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Maternidades Ameaçadas

Maternidades Ameaçadas
Author: REMA
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© REMA
Description
Um podcast que transforma casos em causas.
Histórias de mulheres, mães, lideranças, ativistas e profissionais que evidenciam a recorrência da violência, do racismo e da desigualdade, mas também da potência de se unir coletivamente em causas comuns.
Produção da REMA com financiamento do CNPq.
Histórias de mulheres, mães, lideranças, ativistas e profissionais que evidenciam a recorrência da violência, do racismo e da desigualdade, mas também da potência de se unir coletivamente em causas comuns.
Produção da REMA com financiamento do CNPq.
8 Episodes
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O episódio traz reflexões e relatos sobre a atuação do Conselho Tutelar em casos de destituição do poder familiar e acolhimento de crianças. Destaca a intersecção entre raça, classe e gênero no contexto das políticas de proteção à infância.Conheça as experiências de Vanessa Saraiva e Valéria Rocha, duas assistentes sociais que atuam em Conselhos Tutelares no Estado do Rio de Janeiro, diretamente no campo da proteção à infância. Em seus relatos, exploram questões complexas que envolvem a separação de crianças de famílias em contextos de marginalização.Ao abordar o sistema de garantias de direitos, o episódio revela como os Conselhos Tutelares, apesar de seu papel, enfrentam limitações estruturais e desafios em sua atuação. Essas limitações, muitas vezes, comprometem o direito das crianças a uma convivência familiar e comunitária saudável.Mais informações:Transcrição completa do episódio (irene)Currículo lattes Francielly RochaCurrículo Lattes de Nayra de OliveiraCurrículo Lattes de Tássia ÁquilaMúsica Tema: “Quilombo, Favela, Rua”, de Mano Teko part. Nelson MacaVídeos de referência:RJTv. Bebê nasce dentro do ônibus. Globoplay, 21 de jan de 2023.Greg News. Conselho Tutelar. Youtube, 18 de set de 2023. PortalT5. Criança abandonada no Arlinda Marques recebe alta hospitalar. Youtube, 12 de ago de 2024.CNN. Bolsonaristas fazem ofensiva por Conselhos Tutelares e esquerda reage. CNN Brasil, 01 de OUT de 2023.TCM Notícia. Conselho Tutelar recebe denúncias de falta de vagas em escolas. Youtube, 13 de fev de 2023.G1. Mãe denuncia ter sido impedida de ver a filha após levá-la à umbanda; MP aponta maus tratos. G1.globo Minas Gerais, 14 de jun de 2022.Textos de referência:ROCHA, Francielly Silva Costa Alves. “Cuidar olhando de perto”: Direitos, moralidades e conflitos através de uma etnografia no Conselho Tutelar. (dissertação de mestrado). Antropologia; PPGA/UFF, Niterói, 2021.SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E DIREITOS HUMANOS DO RIO DE JANEIRO. 34º Censo da População Infanto juvenil Acolhida do Estado do Rio de Janeiro . Rio de Janeiro. 2024FÁVERO, Eunice Teresinha (coord.). Perda do pátrio poder: aproximações a um estudo socioeconômico. São Paulo: Veras Editora, 2000.Gomes, Janaina. (2023). Pobreza e o Exercício da Maternidade: Notas Sobre a Abordagem Consensual e a Abordagem “Processual” em Processos de Destituição do Poder Familiar. Direito Público, 19(104).De Oliveira, Nayra. “EM NOME DA PROTEÇÃO INTEGRAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES”: Uma análise etnográfica sobre as atuações de um Conselho Tutelar da cidade do Rio de Janeiro (monografia). Antropologia / UFF, Niterói, 2024Saraiva, Vanessa Cristina dos Santos. Abrigo, prisão ou proteção? violência estatal contra crianças e adolescentes negros abrigados. Argumentum, v. 11, n. 2, p. 76-92, 2019. Créditos de produção:Apresentação e roteiro: Tássia Áquila, Francielly Rocha e Nayra de OliveiraEdição de roteiro: Irene do Planalto Chemin, Mariana Pitasse e Lucía EilbaumEdição de áudio, sonoplastia e finalização: Irene Do Planalto CheminMúsica Tema: “Quilombo, Favela, Rua”, de Mano Teko part. Nelson MacaCoordenação do podcast: Lucía Eilbaum, Irene do Planalto Chemin e Mariana PitasseIdentidade visual: Alice OhashyComunicação e divulgação: Mariana Pitasse e Samara CostaFinanciamento: Edital Pró-Humanidades do CNPq
