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Poesia com Mel
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Poesia com Mel

Author: Mel Inquieta

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Poemas de Melina Guterres
25 Episodes
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Poema de Melina Guterres (Mel Inquieta) criado após a posse do Lula em 2023
Amanhã Vermelho

Amanhã Vermelho

2022-10-2402:26

AMANHÃ VERMELHO POEMA DE MEL INQUIETA/ MELINA GUTERRES #Lula #lula2022 #lulapresidente
Algodão

Algodão

2022-10-1001:00

Algodão Na curva Da perna Bate latente Um peito Ardente e Castigado Que sangra Um dia sim Um dia não Nenhum passo É tão firme No caos do Sertão Nenhum arroz Nasce sem Regar um grão Na fervura da Massa quente O furacão da Revolução Um grito de aia Ainda esperando O pão Provoca Um canhão Pés tem bolhas Sapatos Nunca foram de Algodão Mel Inquieta/ Melina Guterres #poema #poesiacommel #poeta #melinaguterres #melinquieta #poesia
Poema FIM

Poema FIM

2022-03-0900:47

FIM Quando meus músculos Não corresponderem mais Aos meus desmandos Quando meu corpo Tiver virado pó Quando o silêncio Aparentemente reinar A minha inquietude Permanecerá Na minha palavra Na minha história E ainda Incomodará! Melina Guterres/ Mel Inquieta 24/06/2021 foto: Renan Mattos
Carretel de Fogo

Carretel de Fogo

2021-08-0404:56

Um vidro Uma papagaio mudo Uma óca oca Um pingo no céu Uma lua no vão Um córrego voa Tem sangue nas entrelinhas Tem uma carta no Tarô Tem a cegueira nos dentes A língua amordaçada no medo Um frio corrói o aço Um espelho vira gelo O fogo vira farpa Aveia vira pó A morte vira vida A ruína vira hoje O mar morto sufoca A criança parte Uma canoa é miragem Mergulho profundo no eco Uma planta nasce Um meteoro evapora Um navio de carga se desloca Emerge um berço Leve não são os tempos A vista piora Era um soco no estômago Aquela ameixa podre E num profundo ar de dento Respira numa bolha Um tempo Força aterisagem um avião Cai a tarde o luto O luto de uma nação O fruto é mordido A isca pesca Um moeda é jogada A sorte nunca foi nítida As transparências desaparecem Um estrondo vibra Uma piscina lambe o chão Tem uma noiva afogada na multidão Um cadáver atravessa A rua para sem sinal vermelho Uma mulher vai a lua Nenhuma estrela desce Nuvens adormecem Um vulto passa A manicure desenha Um carretel late Uma oca parte Um ruído rosna Um luto E veio a escuridão No corrimão daquela louca escada Onde nenhuma flor valia nada Hora do churrasco Há hipocrisia numa pérola Um chumbo cai Era pra matar Mas salvou Um morto atravessa... Espumas borbulham Há raiva na caixa de correspondência Uma amaldiçoada pedra Aquece a horta Era pra ser uma caneta Virou apenas um pênsil Ossos removem o aparelho De um mão Tocou o chão Um laço de fita suja Arames num pão Uma janela Sem saída Era tudo Naquela avenida Onde as minhocas Fabricavam o verde Dos musgos Na linha de uma coleira Enfeitada com seda Dormiam os remendos Até o amanhecer O tremor Tinha olfato Relapso Um canarinho Preso Voa menino Ele não voa Cresça menino Ele não crescia Nasça menino Ele não pária Escravos de jó Jogavam cachimbo Nenhuma praia a vista Piratas de avenidas Pediam um tostão Mendigar a luz fosca Era receita antiga Um botão da camisa Caiu O relógio parou Nem fim Nem começo Vazio e silêncio Compunham a valsa de partida A ouro eram escritas As partituras Um raio de sol tocou a noite Tinha arte na ardência do broto Nas roseiras Os espinhos sentiam fome Os vômitos Escorriam pelo esgoto Nas veias O sangue endureceu E um branca de neve Desapareceu As fantasia adormecem Era tarde pra deslocar os corvos As aves já devoram as carniças As picadas eram sentidas A pele arrancada em vida ... Carretel em fogo Mel Inquieta / Melina Guterres 04/08/21
A Travessa

A Travessa

2021-07-1001:42

Nem uma luz na rua Vozes cruzam o tempo Uma moto acelera O silêncio atravessa No forno Barulhos da fervura Na travessa Cozinha o caos Gargalhadas Temperadas com sal Sem argilas Nem arte esculpida Na tênue Terna Terra Um polvo enfeita o medo Lantejoulas em lajotas frias Adubo em ruínas Café frio No bolicho Um assalto Leva a alma Resgate pago Em pedra TicTac Nenhum despertador Desperta Mel Inquieta WWW.INSTAGRAM.COM/POESIACOMMEL
Liberati

