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Podcast Archai

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André Malta (USP) conta esta experiência multifacetada nos estudos clássicos e no jornalismo. "Isto aqui não é grego", seu canal no Youtube, traz temporadas que vão desde a Ilíada, traduções e tradutores, autores greco-latinos até a literatura contemporânea. Na segunda parte deste episódio, André Malta nos apresenta a personagem Hermes, um deus multiforme, mensageiro, condutor e próximo do universo humano. Ele analisa as representações de Hermes nas principais fontes, interpreta trechos memoráveis da Ilíada e da Odisseia em que Hermes aparece. Por fim, nosso convidado indica leituras sobre o tema para os ouvintes.
Julio Cesar Magalhães de Oliveira (USP) nos conta sobre sua trajetória acadêmica e o interesse pela História Antiga. Fala sobre o projeto "Vozes subalternas" e a intersecção entre a academia e as redes sociais com o projeto "Subalternidades Digitais". Por fim, comenta sobre o estudo da História Antiga no Brasil e a arqueologia, ao trabalhar com o contexto da vida das populações urbanas e trabalhadores. Aponta um terreno propício para estes estudos no Brasil e um interesse crescente sobre o tema entre estudantes da graduação. No segundo bloco, Julio Cesar Magalhães de Oliveira nos apresenta Agostinho de Hipona, mais conhecido como Santo Agostinho. Ele nos explica que Santo Agostinho refere-se ao que ele se tornou na posteridade e seu legado, enquanto Agostinho de Hipona remete ao homem que viveu em sua época. Descreve a trajetória de Agostinho, até o momento de sua conversão, fala sobre a atuação de Agostinho como bispo e sobre o fim de sua vida. Por fim, comenta sobre a descoberta de novas cartas e sermões e sobre o próprio esforço de Agostinho para preparar seu legado para a posteridade.
Teodoro Rennó Assunção (UFMG) relembra sua trajetória acadêmica e conta como chegou aos Estudos Clássicos. Comenta também sobre outras publicações suas que conectam temas como cinema e futebol, demonstrando uma totalidade através da diversidade. Na segunda parte deste episódio, Teodoro Rennó Assunção nos apresenta a personagem Hesíodo e a visão de mundo proposta no conjunto desta obra poética. A Teogonia, uma cosmogonia - nascimento do mundo e dos primeiros deuses - e uma história da família de Zeus até o estabelecimento definitivo de seu poder. Os Trabalhos e os Dias, a perspectiva humana da Idade de Ferro. Comenta sobre outras obras que são atribuídas ao Hesíodo, como o Escudo de Héracles e o Catálogo de Mulheres. Por fim, realiza uma análise comparativa com diferenças e semelhanças entre os poemas de Hesíodo e de Homero.
Julia Myara (PUC-Rio) compartilha sua trajetória filosófica, que começa com Platão e chega a Górgias, cujo texto O Elogio de Helena a leva a refletir sobre gênero na mitologia. A partir daí, ela se aproxima de figuras como Helena, Medeia e Circe. Em seus cursos livres, conecta filosofia antiga a autoras contemporâneas como Margaret Atwood, Elena Ferrante e Silvia Federici. No segundo bloco, apresenta Circe, sua genealogia e sua relação com o phármakon. Circe é vista como uma divindade transformadora, que revela a essência dos seres. Myara interpreta Circe como símbolo da superação do narcisismo e da preservação da identidade. Mesmo poderosa, Circe permite que Odisseu parta, reconhecendo a alteridade. Ao final, Julia lê um trecho da Odisseia em que há a representação de Circe.
