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Ismail Haniyeh, líder do gabinete político do Hamas, foi assassinado no Irão. O facto de o assassinato ter ocorrido em território iraniano, logo após a posse do novo presidente do país, e não no Catar, onde Haniyeh residia, é, ao mesmo tempo, uma provocação e uma demonstração de força. A sua morte tem duas consequências imediatas: enfraquece o Hamas e enfurece o Irão. Como responderá o Hamas à morte do seu líder, como responderá o Irão à violação do seu espaço soberano? Depois da morte do líder do Hamas, o próximo alvo poderá ser o líder do Hezbollah. O eventual assassinato de Hassan Nasrallah e uma possível invasão do Líbano iria expandir a guerra no Médio Oriente para patamares seriamente preocupantes. Esta escalada do conflito é também um desafio à presidência dos EUA, depois de Joe Biden e Kamala Harris terem insistido num acordo. Benjamin Netanyahu fez o contrário. Neste episódio, Tiago André Lopes, professor de Estudos Asiáticos e Diplomacia na Universidade Portucalense, entende que o processo de paz fica em causa com a eliminação do líder político do Hamas, considerado um dos rostos mais moderados do movimento, e um dos dirigentes que considerava que havia alguma utilidade na negociação de um acordo. A única certeza é esta: estamos mais perto do agravamento do conflito do que da sua resolução. A grande dúvida permanece: a paz interessa a quem?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Chegam pelo sol, pela qualidade de vida e por uma perspectiva de futuro sorridente a investidores aventureiros. Chamam-lhe a "Califórnia da Europa" e são cada vez mais os que atravessam o Atlântico para fazer de Portugal casa. Donald Trump venceu as presenciais dos Estados Unidos da América e o número de pesquisas no Google com a frase "Mudar para Portugal" aumentou de imediato. Quem parece estar mais interessado nesta mudança são os habitantes dos Estados do Colorado, Oregon e Washington, onde Kamala Harris foi a candidata vencedora. O que os norte-americanos procuram em Portugal é a qualidade de vida, segurança e tranquilidade. Escolha as principais cidades, as suas periferias mais qualificadas, e zonas turísticas como o Algarve ou a Madeira. No primeiro semestre deste ano, Portugal recebeu mais de um milhão de turistas daquele país, o que representa o acréscimo de 15% face a 2023. Segundo o relatório de migração em exílio do ano passado, residem cá mais de 14 mil cidadãos dos Estados Unidos. A vitória de Trump pode ter efeitos no sector imobiliário português? Alfredo Valente, director-geral da iad Portugal, uma imobiliária com actividade nos Estados Unidos, ajuda-nos a perceber porque é que os norte-americanos procuram Portugal como local alternativo para viver.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Brasil conseguiu introduzir a taxação dos super-ricos na declaração final da cimeira do G20 que acabou esta terça-feira no Rio de Janeiro. O Governo de Lula da Silva não teve força para convencer os parceiros do clube para lhes impor uma taxa de 2% sobre as suas riquezas, o que poderia gerar uma receita anual de 230 mil milhões de euros para o combate da pobreza ou os efeitos da crise climática. Os Estados Unidos colocaram reservas à iniciativa. Javier Milei, o presidente ultraliberal da Argentina estava radicalmente contra. Na declaração final, o máximo que se conseguiu foi uma declaração lacónica e vaga: "Com total respeito à soberania tributária, procuraremos envolver-nos cooperativamente para garantir que indivíduos de património líquido elevado sejam efectivamente tributados", diz o texto final. O que significa esta declaração está por saber. Sabe-se sim que a proposta do Brasil tem o poder de acelerar um debate que dura há anos: como viver num mundo em que a pobreza persiste, em que os rendimentos das classes médias dos países desenvolvidos estão em queda, ao mesmo tempo que existem cerca de 3000 pessoas controlam um património estimado em mais de 14 biliões de dólares? Ou seja, a soma das riquezas do Japão, da Alemanha, da Índia e do Reino Unido. Que importância tem, por isso, a declaração final do G20 do Rio de Janeiro? Até onde