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Poema Em Chuva Fina

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Paixão desentoada
Que me permita escrever sob os raios da noite
compondo linhas fáceis e desentoadas
permitindo ao ser que sou
traçar em contos minha dor amada.
Que me permita dizer
com cem ou sem palavras
que esse amor é perecer
nas garras da desventura desesperada.
Que me permita sentir ao amanhecer
sobre minha cama com seu corpo sonhar
nas banhadas pupilas de dor, ao seu lado chorar
ou clamar eternamente por tudo que é você.
Galgar continuamente meus estreitos versos
e que lhe ame mais, a cada flor dada
sabendo que o perfume que me encanta
não provem de uma noite, mas de mil amadas.
Que ainda assim não lhe busque
ou talvez o faça, mas não me encontre
porque de tudo que ainda sou
sem você, é o nada que em mim restou.
PARTE DE MIM
Porque ao ver-te
parte de mim é paixão
E a outra, saudade.
No percurso dos nossos dias
parte de mim são planos
A outra, fé.
Sob a chuva do inverno
parte de mim são lágrimas
A outra, espera.
Nas brisas do verão
parte de mim diz teu nome
A outra, teu cheiro.
No sono que não vem
parte de mim são sonhos
A outra, é delírio.
Nas juras do crepúsculo
parte de mim é razão
A outra, loucura
No toque de tua pele
parte de mim é entrega
A outra, tremor.
Ao teu lado caminhando
parte de mim é rota
A outra, perdição.
Na ânsia do reencontro
parte de mim é presente
A outra, infinito.
Fitando teus olhos
parte de mim é amor
A outra, também.
Ewigkeit
Wann bin ich einsam und traurig,
wann die Nacht kalt ist
und der Wind weht deine Stimme,
ich denke an dich...
immer und immer
deine Augen...
dein Mund...
deine Hände...
also weiß ich alles werde besser sein
weil ich Liebe dich...
und Morgen wirst du da sein,
weil liebst du mich,
immer und immer und Ewigkeit...
y otro día más se asoma...
tus ojos de hielo y cielo que soplan los hilos de mis movimientos,
tu piel que la nieve envidia y los pelos como noche sin luna...
Luna, vení! Que tu reflejo en estos pelos quiero mirar!
Me asombro!
ésta tu mirada que me quita el aliento...
el aliento que no me importo que me falte
si fuera en tus ojos que me muera!
Rub my chest softly
Take my life away
Like the first look, the first date
Put your mouth on mine
Sweet poison born in your breath
drive me crazy in each simple time
at the dawn on your bed
in the red bubbles in the sea
Just do it! Just kill me!
Mas não te esqueças...
que fui eu a caça de tua seta
E como Diana enamorada
Mata-me olhando nos olhos!
As Rugas
Quand tu es heureux,
ton visage n'arrête jamais de briller,
même si les rides insistent arriver
Mi feliĉas por esti maljuna viro,
ĉar tio volas diri ke mi multe kaj bone vivis
Glück ist einen ewiges Gefühl und die Zeit ist eine Illusion
Ich habe zu lange gelebt...
und selbst?
Hast du gelebt oder nur existiert?
Nostra natura è essere luce,
dobbiamo prima di tutto, brillare!
C'è un sacco di pazzi che credano che la felicità è l'euforia,
questa che scappa comme scappa la bellezza dei fiori!
You have time, believe it!
Just turn back and start over your path,
but now enjoying each flower,
feeling each kiss from the wind,
seeing the twilight colours.
Porque sos pluma y hoy es la página...
contá tus ilusiones, dibujá tus manos con las tintas de tus carcajadas y tonterías
Sos loco! ¿Y qué?
Ah, si todos pudieran ponerse loco como vos!
As rugas não podem dizer quantos anos tem!
Esse é o trabalho de seus olhos!
As rugas não podem dizer quem você é
Isso, diz seu sorriso.
