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O Homem Que Comia Tudo
O Homem Que Comia Tudo
Author: Ricardo Dias Felner
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© 2025 Expresso
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Com dois ou três truques, toda a gente consegue fazer os melhores ovos mexidos do
mundo, as melhores batatas fritas ou o melhor bife. Às vezes, a diferença entre uma comida sublime e comida má está só na quantidade de manteiga, na variedade da batata ou no momento em que pomos o sal no bife.
Ricardo Dias Felner, aka O Homem que Comia Tudo, diz-lhe tudo sobre cozinha e restaurantes no podcast mais saboroso do Expresso. Novos episódios todas as quintas-feiras.
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As coisas bonitas da vida são redondas, tal como um pastel de nata, diz Ricardo Dias Felner nesta ode ao doce que é o cartão de visita de Portugal. Quase todos são bons? Quase. Recorde este episódio do podcast O Homem Que Comia Tudo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Mesmo que vá contra as modas da política, não podemos negar a influência islâmica em Portugal, desde a linguagem à comida. Foram cinco séculos de domínio do Islão nas terras do Gharb al-Andalus numa altura que Bagdade criava tendências, qual Nova Iorque da altura. No entanto, não existe literatura suficiente que faça jus a essa influência e não podemos culpar só as trevas da idade média ou o deslumbramento com o ouro e açúcar do Brasil ou as especiarias da India. É hora de estudarmos melhor as comidas que o Islão nos deu. Foi através delas que nos chegaram laranjas e limões, amêndoas, massas trigueiras (como os cuscuz e a aletria), ervas aromáticas como os coentros (somos dos poucos países europeus que os consomem), pratos como a muxama e as migas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Cozidos há muitos. Em Espanha temos a olla podrida, a inspiração mais que provável para o nosso cozido e a china tem um cozido monumental, conhecido como “panela de fogo” ou “hot pot”. Um pouco por todo o mundo encontramos panelas de caldo forte e carnes variadas, couves e legumes. Mudam-se os modos, mudam-se alguns temperos e idiomas mas a preparação não é assim tão diferente de nação para nação. Se queremos reclamar para a nossa pátria um prato, temos que o honrar e escrever sobre ele. Como observámos no episódio passado, Ricardo Felner não encontrou muitas referências literárias a esse prato tão típico de Portugal, mas não o deixa de elogiar, frisando, contudo um pormenor importante: não pode ser servido tépido.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Omissões no cozido levam a tragédias, mas também chamar cozido a uma pilha de carnes, enchidos e legumes aleatórios não devia ser chamado de cozido à portuguesa, mas é o que muitos restaurantes servem por 12 euros. Para se comer um cozido de excelência é preciso esperar pelo tempo certo, quando as matanças do porco começam e aguardar que o frio curta as carnes, lembra Ricardo Felner. “O cozido deve ter carnes salgadas e fumados”, afirma. Qual é o segredo de um bom cozido? E qual é o tempo do cozido à Portuguesa? Ricardo Felner mergulha no caldo de um dos pratos mais típicos portugueses e dá-nos dicas importantes para usar na altura de escolher (ou cozinhar) esta iguaria e diz-nos também onde comeu os melhores cozidos da sua vida.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Está disposto a sofrer pelo momento? Quando se bebe qualquer tipo de bebida alcoólica é isso que acontece. Ricardo Dias Felner vai buscar os dados e explica-nos porque é que este flagelo não vai desaparecer. Portugal é o campeão do consumo de bebidas alcoólicas e isso reflete-se também na produção: somos o 5º maior produtor da Europa. Pode-se até dizer que beber álcool é cultural: “vai mais um copinho? É só mais um”. Mas este é um flagelo que assola famílias e entope o SNS. Estamos mesmo dispostos a sofrer por um momento de prazer? O álcool é aceite pela sociedade e o seu consumo até parece que é encorajado. Mas será que isso vai mudar? Os estudos indicam que o consumo de vinho está a diminuir, mas será que haverá outra bebida para o substituir?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Pedro Bastos é o fornecedor de peixe e marisco dos melhores restaurantes de Portugal de do mundo. Só lá fora existem 50 restaurantes que direta ou indiretamente contam com os serviços do “peixeiro dos chefes Michelin”, como é conhecido. Ricardo Dias Felner entrevista o empresário que trata o peixe por tu. Mesmo comprando em lota, Pedro Bastos sabe distinguir um peixe tratado de forma exemplar pela cor dos olhos, pelo rigor mortis e pelo cheiro. A sua empresa Nutrifresco é responsável pela distribuição de peixe aos melhores restaurantes do mundo. Se alguém em Toronto quiser peixe fresco em menos de 24h, Pedro Bastos consegue assegurar. Nesta conversa com Ricardo Felner, Pedro Bastos faz um relato do estado atual do peixe, quais os peixes mais caros (e os que ninguém parece ligar muito) e partilha também qual é o seu peixe favorito.