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O Homem Que Comia Tudo
O Homem Que Comia Tudo
Author: Ricardo Dias Felner
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© 2025 Expresso
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Com dois ou três truques, toda a gente consegue fazer os melhores ovos mexidos do
mundo, as melhores batatas fritas ou o melhor bife. Às vezes, a diferença entre uma comida sublime e comida má está só na quantidade de manteiga, na variedade da batata ou no momento em que pomos o sal no bife.
Ricardo Dias Felner, aka O Homem que Comia Tudo, diz-lhe tudo sobre cozinha e restaurantes no podcast mais saboroso do Expresso. Novos episódios todas as quintas-feiras.
72 Episodes
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Pedro Bastos é o fornecedor de peixe e marisco dos melhores restaurantes de Portugal de do mundo. Só lá fora existem 50 restaurantes que direta ou indiretamente contam com os serviços do “peixeiro dos chefes Michelin”, como é conhecido. Ricardo Dias Felner entrevista o empresário que trata o peixe por tu. Mesmo comprando em lota, Pedro Bastos sabe distinguir um peixe tratado de forma exemplar pela cor dos olhos, pelo rigor mortis e pelo cheiro. A sua empresa Nutrifresco é responsável pela distribuição de peixe aos melhores restaurantes do mundo. Se alguém em Toronto quiser peixe fresco em menos de 24h, Pedro Bastos consegue assegurar. Nesta conversa com Ricardo Felner, Pedro Bastos faz um relato do estado atual do peixe, quais os peixes mais caros (e os que ninguém parece ligar muito) e partilha também qual é o seu peixe favorito.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Não há nada mais típico que uma tasca: local de convívio informal e comida despretensiosa, com “copos de três” e balcão corrido. O fenómeno das “neo-tascas”, restaurantes que se inspiram nesse conceito de comida portuguesa com um twist, continua a tradição mas com um requinte diferente e lista de espera a condizer. Serão as “neo-tascas” o último reduto destes pratos tradicionais e trabalhosos? Oiça esta conversa bem condimentada e conduzida por Ricardo Dias Felner, gravada ao vivo no festival Tribeca Lisboa a 1 de novembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sempre que abre um Honest Greens, a fila estende-se para lá da rua que acolhe cada franchise desta marca espanhola que promete comida saudável, sem gorduras e amiga do ambiente. Será que o “hype” é justificado? Ricardo Felner foi experimentar o Honest Greens de Alvalade e ficou fã do húmus. E o resto? No Honest Greens de Alvalade, comia-se húmus de pistácio e vitela chimichurri com a mesma alegria com que em tempos o grão servia para acompanhar o bacalhau e o bife afogava-se na molhanga do bitoque e o abacate era uma fruta que íamos provar ao mexicano de ano a ano.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nos tempos pré-Ventura, antes do chinfrim medroso propagado pelas redes sociais, os portugueses achavam os restaurantes indostânicos “fofinhos” mas a comida era sempre a mesma. Isso mudou, e hoje, na capital, podemos comer comida verdadeira e com muito sabor Nos últimos 10 anos, com a entrada massiva de cidadãos indianos, bengalis, nepaleses e paquistaneses, Lisboa passou a ser uma das capitais europeias mais interessantes para se comerem caris verdadeiros e outras iguarias da região.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Existe uma ideia generalizada que a cozinha é um conjunto de segredos mas, segundo o que apurou Ricardo Felner, isso é só uma meia verdade: há pequenos truques que os chefes preferem guardar para si para se protegerem. Uma viagem até ao mundo dos “truques” de culinária que, afinal, não são assim tão misteriosos quanto o empregado preguiçoso nos quer fazer acreditar. Afinal, os verdadeiros segredos são os da cozinha tradicional.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Há muitos anos que Ricardo Dias Felner ouve falar das lendárias pimentas do Xico. Mas só agora surgiu a oportunidade de o visitar. Aos 71 anos, Xico é uma verdadeira referência na comunidade portuguesa de apaixonados pelo picante — um universo que reúne produtores de malaguetas, fabricantes de molhos e consumidores dedicados. O grupo, ou “os maluquinhos do picante”, como o crítico o descreve com humor, cresce de ano para ano, a julgar pela atividade nos fóruns online e pela procura incessante de sementes raras. No final da visita, Xico surpreende Felner ao tirar do bolso uma pequena garrafa com um líquido transparente. “É aguardente com Carolina. Deve ter uns três anos”, explica. “Uma vez fizemos um arroz de marisco e, no fim, borrifei-o com um spray disto. Fomos todos a correr para a casa de banho.” Para provar esta especialidade, juntam-se outras figuras conhecidas. Entre elas está o guitarrista e tiktoker Dodas Spencer, que integra a banda Calema, e músicos como os irmãos Dias, que acompanham Richie Campbell. Conheça o resto desta história no novo episódio de “O Homem que Comia Tudo”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ricardo Dias Felner tinha uma missão quase impossível: fazer uma feijoada para 4 pessoas numa hora. Inspirado pela música de Chico Buarque “Feijoada Completa”, siga as dicas para uma feijoada de comer e chorar por mais. Esta é daquelas receitas que até com feijão de lata fica bem. Será que existe um truque infalível?