Le Temps
Lorsqu'à la fin tu viens et m'embrasses
Chaque part de mon corps s'enfuit
Toutes mes raisons s'embrasent
Je resuis ta clarté en pleine nuit
À l'aurore ils sont tes yeux qui me gardent
Ton odeur sur ma peau recouchée
On passe la nuit ensemble, on bavarde
Je t'écoute, mélodie poussée
Lune, étoiles et soleil aussi contemplant
Ton sourire, ton parler et ton gémir
Si tu pars; pourras toujours me revenir
Et quand enfin te coucher sur mon lit
Les nuits et tout les saisons aussi en passant
Seront l'explosion d'l'amour et du temps
Algo de sueños
Sos en el alba algo de sueños
despertándome bajo tus piernas calientes
me veo tumbado
con las manos temblantes
surcando tus senos mojados.
Fui yo los puntos cardinales de tu mapa
al norte contemplé tu coqueta mirada
al sur tus pies fueron yo
Te veía al oeste en gozo
pa' verte surgir en más este de pasión.
El intérprete de tus gemidos
de los gestos...
del silencio...
El amante en el valle nevado
en la más alta montaña
o en las cuevas encatadas.
Ah, sos algo de sueños
de la fría puesta del sol
sos algo de palabras
y yo, el poeta de tu ser.
Buenas Pesadillas
¿Cuántos hombres más no se encontraran, solo por tener miedo a perderse?
Por hacer de sus razones algo nada razonable, por no saber equivocarse,
por no dejar que el viento de la locura los lleven...
¿Hacia adónde?
Decíme vos...¿o serás uno de ellos?
Pues quitate la ropa y verás solo la carne que pronto será la cena de los gusanos,
pero si te quitás el miedo, verás algo más allá de tu rechazable condición humana...-
¿Aún seguís ahí, vestido?
¿Qué querés que te diga?
Solo puedo conjeturar ante tus deseos, pero si me los das todos, seremos dos locos más en este mundo que se dice razonable.
¿Cuántos hombres más se mataran, solo por borrar sus sueños?
Por vivir en las putas horas que uno les meten, olvidándose del alba y las puestas de sol...
Por no acordarse que el olvidar es el primer paso para morirse,
¿Cuántos más?
¿ Y qué pensás de los escaparates de esta estación? Tus corbatas ya no estan de moda, ¿verdad?
Miráte en el espejo... Sos la puta mierda que te parió este puto mundo de mierda.
No te mientas...Andáte y mirá.
Mmmm...Tenés miedo a ser uno de ellos, ¿verdad?
Miedo a que los halagos sean demasiados, frente a tu bajo ingenio...
¿Dónde está tu chivo expiatorio?
Ya ya...
Puede ser cualquiera...
Tu religión y el seno de tu dios;
Tus padres y el seno de sus pecados;
Tus amigos y el seno de las malas elecciones;
Tu sencillez y el freno de tu inteligencia;
Tus amores y el pleno deseo a que te rendís...
Ya, no tengas miedo...estoy a tu lado, siempre suponiendo tus excusas.
Son buenas, la verdad...
La pregunta es: ¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?
¿Cuántos hombres más leran estas lineas con gruñidos en sus pechos?
¿Cuántos más rechazaran a sus própias existencias, solo por no poder rechazar a sus própios miedos?
Seamos razonables, ¿verdad?
¿ A quién eso importa?
¿A quién?
FARFALLA D’AMORE
Allunga le ali come i miei sogni ho allungato
brutto essere che schifo a tutti fa
Dov’è il tuo piccolo splendore
se già abbiamo dimenticato
il miracolo della Morte
la forza della nascita?
Questo che tesse tutti alla stessa cosa
e fa di noi non più che debole fiori
aspettando che succeda la bellezza
di quella farfalla d’amore.
E quando arriva il giorno
con la pace della primavera
e tutta la paura si va
come il freddo vento a togliere la vita
saremo parte della natura
la parte più bella di noi
saremo ancora la tua
la bella farfalla che puoi
avere trovato il colore
saremo per sempre coraggio
e la parte più bella di noi
veloce cantando il adagio
E tu, la farfalla che vuoi.
