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Author: Podcast Archai

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Podcast da Cátedra UNESCO Archai sobre as Origens Plurais do Pensamento Ocidental - Universidade de Brasília
94 Episodes
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90. Dhuoda

90. Dhuoda

2024-06-2836:24

Camila Ezídio (U. Porto/ UFBA) relembra o percurso na filosofia e formação da professoralidade. Explica suas pesquisas no pós-doutorado e ao comentar sobre a História da Filosofia e o estudo  das mulheres-filósofas, nos fala sobre a Hildegarda de Bingen. No segundo bloco, Camila Ezídio apresenta a personagem Dhuoda, ao contextualizar historicamente e socialmente o processo de composição da obra "Liber Manualis". Em seguida, compara as semelhanças e diferenças entre "Liber Manualis", de Dhuoda com "Ética a Nicômaco", de Aristóteles e "De magistro", de Agostinho. Por fim, analisa a atualidade e temas presentes nesta obra ao destacar a figura ativa materna de Dhuoda na educação de Guilherme, seu filho.
89. Teofrasto

89. Teofrasto

2024-05-0329:411

Edson Resende (UFRRJ) narra sua trajetória que começa na Psicologia, passa pela História e alcança a Filosofia. Conta para nós uma anedota sobre como passou de Aristóteles para Teofrasto, ao propor uma leitura de aproximações entre eles. Comenta sobre a experiência do pós-doutorado, na Universidade de Aix-Marseille. No segundo bloco deste episódio, Edson apresenta a personagem Teofrasto, sucessor imediato de Aristóteles, no Liceu. Explica sobre os estudos teofrastianos, as fontes, publicações e traduções em português. Em seguida, relembra o contexto histórico em que Teofrasto viveu e escreveu. Explica como Teofrasto esteve relacionado a Aristóteles. Faz referência sobre as obras homônimas de Aristóteles e Teofrasto, analisa a recepção e menciona o estado atual dos estudos sobre a Metafísica de Teofrasto.
88. Boudica

88. Boudica

2024-04-1235:521

Tais Pagoto Bélo (MAE/ULB) narra sua trajetória nos Estudos Clássicos desde o curso de História até a Arqueologia. Em seguida, comenta sobre fontes materiais e Numismática Antiga. Conta ainda sobre as experiências em realizar pesquisa em países e instituições diferentes. No segundo bloco, Tais nos apresenta a personagem Boudica, rainha e guerreira da Britânia. Analisa os usos do passado, a recepção sobre a Boudica desde o Renascimento até a Época Moderna e os dias de hoje. Cita as fontes: Tácito e Dião Cássio. Explica o que a Boudica significa para os britânicos, como a sua figura está relacionada com as questões femininas e feministas, na Inglaterra.
87. Teógnis de Mégara

87. Teógnis de Mégara

2024-03-2934:411

Rafael Brunhara (UFRGS) narra seu percurso nas Letras, relembra como foi ser encantado pelos Estudos Clássicos, poesia lírica, professoras e professores. Comenta sobre o processo e a publicação - em coautoria com a Giuliana Ragusa - do livro “Elegia Grega Arcaica: Uma Antologia”. Por fim, conta-nos sobre a atual diretoria da SBEC. Destaca a importância de reconhecer a realidade dos Estudos clássicos em todas as regiões do Brasil, observa como a extensão tem um papel preponderante e analisa as transformações das Licenciaturas. No segundo bloco deste episódio, Rafael Brunhara nos apresenta Teógnis de Mégara. Explica o contexto de composição deste poeta. Analisa a importância da poesia de Teógnis ao elucidar que foi um poeta muito lido nos círculos socráticos. Por fim, comenta sobre uma coleção de poemas chamada Teognideia e a Questão Teognídea.
86. Héracles

86. Héracles

2024-03-0135:391

Cristina Franciscato (USP) relembra o ciclo percorrido até os estudos clássicos e conta sua trajetória acadêmica. Em seguida, comenta como surgiu o “Canto das Musas” - um canal com mais de 7 mil seguidores - e antecipa para nós os próximos planos. Por fim, narra sua atuação como professora durante viagens para a Grécia. No segundo bloco, Cristina Franciscato nos apresenta a personagem Héracles, a partir do  nascimento deste herói. Destaca as fontes mais antigas a respeito dos 12 trabalhos de Héracles; explica as variações do mito e analisa a loucura de Héracles. Por fim, comenta a experiência de traduzir o Héracles, de Eurípides e partilha conosco a sua leitura desta tragédia.
85. Xenofonte