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Não há nada mais típico que uma tasca: local de convívio informal e comida despretensiosa, com “copos de três” e balcão corrido. O fenómeno das “neo-tascas”, restaurantes que se inspiram nesse conceito de comida portuguesa com um twist, continua a tradição mas com um requinte diferente e lista de espera a condizer. Serão as “neo-tascas” o último reduto destes pratos tradicionais e trabalhosos? Oiça esta conversa bem condimentada e conduzida por Ricardo Dias Felner, gravada ao vivo no festival Tribeca Lisboa a 1 de novembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sempre que abre um Honest Greens, a fila estende-se para lá da rua que acolhe cada franchise desta marca espanhola que promete comida saudável, sem gorduras e amiga do ambiente. Será que o “hype” é justificado? Ricardo Felner foi experimentar o Honest Greens de Alvalade e ficou fã do húmus. E o resto? No Honest Greens de Alvalade, comia-se húmus de pistácio e vitela chimichurri com a mesma alegria com que em tempos o grão servia para acompanhar o bacalhau e o bife afogava-se na molhanga do bitoque e o abacate era uma fruta que íamos provar ao mexicano de ano a ano.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nos tempos pré-Ventura, antes do chinfrim medroso propagado pelas redes sociais, os portugueses achavam os restaurantes indostânicos “fofinhos” mas a comida era sempre a mesma. Isso mudou, e hoje, na capital, podemos comer comida verdadeira e com muito sabor Nos últimos 10 anos, com a entrada massiva de cidadãos indianos, bengalis, nepaleses e paquistaneses, Lisboa passou a ser uma das capitais europeias mais interessantes para se comerem caris verdadeiros e outras iguarias da região.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Existe uma ideia generalizada que a cozinha é um conjunto de segredos mas, segundo o que apurou Ricardo Felner, isso é só uma meia verdade: há pequenos truques que os chefes preferem guardar para si para se protegerem. Uma viagem até ao mundo dos “truques” de culinária que, afinal, não são assim tão misteriosos quanto o empregado preguiçoso nos quer fazer acreditar. Afinal, os verdadeiros segredos são os da cozinha tradicional.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Há muitos anos que Ricardo Dias Felner ouve falar das lendárias pimentas do Xico. Mas só agora surgiu a oportunidade de o visitar. Aos 71 anos, Xico é uma verdadeira referência na comunidade portuguesa de apaixonados pelo picante — um universo que reúne produtores de malaguetas, fabricantes de molhos e consumidores dedicados. O grupo, ou “os maluquinhos do picante”, como o crítico o descreve com humor, cresce de ano para ano, a julgar pela atividade nos fóruns online e pela procura incessante de sementes raras. No final da visita, Xico surpreende Felner ao tirar do bolso uma pequena garrafa com um líquido transparente. “É aguardente com Carolina. Deve ter uns três anos”, explica. “Uma vez fizemos um arroz de marisco e, no fim, borrifei-o com um spray disto. Fomos todos a correr para a casa de banho.” Para provar esta especialidade, juntam-se outras figuras conhecidas. Entre elas está o guitarrista e tiktoker Dodas Spencer, que integra a banda Calema, e músicos como os irmãos Dias, que acompanham Richie Campbell. Conheça o resto desta história no novo episódio de “O Homem que Comia Tudo”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ricardo Dias Felner tinha uma missão quase impossível: fazer uma feijoada para 4 pessoas numa hora. Inspirado pela música de Chico Buarque “Feijoada Completa”, siga as dicas para uma feijoada de comer e chorar por mais. Esta é daquelas receitas que até com feijão de lata fica bem. Será que existe um truque infalível?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ricardo Dias Felner viu o “reel” de Aiste Miseviciute n’O Velho Eurico em que a influencer Lituana apelidava a taberna de “neo-tasca”. Este conceito é uma moda ou uma forma mais modesta de fazer cozinha honesta, com qualidade e sem a pressão Michelin? Alguns chefes aborrecem-se com o conceito “linha de montagem” do típico restaurante e procuram um tipo de cozinha mais jovem e modesta, onde possam fazer o que lhes apetece, sem esquecer o espírito da típica tasca ou taberna portuguesa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No último episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo', Ricardo Dias Felner recomendou um restaurante com comida de São Tomé e Príncipe que o encantou, 'O Cantinho da Ameixoeira'. Recentemente, regressou lá e reparou, com agrado, nos novos clientes. Recebeu até e-mails a agradecerem a dica. Mas, infelizmente, ainda que tenha sido com apreço que viu mais tugas na sala, suspeita que tanto o restaurante como a cozinha africana vão continuar a serem o que sempre foram: pouco admirados pela maioria. “Os portugueses parecem desvalorizar tudo o que não seja europeu ou japonês ou que não tenha mobiliário pseudocozy moderninho ou habaneros latinos na parede”, lamenta. E, por isso, não estão dispostos a pagar por matabala, jaca ou pau-pimenta, produtos regionais africanos que