Gabriele Cornelli (UnB) é o Coordenador da Cátedra UNESCO Archai sobre as Origens Plurais do Pensamento Ocidental e idealizador deste Podcast Archai. Para celebrarmos este Episódio 100 convidamos Gabriele a relembrar sua trajetória acadêmica e falar sobre a Cátedra, um lugar em que nos sentimos acolhidas na interdisciplinaridade nos Estudos Clássicos e num espaço de diálogo plural e acolhedor. Gabriele conta também da experiência na posição de Presidente da International Plato Society (2013-2016), um projeto coletivo dos platonistas do Brasil, que permitiu trazer o simpósio platônico mundial para o Brasil (e para o Sul do mundo) pela primeira vez. Perguntamos para ele sobre como vê os estudos de Platão no Brasil hoje. Defende que uma sociedade científica é preponderante para o avanço da ciência de forma democrática e plural, permitindo a reunião de especialistas com diferentes leituras e abordagens, evitando individualismos. Gabriele conta da experiência de ser Editor de uma das mais importantes coleções de estudos platônicos internacionais, a coleção Brill Plato Studies. Perguntamos para ele sobre sua tradução recém-publicada, o diálogo Fédon, de Platão, pela coleção Penguin Clássicos, da Companhia das Letras. Por fim, Gabriele embra sobre como surgiu a ideia do Podcast Archai. No segundo bloco, Gabriele fala de Platão. E nos apresenta como nasce o Platão filósofo, a partir da morte trágica de Sócrates, que o levou a questionar profundamente os valores da vida social, o que é verdade, o que é mentira, e o faz repensar tudo: da poesia à política. Relata sobre o local onde teria sido a Academia de Platão, em Atenas. Relaciona o espaço público e a filosofia. Comenta sobre a famosa frase de Whitehead, sobre todas a historia da filosofia ser nada mais do que uma série de notas de rodapé a Platão, e a relação que se tem, muitas vezes, com os clássicos. Discorre sobre porque Platão escreve diálogos e a capacidade literária (e filosófica) de Platão e o legado dos diálogos socráticos, como memória de Sócrates, que era uma figura central para sua geração. O diálogo é a grande ferramenta da filosofia, um dispositivo para mostrar que a filosofia se faz dialogando, sem o autor em primeira pessoa, mas como um espaço onde o pensamento acontece. Discute o chamado mundo das ideias, comenta a imagem mais famosa de Platão, o Mito da Caverna, e interpreta as metáforas em sua obra. Relaciona os principais temas: a tragédia grega; a Democracia; as soluções utópicas e as interpretações contemporâneas dos diálogos. Há neste episódio o time completo do Podcast Archai e a participação especial da atual diretoria da Sociedade Brasileira de Platonistas, que além de enviar perguntas, convida toda a audiência para o XIV Simpósio da SBP. Gabriele responde a todas as perguntas -com sua habitual generosidade- e nos ensina sobre a filosofia dialógica de Platão (e de Sócrates) por meio de um metapoético e metafilosófico diálogo neste podcast. Somos suspeitas, mas… é mesmo imperdível.
Gilson Charles dos Santos (UnB) narra sua trajetória até os Estudos Clássicos, comenta os projetos dos quais participa, relembra sua atuação como professor de português como língua estrangeira e estabelece relações entre aquela experiência e sua prática atual. Na segunda parte, Charles apresenta o estrategista Júlio César, personagem de extrema importância tanto pelo que representou quanto pelo período histórico em que viveu (100–44 AEC). Ele o descreve como uma força disruptiva em um sistema de organização social que havia se expandido excessivamente, mantendo, no entanto, estruturas administrativas ainda limitadas — um grande império com a organização de uma cidade. Gilson Charles analisa as fontes antigas sobre a vida de Júlio César e discute sua influência na história ocidental após a queda de Roma e, por fim, reflete sobre os motivos que levaram a sua morte, situando-a no contexto das tensões políticas e sociais da República Romana.
Fernanda Cunha Sousa (UFJF) relembra sua trajetória nas Letras Clássicas: destaca a Extensão na Universidade ao relacioná-la ao currículo. Explica as atividades do CirceA; descreve a experiência de compor duas diretorias da SBEC e refere-se ao livro "Os Estudos Clássicos na Pandemia". No segundo bloco, Fernanda Cunha Sousa apresenta-nos a personagem Ovídio e tudo o que este poeta elegíaco, multifacetado e cosmogônico representa para ela. Destaca o legado, os gêneros, temas e principais obras compostas por Ovídio.
Carolina Kesser (UFPel) conta sua carreira na ceramologia e destaca a importância da cerâmica enquanto cultura material arqueológica. Fala sobre os trabalhos desenvolvidos no LECA, explica as atividades realizadas no âmbito do ensino, pesquisa e extensão ao celebrar o ciclo de continuidade dos projetos. No segundo bloco deste episódio, Carolina Kesser apresenta Geropso, uma personagem de um vaso grego. Descreve o vaso e interpreta as cenas e os elementos desta representação ao analisar questões sobre identidade, gênero, etarismo, representações do corpo, a partir desta imagem.