85. Xenofonte

2023-09-0831:591

Lucia Sano (Unifesp) relembra sua trajetória acadêmica nas Letras Clássicas até chegar a Xenofonte. Em seguida, conta para nós como foi ser finalista em um dos prêmios mais importantes do país - Prêmio Jabuti-  e como foi traduzir Xenofonte.  Por fim, comenta sobre o projeto de extensão Interlúdios Clássicos. No segundo momento deste episódio, Lucia Sano nos apresenta a personagem Xenofonte, conhecido por ter sido um pupilo do Sócrates. Explica o porquê de Xenofonte ser considerado um autor menos prestigiado do que Platão e Tucídides, apesar de também ter escrito sobre Sócrates e a Guerra do Peloponeso. Por fim, ressalta ser extensa a obra de Xenofonte (14 textos) e comenta sobre os temas que figuram na Anábase; Ciropédia e Helênicas. Analisa que Xenofonte preocupa-se com as relações humanas e a aplicação prática.
84. Neera

84. Neera

2023-08-1839:481

Carolina Araújo (UFRJ) conta para nós sua trajetória até a filosofia e relembra um ponto importante em sua formação: ter sido a terceira geração orientada por mulheres. Explica como surgiu o projeto de extensão "Quantas Filósofas?". Na segunda parte deste episódio, Carolina Araújo apresenta a personagem Neaira e explica que há somente uma fonte sobre ela: um discurso forense de acusação de autoria do Apolodoro. Este texto é relevante por ser uma das fontes mais importantes sobre as leis, as regras comunitárias na Atenas democrática sobre o casamento. Carolina Araújo explica do que Neaira é acusada, comenta sobre a lei que proíbe casamento com estrangeiro e fala sobre o conceito de cidadania no feminino. Em seguida, descreve o estatuto social da cortesã e o que aconteceu com Neaira quando ela deixou de ser jovem;  diferencia cortesã e concubina. Carolina Araújo finaliza e analisa a importância da leitura deste texto de maneira crítica para o estudo das mulheres na antiguidade, sobre a estrutura do casamento, ideia de cidadania e condição das mulheres. Sobre “Contra Neera”, de Apolodoro, temos uma edição em português de Portugal da Annablume Clássica, tradução da Glória Onelley. Podcast/canal no youtube da Carolina Araújo: https://www.youtube.com/@mulheresnafilosofia
83. Apolônio Díscolo

83. Apolônio Díscolo

2023-08-0429:161

Fábio Fortes (UFJF) narra sua trajetória nos Estudos Clássicos que começou com o interesse pelo Latim. Em seguida, fala sobre o projeto "Letras Clássicas na Escola: Latim, Cultura Clássica e Ensino​​". Comenta sobre a importância da interface com a Educação Básica e analisa o espaço dos Estudos Clássicos nas escolas. No segundo bloco, apresenta a personagem Apolônio Díscolo: um gramático de Alexandria que viveu no séc II d.C. Ele teria escrito mais de 30 tratados gramaticais dos quais apenas 4 chegaram aos nossos dias. Conta sobre o epíteto Díscolo. Explica a gramática antiga e demonstra que a obra de Apolônio tem um caráter ao mesmo tempo descritivo e prescritivo: na medida em que o gramático/filólogo se debruça sobre a materialização de textos existentes e conhecidos em sua época, a partir desta pluralidade e diversidade de lições, textos e autores, Apolônio Díscolo propõe um modelo teórico unificante, a partir do qual, cria uma norma, sobretudo para quem está trabalhando com edições de textos grego. Comenta sobre a obra "Perì syntáxeos", uma síntese entre duas tradições de reflexão sobre a linguagem: a filológica e a lógica. Por fim, relaciona os fundamentos conceituais das gramáticas atuais com as antigas e mostra que temas como variação linguística e dialetos já estavam presentes.
Vicente Brazil (UECE) conta para nós a sua trajetória acadêmica até a filosofia antiga, comenta as pesquisas realizadas junto com a professora Maria Aparecida de Paiva Montenegro. Destaca a importância dos cursos de extensão de grego, ofertados aos sábados, pela professora Ana Maria César Pompeu e pelo professor Orlando Araújo, na UFC. Analisa os avanços a respeito do ensino de filosofia, relembra a atuação enquanto professor de filosofia na Educação Básica e a presença da filosofia nas avaliações externas.  No segundo bloco deste episódio, Vicente Brazil nos apresenta a personagem Flautista, do Banquete de Platão. Explica o porquê de a flautista não ser exatamente uma instrumentista de flauta, mas de um aulo. Interpreta os dois momentos em que a flautista aparece no Banquete: primeiro sendo retirada do ambiente e depois o seu retorno, apoiando Alcibíades. Por fim, demonstra que o feminino atravessa todo o contexto da obra e analisa que há outro personagem no Banquete que também é chamado de flautista, Sócrates, que encantava apenas com as palavras.
81. Fedro

