pouco na vida que importa. Mas é este pouco que pode trazer algum significado a todo o resto. E sempre que constatamos a brevidade da existência, imediatamente buscamos algum local, alguma pessoa, algum hábito que nos traz segurança. Estes laços que se repetem maquinalmente podem, sim, trazer desconfortos, porém a vida sem estas dores seria mais vazia do que uma trajetória esgotada pela isenção de sofrimentos. Hoje o papo é com Heidegger e Han.
Você consegue imaginar um entretenimento tão perfeito que as pessoas morreriam diante dele, ou cena tão instigante que você trocaria tudo e abdicaria até de quem você é para vê-la? Vivemos todos os dias a Graça Infinita, de uma tal forma que não mais imaginamos nossas vidas sem este colo maternal, porém, enquanto assistimos nos degradamos e nos isolamos. Venha comigo e com David Foster Wallace para uma lavada de louças regada a muita acidez diante do mundo vicioso em que vivemos.
“Diante de um precipício, o que mais assusta a pessoa não é a possibilidade de cair.” Esta é uma das descrições mais precisas de um sentimento comum a todos nós: a angústia. Aquele aperto no peito, aquela insegurança diante do imenso leque de possibilidades, aquela dor em pensar no “e se” que a memória revive. Hoje a nossa viagem é com o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard, com um foco especial na sua obra “O conceito de angústia” e, claro, sempre com aquela dose de crítica existencial que você e eu amamos.
Para que serve a filosofia? “Para NADA”, muitos diriam. “Para aprendermos sobre o passado”, diriam outros. “Para aprendermos sobre ética e moral”, também dizem por aí. Todas estas respostas estão erradas, pois a Filosofia satisfaz a uma sensação muito mais simples (e menos nobre) do que o melhoramento do mundo ou a lapidação da vaidade humana através do acúmulo de informações. No episódio de hoje estabeleço o diálogo entre pensadores que descrevem a ânsia humana por perceber aquilo que já está diante de nós. Venha comigo e Albert Camus para mais uma pilha de louças regadas a muita crise existencial!
Eu aposto que você já se sentiu insuficiente, exausto, perfeccionista e até esmagado pelo sentimento e pelas crenças populares de que “você é especial”, “você é capaz de tudo”, “você é incrível” e muito mais. Pois bem, como aqui não é um espaço de coach quântico, mas de filosofia, venha comigo para uma viagem contrária ao discurso comum. Venha comigo aprender que, sim, ao longo da vida muitas pontas ficarão soltas, muitos desenhos ficarão inacabados e muitas conversas ficarão pela metade. E este não-encerramento faz parte da poesia!
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