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Lição de Economia - Luiz Roberto Cunha

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Ele é um técnico e os méritos dele devem ser reconhecidos. Gustavo Barbosa está deixando o cargo após ter comandado a ação pioneira de recuperação fiscal do Estado.
Os setores de Turismo, Ciência e Tecnologia, Pesquisa e Óleo e Gás prometem alavancar a economia local. Ainda assim, o estado tem pela frente um enorme processo de ajuste fiscal e precisa de melhor liderança.
A tabela básica ficou muito tempo sem reajuste. Por isso, algumas distorções ocorreram na hora da atualização da tabela. No entanto, a culpa não é da administração atual, mas das anteriores, que não fizeram as revisões necessárias.
Além disso, o rebaixamento da nota de crédito do Brasil nas agência de classificação de risco criam um custo extra nas operações bancárias.
A cidade recebeu 707 mil turistas, sendo 93 mil estrangeiros. Os que vieram de fora do país ficaram em média seis dias e gastaram cerca de R$ 329 por dia.
No entanto, a economia começa a dar sinais de recuperação e há operações em andamento, como a securitização da dívida, que mostram que o próximo ano pode ser menos difícil para aposentados, pensionistas e servidores do Estado.
Estado gasta mais do que arrecada e tem uma Previdência explosiva. Chegamos a ver uma luz no fim do túnel em meados deste ano, mas, depois, caímos na real: o túnel continua escuro.
A principal receita do Plano de Recuperação é a dos royalties de Petróleo, que são pagos em dólar. A alta da moeda americana e a recuperação do preço do barril são fundamentais para o caixa do estado.
A conivência se dá quando o produto de procedência duvidosa é comprado. Para se ter uma ideia, a meta de déficit do Brasil em 2017 é de R$ 159 milhões. O prejuízo com roubo de cargas, contrabando e pirataria em todo o país é de R$ 130 milhões.
Na cidade, o número de novos empreendimentos imobiliários caiu 80% entre 2011 e 2016. Este ano, no primeiro semestre, a queda foi de 31% em relação ao mesmo período no ano passado.
O estado tem índices negativos. Enquanto o país começa a mostrar sinais de recuperação, apesar de também sofrer com a política, o Rio não consegue ver uma luz no fim do túnel.
Ao todo, 29% da queda da receita ocorreu em função da violência. Os dados fazem parte de uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio.
Empréstimos trazem incerteza no campo econômico, e fica difícil atrair investimentos para o estado.
No Rio, esse valor pode ser ainda maior. Há perda de capital humano, contratação de segurança privada, contratação de seguros, gastos no sistema público de saúde, entre outros.
No ano passado, essa proporção era de 27%. Em consequência disso, cidadãos fluminense já pagam mais caro por produtos de supermercado, combustíveis e materiais de construção.
A solução não é rápida, mas há chances para o estado. Primeiro, o governo deve estabilizar os salários dos servidores para que segurança, saúde e educação voltem a funcionar.
O Rio de Janeiro já vem quebrado há muitos anos e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos é o único ativo do estado.
Além da relação entre Ministério da Fazenda, Governo do Estado e Alerj, é a primeira vez que o plano será implementado no país. Ontem, o governo do Rio deu mais um passo pra conseguir o empréstimo de R$ 3,5 bilhões previsto no Regime de Recuperação Fiscal e privatizar a Cedae.
É o único setor que tem saldo positivo na criação de vagas. Investimentos na área poderiam apontar caminho de saída para a crise.
Essa foi a lição de economia que os governadores do Rio de Janeiro não usaram. Agora, só leilões e venda da Cedae dão esperança de regularização da folha salarial, a face mais dura da crise.
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