81. Fedro

2023-07-0727:02

Patricia Lucchesi (UFMG/UFU) conta-nos sua trajetória que começou na área da saúde; passou pelo curso de Letras (e Grego) e alcançou a Filosofia no Mestrado e Doutorado. Em seguida, explica como surgiu o projeto cultural "Estação Filosofia" e destaca a importância da extensão e do compromisso social. Comenta sobre o recém-lançado "A Performance da Psicagogia no Fedro de Platão" e os temas centrais discutidos no livro. Na segunda parte deste episódio, Patricia Lucchesi apresenta a personagem Fedro. Salienta a dificuldade de precisar este personagem como histórico. Fedro seria do demo Myrrhinos e aparece, além do diálogo homônimo, em Protágoras; Mênon e Banquete. Patricia Lucchesi destaca os contextos em que Fedro aparece nos diálogos de Platão e relaciona o nome da personagem com o tema do diálogo. Junto de Monique Dixsaut, Patricia Lucchesi considera a alma, em Platão, uma espécie de ponto de convergência que vai unir a perspectiva epistemológica, ontológica, metafísica e política. Em seguida, relaciona a persuasão retórica e a psicagogia filosófica, no Fedro.
80. Ártemis

80. Ártemis

2023-06-2325:181

Juliana da Hora (UNISA) conta para nós sua trajetória interdisciplinar e como foi o caminho até a arqueologia, a partir das Letras. Em seguida, explica a relação entre os estudos do feminino e os projetos de extensão, voltados para pensar o presente.  No segundo bloco, Juliana nos apresenta a personagem Ártemis. Divindade múltipla, desde a origem, está no limiar entre o selvagem e o mundo civilizado. Ártemis está relacionada às mulheres nas várias esferas de suas vidas: rito de iniciação; rito de passagem da menina para a mulher; protetora das gestantes e no momento do parto. Divindade de muitos atributos, sua representação pode ser reconhecida por meio da vestimenta; aspecto da caça, ligada a animais ou representações apotropaicas. A representação de Ártemis, na materialidade, pode ser encontrada em epigrafias, inscrições, vasos, objetos encontrados em locais de oferendas votivas, em santuários, nos elementos imagéticos, representações iconográficas e em figuras de terracota. Por fim, Juliana da Hora explica a relação entre Ártemis e Hécate.
79. Euclides

79. Euclides

2023-06-0928:13

César Mathias de Alencar (UNIFAP) conta os caminhos que trilhou até chegar na filosofia. Explica a origem do grupo de pesquisa "Diálogo e Ação Humana", as atividades desse grupo e sobre os projetos de extensão. No segundo bloco deste episódio, César Mathias de Alencar nos apresenta a personagem Euclides de Mégara e o que se sabe sobre seus escritos. Explica sobre o qualificativo "socráticos menores", que parece ser depreciativo, mas decorre da quantidade de material. Analisa a possibilidade de Euclides ser um dos socráticos maiores. Conta a anedota de que Euclides, por conta do banimento de megarenses em Atenas, se vestia de mulher e entrava na cidade para ouvir Sócrates falar. Fazia de tudo para conviver com Sócrates. César comenta a relação entre a vida e a obra, a partir de testemunhos, fragmentos, fontes secundárias, textos que trazem intertextualidade e a preocupação com o âmbito anedotário. Por fim, aponta o surgimento dos diálogos socráticos, como um constante exercício de rememoração, ao transformar a oralidade da dialética socrática em texto.
78. Alcibíades