pode ir esta tentativa de aumentar os impostos sobre os mais ricos como forma de reduzir os índices de desigualdade nos países desenvolvidos? Para nos falar sobre estas questões, convidámos Francisco Louçã. Doutorado em Economia, com uma longa carreira política na área da esquerda, as suas posições sobre este tema são há muito conhecidas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Poucas horas depois de se saber que a administração Biden autorizara o uso de mísseis de médio alcance conhecidos como ATACMS em território da Rússia, o porta-voz do Kremlin veio esclarecer as consequências. Os Estados Unidos, disse, estão a regar o fogo com gasolina. É inevitável que aconteça uma escalada de tensões em torno do conflito. Como o presidente Putin já havia referido, ataques com essas armas serão atribuídos aos países que as fornecem. Depois do envolvimento de mais de 10 mil soldados norte-coreanos na frente de Kursk, ocupada pelos ucranianos desde Agosto, Joe Biden já não associa o uso dos ATACMS ao perigo de uma Terceira Guerra Mundial. Mas, ninguém duvida, a guerra na Ucrânia ficou muito mais perigosa. Para percebermos melhor o significado destas mudanças, o P24 convidou para este episódio António Paulo Duarte, doutorado em História Institucional e Política Contemporânea, professor auxiliar da Academia Militar e especialista em matérias de Defesa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No dia 21 de Janeiro de 2021, o primeiro-ministro António Costa anunciava o confinamento geral do país. A covid-19 estava a atingir proporções alarmantes. Tinha passado um ano depois dos primeiros sinais de alerta. Onde iria o país, e o mundo, parar com a nova ameaça? No dia 17 de Dezembro de 2019, um homem de 55 anos foi diagnosticado na província de Wuhan, na China. Durante o primeiro mês, foram registados em média cinco novos casos por dia. Em Dezembro, o primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado em França. A 18 de Janeiro, tinha chegado aos Estados Unidos. Em Março, Portugal assistia a um aumento exponencial de casos e o país entrou em confinamento. Cinco anos depois, a OMS calcula que tenham acontecido 777 milhões de infecções em todo o mundo, sendo registados pelo menos 7,7 milhões de mortos. Recordar a covid, como hoje o PÚBLICO faz nas suas edições digital e impressa, é como que regressar a um pesadelo. É voltar ao medo colectivo face a uma doença nova de consequências imprevisíveis. É recordar as semanas em que milhões de portugueses tiveram de se isolar nas suas casas. O que aprendemos nestes cinco anos? Estamos mais preparados para uma nova pandemia? Será que faz sentido dizer que a covid-19 deixou de ser em definitivo uma ameaça e se transformou em mais uma doença comum, como a gripe? Neste P24, ouvimos Manuel Carmo Gomes, professor de epidemiologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Já morreram dezenas de pessoas em Moçambique, desde o começo da contestação após os indícios de fraude nas últimas eleições. Esta segunda vaga de protestos, convocada pelo candidato presidencial da oposição, Venâncio Mondlane, teve mais consequências desta vez nas províncias de Zambézia e de Nampula, onde um posto administrativo foi incendiado em retaliação pela morte de manifestantes. Por outro lado, os protestos terão descido de intensidade em Maputo por cansaço de quem protesta e por necessidade de quem precisa de se sustentar. A população ficou com que órfã de um Messias e precisa de esperança e de alguém com discurso, diz João Feijó. Este sociólogo e investigador moçambicano considera que a geografia eleitoral mudou em torno de um sentimento anti-Frelimo. Neste episódio, João Feijó observa que a Frelimo vive numa realidade paralela. Qual é a solução? Ninguém sabe.