Mujeres
Brujas, pero con todo de hadas
Malas, pero con sonrisa de ángeles
Listas, pero dulces como miel
Fuertes, pero con manos de mariposas
Torrenciales, pero con muelle fiel
Sabias, pero no menos hermosas
Divinas, lastima seguiren mortales
Soneto da Traição
Fulgurantes males a pousar suas asas derradeiras
posto que nos bens que em todos os teus beijos suspirei
Foram algozes dessa ventura que já refaz meus lamentos
na insana carne ardente, os gemidos que já tarde entreguei.
Às margens de um porto saudoso, tua farsa vindeira
retumbando em meu firmado peito a voz de teus pensamentos
e as ondas promessas a lastimar a força de minha armadura
e a levantar o fio cortante que tem por nome encantamento.
E me tem por terra as ninfas das sepulturas
e os árcades de vastas letras celebrados
baixo a pobre nobreza com toda sua loucura.
Não se tornem embate dessa chaga desventura
estes maus versos por eles lembrados
a burlar guerreiro por cantar tão falsa ternura.
Guerras Perdidas
Eia corcel de fogo...
das labaredas de teu cabelo...
eia a me levar em cinzas para o Seol,
Lá interrogarei Belzebu no tocante dos tempos,
disseminarei algures e lamentos,
dos tantos aqui passados,
dos olhos meninos chorados.
eia corcel de fogo...
não me deixe esquecer as veias
rompidas em sangue e guerra,
as muralhas humanas erguidas
no peito singelo da infância,
a separar eternamente os valores
os prazeres e a esperança.
Arte da falência
As mãos frouxas já entregues ao limite dos dias
dos mais verdejantes, os aqui passados
sobre os frescos campos pelos céus enamorados
Ainda altivas na áspera forma das carícias
As mesmas mãos que de força então vertiam
o suor da lida sem ver as horas que passavam
ou no render inocente das flores que matavam
a dar-me o sopro breve dessas vidas que morriam
Que no quente toque se entregavam
no frio beijo, no gozo estremeciam
alargando-se, grandes me aplacavam
sem tempo certo a resistência
Afrouxaram-se então dessa existência
alargando também seu passado aperto
nesse frouxo peito que sangra aberto
na fria arte da falência
Mentiras...
Como a neve, sempre alvas.
Como o inverno, sempre frias.
Como a mágoa, sempre doem.
Como a dor que não se vai.
Olímpio sonho
Queria estar no Olimpo...
Chamar a Minerva pra um papo cabeça...
Me reunir com Baco e as ninfas ao redor de um bom vinho...
Bater boca com Marte e provocar-lhe ciúmes ficando com Vênus.
Ah...queria estar no Olimpo!
Lá onde Cronos35 não me importuna e onde Éolo balança meus cabelos...
Lá, convidaria Diana pra uma caça espetacular...
Banhar-nos-íamos numa queda qualquer...
Júpiter pediria pra eu presidir o concílio...Hera irada me invejaria...
Como bom juiz, perdoaria a Prometeu e a Atlas pagando-lhes um salário descente pelos esforços.
Não esqueceria nem dos lusos, nem dos gregos, nem dos troianos,
Mas exaltaria ainda mais meu povo americano.
Daria um reino a Andrômeda, outro a D´Arc e outro a
Zumbi...
Teria minha própria Alexandria e não faltariam nem O Verbo, nem A Éia, nem A Eida, nem a Onia e nem As Iadas.
E nela não me deteria em folhear por Cronos consentido meu bom e velho Guarani.
Ah....queria mesmo estar no Olimpo!
Daria uma festa.....
Nela não poderiam faltar Cristo, Hercules, Alexandre, Tiradentes nem Garibaldi...
Sem falar de Moisés, Camões, Homero, Virgílio, Tales e Meireles...
Mercúrio me prestaria grande favor...por Eros acompanhado levaria meu recado...
Netuno? “Ele não é de nada, oiá...essa cara amarrada é só um jeito de viver na pior...”