78. Alcibíades

2023-05-2640:571

Guilherme Moerbeck (UERJ/UQAM) conta como surgiu o interesse pela História Antiga, a partir de uma interpretação aristofânica. Explica seu percurso e a dinâmica de que “a pesquisa nos escolhe”, ao falar sobre sua pesquisa em ensino de História Antiga e a fronteira com várias áreas de conhecimento: Filologia; Antropologia e Educação. Fala sobre o Didaskō - Grupo de Estudos em Ensino de História Antiga. Pondera sobre o que já avançou e precisa ser aprimorado no ensino desta disciplina no Brasil. No segundo bloco deste episódio, Moerbeck nos apresenta a personagem Alcibíades, figura intrigante da elite ateniense da segunda metade do séc. V AEC.Filho de Clínias e Dinômaca, Alcibíades foi educado por um pedagogo, na casa de Péricles. Guilherme Moerbeck explica a construção da ideia do homem excepcional e os grandes atos heróicos. Enquanto descreve esta figura ambivalente, cita as fontes históricas e literárias nas quais é possível ter acesso à história de Alcibíades. Por fim, recomenda aos interessados fontes e cuidados, no sentido de perceber a diversidade de retratos a partir da amplitude de autores que falam a respeito dessa personagem.
77. Protágoras

77. Protágoras

2023-05-1226:091

Maicon Reus Engler (UFPR) conta-nos sobre a sua história, relembra os professores e a sua trajetória até a filosofia. Fala sobre as experiências pedagógicas; comenta sobre a EAD e o ensino de filosofia. Opina sobre as atuais ferramentas de inteligência artificial para produção de textos e o que há de diferente entre a inteligência humana e artificial, destacando a sistematização de Topoi e Tropos de linguagem. No segundo bloco deste episódio, Engler nos apresenta Protágoras, um sofista que existiu de fato, além de ter sido caracterizado no homônimo diálogo de Platão. Explica as teses de Protágoras; analisa os fragmentos e a fama por dar forma ao relativismo e subjetivismo. Exemplifica a antilogia, a erística e o papel de Protágoras dentro da história da sofística. Destaca a inovação de Protágoras, ao fazer um estudo da linguagem e gramática. Comenta sobre o processo; os livros queimados e a morte de Protágoras. Por fim, demonstra a importância e relevância de se estudar a sofística e a retórica nos dias de hoje.
76. Mia

76. Mia

2023-04-2835:201

Gislene Vale dos Santos (UFBA) conta para nós as suas experiências e vivências na trajetória em filosofia antiga. Fala sobre ser mulher e filósofa; explica como surgiu o interesse em trabalhar com o pensamento das filósofas antigas. No segundo bloco, Gislene nos apresenta a personagem Mia, a filósofa. Filha de Teano e Pitágoras, nascida em Crotona, no séc V a.C., Mia fez parte do círculo de Pitágoras. Gislene dos Santos comenta e analisa como uma carta atribuída à Mia, endereçada a uma amiga que acabou de ser mãe, contribui para a compreensão do pensamento filosófico de Mia: filosofia, misticismo, matemática, ambiente doméstico, ambiente cósmico, pensar seu tempo e sua condição como mulher. Tudo isto aparece nesta carta: equilíbrio, trilha de formação de valores, um universo formativo. Gislene chama a atenção para o fato de que o ambiente doméstico é também filosófico. Sobre as fontes, comenta sobre a Epistolografia e um conjunto de cartas e fragmentos das autoras do circuito pitagórico. Estabelece conexões sobre o fato de haver diversas mulheres pitagóricas na tradição antiga com uma característica especial neste movimento filosófico. Finaliza destacando a importância de trabalhar com o pensamento destas autoras, nos dias de hoje.
75. Eurípides

75. Eurípides

2023-04-1428:531

Fernando Brandão dos Santos (UNESP-Araraquara) conta sua trajetória acadêmica e como se interessou pelo grego e teatro grego. Em seguida, comenta como foi trabalhar na confecção do Dicionário Grego-Português - no Brasil- e como este projeto evoluiu ao longo do anos. Por fim, fala sobre o nascimento e as atividades do Grupo de leituras dramáticas Giz-en-Scène. Na segunda parte deste episódio, Fernando apresenta a personagem Eurípides, um dos grandes tragediógrafos da Grécia Antiga. Demonstra como gosta de pensar a obra de Eurípides: o modo de compor a personagem; quem seria o herói trágico; como revela as paixões humanas e a tensão dramática explorada ao máximo. Analisa e mostra como se dá um dos elementos que mais encantam em Eurípides: a maneira pela qual ele registra os estados de alma das personagens. Comenta também sobre Eurípides ser considerado o menos religioso dos tragediógrafos e misógino. Finaliza com uma reflexão sobre a recepção moderna de suas obras.
74. Aquiles