Este episódio aborda os (des)encontros entre raça, maternidade e loucura a partir da reconstrução dos casos de Maria e Conceição (nomes fictícios), duas mulheres negras, socialmente lidas como loucas. Atendidas em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, elas foram impedidas de maternar seus filhos. A narração desses dois casos de separação compulsória e destituição do poder familiar é baseada no relato de experiência de Ueslei Solaterrar enquanto profissional e gestor do CAPS III, que também serviu de base para a sua pesquisa de Doutorado. Os casos são comentados por Tamara Vicaroni, cuja pesquisa de Mestrado investiga relatos semelhantes de profissionais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que acompanharam mulheres mães que eram usuárias de serviços de saúde mental e foram separadas de seus filhos. A conversa é mediada por Laura Lowenkron, que orientou as duas pesquisas. O debate sobre os casos foca nos desafios que os (des)encontros entre maternidade, raça e loucura levantam para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. As histórias de Maria e Conceição evidenciam ainda como essas mulheres, embora tenham tido suas maternidades destituídas e violadas, não foram apenas casos, mas se tornaram uma causa para a equipe do CAPS que as atendia, através de suas estripulias, causações, rebeldias e atrevivências na tentativa de afirmarem o desejo e o direito de serem mães.Mais informações: Transcrição completa do episódio Currículo Lattes de Laura Lowenkron Currículo Lattes de Ueslei Solaterrar Currículo Lattes de Tamara VicaroniVídeos de referência:Estamira. Documentário. Direção: Marcos Prado, 2005.Mães e Filhos: a maternidade no contexto do sofrimento mental. Documentário. Direção: Vládia Jucá. Instituto de Psicologia da UFBA (IPS). 2013.Nise da Silveira - Posfácio: Imagens do Inconsciente. Documentário. Direção: Leon Hirszman, 1987. Textos de referência:JUCÁ, Vládia J. S..; BARBOSA, Adilane S. Seria a mulher “louca” uma má mãe? Reflexões sobre maternidade e loucura. Revista Feminismos, v. 11, n. 1, 2023. DOI: 10.9771/rf.v11i1.53020.PASSOS, Raquel Gouveia. Na mira do fuzil. A saúde mental das mulheres negras em questão. São Paulo: Hucitec, 2023.SOLATERRAR, Ueslei. (Sobre)viver na zona de quase-morte: o (des)fazer do cuidado em saúde mental a pessoas negras no cotidiano pandêmico da Baixada Fluminense. 2024. 356 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.SOLATERRAR, Ueslei; LOWENKRON, Laura. “Preciso estar bem para cuidar do meu filho”: (des)encontros entre raça, maternidade e loucura. Antropolítica, no prelo. SOLATERRAR, Ueslei; VICARONI, Tamara. “E eu não sou uma mulher?”: a destituição da maternidade de “mulheres loucas”. Coluna REMA, Brasil de Fato, 11/12/2024, Disponível em: https://www.brasildefatorj.com.br/2024/12/11/e-eu-nao-sou-uma-mulher-a-destituicao-da-maternidade-de-mulheres-loucasCréditos de produção: Apresentação e roteiro: Ueslei Solaterrar, Laura Lowenkron, Tamara Vicaroni Edição de roteiro: Irene do Planalto Chemin, Mariana Pitasse e Lucía Eilbaum Edição de áudio, sonoplastia e finalização: Irene Do Planalto Chemin Música Tema: "Mulher no Mundo", de Maria Tavares Coordenação do podcast: Lucía Eilbaum, Irene do Planalto Chemin e Mariana Pitasse Identidade visual: Alice Ohashy Comunicação e divulgação: Mariana Pitasse e Samara Costa Financiamento: Edital Pró-Humanidades do CNPq
A série “Transformando casos em causas”, do podcast “Maternidades ameaçadas”, compartilha histórias de mulheres, mães, lideranças, ativistas e profissionais que através de suas lutas, suas falas e de suas experiências têm transformado casos em causas políticas.