Priscila Scoville (UFRGS) relembra sua trajetória e o que a trouxe para os Estudos Clássicos e Egito. Conta sobre a experiência em fazer parte do LEAO e explica como o Laboratório funciona. Comenta sobre os desafios e possibilidades da pesquisa em Antiguidade Oriental no Brasil. Por fim, fala sobre a sua atuação como professora da Educação Básica, na International Schooling de Cingapura, e as conexões nesta experiência. Na segunda parte deste episódio, Priscila Scoville nos apresenta a personagem Tiye, apelidada de rainha plebeia. Explica as representações da Tiye, e como ela se tornou responsável por manter as relações diplomáticas do Egito.
Robson Tadeu Cesila (USP) relembra sua trajetória acadêmica e o percurso nas Letras Clássicas. Conta como foi compor a equipe que comentou e editou traduções realizadas por Odorico Mendes de obras tão importantes da Literatura Latina. Analisa a importância das traduções como prática pedagógica e contribuição na divulgação científica.Comenta sobre as práticas letradas na Antiguidade e a história do livro. No segundo bloco deste episódio, Robson Tadeu Cesila apresenta o poeta latino Marcial e destaca a diversidade de sua obra. Explica as datas pouco precisas a partir de referências da própria obra poética do autor. Comenta sobre a recepção contemporânea da obra de Marcial e os limites do humor, ao considerar o epigrama satírico. Por fim, mostra outros poemas de Marcial e demonstra a obra dele como possibilidade de fonte para compreender a vida popular romana.
Jane Kelly Oliveira (UEPG) descreve como começou sua trajetória na Universidade e nos Estudos Clássicos. Relembra o Giz-èn-scÉne e como ele marcou sua pesquisa e atuação docente. Comenta acerca dos desafios curriculares e resoluções transdisciplinares, por meio do diálogo entre o clássico e o moderno. No segundo bloco, Jane Kelly Oliveira nos apresenta a personagem Lisístrata, de uma peça de mesmo nome do comediógrafo Aristófanes. Lisístrata convoca e mobiliza todas as mulheres da Grécia para dar fim à Guerra do Peloponeso. Jane Kelly demonstra os debates, interpretações contemporâneas e a recepção fílmica desta protagonista.
Ana Thereza Basílio Vieira (UFRJ) narra sua trajetória no Latim e nos Estudos Clássicos. Comenta sobre sua atuação na área de traduções, relembra sua experiência na edição da CODEX e suas pesquisas recentes sobre Plínio, o Velho. No segundo bloco, Ana Thereza Basílio Vieira apresenta-nos a personagem Fedro, o fabulista, primeiro autor dedicado às fábulas no cenário romano. Explica a obra de Fedro e analisa a estrutura da Fábula. Destaca as inovações deste autor, além de sua contribuição para o gênero. Por fim, reflete sobre a moral presente nas fábulas de Fedro, discute o tema da escravidão e compara suas obras com as fábulas de Esopo.
Erica Angliker (Escola Britânica de Atenas/ Unicamp) conta para nós sua história - que começa com Física - até a Arqueologia. Aproxima as ilhas gregas e a religião; explica o programa de escavação da Escola Brasileira de Verão e fala sobre novos projetos. No segundo bloco, Erica Angliker apresenta a personagem Cleópatra da Macedônia, uma das três irmãs de Alexandre, o Grande. Comenta sobre a formação e função da Cleópatra da Macedônia, e das mulheres, para o papel político. Por fim, explica como foi o funeral da Cleópatra, fala sobre os tesouros e descreve o que foi impactante, em sua análise, a partir da cultura material e herança cultural.
Camila Diogo de Souza (UFF) relembra e conta para nós como foi sua trajetória no mundo dos Estudos Clássicos, na História e Arqueologia. Comenta sobre a publicação de um Dossiê que percorre todos estes anos de pesquisa, na cidade de Argos. No segundo bloco, Camila Diogo de Souza apresenta a personagem Perseu e explica como a mitologia encontra arqueologia, ao aproximar as fontes materiais, literárias e a cidade Argos.
Camila Ezídio (U. Porto/ UFBA) relembra o percurso na filosofia e formação da professoralidade. Explica suas pesquisas no pós-doutorado e ao comentar sobre a História da Filosofia e o estudo das mulheres-filósofas, nos fala sobre a Hildegarda de Bingen. No segundo bloco, Camila Ezídio apresenta a personagem Dhuoda, ao contextualizar historicamente e socialmente o processo de composição da obra "Liber Manualis". Em seguida, compara as semelhanças e diferenças entre "Liber Manualis", de Dhuoda com "Ética a Nicômaco", de Aristóteles e "De magistro", de Agostinho. Por fim, analisa a atualidade e temas presentes nesta obra ao destacar a figura ativa materna de Dhuoda na educação de Guilherme, seu filho.
