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Leitura de Ouvido
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Leitura de Ouvido

Author: LP Lucas & Daiana Pasquim

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Leitura de Ouvido vai além do audiolivro, é o podcast que transforma linhas em ondas sonoras, criado por Daiana Pasquim e Lucas Piaceski. Contos e poesias, nacionais e internacionais, em domínio público. Gravação do texto interpretado em áudio drama e com sonorização cinematográfica. Crítica literária descontraída sobre o texto, escola literária e autor, ao final do episódio. Todas as sextas-feiras, um novo episódio. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com ou pelo financiamento coletivo: https://apoia.se/leituradeouvido
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Apoie o Leitura de Ouvido: https://apoia.se/leituradeouvido Seu nome completo era João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, mas foi o pseudônimo João do Rio, que o consagraria literariamente. O jornalista, cronista, contista e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, em 5 de agosto de 1881, e faleceu na mesma cidade em 23 de junho de 1921. Aos 16 anos, ingressou na imprensa. Das redações de jornais, João do Rio se notabilizou como o primeiro homem da imprensa brasileira a ter o senso da reportagem moderna. Começou a publicar suas grandes reportagens, que tanto sucesso obtiveram no Rio e em todo o Brasil. Deixou obra vasta, mas efêmera, publicadas de 1905 a 1919. Por isso, hoje trazemos à tona um de seus intrigantes contos, o espirituoso “Aventura de Hotel”, que está publicado no livro Dentro da noite, de 1910. Boa leitura! Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: @leituradeouvido Direção e narração: @daianapasquim Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: @lucaspiaceski Uma produção @rockastudios #joãodorio #contos #aventuradehotel #consagração #literária #podcast #leituradeouvido #rockastudios #audiodrama  Leitura de Ouvido Ep. 26
“O boi velho” é um dos Contos Gauchescos do escritor brasileiro João Simões Lopes Neto (1865-1916). Nela, o contador de histórias Blau Nunes narra a vida da família dos Silva, anunciando de pronto que “é bicho mau, o homem” e lembrando-se de um ocorrido do passado que evoca o respeito aos animais. Além da valorização da paisagem do Pampa e da integração com o meio, Blau apresenta-nos dois bois: Dourado e Cabiúna. Os animais são responsáveis por puxar o carretão, veículo da família até o arroio, para tomar banho. Os bois acompanham o crescimento da família por gerações, até que um deles morre picado de cobra e, o outro, vai ter um destino doído e sangrento, que faz o narrador reafirmar “é mesmo bicho mau, o homem”. O regionalismo presente na obra do autor está na forma de contar, na postura de grande coletor de casos e lendas do imaginário e na retratação fiel da linguagem do homem do campo. Simões Lopes Neto é o patriarca das letras gaúchas. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Berenice" é conto do escritor estadunidense Edgar Allan Poe (1809-1849), publicado pela primeira vez no Southern Literary Messenger, em março de 1835. A história é narrada por Egeu que conta sobre sua casa e sua família, dando destaque para seu relacionamento com a prima Berenice, que tão diferente dele, tinha jovialidade a alegria, enquanto ele sempre fora doente e enfurnado nos livros. É um dos contos em que Poe usa de seu clássico traço de narrativa de desconfiar de sua própria sanidade mental. E eis que Berenice cai doente, apresentando epilepsia e catalepsia. Há mudanças em sua constituição física e em sua personalidade. Ao passo disso, Egeu conta de sua própria “monomania”, uma irritabilidade voltada às faculdades da atenção. A influência mais forte de sua monomania foram os dentes de Berenice, brancos, grandes. Ele queria-os a todo custo. Apaixonados, ele lhe propõe casamento. Mas na história que conta nos intervalos lúcidos de sua enfermidade, ocorre uma sequência de fatos misteriosos, horrorosos e mórbidos. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“A Balada do velho marinheiro” (1798) é um poema clássico do Romantismo em Língua Inglesa, de Samuel Taylor Coleridge (1772-1834), publicada no volume Baladas Líricas, de autoria conjunta de Coleridge com seu amigo Willian WordsWorth (1770-1850). A "balada" foi composta entre 1797 e 1816, e deu início ao Romantismo inglês e o epíteto de "fundadores" a Coleridge e Wordsworth. O poema de sete capítulos derivou um ditado inglês: “um albatroz em torno do pescoço”, que refere-se ao fardo ou obstáculo, o qual alguém terá que transpor a fim de alcançar os seus objetivos. Isso porque o narrador, que é o velho marinheiro, sofre uma maldição a partir do momento em que mata um albatroz, lendária ave que é considerada boa sorte pelos marinheiros. A partir daquele momento, o marinheiro é condenado a uma morte-em-vida, já que todos os tripulantes morrem, menos ele, que passa a ver espectros e diversos seres sobrenaturais. O poema é feito em quadras (estrofes com quatro versos, com arranjo rítmico que pode ser do tipo abab ou abba), versos octassílabos e rimas mistas. Trata-se de uma balada de forma não-fixa, um poema narrativo também clássico da literatura fantástica. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“O Livro do Desassossego” de Fernando Pessoa (1888-1935), assinado por seu semi-heterônimo Bernardo Soares é a obra mais importante e mais profunda de Pessoa e a que mais reflete a complexidade da sua mente. É quando o escritor português mais se aproxima do gênero do romance, assemelhando-se a um diário íntimo, ficcionado, escrito por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros, redigido a partir de um escritório da Baixa de Lisboa, num 4.º andar da Rua dos Douradores, no qual expõe as suas vivências, interrogações e reflexões. É interessante que autor e heterônimo se tornam amigos. Esta característica torna o livro singular, já que não tem uma narrativa definida, com princípio, meio e fim. Neste episódio trazemos o Prefácio, no qual Fernando Pessoa e Bernardo Soares se encontram e Pessoa explica como o livro escrito por Bernardo foi parar em suas mãos; e selecionamos mais cinco textos do seu heterônimo. São algumas das poucas linhas desse vasto mundo literário que ainda está sendo inventariado pelos estudiosos, já que na arca de Fernando Pessoa, hoje Espólio de Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa, tem mais de 25 mil folhas. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Os gatos de Ulthar” é um conto de H.P. Lovecraft (1890-1937) pautado na Mitologia Egípcia, já que para os antigos egípcios, os gatos eram divindades. O conto fantástico do escritor norte-americano narra a história de uma pequena aldeia chamada Ulthar, mais uma das fictícias do universo de Cthulu, onde criou-se uma lei: é proibido matar os gatos. Ao que parece, a lei partiu de um ato de vingança. A história vai apresentando comportamentos dos humanos, frente aos dos gatos e tudo começa com a desconfiança de que um casal de idosos teriam o mau hábito de assassinar qualquer felino que se achegasse de sua cabana. Mas há um dia que uma caravana de viajantes chega a Ultrar e, entre eles, um menino órfão chamado Menes e que tem para si, unicamente, um gatinho preto. A caravana era de pessoas de pele escura que liam a sorte, faziam estranhas orações e adoravam figuras com metade humana, metade animal. Exatamente como é retratada a deusa Bastet, provavelmente a deidade felina mais conhecida do Egito, segundo o Centro Americano de Pesquisa no Egito (Arce). Quando o gato desse menino some, inicia-se uma sequência de insólitos que culmina em mortes e coisas inexplicáveis, com ilusões que impressionam a imaginação. Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
Cantos à Beira Mar (1871) é o livro de poesias de Maria Firmina dos Reis (1822-1917) e, por questões didáticas de produção, vamos chamar o episódio de hoje de Parte 3 e final. Hoje lhe apresentamos 26 poemas, dos 56 do livro: "Visão", "O volúvel", "O lazarento", "Um bouquet", "Não, oh! Não", "O proscrito", "A dor, que não tem cura", "O dia de finados", "Queixas", "Hosana!", “Canto", "O pedido", "Amor", "Cismar", “Itaculumim", "À minha extremosa amiga D. Anna Francisca Cordeiro", “Meditação”, "Nas praias de Cumã", "Embora eu goste", "Não quero amar mais ninguém", "Minha alma", "Desilusão"," A vida é sonho”, "Nênia", "À partida dos voluntários da pátria do Maranhão", "Uns olhos” e "A uma amiga”. O primeiro desse conjunto, “Visão”, é dos poemas mais incríveis, com 127 versos rimados e metrificados em decassílabos. É uma longa narrativa