As histórias evidenciam a recorrência da violência, do racismo e da desigualdade, mas também da potência de se unir coletivamente em causas comuns.
Em fevereiro, voltamos com novos episódios.
Vakinha: Apoie Renata Aguiar em sua luta por dignidade
Neste episódio, Renata Aguiar compartilha sua saga dolorosa após o desaparecimento de seu filho mais velho, morto por traficantes em Queimados, na Baixada Fluminense e, alguns anos depois, ampliada com a notícia de que seu filho caçula também havia sido morto, desta vez por policiais.
Após ter sido perpassada por essas violências - que não se esgotam, ao contrário, se multiplicam com os assassinatos -, Renata passou a integrar a Rede de mães e familiares vítimas de violência da Baixada Fluminense, onde encontrou apoio, acolhimento e histórias semelhantes compartilhadas por outras mulheres.
A partir da história de Renata, o episódio narra as dificuldades de acesso à Justiça, os impactos das violências estatais em suas diversas faces, na saúde mental e física das mulheres e familiares, e o papel crucial da formação de redes de apoio e acolhimento.
Mais informações:
Currículo Lattes de Marilha Garau
Currículo Lattes de Júlia Viana Palucci
Música Tema: “Quilombo, Favela, Rua”, de Mano Teko part. Nelson Maca
Referências:
Paradeiros: é proibido procurar. Direção: Rita Piffer. Brasil: Mera FIlmes, 2024.
Lydia Marques Dos Santos | Psicóloga no Instagram: “Nos ajude a manter o grupo de Escuta Terapêutica e União de Familiares da Vila Ruth”. 10/04/2024.
Brasil esclareceu apenas 1 em cada 3 homicídios nos últimos 7 anos. In: Instituto Sou da Paz, 12 de dezembro de 2023.
GLOBAL STUDY ON HOMICIDE 2023.
BRASIL. Secretaria Nacional de Políticas Penais. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias - Relatório Analítico do 1º semestre de 2024. Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública, 2024.
SBT Rio. Queimados é o lugar mais perigoso do Brasil. 15 de jun. de 2018.
Créditos de produção:
Apresentação: Marilha Garau e Júlia Viana Palucci
Roteiro: Marilha Garau e Júlia Viana Palucci
Edição de roteiro: Irene do Planalto Chemin e Mariana Pitasse
Edição de áudio, sonoplastia e finalização: Irene Do Planalto Chemin
Música Tema: “Quilombo, Favela, Rua”, de Mano Teko part. Nelson Maca
Estúdio de gravação: LEMI - Laboratório Estúdio Multimídia do INCT - InEAC
Coordenação do podcast: Lucía Eilbaum, Irene do Planalto Chemin e Mariana Pitasse
Identidade visual: Alice Ohashy
Comunicação e divulgação: Mariana Pitasse e Samara Costa
Financiamento: Edital Pró-Humanidades do CNPq
Este episódio reflete sobre o protagonismo de movimentos de mulheres organizados na periferia do Distrito Federal, a partir da trajetória da liderança comunitária Alessandra de Oliveira Alvez.