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Donald Trump regressou, ontem, à Casa Branca, a convite do Presidente Joe Biden, para acertar os pormenores da transferência de poder nos EUA. Há quatro anos, este encontro não teve lugar, porque Trump recusou-se a aceitar os resultados eleitorais e não assistiu à tomada de possa do seu sucessor. Elon Musk, que acompanhou Trump nesta viagem a Washington, vai ter um lugar de destaque na nova administração. O multimilionário e Vivek Ramaswamy, dois dos apoiantes mais ricos do novo presidente, vão liderar o futuro Departamento de Eficiência Governamental. Musk participou na maior parte das escolhas de Trump e, dizia ontem o The New York Times, está a tentar instalar os seus amigos de Silicon Valley em lugares de destaque nas instituições federais. O que é que se pode concluir das escolhas anunciadas para os lugares-chave da administração? O perfil dos membros deste segundo mandato será muito diferente daquele que foi o perfil na primeira passagem de Trump pela sala oval? Tudo indica que sim. Neste episódio, Tiago André Lopes, professor de Estudos Asiáticos e Diplomacia na Universidade Portucalense, ajuda-nos a perceber as escolhas para a nova administração Trump.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ana Paula Martins esteve ontem no parlamento para assumir a "total responsabilidade pelo que correu menos bem" no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). O que era para ser uma discussão sobre a proposta de Orçamento do Estado da Saúde de 2025, acabou por ser um exame ao papel de Ana Paula Martins no caso do INEM. A greve às horas extraordinárias expôs a grande falta de recursos humanos nesta área. Há, pelo menos, uma dezena de casos de doentes, cujas mortes estarão, alegadamente, relacionadas com os atrasos no atendimento das chamadas. O PS e o Chega, a Federação Nacional dos Médicos o Sindicato dos Médicos Dentistas, pediram a demissão de Ana Paula Martins, que está cada vez mais sob pressão. Após a audição, a ministra visitou o instituto de emergência médica, onde afirmou que dedicava 70% do seu tempo a resolver problemas do INEM. Neste episódio, Francisco Goiana da Silva, médico, professor universitário e ex-membro da Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde analisa a audição parlamentar da ministra e comenta estes últimos casos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Provavelmente, nunca ouviu falar da Connected, uma startup do Porto que angariou dois milhões de euros para desenvolver a sua tecnologia de internet das coisas aplicada a modelos financeiros. Nem da Ethiack, de Coimbra, que identifica vulnerabilidades de cibersegurança usando hackers éticos. Nem da Glooma, que desenvolveu uma aplicação para ajudar no rastreio e acompanhamento do cancro da mama. Nem sequer da Anchorage Digital, uma startup portuguesa avaliada nos Estados Unidos em mais de três mil milhões de euros. Quando se fala de Web Summit, tende-se a pensar num festival de empresas e empresários estratosféricos sem ligação à terra. De um outro planeta onde o trabalho e o investimento não parecem fazer grande sentido. Mas é bom que esses conceitos se alterem. As startups e a religião sagrada do empreendedorismo, como em tempos foi designada em tom de crítica, apontam para o futuro da economia portuguesa. Por cá há umas quatro mil empresas, de Lisboa a Bragança. Feitas por jovens ousados e financiadas por gestores de risco. Muitas morrem no caminho. Outras chegam ao estatuto de unicórnio, quando valem mais de mil milhões de dólares. Portugal tem seis unicórnios gerados pelo talento nacional. Mais do que a Espanha, mais do que a Itália. Entre o dia de ontem e quarta-feira, umas 125 dessas empresas estarão na Web Summit ao lado de muitas outras de todas as geografias. Por lá estarão também investidores. A Web Summit não gera talento nem capital, mas serve de montra para um país que precisa de vencer a armadilha do rendimento médio. É uma ferramenta, que se junta aos apoios do estado e a um ecossistema que coloca Lisboa, o Porto ou Braga numa rede internacional voltada para o futuro. Será que, neste Campeonato, Portugal já está ao lado dos melhores? O que falta fazer para que a nova geração mais qualificada de sempre brilhe ainda mais? Neste episódio, temos entre nós Ricardo Luz, fundador da Gestluz, entretanto vendida ao grupo báltico Civitta. A Gestluz é uma consultora especializada com uma longa experiência em projectos de criação e de escalação de startups em Portugal. Ricardo Luz é o seu líder em Portugal.