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ricardo Dias Felner viu o “reel” de Aiste Miseviciute n’O Velho Eurico em que a influencer Lituana apelidava a taberna de “neo-tasca”. Este conceito é uma moda ou uma forma mais modesta de fazer cozinha honesta, com qualidade e sem a pressão Michelin? Alguns chefes aborrecem-se com o conceito “linha de montagem” do típico restaurante e procuram um tipo de cozinha mais jovem e modesta, onde possam fazer o que lhes apetece, sem esquecer o espírito da típica tasca ou taberna portuguesa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No último episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo', Ricardo Dias Felner recomendou um restaurante com comida de São Tomé e Príncipe que o encantou, 'O Cantinho da Ameixoeira'. Recentemente, regressou lá e reparou, com agrado, nos novos clientes. Recebeu até e-mails a agradecerem a dica. Mas, infelizmente, ainda que tenha sido com apreço que viu mais tugas na sala, suspeita que tanto o restaurante como a cozinha africana vão continuar a serem o que sempre foram: pouco admirados pela maioria. “Os portugueses parecem desvalorizar tudo o que não seja europeu ou japonês ou que não tenha mobiliário pseudocozy moderninho ou habaneros latinos na parede”, lamenta. E, por isso, não estão dispostos a pagar por matabala, jaca ou pau-pimenta, produtos regionais africanos que têm de vir de muito longe. O crítico olha para Dulce Espírito, a cozinheira d’O Cantinho da Ameixoeira, e admira-lhe a vontade. Submeteu-se a uma ginástica financeira e pessoal complexa para entregar ao seu povo o concon no carvão, a garoupinha com pasta de alho e limão, o búzio da terra, o feijão à moda da terra, o molho de fogo — e outros petiscos. Quanto vale a cozinha africana? Pense em experimentar antes de responder. Ouça aqui o novo episódio do podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sobre as pedras da calçada, estavam mesas soltas com gente feliz a almoçar. Atrás, no toldo de snack-bar, lia-se: 'O Cantinho da Ameixoeira'. Não era isto que Ricardo Dias Felner pensava ser a Ameixoeira, bairro residencial nas margens de Lisboa, quando Otília, a empregada de caixa do supermercado do seu bairro, lhe recomendou um pequeno sítio com cozinha tradicional de São Tomé e Príncipe. Foi experimentar e voltou para mais. Pastéis de peixe seco, molho de fogo, garoupinha grelhada, peixe andala no carvão, banana frita e fungi maguita. Tinha a sensação de estar a provar algo inédito e maravilhoso: “Lisboa devia ser uma das capitais da cozinha africana, como Londres é uma das capitais da cozinha indiana”. Ouça aqui o novo episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo'. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Esta semana no podcast 'O Homem que Comia Tudo', Ricardo Dias Felner dá numa de 'Seinfeld' e recorda o episódio em que o humorista satiriza a diferença entre o momento em que os clientes escolhem a comida, “comportam-se que nem uns reizinhos”, e o momento em que têm de pagar a conta: ‘Pedimos isto? Eles não se enganaram? O carabineiro não sabia a fénico? Alguém pode checar se eles não meteram pratos a mais?’. O crítico , a partir de uma observação igualmente detalhada, tipifica os burlistas e borlistas gastronómicos com que já se deparou. O tiktoker da borla, o jornalista que se excede na hipérbole, o amigo proletário que se torna um CEO gourmet da 'conta a dividir' ou o rico que paga tudo para uma semana depois nos estar a levar de novo ao local do crime. Ouça aqui as conclusões das suas observações em mais uma crónica do podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
“Parecia uma saladinha molhada, com umas gotas de azeite a flutuar”, a estreia de Ricardo Dias Felner na sopa fria alentejana foi um acaso. Aconteceu em Maranhão, tinha 17 anos e estava de férias na barragem. Ia demorar a primeira colherada para apreciar e vários anos para conhecer outras variantes da sopa fria, com destaque para o Algarve. Neste episódio d'O Homem que Comia Tudo conta a sua primeira experiência com o prato veranil típico das terras do sul deste país, os melhores sítios onde o comer e algumas dicas para uma boa versão caseira. “Tomates maduros de horta, bom azeite e alhos sumarentos e picantes”, mas não só. Ouça aqui a crónica em podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ricardo Dias Felner é dos que usam o ChatGPT para as mais diversas tarefas da vida quotidiana, mas raramente o faz no que toca a perguntar onde ir comer ou onde comprar alimentos. Esta semana, todavia, dedica-se a esse exercício, para começar um confronto entre a máquina e o homo gourmand. Qual o melhor restaurante de Lisboa? Onde se come o melhor bitoque? Quais os melhores mercados de peixe do país? Qual o melhor restaurante de frango da Guia? Saiba quais as respostas do modelo de IA e a opinião d'O Homem que Comia Tudo sobre as suas sugestões com o novo episódio do podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Depois de um período