Alessandra vive na Vila de Boa desde muito criança. Seus pais se mudaram para lá para trabalharem nas Olarias que subsidiaram a construção civil de Brasília. Depois, passaram a se dedicar ao plantio e cultivo para sobreviver. Ela participou ativamente da construção da escola da Vila, local em que também estudou; bem como de uma série de movimentos locais em busca de melhorias no saneamento, água, luz e na qualidade de vida dos moradores.
Tornou-se uma mulher muito conhecida e referência para toda a comunidade. Ela tem quatro filhos, questiona o casamento enquanto instituição e é uma grande articuladora da luta dos moradores da Vila do Boa, sobretudo, das mulheres que são mães. O seu protagonismo foi fundamental durante a pandemia de Covid-19, quando conseguiu comida e saúde para as famílias da Vila.
Nesse episódio, Alessandra nos conta sobre sua vida, dores, lutas e possibilidades de reinvenção do cotidiano ao redor da maternidade, da vida na periferia de Brasília e dos poderes locais.
Mais informações:
Transcrição completa do episódio
Currículo Lattes de Rosamaria Giatti Carneiro
Currículo Lattes de Irene do Planalto Chemin
Música Tema: Mulher no Mundo, de Maria Tavares
Vídeos de referência:
Bom dia DF, UPA de São Sebastião está com 50% de ocupação dos leitos para covid. 08/07/2020.
Coletiva Somos, São Sebastião com Coletiva Somos Hellen Frida e Ruth Venceremos. 19/08/2022.
Da poeira ao Batom. Filme. Direção: Tânia Fontenele Mourão. 2011.
S2 News, Comunidade se une e inauguram a primeira Creche do Vila do Boa. 09/02/2015.
TV Brasil, DF | Órfãos da covid: 199 crianças no DF perderam ao menos um dos pais. 21/10/2021.
Velhos Conterrâneos de Guerra. Filme. Direção: Vladimir Carvalho. 1990.
Textos de referência:
ARAUJO, Mara de Fátima dos Santos. São Sebastião-DF: do sonho à cidade real. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo)-Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
Créditos de produção:
Apresentação e roteiro: Rosamaria Carneiro e Irene do Planalto Chemin
Edição de roteiro: Mariana Pitasse
Edição de áudio, sonoplastia e finalização: Irene Do Planalto Chemin
Música Tema: Mulher no Mundo, de Maria Tavares
Coordenação do podcast: Lucía Eilbaum, Irene do Planalto Chemin e Mariana Pitasse
Identidade visual: Alice Ohashy
Comunicação e divulgação: Mariana Pitasse e Samara Costa
Financiamento: Edital Pró-Humanidades do CNPq
Neste episódio, vamos ao coração da luta da Coletiva em Apoio às Mães Órfãs, um movimento que nasceu em Belo Horizonte movido pela pergunta “De quem é esse bebê?” para combater o abrigamento compulsório de mães e bebês. Desde 2017, essa rede nacionalmente reconhecida de mulheres — profissionais da saúde, assistência social, advogadas, defensoras públicas e ativistas — trabalha para proteger os direitos reprodutivos de mulheres em situações de vulnerabilidade e os direitos das crianças que compõem suas famílias. Elas organizam campanhas, denúncias e audiências em diversas esferas, expondo violações e defendendo um cuidado digno e humano.
Quem nos apresenta a Coletiva são as integrantes Clara Viana Lage Meirelles, advogada, e Márcia Parizzi, médica pediatra. Suas falas revelam o impacto devastador de Recomendações que incentivaram hospitais a “notificar” a Vara de Infância quanto a situação de vulnerabilidade de algumas mães, especialmente negras e pobres. Na prática, elas levaram à separações compulsórias, removendo bebês de suas famílias, privando-os do direito à amamentação e vínculo, muitas vezes sem justificativas factíveis. Ao invés de promover acolhimento, tais práticas intensificavam um ciclo cruel de violência institucional.
