As áreas protegidas marinhas são uma peça-chave dos esforços para a conservação da biodiversidade e o uso sustentável do oceano. Mas não são uma panaceia! Muito precisa ser feito ainda para atingir as metas estabelecidas em acordos internacionais e evitar que ultrapassemos os chamados “tipping points”, ou pontos de não retorno, com danos irreversíveis para a vida no planeta
O nosso impacto no oceano não se limita às atividades que são praticadas no mar. Muita coisa que acontece em terra firme também afeta profundamente os ecossistemas marinhos. Mais da metade da população brasileira vive próximo do litoral, e praticamente metade do esgoto produzido no Brasil não é tratado. Resultado: grande parte dessa sujeira vai parar no oceano
É quase impossível hoje ir a qualquer lugar do mundo que não esteja contaminado por plásticos, e o oceano não é exceção. A poluição plástica é uma das principais ameaças à vida marinha, e a previsão é que a produção mundial de plásticos deverá dobrar de tamanho nas próximas décadas. Como evitar que esse material chegue no oceano?
Promover a sustentabilidade da pesca é um dos maiores desafios de conservação da biodiversidade marinha. Mais de um terço dos estoques pesqueiros do mundo estão sendo explorados de forma excessiva, segundo a FAO, mas pesquisas mostram que é possível reverter esse quadro com uma boa gestão da pesca. Só que o Brasil não produz estatísticas pesqueiras há mais de uma década
O oceano está cada vez mais quente; as ondas de calor estão cada vez mais frequentes; e os recifes de coral nunca estiveram tão ameaçados. A reportagem do Jornal da USP foi a campo com pesquisadores para registrar o branqueamento de corais e entender como o aquecimento global ameaça a biodiversidade e os ecossistemas marinhos mundo afora. "Bem-vindo ao clube dos desesperados"
Já parou para pensar em tudo que o oceano faz de bom por você, e tudo de ruim que nós estamos fazendo com ele? Esse é o tema de um novo podcast produzido pelo Jornal da USP, com apoio do Instituto Serrapilheira, que vai mergulhar em temas como aquecimento global, pesca, poluição plástica, áreas marinhas protegidas, desenvolvimento sustentável, e o que tudo isso tem a ver com o futuro do nosso planeta.