de aventura e emoção, com vocabulário diferenciado, o que prova a envergadura intelectual da autora. Em “Nênia”, ela presta homenagem ao poeta romântico Antônio Gonçalves Dias e faz referência ao naufrágio que vitimou o autor, bem como ao seu corpo nunca visto. O marco de 202 anos de nascimento da autora foi em 11 de março. Ao longo de 95 anos, publicou poesias, ensaios, histórias e quebra-cabeças em jornais e revistas locais e também canções abolicionistas, pois foi folclorista e compositora. Boa leitura! Parte 1: ⁠https://open.spotify.com/episode/7ezgXfJmx3ZAQM7gs5CZyF?si=b330d9a9c9c34dee⁠ Parte 2: ⁠https://open.spotify.com/episode/1FrMmFSGFQSFUWggbmNv0y?si=06afaa946de64696⁠ Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Último beijo de amor” é o desfecho de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). Com epígrafe de Romeu e Julieta, não se trata de uma história contada por um dos amigos, como nos capítulos anteriores. Outrossim, é narrado por um observador que vê uma moça vestida de preto entrar na taverna e perscrutar os homens dormindo. “O anjo perdido da loucura”, primeiro, mata Johann com um punhal, como vingança. Depois, acorda Arnold, o loiro, que na verdade, é Arthur, do duelo do conto anterior, com Johann. A moça, por sua vez, é G., de Giorgia, que agora sabemos ser a irmã de Johann, que ele deflorou e que acabou se tornando uma prostituta. Com esse desfecho, vamos perceber como Álvares de Azevedo vai dando importância a esse personagem, sem que necessariamente, uma história seja narrada por ele. “Último beijo de amor” amarra os destinos dos amigos e demais personagens, incluindo a taverna, que é o maior deles, posto que é o cenário dessa inventividade fantástica. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Johann” é o sexto capítulo de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). Uma das histórias mais curtas do livro, mas nem por isso menos intensa. Tudo se passa em Paris e começa com um jogo, no qual Johann e Arthur se desentendem e decidem que o melhor será resolver tudo em um duelo, a “luta dos homens de brio". Durante a preparação para o acontecimento, Arthur escreve duas cartas e, entre o bilhete, indica um anel e recomenda a Johann que, se por acaso ele perdesse, que fizesse a entrega de suas missivas para a mãe e para a sua amada, G. Johann, uma vez vencedor do duelo, tem a ideia escabrosa de fazer-se passar por Arthur para deflorar, por uma noite, a mulher que ele amava. Ela era virgem! Esse desvio de conduta acaba de forma trágica, com uma revelação lancinante. É o conto que termina em suspenso, à beira do precipício. É a última história contada pelos amigos ébrios. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Claudius Hermann” é o quinto capítulo de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). É um conto com muita conversa na taverna, antes de começar propriamente a história. Há filosofia “de bêbado", análise de comportamento, tentativas de um conceito de poesia. A essa altura, os amigos estão mais bêbados que nunca. O conto é um dos pontos altos da ebriedade, tratando de jogo e luxo insaciável. Provavelmente, seja a narrativa mais erótica e romântica do livro, repleta de analogias artísticas e míticas, justamente para evocar todo esse prólogo, antes da história, cujos trechos mais cruéis, muda-se a narrativa para terceira pessoa. Claudius era muito rico e sua história se passa em Londres. Ele se apaixona cegamente pela duquesa Eleonora, a qual vê pela primeira vez como uma Amazona. É uma italiana que arrebata todos os seus planos, para satisfazer o seu desejo. Ele entorpece a moça com um narcótico fortíssimo, a estupra repetidas vezes por um mês, até que decide raptá-la para definir seu destino. Claudius era um maldito poeta. Uma vez mais, assim como conduziram seus amigos, a desculpa de Claudius para seu desvio de comportamento está em agentes externos, para além de suas forças. Está no próprio contexto byronismo, inerente a essa produção publicada em 1855. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Gennaro” é o quarto capítulo de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). A história do pintor, na ocasião com 42 anos, rememora as folhas secas, de quando ele tinha 18 anos, na Itália. Gennaro era aprendiz de pintura na casa do velho Godofredo, pintor casado com Nauza, de 20 anos. Godofredo tinha ainda uma filha, Laura, de 15 anos. Neste capítulo, Gennaro vai narrar, a um só fôlego, o triângulo amoroso que vive com as moças e que veio a culminar numa tragédia à tarantela. “Era uma luta terrível entre o dever e o amor; ou entre o dever e o remorso”, explanou. A história gira por mais de um ano, se passa junto com a passagem do tempo, das luas, das estações. Contudo, começa no outono e termina no inverno, o que mantêm o clima gótico da narrativa. Nesse conto, sobressai-se os temas perversos do infanticídio, do envenenamento e do crime passional. E para manter o clima do Byronismo, que inspirava os jovens escritores ultra-românticos brasileiros, temos uma informação de bastidores: “Gennaro lembra vagamente aquilo que Shelley fez com William Godwin, arrebatando-lhe duas filhas (Claire era sua filha adotiva, lembre-se, sendo filha de sua segunda esposa) para suas aventuras” (AGUSTINI, 2020, p.358) Na retórica do personagem Gennaro é interessante notar, assim como ocorre nos demais quatro amigos, uma magistralidade em se colocar como vítima dos ocorridos, não como algoz. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Bertram" é o terceiro capítulo de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). Esse personagem é uma persona de Don Juan, na literatura brasileira e nas Notas de Rodapé de hoje, você vai compreender o porquê. Ele tem uma “sina amaldiçoada” e tudo que nos conta, na sua vez de bradar a história mais horripilante entre os amigos, magoa ou destrói a vida de alguém. Sua história passa por assassinato, infanticídio, adultério, naufrágio e a assustadora antropofagia. Muitas mulheres percorrem sua vida em cada um desses acontecimentos, mas tudo começa com uma. Bertram afirma: “uma mulher levou-me à perdição”. Essa mulher é Ângela, uma espanhola que, apesar do nome angelical, revela-se uma assassina e um estereótipo de Don Juan, mais viril que o próprio Bertram. O narrador ainda estraga a vida de uma donzela de 18 anos; e da mulher de um comandante que o acolheu, após salvarem-lhe do suicídio. As cenas são narradas repletas de digressões de Bertram para conversar com a taberneira e pedir mais vinho. A digressão também aparece quando um velho entra na taverna e interrompe a narrativa, filosofa e, ao final, quer beber vinho em uma caveira. Ele lembra Satan, da obra precedente, Macário. Uma narrativa byroniana do começo ao fim! Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Solfieri” é o segundo conto de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). A história narrada pelo jovem ébrio, na verdade, é uma lembrança de seu passado em Roma. Tudo começa numa madrugada, mas acompanha os atos insólitos de Solfieri durante dois anos de sua vida, no qual persegue um estereótipo de mulher, que ele toma como uma estátua de cera, daquela forma branca de mulher que persegue a sua imaginação e ele quer perpetuar, embora não se importe com o nome dela. Da recordação ao que viveu, narra a sua loucura por conta do “vinho do deleite”, ao cometer necrofilia com o corpo de uma moça que está sendo velado numa igreja. Embriagado, a cena horripilante é amenizada ao debandar para a catalepsia, que acometeria a defunta. Ele então rapta a moça ao seu quarto até que persista seus últimos suspiros. Depois das revelações que deixa os amigos desconfiados a história retorna à taverna, ao cenário de orgia onde os cinco amigos fumam e bebem a longas horas. Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Uma noite do século” é o prólogo do emblemático livro Noite na Taverna, de Manuel Antonio Alvares de Azevedo (1831-1852), publicado póstumo, por seu pai, três anos após a morte do autor. Foi recebido como o primeiro livro de terror da literatura brasileira, uma prosa narrativa composta por sete capítulos, cinco deles são narrativas macabras dos cinco amigos embriagados e apaixonados: Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann e Johann (este, já foi episódio do Leitura de Ouvido em março de 2021). O prólogo situa o cenário de uma noite bebida em taças, entre vapores e loucuras. A orgia com mulheres e amigos ébrios de amores e vinho, quando cada qual decide contar a história mais horripilante que já viveu. É nos contos que Álvares de Azevedo faz conhecer sua imaginação vulcânica, embebida em elementos da cultura gótica, compondo o melhor exemplo de byronismo oitocentista da literatura brasileira. É o poeta de “Se eu morresse amanhã”. Aqui no LdO, nós trazemos hoje e nas próximas seis semanas, cada um dos capítulos do livro, com suas histórias e as análises de nossas Notas de Rodapé. Boa leitura!! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“A história de uma hora” (1894) está entre os contos mais famosos da escritora norte-americana Kate Chopin (1850-1904) e narra um divisor de águas na vida de Louise Mallard: a notícia da morte de seu marido. A primeira linha do texto explica que a Sra. Mallard tinha um sério problema cardíaco e, comovida com a tragédia de trem que a enviuvou, a irmã da protagonista vai até a sua casa para levar a notícia com eufemismo. Primeiro a Sra Mallard chora, depois afasta-se em silêncio, sozinha no quarto. E, em seguida, ao olhar pela janela, começa a transpor a realidade de que daquele momento em diante, passaria a viver só para si. Estava “livre, livre, livre!”. Faz uma prece por uma vida longa. Um pacto entre o narrador e o leitor permite uma camada profunda de interpretação dessa pequena história, que tem um final surpreendente. O conto coaduna com um de seus principais temas: a liberdade das mulheres. Como mulher escritora do final do século XIX, Kate Chopin abriu novos caminhos na literatura americana. Curioso é que assim como o personagem, o pai de Kate Chopin de fato morreu de acidente ferroviário. Ela teve outras tragédias e benesses em sua vida, tendo sido bem presidiada pelos leitores de revistas americanas da época. O conto é sugestão da nossa apoiadora Bruna Foltz Coutinho. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“A boa lua” é um dos 30 contos do livro Ânsia Eterna (Garnier, 1903), de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934). Este, em especial, põe em evidência o embate geracional ao contar a história do centenário Samuel, carinhosamente conhecido como Velho Samé ou Tio Samé, homem “teimoso em viver”, na visão de sua família. Ele já havia esquecido todos os nomes, os dos filhos, o dos netos, o da falecida esposa e até o dele próprio, mas ainda tinha de cor a sapiência ligada à Terra: a época de plantar, a época de colher. Samé é um ser transcendental e vivencia um acontecimento insólito seguido de uma metáfora profunda com a seiva que persiste na árvore seca, gerando novos ramos. Essa narrativa curta de Julia almeja o drama humano, como boa cientista social que era, e contém o tempero trágico e realista/naturalista, inerente à autora. Ânsia Eterna, contudo, detêm camadas do grotesco e do insólito em suas histórias, talvez para dar conta do desdobramento metafórico que nos permite a interpretação do título do livro: o desejo feminino de igualdade e respeito, território que ela militou tão bem. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Meus oito anos” é o mais famoso poema de Casimiro José Marques de Abreu (1839-1860), relançado nesse ano que é só uma criança, para pensar a infância. O lírico-romântico compõe o seu único livro publicado “As Primaveras”, saído em 1859, um ano antes da morte do autor. Ele viveu apenas 21 anos, nasceu e morreu na mesma cidade: Barra de São João, província do Rio de Janeiro. Casimiro de Abreu começou cedo a escrever para jornais, em Lisboa, Portugal, onde foi para estudar. Em seus versos mais notórios o saudosismo da infância é claramente expresso, em especial, por relacionar seus versos à figura da mãe e da irmã. Casimiro tornou-se um dos poetas mais conhecidos do Romantismo, justamente porque tem características na linguagem que o aproximam da fala popular. Encaixa-se na segunda geração, o Romantismo Egótico, que trabalha dualidades como amor e morte, dúvida e ironia, entusiasmo e tédio. Seu legado soma-se ao de outros moços brilhantes, como Manuel Antonio de Almeida e Machado de Assis, seus companheiros de rodas literárias, mas irmana-se ao de poetas adolescentes mortos antes de tocarem a plena juventude. Assim iniciamos a 5ª temporada. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Conto de Natal” (1920) é uma história supercomovente da escritora francesa Lucie Delarue-Mardrus (1874-1945), que narra a história de uma pobre mulher falida, com seu pequeno filho, vítima de um casamento violento e enganoso. É véspera de Natal e aos olhos da inocência, espera-se que o tradicional Papai Noel visite o pobre lar. É uma narrativa que comove do princípio ao fim e, apesar de ter mais de cem anos, faz total sentido nos lares atuais. Trazemos um estudo bem diferenciado, inteiramente traduzido por nós, uma vez que as informações biográficas relevantes e confiáveis sobre Lucie Delarue-Mardrus estão disponíveis apenas em língua francesa e inglesa. Famosa do início do século XX , ela nos chega diretamente da Belle Époque (1871-1914), com o legado de ter sobrevivido, por muitos anos, da renda que fez de sua pena. Amava poesia, mas teve que produzir os “romances alimentares”. Começou a publicar aos 34 anos (Marie fille mère, Fasquelle: 1908). Foram 70 obras escritas em 40 anos de carreira. Lucie foi badalada na sociedade parisiense da época, mas hoje é pouco considerada, inclusive por acadêmicos e estudiosos literários. Ela escreveu bastante sobre o amor entre mulheres e amou a várias, embora tenha se casado por 14 anos, com o ilustre tradutor de As Mil e Uma Noites, Joseph-Charles Mardrus, de quem herdou o sobrenome. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“Cancioneiro" é o título do livro de poesias reunidas de Fernando Pessoa (1888-1935), escritas e publicadas entre 1902 e 1935, ano da morte do autor. “Cancioneiro” é encontrado em sua Obra Poética Completa (volume único). Foi desse livro que fizemos uma seleção especial de poemas de Natal ou de temáticas ligadas à data, exatamente na ordem de publicação. É uma contemplação de vinte anos de produções poéticas do ciclo pessoano: 14. "Canção" (p.130), 39 a 57. "Natal" (p.131 a 189), 63. "Natal… na província neva" (p.196), 76. "Chove. É dia de Natal" (p.209) e 124. "Quando era criança" (p. 263). É a primeira vez que temos uma produção essencialmente de Fernando Pessoa, e não de um de seus heterônimos. Os versos citam expressamente o Natal ou perpassam os sinos e seus símbolos, a eterna família, a vida e os pássaros, o tempo e o clima, incluindo o vento e o frio, as músicas e a infância, o dormir, as canções de ninar, o sonhar, a noite e suas velas, o pastor e suas árias, o canto, o sol e o Senhor!, dito assim, em vocativo. À Pessoa, o Natal está mais ligado à tristeza e à solidão, que à alegria e à confraternização. Relaciona-se com algo que ele não consegue tocar, com uma saudade vã, mas também com a contemplação e a esperança, inerente à infância. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
“O Suave Milagre” (1898) é um conto de Natal de Eça de Queirós (1845-1900), que parece ter saído das Sagradas Escrituras. É uma comovente narrativa que leva os olhos para a humildade, a pobreza e a pureza dos marginalizados. Foi publicado originalmente em 1898 na Revista Moderna. Nesse e noutros contos da terceira fase do autor, considera-se que Eça tenha alcançado seu apogeu de estilista, em detrimento da estrutura narrativa. A terceira palavra do conto é “Jesus”, retomado inúmeras vezes na história como "Rabi", que, por sua vez, é o chefe religioso de uma comunidade judaica; ou grande estudioso ou mestre da religião judaica. A etimologia da palavra é o latim: “rabbi" é mestre, doutor, do hebraico rabbi, meu mestre. Logo, espalha-se notícias de todos os seus milagres: cura da lepra, exorcismo de demônios, multiplicação de pães e até, a ressurreição. O texto traz notícias de homens poderosos e ricos que empenham todo o seu exército para encontrar o novo profeta, com o intuito de lhe resolver seus problemas com a sua potência, em troca de riquezas. Toda a Galileia é percorrida em vão. Em paradoxo, o texto apresenta os pobres, em especial uma viúva com seu filho doente e faminto. E assim, Eça de Queirós constrói uma paródia, que desfecha, ao que tudo indica, na véspera de Natal. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios
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Comments (3)

Mhaevy

Eu amo leitura de ouvidos, conheci os melhores contos aqui. continuem com o trabalho incrível.

Apr 18th
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MTKhyi

Como não amar Florbela Espanca? Leitura de Ouvido de "O Dominó Preto". Lindo conto da primeira feminista portuguesa.

Jun 21st
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Arroba pedropelepio

Acabei de encontrar a podcast. Simplesmente fantástico, parabéns!

Jul 16th
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