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A COP29, que começa hoje, em Baku, no Azerbeijão, tem alguns objectivos cruciais para o nosso futuro: o apoio financeiro à acção climática global, a criação de planos nacionais de adaptação climática até 2025 ou a redução de emissões até 2030. A Conferência das Nações Unidas ocorre após o desastre de Valência, em Espanha, que significa que fenómenos como este não acontecem apenas nos países em desenvolvimento. Portugal, por exemplo, tem mais de 60 áreas com risco significativo de inundação. E ocorre, também, após a eleição de Donald Trump. O futuro presidente dos EUA não acredita no “aquecimento global”. Neste segundo mandato, a indústria dos combustíveis fósseis terá um incentivo. É o famoso “Drill, baby drill”, as declarações do som de abertura deste episódio. A crise climática afecta a biodiversidade e a saúde global, a inacção climática é uma ameaça crescente, a saída dos EUA do Acordo de Paris é preocupante, porque o seu exemplo pode ser seguido por outros países. Francisco Ferreira, presidente da Associação Zero e professor na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, destaca, neste P24 a necessidade de um novo objectivo global para apoiar a acção climática e fala das suas expectativas para esta conferência na qual irá participar.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Após notícias que davam conta de sete mortes em contexto de atrasos no atendimento de chamadas de emergência médica, a ministra da Saúde anunciou que se ia reunir esta quinta-feira com os dirigentes do STEPH, que decretou uma greve às horas extraordinárias, que começou na quarta-feira da semana passada e não tinha data para terminar. Foi a primeira reunião com o Governo desde que a greve foi convocada, em Outubro, e a primeira com a ministra, já que a única que existiu, em Junho, foi com a secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé. Numa profissão com elevado nível de stress, que implica trabalhar fins-de-semana, feriados e até festividades como o Natal, o salário bruto dos técnicos de emergência começa nos 922 euros. A progressão para o nível remuneratório seguinte, em que se recebe mais 50 euros, demora entre dez e 13 anos, segundo o sindicato. Isto está relacionado com a forma como a carreira está organizada, já que só possui três categorias: coordenador-geral, coordenador operacional e técnico de emergência pré-hospitalar. Neste P24, ouvimos Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Tripulantes de Emergência pré-hospitalar, que decretou (e entretanto já suspendeu) a greve às horas extraordinárias.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A vitória de Donald Trump foi mais fácil do que se esperava. A economia foi o tema decisivo nesta campanha, mais ainda do que a imigração. Os eleitores confiaram no republicano, para resolver os problemas de habitação, segurança e custo de vida. Trump conseguiu ter ao seu lado o homem mais rico do mundo, conquistar as classes sociais mais desfavorecidas e o voto masculino entre os latinos e afro-americanos. O republicano sobreviveu a uma condenação criminal, à suspeita de conspirar para anular as últimas eleições, a uma tentativa de homicídio e à substituição sem precedentes do seu adversário na corrida eleitoral. Com a vitória no Senado, uma eventual conquista da Câmara dos Representantes, e o controlo do Supremo Tribunal, é provável que o futuro presidente se sinta impune e que a acusação do Departamento de Justiça por subversão eleitoral, em 2020, seja retirada e arquivada. A sua eleição vai encorajar as autocracias e a sua política interna terá um impacto considerável nas guerras da Ucrânia e do Médio Oriente? Como serão as relações com a China e com União Europeia? Neste episódio, Diana Soller, investigadora do IPRI-NOVA, analisa os resultados destas presidenciais. Que América será esta?See omnystudio.com/listener for privacy information.