Ele viria convencido por Febo já no despontar do dia...
“Muito me aprecia...me tiraste de meu trono que porfia!”
Sorriria...lembraria de Constantinópla, cosmopolita...
Ah, o Olimpo!
E a festa vararia o dia...
Plutão querendo ser descolado pediria umas dicas para Dante,
Nada contra seu ganado, mas prefiro o Hades de antes.
...E mais uma taça de vinho, outra de néctar e uma mordida na ambrosia.
Seu Vulcano me traria um agrado...
Espada, escudo e armado...
Agora sim, me sinto um Jurado!
A Amazona a mim ofertaria
guarás aos ares
guarás nas selvas
Seriam meus guardares
Minhas companhias.
A Morfeu não convidaria,
Aborrecido...
Aborrecido...
Aborrecido...
Mas por fim viria Mercúrio: “ Acorde! acorde!”
Ele havia aparecido.
Lo jamás encontrado
Vení heredero del Génesis
de los pecados sucumbidos
con los pies sobre blanda tierra animado
cosechar los llantos y los Tiempos de Cólera.
Vení diminuta Metarmofosis
de las ganas divinas amparado
flotar tu presunto libre albedrío
luchar con tus molinos agigantados
Vení de los héroes a conceber
De Dante y Camões poetizado
Del egoísmo y esclavo del poder
Creyéndote de Dios asemejado.
Vení a difrutar de tu condena
hijo de los sueños apartados
Vivir en tan solo planeta
con la sola rosa espinado.
Que no te sacarán de tu melodía
ni el 'Motivo' bien observado
tampoco tu seguido 'Si' pordioseado
Que no te alcanzarán los Espíritus en tu sola casa
ni siquiera de Fausto lo acordado
pues de elección fuiste aprobado
A seguir buscando, lo jamás encontrado.
Sos el sonido de las olas que surcan el margen de mis horas.
las horas que paso anhelándote.
el anhelo que surge de un lugar oculto en mí
y me hace esclavo y libre
Sos el suspiro que me sale sin esfuerzo
el esfuerzo de no dudar del destino
las horas que me hacen campesino
por los valles de tu cuerpo
Sos la sonrisa del sol
dios niño del amor
Sos ante todo lo querido
de los amantes conquistador
Sos la mirada hacia el abismo que devora el abismo en mí.
Sos montaña y laguna
el aire campesino por fin
Sos la orquídea de mis campos
Que trae los encantos del julio solitario
Las alas gigantes del cóndor
Alzándome más allá de los sueños
Sos el árbol que comparte las ramas
Y los frutos de ese favor
La pasión desalmada
Del artista escultor
A Flor
Singela semente que em fértil solo suas raízes crava,
Agarrando com suave vigor tudo que a ela é destinado.
Sob pés distraídos de distraídas pessoas...
Seu frágil caule que almeja a luz,
Pode em brando dia sucumbir.
Porém, sem hesitar cresce...
E mostra o máximo esplendor a ela permitido.
Não pergunta se é a mais bela
Ou se é dentre outras a mais perfumada,
Confundindo-se nas fragrâncias não se importa,
simplesmente seu aroma invoca
devolvendo ao seu criador sublime amor.
Perecer, ciclo da vida...
Outrora matéria, tão já seu espírito eleva.
Toca a infindável paz.
Badala seu eterno Ângelus.
E em Deus agora se une,
sendo parte de outra criação.
Soneto do Clamor
Venho contar-te a causa de meu descontentamento,
A que tenho pelas noites pranteado.
E a doçura, e a paixão, e a loucura de meu pensamento
A que devo a visão de teu corpo sublimado.
Que é carente minha alma de afagos.
Do afago minha tristeza se refaz.
Das paixões perseguem-me os enganos
E a incerteza que me apraz.
A essa chaga devo meu tormento
E minhas juras de amor soberano
A esse ser a quem regalo meu lamento.
E sangra esse frágil peito humano
A quem dirijo todo meu pensamento
E esse amor, por quem vivo e clamo