têm de vir de muito longe. O crítico olha para Dulce Espírito, a cozinheira d’O Cantinho da Ameixoeira, e admira-lhe a vontade. Submeteu-se a uma ginástica financeira e pessoal complexa para entregar ao seu povo o concon no carvão, a garoupinha com pasta de alho e limão, o búzio da terra, o feijão à moda da terra, o molho de fogo — e outros petiscos. Quanto vale a cozinha africana? Pense em experimentar antes de responder. Ouça aqui o novo episódio do podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sobre as pedras da calçada, estavam mesas soltas com gente feliz a almoçar. Atrás, no toldo de snack-bar, lia-se: 'O Cantinho da Ameixoeira'. Não era isto que Ricardo Dias Felner pensava ser a Ameixoeira, bairro residencial nas margens de Lisboa, quando Otília, a empregada de caixa do supermercado do seu bairro, lhe recomendou um pequeno sítio com cozinha tradicional de São Tomé e Príncipe. Foi experimentar e voltou para mais. Pastéis de peixe seco, molho de fogo, garoupinha grelhada, peixe andala no carvão, banana frita e fungi maguita. Tinha a sensação de estar a provar algo inédito e maravilhoso: “Lisboa devia ser uma das capitais da cozinha africana, como Londres é uma das capitais da cozinha indiana”. Ouça aqui o novo episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo'. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Esta semana no podcast 'O Homem que Comia Tudo', Ricardo Dias Felner dá numa de 'Seinfeld' e recorda o episódio em que o humorista satiriza a diferença entre o momento em que os clientes escolhem a comida, “comportam-se que nem uns reizinhos”, e o momento em que têm de pagar a conta: ‘Pedimos isto? Eles não se enganaram? O carabineiro não sabia a fénico? Alguém pode checar se eles não meteram pratos a mais?’. O crítico , a partir de uma observação igualmente detalhada, tipifica os burlistas e borlistas gastronómicos com que já se deparou. O tiktoker da borla, o jornalista que se excede na hipérbole, o amigo proletário que se torna um CEO gourmet da 'conta a dividir' ou o rico que paga tudo para uma semana depois nos estar a levar de novo ao local do crime. Ouça aqui as conclusões das suas observações em mais uma crónica do podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
“Parecia uma saladinha molhada, com umas gotas de azeite a flutuar”, a estreia de Ricardo Dias Felner na sopa fria alentejana foi um acaso. Aconteceu em Maranhão, tinha 17 anos e estava de férias na barragem. Ia demorar a primeira colherada para apreciar e vários anos para conhecer outras variantes da sopa fria, com destaque para o Algarve. Neste episódio d'O Homem que Comia Tudo conta a sua primeira experiência com o prato veranil típico das terras do sul deste país, os melhores sítios onde o comer e algumas dicas para uma boa versão caseira. “Tomates maduros de horta, bom azeite e alhos sumarentos e picantes”, mas não só. Ouça aqui a crónica em podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ricardo Dias Felner é dos que usam o ChatGPT para as mais diversas tarefas da vida quotidiana, mas raramente o faz no que toca a perguntar onde ir comer ou onde comprar alimentos. Esta semana, todavia, dedica-se a esse exercício, para começar um confronto entre a máquina e o homo gourmand. Qual o melhor restaurante de Lisboa? Onde se come o melhor bitoque? Quais os melhores mercados de peixe do país? Qual o melhor restaurante de frango da Guia? Saiba quais as respostas do modelo de IA e a opinião d'O Homem que Comia Tudo sobre as suas sugestões com o novo episódio do podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Depois de um período sombrio, a comida do Galeto pareceu melhor a Ricardo Dias Felner. Foi lá comer depois de receber uma chamada de Eduardo. O amigo estava em baixo, a namorada tinha acabado com ele há umas horas, a filha preparava-se para sair de casa, o emprego não lhe dava tempo para ir à consulta do joelho, nem dos olhos, nem para a família, nem para nada. “Para já, precisas de te alimentar”, foi o que lhe disse e lá foram os dois até ao restaurante que em 2006 tinha sido fechado pela ASAE. “É muito difícil mudar a imagem de um restaurante. Mas o Galeto mostrou que é possível. Teve a humildade de deixar tudo na mesma, menos o que estava mal”, conclui. O restaurante foi capaz de se resgatar a si próprio, mas também o amigo que acabou a refeição sorridente. Esta crónica do podcast 'O Homem que Comia Tudo' é sobre a possibilidade de ressurreição. Ouça aqui o novo episódio. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Lamber ou morder o gelado, bola de Berlim com ou sem creme, bitoque com ou sem arroz, natas na massa é errado ou pizza com ananás. São muitas outras polémicas do mundo culinário que dividem os bons garfos, mas há uma em particular que ressurge com principal incidência no verão: peixe escalado ou não escalado? Não há respostas certas, mas deixem que Ricardo Dias Felner vos convença do contrário. Qual é a melhor arte de grelhar peixe? Saiba a resposta neste episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo'. See omnystudio.com/listener for privacy information.