Edson Resende (UFRRJ) narra sua trajetória que começa na Psicologia, passa pela História e alcança a Filosofia. Conta para nós uma anedota sobre como passou de Aristóteles para Teofrasto, ao propor uma leitura de aproximações entre eles. Comenta sobre a experiência do pós-doutorado, na Universidade de Aix-Marseille. No segundo bloco deste episódio, Edson apresenta a personagem Teofrasto, sucessor imediato de Aristóteles, no Liceu. Explica sobre os estudos teofrastianos, as fontes, publicações e traduções em português. Em seguida, relembra o contexto histórico em que Teofrasto viveu e escreveu. Explica como Teofrasto esteve relacionado a Aristóteles. Faz referência sobre as obras homônimas de Aristóteles e Teofrasto, analisa a recepção e menciona o estado atual dos estudos sobre a Metafísica de Teofrasto.
Tais Pagoto Bélo (MAE/ULB) narra sua trajetória nos Estudos Clássicos desde o curso de História até a Arqueologia. Em seguida, comenta sobre fontes materiais e Numismática Antiga. Conta ainda sobre as experiências em realizar pesquisa em países e instituições diferentes. No segundo bloco, Tais nos apresenta a personagem Boudica, rainha e guerreira da Britânia. Analisa os usos do passado, a recepção sobre a Boudica desde o Renascimento até a Época Moderna e os dias de hoje. Cita as fontes: Tácito e Dião Cássio. Explica o que a Boudica significa para os britânicos, como a sua figura está relacionada com as questões femininas e feministas, na Inglaterra.
Rafael Brunhara (UFRGS) narra seu percurso nas Letras, relembra como foi ser encantado pelos Estudos Clássicos, poesia lírica, professoras e professores. Comenta sobre o processo e a publicação - em coautoria com a Giuliana Ragusa - do livro “Elegia Grega Arcaica: Uma Antologia”. Por fim, conta-nos sobre a atual diretoria da SBEC. Destaca a importância de reconhecer a realidade dos Estudos clássicos em todas as regiões do Brasil, observa como a extensão tem um papel preponderante e analisa as transformações das Licenciaturas. No segundo bloco deste episódio, Rafael Brunhara nos apresenta Teógnis de Mégara. Explica o contexto de composição deste poeta. Analisa a importância da poesia de Teógnis ao elucidar que foi um poeta muito lido nos círculos socráticos. Por fim, comenta sobre uma coleção de poemas chamada Teognideia e a Questão Teognídea.
Cristina Franciscato (USP) relembra o ciclo percorrido até os estudos clássicos e conta sua trajetória acadêmica. Em seguida, comenta como surgiu o “Canto das Musas” - um canal com mais de 7 mil seguidores - e antecipa para nós os próximos planos. Por fim, narra sua atuação como professora durante viagens para a Grécia. No segundo bloco, Cristina Franciscato nos apresenta a personagem Héracles, a partir do nascimento deste herói. Destaca as fontes mais antigas a respeito dos 12 trabalhos de Héracles; explica as variações do mito e analisa a loucura de Héracles. Por fim, comenta a experiência de traduzir o Héracles, de Eurípides e partilha conosco a sua leitura desta tragédia.
Lucia Sano (Unifesp) relembra sua trajetória acadêmica nas Letras Clássicas até chegar a Xenofonte. Em seguida, conta para nós como foi ser finalista em um dos prêmios mais importantes do país - Prêmio Jabuti- e como foi traduzir Xenofonte. Por fim, comenta sobre o projeto de extensão Interlúdios Clássicos. No segundo momento deste episódio, Lucia Sano nos apresenta a personagem Xenofonte, conhecido por ter sido um pupilo do Sócrates. Explica o porquê de Xenofonte ser considerado um autor menos prestigiado do que Platão e Tucídides, apesar de também ter escrito sobre Sócrates e a Guerra do Peloponeso. Por fim, ressalta ser extensa a obra de Xenofonte (14 textos) e comenta sobre os temas que figuram na Anábase; Ciropédia e Helênicas. Analisa que Xenofonte preocupa-se com as relações humanas e a aplicação prática.