Liberati

2021-05-2701:34

Lorenzo Pascucci recita em italiano o poema Liberte-se de Melina Guterres / Mel Inquieta. Leia em: https://www.instagram.com/p/CPL1uBsDK8y/?utm_medium=copy_link
Liberte-se

Liberte-se

2021-05-2601:55

Leia no Instagram @poesiacommel https://www.instagram.com/p/CPL1uBsDK8y/?utm_medium=copy_link
"Oração"

"Oração"

2021-01-2401:01

Poema de Melina Guterres/Mel Inquieta
Tempo Bandido

Tempo Bandido

2021-01-0501:28

PĖS Sem máscaras. Efeitos de outras estradas Sem medo de perder O fardo do tempo Sem vergonha Das largas estrias de dentro Um honesto sentimento Um naco de vermelho Um súbito adormecimento Nos olhos o futuro Invisivel Na parada Um ônibus sem passageiro Pés que andam Que transitam Pés que vagam Que caem Atropelam Pés Melina Guterres #poesia #poeta #poema #semfiltro #semmaquiagem #poesiacommel #melinquieta #melinaguterres #pés
Pés

Pés

2021-01-0500:47

PĖS Sem máscaras. Efeitos de outras estradas Sem medo de perder O fardo do tempo Sem vergonha Das largas estrias de dentro Um honesto sentimento Um naco de vermelho Um súbito adormecimento Nos olhos o futuro Invisivel Na parada Um ônibus sem passageiro Pés que andam Que transitam Pés que vagam Que caem Atropelam Pés Melina Guterres #poesia #poeta #poema #semfiltro #semmaquiagem #poesiacommel #melinquieta #melinaguterres #pés
Nata, um dia para amar

Nata, um dia para amar

2021-01-0501:54

Um dia para amar... É Natal tem um ruído Entre o trilho do trem E o apito de um ano Novo Que lembra que a cada dia Mais velho fica o tempo E a ponta dos meus dedos Noel voou sem trenó Deixou lá fora meu sono Infantil mergulhado na Fantasia da inexistência Uma figura que todo ano vem e não vem Deixa à espera Como muitos cristãos Que brindam o nascimento aguardam a volta de seu Deus Tanto céu, Pouca terra Impossíveis de trenós e renas Num sistema de visão externa Cadê os olhos de dentro? Papai Noel é aquela moça que Preparou a sopa a um desconhecido Cristo que tem fome. Uma mãe que trocou o dia pela noite Para ter um panetone Um pai que não dormiu a noite Uma avó doce Um irmão que trouxe a cerveja Um tio que assa o churrasco A prima que prepara a maionese A tia que traz o pudim Em volta da árvore, Carências disfarçadas De presentes. Símbolos por uma troca de abraços Natal Um dia, uma desculpa para amar Melina Guterres #natal #feliznatal #poesia #amar #umdiaparaamar #poeta #poesiacommel #melinquieta #melinaguterres
Todo dia Tem um poema na esquina Na bolsa que gira Tem um poema na louça suja No jantar mais frio que carne crua Tem um poema na mãe, Na menina, na idosa Tem um poema atravessando O tempo Tem um poema quebrando silêncios Tem colheres sendo usadas Tem uma nova sopa Um sal ação Uma mulher fazendo o próprio pão Tem uma legião Um país em mãos Um Cristo morto na esquina Todo dia um número ressuscita Do pó à capa de notícias Todo dia uma mulher é vítima Um novo tempero soluça, implora, grita: Empatia! Está servido o jantar? Melina Guterres Acompanhe: www.facebook.com/asmulheresquedizemnao Arte: #quino #poema #poesia #poeta #melinquieta #mulheres #melinaguterres #empatia
Sem vias Amanheceu Belchior Adormeceu Romaria Numa quadra Sem vias Só havia subida Pés tortos Cegos Sentiam a vida No forno A comida A espera do sal Na avenida Romaria O encontro Do chão do sertão Com o erudito de portão Meu olhar Nas estranhezas De um suco Sem áçucar Paladar Tinha voz Pigmentos Esculpiam A porta Coração Selvagem Mordia Uma corda Perdia Seu fio Alucinação Do dia-dia Na areia no Rio de Janeiro Na terra vermelha do interior da Bahia Na montanha removida do Pará No frio da fronteira do Sul Na capital dos negócios "Um preto, um pobre Uma estudante Uma mulher sozinha" "De sonho e de pó" Melina Guterres - @melinquieta Músicas referénciadas: Alucinação e Coração Selvagem de Belchior Romaria de Renato Teixeira Foto reprodução. #poesiacommel #poema #poeta #poesia #sertao #romaria #belchior #alucinação
Origem