Esse episódio expõe o trauma de mães que enfrentam o afastamento de seus bebês e questiona uma lógica que criminaliza mulheres em vez de oferecer apoio, revelando como a Coletiva se tornou um símbolo de resistência e esperança. Ouça e se inspire com as histórias de quem luta para transformar o sistema e garantir que mães e bebês sejam protegidos e acolhidos.
Mais informações:
Transcrição completa do episódio
Currículo Lattes da Ariana Oliveira Alves
Currículo Lattes Giorgia Carolina do Nascimento
Currículo Lattes da Márcia Parizzi
Currículo Lattes da Clara Viana Lage Meirelles
Site oficial da Campanha “De quem é esse bebê?”
Música Tema: Mulher no Mundo, de Maria Tavares
Vídeo de referência:
Vídeo oficial da Campanha “De quem é esse bebê?”, maio 14, 2017.
Textos de referência:
ALVES, A. O. (2020). “Quem tem direito a querer ter/ser mãe?”: dinâmicas entre gestão, instâncias estatais e ação política em Belo Horizonte (MG). Dissertação Mestrado em Antropologia Social, Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, São Paulo.
ALVES, A.O. (2017). Entre Direitos, Violações e resistências: mulheres com trajetória de rua na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Trabalho de conclusão de curso pela faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
ALVES, A.O., & RUI, T. (2022). Gestionar y administrar la vulnerabilidad de las mujeres en situación de calle: vínculos entre género, trayectoria de calle, drogas y maternidades. Encuentros Latinoamericanos (segunda época), 6(1), 118–136.
SARMENTO, Caroline Silveira. “Por que não podemos ser mães?” : tecnologias de governo, maternidade e mulheres com trajetória de rua. Dissertação em Antropologia Social, PPGAS/UFRGS. 2020.
Créditos de produção:
Apresentação e roteiro: Ariana Oliveira Alves e Giorgia Carolina do Nascimento
Edição de roteiro: Irene do Planalto Chemin e Mariana Pitasse
Edição de áudio, sonoplastia e finalização: Irene do Planalto Chemin
Música Tema: Mulher no Mundo, de Maria Tavares
Estúdio de gravação: Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp
Coordenação do podcast Maternidades Ameaçadas: Lucía Eilbaum, Irene do Planalto Chemin e Mariana Pitasse
Identidade visual: Alice Ohashy
Comunicação e divulgação: Mariana Pitasse e Samara CostaFinanciamento: Edital Pró-Humanidades do CNPq
A violência do Estado contra jovens negros; as visitas de familiares no cárcere; e o racismo obstétrico, podem parecer assuntos desconectados entre si. Contudo, todos eles impactam diariamente na vida de mulheres negras e pobres no Brasil.
Esses três assuntos se articulam precisamente na trajetória de Ivanir Mendes de Sousa, uma mulher negra, nordestina, que, como ela diz, saiu do Rio Grande do Norte e veio "parar no Rio de Janeiro" quando tinha 18 anos. Foi no Rio onde Ivanir se formou em Gastronomia e onde iniciou suas lutas em várias frentes: contra a violência de Estado; pelo desencarceramento; pelos direitos das mulheres; pela moradia popular; pelo antiproibicionismo.
Neste episódio, reconstruímos, junto com Ivanir, a sua trajetória de ativismos a partir de um evento marcante: o assassinato do seu filho, Moisés Mendes de Santana, por policiais militares em 2016.
Com suas falas animadas e precisas, Ivanir nos ensina sobre a vivência da dor e sobre as estratégias que construiu para tecer redes de cuidado e acolhimento, a partir da luta coletiva, da alimentação e da doulagem.