À hora a que gravamos este episódio, 6h00, Donald Trump tinha vencido os Estados da Carolina do Norte e da Geórgia e era o mais provável vencedor das eleições presidenciais nos EUA. Kamala Harris precisava de vencer em Estados como Pensilvânia, Michigan ou Wisconsin, mas Trump seguia com vantagem em todos eles. É verdade que faltam contar os votos de algumas das grandes cidades, e ainda muitos votos por correspondência, mas Trump está mais perto da Casa Branca do que Harris. Isso parece mais do que certo. Para este resultado terá sido importante o voto masculino, numas eleições marcadas por diferenças de género, com os eleitores latinos e negros a preferirem eleger Donald Trump. Para além da presidência, os republicanos podem garantir a maioria no senado e no congresso, o que permite maior liberdade a Trump para pôr em prática as suas medidas mais controversas, nomeadamente um processo de deportações. Neste episódio, Pedro Guerreiro, jornalista do PÚBLICO nos EUA, faz uma primeira análise dos resultados e diz que Trump foi eficaz, embora de forma simplista e desonesta, na abordagem do tema da Economia, que foi mais importante nestas eleições do que temas como o aborto ou a imigração. Siga o podcast P24 e receba cada episódio logo de manhã no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts. Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Cinco dias depois das cheias que fizeram mais de duas centenas de mortos na região de Valência, a comunidade de Paiporta, uma das regiões mais afectadas, recebeu os reis de Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sanchez e o presidente da Comunidade Valenciana com insultos, arremesso de lama e outros objectos. Além de falhas na prevenção, habitantes da localidade queixam-se de atrasos e falta de coordenação na resposta à crise. Se não fossem os milhares de voluntários que se organizaram para ajudar a região, os resultados teriam sido ainda mais catastróficos. O que podemos, então, aprender com a forma como Espanha está a lidar com esta crise? Há o risco de vivermos algo semelhante em Portugal? Neste P24, ouvimos Maria José Roxo, professora catedrática de Geografia e Planeamento Regional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa. Siga o podcast P24 e receba cada episódio logo de manhã no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts. Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A probabilidade de Donald Trump não aceitar os resultados eleitorais das eleições presidenciais nos EUA é real. Uma maioria no Congresso poderia levar os republicanos a recusarem-se a certificar os resultados num estados ganhos pelos democratas, o que permitiria atribuir a vitória a Trump. Será Trump capaz de instigar uma nova tomada do Capitólio? Que país será este depois das eleições presidenciais de amanhã? Quem as vencer será presidente dos Estados Desunidos da América, escreveu Rita Figueiras no seu último artigo no PÚBLICO. Investigadora na área da Comunicação Política e professora na Universidade Católica, Rita Figueiras considera que estas eleições ficam marcadas pelas novas estratégias de comunicação, voltadas para nichos do eleitorado. Os podcasts, por exemplo, são um dos meios mais eficazes de chegar a grupos específicos. No som de abertura deste P24, escutamos o início do podcast de Joe Rogan, Donald Trump escolheu-o por causa do eleitorado masculino, e o podcast Call Her Daddy, Kamala Harris escolheu-o para atingir o eleitorado feminino mais jovem.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Os portugueses poupam mais, mas ainda poupam pouco. Basta comparar as taxas de poupança entre nós com as que se registam na Europa. Por cá, aforram-se 9,8 euros por queda 100 euros de rendimento disponível. Lá fora esse valor sobra para mais de 15 euros. Quer isto dizer que somos país de esbanjadores? Ou será que os salários são tão baixos que nos impedem de desviar parte dos rendimentos para o aforro? Ou será ainda que Portugal as taxas de juro, os certificados aforro ou o investimento na bolsa oferecem tão poucas contrapartidas que o melhor mesmo é gastar o que se tem? Hoje é Dia Mundial da Poupança e o simples facto de haver dia assim justifica que se reflicta sobre a importância de poupar. Neste P24, ouvimos Natália Nunes, coordenadora do Gabinete de Protecção Financeira da DECO, a associação de defesa do consumidor. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Os conselhos editoriais do The Washington Post e Los Angeles Times estavam preparados para apoiar a candidata democrata à Casa Branca. Mas a duas semanas das presidenciais nos EUA, os proprietários dos dois jornais consideraram preferível optar pela neutralidade e não tomar posição a favor de nenhum dos candidatos. O facto de não o fazerem contraria a tradição e levanta outras questões. Será que Jeff Bezos, o homem da Amazon, proprietário do The Washington Post, e Patrick Soon-Shiong, um multimilionário nascido na África do Sul e dono do Los Angeles Times, temem represálias caso Donald Trump seja eleito? A decisão de Jezz Bezos teve um custo imediato. Mais de 200 mil pessoas suspenderam as assinaturas do jornal entre o fim-de-semana e a tarde de segunda-feira e vários colunistas e jornalistas demitiram-se. O apoio dos media a um dos candidatos é uma prática normal nos EUA. O New York Post, um jornal tablóide ultraconservador, propriedade do magnata Rupert Murdoch, pediu aos leitores para votarem em Donald Trump, e o conselho editorial do The New York Times deu o seu apoio a Kamala Harris. No episódio de hoje, Daniela Melo, cientista política da Universidade de Boston, ajuda-nos a perceber o que está em causa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A manter-se tudo como está agora na Educação, já em 2026 ou 2027 não existirão professores em número suficiente nos grupos das Humanidades, para substituir os que se aposentam ou ficam doentes. É um dos alertas patentes num estudo sobre a falta de professores publicado, nesta terça-feira, pelo Edulog, o think tank da Fundação Belmiro de Azevedo direccionado para a área de Educação. Neste P24, é convidada a coordenadora do estudo Reservas de professores sob a lupa - Antevisão de professores necessários e disponíveis, Isabel Flores.See omnystudio.com/listener for privacy information.
É comum dizer-se que os eleitores norte-americanos não votam a pensar na política externa, o resultado das eleições de 5 de Novembro terá consequências amplamente diferentes para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia consoante quem venha a ser eleito. Com o candidato republicano Donald Trump é expectável que o apoio de Washington a Kiev seja posto em causa, enquanto com a democrata Kamala Harris a dúvida é sobre se seguirá a abordagem cautelosa e hesitante de Joe Biden ou se irá acelerar o envolvimento norte-americano na guerra ao lado da Ucrânia. E o que pode vir a acontecer no conflito que envolve Israel? São temas para este episódio do P24.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Coreia do Norte não faz parte dos BRICS, uma organização fundada pelas chamadas “economias emergentes”, mas estará prestes a juntar-se à Rússia na Guerra da Ucrânia. EUA e Coreia do Sul asseguraram que um contingente de 1500 soldados das forças especiais de Pyonyang foram enviadas para Vladivostok, no extremo oriente russo. Coreia do Norte e Rússia negam a colaboração. A NATO fala em escalada do conflito e a Ucrânia apela a mais ajuda dos seus aliados. Com a eventual participação norte-coreana no esforço de guerra e com a cimeira dos BRICS, em Kazan, nas margens do Volga, a Rússia quis passar a mensagem de que não foi isolada pelo Ocidente. Putin recebeu mais de 20 líderes, incluindo o presidente da Turquia, país-membro da NATO, e o presidente iraniano, mas também os presidentes indiano e chinês, que há cinco anos não mantinham conversas formais. Nesta cimeira, onde estão representados 45% da população mundial e 35% da economia global, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que o mundo precisa de paz global, em Gaza, no Líbano, no Sudão e na Ucrânia. Que impacto pode ter o envolvimento norte-coreano nesta última guerra? Que influência geoestratégia podem ter os BRICS caso Índia e China passem do confronto à aliança? José Pedro Teixeira Fernandes, investigador do IPRI, da Universidade NOVA de Lisboa, é o convidado deste episódio.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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(voltou aquele problema de ficheiro “não escutável” .... cuidado se estiverem a conduzir e o programa de podcasts ficar parado)
Não gostei do comentário de hoje.