Origem

2020-12-0802:12

Poema de Melina Guterres feito para performance da Carolina Berger
A sala

A sala

2020-12-0801:00

Poema de Melina Guterres
OXIGÊNIO

OXIGÊNIO

2020-11-1001:07

Mergulhar num oceano Poesia Beber palavras engasgadas Vomitar um reino Ser forte como uma abelha rainha Dona e criadora Do próprio mel Um molusco Que transforma lixo em pérolas Ora, ora Pra que serve um oceano, afinal? Se o corpo pesa, Que o sal reine Como o mar morto Onde nada afunda E se algo finda Seja o confinamento De uma consciência Que esqueceu de reproduzir O próprio oxigênio Que toda guerra Sejam guelras Melina Guterres / Mel Inquieta escrito em 22/10/2020 https://www.instagram.com/p/CGyt_mqj_Q4/
NEGAÇÃO

NEGAÇÃO

2020-11-1002:01

Negação Desejou felicidade aos demônios Retirou armas do campo de batalha Escalou montanhas Aprendeu a ter as garras de uma fera Descobriu o sopro do vento Desenvolveu afiadas orelhas Correu tanto Que seus pés viraram patas Guardou tanto rancor que Seus ossos cresceram como facas no alto de sua cabeça Esculpiu a luxúria com arte sacra Deglutiu a ira sufocada Escondeu a prata Fingia não sentir nada Negou a própria dor Negou tanto o próprio ódio, Inveja e desejo de vingança Negou tanto que se tornou Seu próprio demônio. Temia espelhos Os demônios? Eram sempre os outros Do alto de uma pedra Um animal Em metamorfose Abandonava seu casulo Fez da dor as asas mais belas Ergueu poeiras De uma era E de si mesmo Se libertou A borboleta Não olhou pra trás Ela só voou MELINA GUTERRES  / MEL INQUIETA www.instagram.com/poesiacommel
O CORVO

O CORVO

2020-11-1001:12

O corvo Tinha o latido de um porco Uma faca na garganta Palavra afiada No aço dos dias Um cuspe Mentira Uma lágrima Publicada Na era passada Um apelo por socorro Um futuro numa vela Fria e apagada Um corvo Cruzava a beira Da estrada Faminto Devorava Uma velha Caça Tinha sede De sangue Quente Partia Voava O tempo em rodas O asfalto Vermelho cinza A chuva, Lavava as carcaças Uma pedra quicava No meio da estrada Até a próxima Selvageria MELINA GUTERRES / MEL INQUIETA  www.instagram.com/poesiacommel
CADÊ O ARTISTA? Jornalista Cadê o ato? Cadê a cena? Cadê as personagens? Cadê o teatro? Cadê a música? O dançarino? O palhaço? Cadê o cenário? Cadê o músico? O palco? O rádio? Onde está a televisão? Onde está o cinema? Cadê a sinceridade? A emoção? O sentimento? A alma? O público? A verdade? Cadê a senhora que chora? O padre que condena? O moço que solta gargalhadas? Cadê, Cadê, Cadê a alegria e a tristeza? O circo, A fantasia, A criatividade, Cadê o espetáculo? O teatro está vazio! Cadê o artista? Artista Estou aqui Escondido, Esquecido, Desvalorizado, Desmoralizado, Tudo “zado”, U-sado. Quem paga mais? Leiloado! Não vou ao teatro Não tenho “tempo”, Estou fora do pedaço, Não me condeno, Guardo os meus sonhos, Busco um emprego Por onde andarão os meus colegas? Jornalista Entenda sou quem questiona, Você quem responde. Sou quem procura, Você quem encontra. Sou o homem, Você o espelho... Mas e a minha, a nossa, a vossa, a sua, imagem no banheiro, cadê? Artista Quem é você? O que você quer? Jornalista Sou a dúvida A curiosidade Aquele que busca E instiga a verdade.... Artista Já sei você é o bilheteiro do teatro, Aquele que perdeu o emprego? Jornalista Antes fosse Mas agora já é tarde Sou quem vê e registra Sou quem implora compaixão, Caridade e tem sede de justiça! Sou o olho, a voz, O ouvido, a boca Do povo. Sou a verdade Sou a mentira, A vaidade. Sorrio, choro Esqueço, apago Tudo no final Da tarde. Sou quem conhece a verdade, A verdadeira realidade. Não sou mito, Nem fantasia, Sou jornalista. E por isso hoje eu grito: Quanta falta faz um artista!!!! Melina Guterres / Mel Inquieta Escrito em 2004 em Salvador-BA Foto: Melina Guterres em cena sendo o artista durante as gravações do curta Espelhos Paralelos em 2008 no Rio de Janeiro-RJ Links:  http://poesiacommel.blogspot.com/2009/02/1-poesia-cade-o-artista.html http://espelhosparalelos.blogspot.com/ este áudio foi gravado em 02/09/2020 em Santa Maria-RS
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