sombrio, a comida do Galeto pareceu melhor a Ricardo Dias Felner. Foi lá comer depois de receber uma chamada de Eduardo. O amigo estava em baixo, a namorada tinha acabado com ele há umas horas, a filha preparava-se para sair de casa, o emprego não lhe dava tempo para ir à consulta do joelho, nem dos olhos, nem para a família, nem para nada. “Para já, precisas de te alimentar”, foi o que lhe disse e lá foram os dois até ao restaurante que em 2006 tinha sido fechado pela ASAE. “É muito difícil mudar a imagem de um restaurante. Mas o Galeto mostrou que é possível. Teve a humildade de deixar tudo na mesma, menos o que estava mal”, conclui. O restaurante foi capaz de se resgatar a si próprio, mas também o amigo que acabou a refeição sorridente. Esta crónica do podcast 'O Homem que Comia Tudo' é sobre a possibilidade de ressurreição. Ouça aqui o novo episódio. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Lamber ou morder o gelado, bola de Berlim com ou sem creme, bitoque com ou sem arroz, natas na massa é errado ou pizza com ananás. São muitas outras polémicas do mundo culinário que dividem os bons garfos, mas há uma em particular que ressurge com principal incidência no verão: peixe escalado ou não escalado? Não há respostas certas, mas deixem que Ricardo Dias Felner vos convença do contrário. Qual é a melhor arte de grelhar peixe? Saiba a resposta neste episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo'. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Quando foi a última vez que comeu uma ameixa extraordinária? Ricardo Dias Felner não come uma ameixa decente desde que era miúdo e trepava às árvores. Neste episódio, recorda o parque da sua infância onde havia uma ameixeira, com ameixas tão suculentas que o seu sumo escorria pela camisa. Ia lá namorar, lambuzar-se de beijos - e de ameixas. As ameixas dos supermercados hoje, por seu lado, podem ser espremidas que não se lhes saca uma gota. “Servem para jogar hóquei, não servem para comer, muito menos para beijar”, critica. Porque é que a fruta já não é o que era? Não é só a nostalgia de infância, 'O Homem que Comia Tudo' acredita que os responsáveis são muitos - os agricultores, os cientista, a indústria. Ouça aqui o novo episódio do podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ricardo Dias Felner já anda com os pés na areia e, numa das suas mais recente interações, tirou conclusões sobre a falta de crítica que existe nos areais da praia, mas também nas cozinhas mais prestigiadas do mundo. Depois de levar sucessivamente com boladas de uma criança que brincava ao seu lado na praia, percebeu que a falta de repreendas da mãe, junto com uma atitude defensiva e protetora de qualquer atitude da cria, podia ser a causa de muitos chefes mimados que hoje expulsam críticos gastronómicos dos seus restaurantes. “Os críticos estão em vias de extinção. Seja nos areais do Guincho seja no jornalismo”, garante. Ouça aqui a mais recente crónica d'O Homem que Comia Tudo' na versão podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Já há arroz de genética 100% portuguesa. Primeiro, surgiu o Caravela e, só mais recentemente, o Ceres. Ricardo Dias Felner provou os dois e não tem dúvidas: o Ceres bate o Caravela em tudo - goma, aroma, sabor e todas as outras características que tornam um carolino especial. Mas, hoje em dia, na verdade, o crítico nota que já pouco interessa aos portugueses a qualidade do arroz. “Os carolinos bons que faziam os malandrinhos de sonho deste país, das cabidelas às arrozadas de peixe e tomate, estão a desaparecer”, lamenta. Foram substituídos por “bagos insípidos ou asiáticos, como são os agulha, os basmati ou, horror dos horrores, os vaporizados”. A crónica desta semana d’O Homem que Comia Tudo é uma ode ao arroz malandrinho. Ouça aqui em podcast.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ao longo dos anos, Ricardo Dias Felner tem falado com alguns chefes espanhóis para perceber o que conhecem da cozinha portuguesa. “A ignorância é assustadora. Como se houvesse um muro a dividir a Ibéria. Como se além desse muro estivesse um retângulo insípido e apátrida”, conclui. A mãe do crítico sempre disse, a vida toda, “de Espanha nem bom vento nem boa comida”. Mas Ricardo Dias Felner não concorda, trata-se de um conflito secular, e neste episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo' deixa um apelo: “Está na altura de acabarmos com esse equívoco. Azias há muitas, em todo o mundo. A cozinha espanhola é uma maravilha, a nossa também”. Conheça aqui o que têm de melhor. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em junho, os portugueses consumiram já muita sardinha, mês em que o peixe ainda está curto, magro e caro, com os recordes de preço a acontecerem no fim de semana do São João. Segundo Ricardo Dias Felner, isto sucede porque, mal vêm os dias longos e mornos, ficamos com o tesão da sardinha. O tesão da sardinha vai contra tudo e contra todos. Passa-se com as sardinhas o que se passa com as pessoas. Comemo-las quando surge o desejo. E nada nos trava. Ouça aqui o novo episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo'. See omnystudio.com/listener for privacy information.