Mais informações:
Transcrição completa do episódio
Currículo Lattes de Lucía Eilbaum
Currículo Lattes de Maria Clara Monteiro
Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência
Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas
Frente Estadual pelo Desencarceramento do RJ
Música Tema: “Quilombo, Favela, Rua”, de Mano Teko part. Nelson Maca
Vídeos de referência:
Seminário Nossas vidas importam: ativismos, violência institucional e direitos humanos. Diálogos Brasil - Argentina, organizado por Lucía Eilbaum, Flavia Medeiros e Maria Victoria Pita, realizado na UFF/Niterói/RJ, 29 de maio 2018. Painel 1: Ativismos, militância e “direitos humanos”.
Oficina “Violência, segurança pública e direitos humanos”, organizado por Lucía Eilbaum e Lorenzo Macagno, parceria ABA/UFF, realizado na UFF/Niterói - RJ, 27 e 28 de agosto de 2018. Mesa 3 - Encarceramento, racismo e direitos humanos.
Seminário Mulheres e Liberdade: Agenda Feminista pelo Desencarceramento, organizado por Flavia Medeiros, realizado na UFF/Niterói/RJ, 30/10/2018. Mesa: Mulheres e Liberdade.
Roda de conversa "Maternidades e Violências: redes de saúde e acolhimento", organizada por Laura Lowenkron, Lucía Eilbaum, Natalia Fazzioni e Tássia Áquila, realizada no IMS/UERJ, 6/12/2023.
Festival Mulheres do Mundo: V Grupo de Reflexão - Ivanir Santos, Centro do Rio. Realizado por Redes da Maré, 9 de maio de 2018.
Documentário: Luto para Nós é Verbo, de Natasha Neri e Juliana Farias, 2018.
G1, Cabral defende aborto contra violência no Rio de Janeiro, 24/10/2007.
RJ2, TV Globo, Copacabana no meio do fogo cruzado. 10/10/2016.
Poder 360, "Famílias sem pai e avô criam 'fábrica de desajustados', diz general Mourão". 17/09/2018.
Textos de referência:
Brasil, Lei 13.434/2017, 12 de abril de 2017.
Klujsza, Stephania; Aleixo, Mariah Torres. MATERNIDADES VIOLADAS: Como as práticas de violência obstétrica ferem os direitos humanos?. In: Le Monde Diplomatique, 12 de maio de 2024.
MENDES, Ivanir. Alimento pra alma - reflexões para descolonização. In.: Farias, Ingrid; Baracho, Maira (orgs) Manual feminista antirracista pelo desencarceramento: as experiências da Agenda Feminista pelo Desencarceramento. 3a ed. da Revista da RENFA. Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA), 2019. pp 83 - 84
Expediente:
Apresentação: Lucía Eilbaum e Maria Clara MonteiroRoteiro: Lucia Eilbaum, Julia Viana Palucci, Maria Clara Monteiro, Camila Belisário e Ivanir Mendes De SousaEdição de roteiro: Irene do Planalto Chemin e Mariana Pitasse Edição de áudio, sonoplastia e finalização: Irene Do Planalto CheminMúsica Tema: “Quilombo, Favela, Rua”, de Mano Teko part. Nelson MacaEstúdio de gravação: LEMI do INCT - InEACCoordenação do podcast: Lucía Eilbaum, Irene do Planalto Chemin e Mariana PitasseIdentidade visual: Alice OhashyComunicação e divulgação: Mariana Pitasse e Samara CostaFinanciamento: Edital Pró-Humanidades do CNPq
A série "Transformando casos em causas", do podcast "Maternidades ameaçadas", compartilha histórias de mulheres, mães, lideranças, ativistas e profissionais que através de suas lutas, suas falas e de suas experiências têm transformado casos em causas políticas.
As histórias evidenciam a recorrência da violência, do racismo e da desigualdade, mas também da potência de se unir coletivamente em causas comuns.
A cada 15 dias, a partir de 4 de novembro, um novo episódio vai apresentar essas histórias de luta e de luto.
Acesse nosso site: https://rema.uff.br/
E siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/redematernidades
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