74. Aquiles

2023-03-3135:461

Christian Werner (USP) narra as motivações e sua trajetória até o grego clássico. Em seguida, comenta sobre as suas traduções e como elas estão interligadas ao seu percurso acadêmico. Por fim, fala sobre o grupo de pesquisa e os projetos atuais. No segundo bloco deste episódio, Christian apresenta a personagem Aquiles, na tradição da guerra de Troia e no contexto da Ilíada e da Odisseia. Filho de Tétis (deusa marítima) e Peleu (herói), Aquiles é um dos grandes heróis que participa da guerra de Troia, mas que nem sempre está associado ao juramento feito em ocasião do casamento de Helena; um dos poucos grandes heróis gregos que morre (jovem) em Troia. Explica sobre o tornozelo de Aquiles. Cita passagens emblemáticas da Ilíada: as armas de Aquiles; o escudo feito por Hefesto; o grande amigo Pátroclo; a relação intensa entre os dois heróis; o luto; e da Odisseia: o diálogo entre Odisseu e Aquiles, no Hades. Werner compara como Aquiles é representado em cada poema e analisa Aquiles como um herói em busca da figura paterna. Personagens como Agamêmnon, Nestor, Fênix, Pátroclo, e até mesmo a deusa Atena, tentam ocupar este espaço. No último canto da Ilíada, Aquiles encontra a figura paterna em Príamo, o pai de Heitor. Por fim, Christian Werner tece comentários  sobre a recepção.
 
72. Nous

72. Nous

2023-03-0336:091

Celso de Oliveira Vieira (RUB) rememora seu caminho até os Estudos Clássicos: Letras; Literatura; Filosofia e como estas conexões refletem no seu trabalho. Em seguida, conta sobre a experiência no pós-doutorado, no exterior. Celso explica como surgiu o "Projeto Educacional Ninho" e descreve as oficinas pedagógicas e filosóficas que fazem parte deste projeto social. Na segunda parte deste episódio, Celso Vieira define e explica a noção polissêmica de Nous, o intelecto. Posteriormente, explora as peculiaridades a partir de contraposições: percepção/emoções; parte racional da alma/parte mais emotiva, em Platão; capacidade intuitiva/ conhecimento demonstrativo, em Aristóteles. Demonstra como o Nous aparece na poesia épica, em Homero, de forma imediata, como na passagem em que Menelau encontra Páris no campo de batalha ou demonstrativo, como quando Odisseu vai contar o plano para convencer Aquiles a voltar para guerra. Apresenta a diferença quando o Nous é retratado na poesia lírica e cita passagens de Teógnis. Por fim, analisa o papel  de intersubjetividade do Nous na filosofia pré-socrática, a partir de um fragmento de Heráclito e argumentos de Parmênides. Diferentes contextos moldando uma percepção.
71. Manílio

71. Manílio

2022-12-3030:32

 Marcelo Vieira Fernandes (USP) conta como chegou aos Estudos Clássicos, a partir do interesse pela Língua Latina, relembra o tempo da faculdade e sua experiência como bolsista da Fondation Hardt. Explica as transformações do projeto PLUSP, os conteúdos e banco de questões disponíveis no Moodle. Na segunda parte deste episódio, Marcelo  Fernandes nos apresenta a personagem Manílio, do séc I d.C. e sua obra Astronômicas. Dividida em cinco livros, o poema trata sobre: I. descrição do céu, fenômenos físicos e constelações ; II e III descrição das características dos signos masculinos e femininos; IV e V efeitos observados na vida humana como resultado da influência dos astros. Há um aspecto mitológico, ao estilo dos Catasterismos, de Eratóstenes, em Manílio, como pode ser observado na narrativa de Perseu e Andrômeda. Manílio pode ser visto como uma espécie de imitação/ emulação de Lucrécio e Virgílio, mas pode ser uma voz de resposta a tudo isto, a partir da convicção filosófica. Por fim, Marcelo comenta os desafios da leitura e tradução deste poema que não pode ser deixado de lado.
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