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Professor HOC

Author: Heni Ozi Cukier

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Heni Ozi Cukier (HOC) é cientista político, professor e palestrante. Formou-se em Filosofia e Ciências Políticas nos Estados Unidos. É mestre em Resolução de Conflitos e Paz Internacional pela American University, em Washington DC.

Nos Estados Unidos, trabalhou no Conselho de Segurança da ONU, na Organização dos Estados Americanos (OEA), no Woodrow Wilson Center e em outras organizações americanas.

HOC também é professor de Relações Internacionais e tem popularizado o conhecimento sobre geopolítica por meio de seu canal PROFESSOR HOC no YouTube, que é o maior canal de geopolítica do Brasil.
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No vídeo de hoje eu explico como a guerra híbrida da Rússia contra a Europa está indo muito além de trolls na internet e ciberataques: ela agora navega, literalmente, em uma gigantesca frota fantasma de navios que cruzam o mar do Norte e o Báltico. A partir da pergunta provocadora feita a Putin (“por que o senhor está mandando tantos drones para a Dinamarca?”), eu reconto a sequência de incursões de drones sobre Polônia, Romênia, Dinamarca, Alemanha, Noruega, Bélgica e Holanda, mostrando como esses episódios se conectam a petroleiros “sombrios”, sancionados, com bandeiras de conveniência e até tripulações com militares russos a bordo. Entro então nos bastidores dessa frota fantasma usada para driblar sanções, explicar por que lançar drones a partir do mar é operacionalmente mais seguro para Moscou e como isso se encaixa numa tradição soviética antiga de usar navios mercantes como plataforma de espionagem, sabotagem e exfiltração de agentes — da captura de generais brancos em Paris ao resgate de Kim Philby. Depois, eu mostro como essa doutrina foi reciclada no século XXI: sabotagem de cabos submarinos e gasodutos, navios “cortando” infraestrutura crítica, escoltas de navios militares à frota fantasma e o casamento perfeito entre essa logística marítima e o boom de drones treinados no campo de batalha ucraniano. Por fim, discuto o que a Europa pode fazer: mais contrainteligência no mar, inspeções agressivas no Báltico e no mar do Norte, proteção de aeroportos e bases da OTAN e, principalmente, a necessidade de encarar esses navios como parte do arsenal russo, e não apenas como um truque para vender petróleo. No fundo, a pergunta que fica é: a Europa já entendeu que a próxima escalada pode sair exatamente desses cascos enferrujados que hoje passam quase despercebidos no radar?
No vídeo de hoje eu explico por que a frase de Trump — de que os EUA vão “testar armas nucleares em igualdade de condições com China e Rússia” — acende todos os alertas justamente em Pequim. A partir do polêmico anúncio, eu mostro como funciona o jogo de ambiguidade em torno de Lop Nor: a China não testa oficialmente desde 1996, diz cumprir o Tratado de Proibição Completa de Testes, mas amplia túneis, poços profundos e infraestrutura de testes no deserto de Xinjiang para estar pronta no dia em que o regime de controle ruir. Aí eu volto no tempo: Mao chamando a bomba de “tigre de papel”, o medo real de EUA, URSS e Índia, a expulsão de Qian Xuesen dos EUA (e como isso ajudou a criar o programa nuclear chinês), o primeiro teste em 1964, a doutrina de “dissuasão mínima” e o famoso compromisso de “não usar primeiro” — ao mesmo tempo em que Pequim demorou para aderir ao TNP e flertou com a proliferação via Paquistão. De lá, venho para o presente: campos de silos gigantes, novos mísseis intercontinentais com múltiplas ogivas, capacidades hipersônicas, submarinos modernizados e um arsenal que já passou das “centenas baixas”, tudo sob uma névoa estatística que impede qualquer controle de armas sério entre três grandes potências. Falo também das purgas na Força de Foguetes, da corrupção em larga escala dentro do programa nuclear e do paradoxo de um arsenal em rápida modernização comandado por uma estrutura política cada vez mais opaca e centralizada em Xi Jinping. No fim, respondo às perguntas centrais: o que Trump realmente ganha ao ameaçar voltar a testar? A China está apenas reforçando a capacidade de segundo ataque ou caminhando para paridade nuclear com EUA e Rússia? E, sobretudo, o que significa para o mundo entrar numa Guerra Fria 2.0 com três potências nucleares disputando prestígio, dissuasão e narrativas ao mesmo tempo.
Neste vídeo, explico por que o Hezbollah — severamente degradado por Israel — tenta se reerguer e como isso reabre a disputa entre coercão militar, finanças ilícitas e diplomacia. Parto da pressão dos EUA em Beirute e do impasse doméstico libanês (um “Estado dentro do Estado”) para mostrar o papel do Irã e, sobretudo, das redes globais do Hezbollah que combinam empresas de fachada, casas de câmbio, ONGs e intermediários em África, Ásia, Europa e Américas. Detalho como sanções recentes e medidas de Líbano e Síria apertam rotas tradicionais, empurrando o grupo a explorar a Tríplice Fronteira e a África Ocidental para levantar fundos, lavar dinheiro e buscar tecnologia de uso dual (drones, precursores químicos). Analiso por que a recomposição do Hezbollah depende tanto de fluxo financeiro quanto de narrativa de “resistência” — e como falhas em pagar compensações e reconstrução corroem sua base social. Mostro, também, o que funciona contra essa elasticidade: designações terroristas nacionais (e o que muda juridicamente), cooperação policial, bloqueio de ativos e repressão a facilitadores.
O dia 6 de agosto de 1945 é possivelmente o mais importante do século XX. Naquela madrugada, no céu da cidade de Hiroshima, a bomba “Little Boy” inaugurou a era atômica da humanidade. Poucos dias depois, a segunda bomba foi detonada em Nagasaki, empurrando o Japão para a capitulação e encerrando a guerra mais sangrenta da história.Não existe dúvida alguma que esses acontecimentos mudaram completamente a realidade do mundo, ao mesmo tempo colocando o fim da humanidade ao alcance de um botão, mas criando as décadas mais pacíficas que a história já conheceu, mesmo que sob o fantasma da destruição total.O que ainda suscita muita dúvida e um grande debate é se o uso das bombas naquele momento era necessário ou não. Essa é uma das maiores polêmicas da história da geopolítica e também o tema do vídeo de hoje.Afinal, o uso das bombas foi uma fútil e cruel demonstração de força dos americanos, ou foi o amargo, mas necessário, custo a se pagar pela paz?Primeiro, vamos expor os argumentos dos dois lados e depois vou dar a minha opinião sobre o assunto!
No fim da semana passada o governo americano surgiu com outra ideia de proposta para acabar com a guerra na Ucrânia que já dura quase 4 anos. Os 28 pontos da proposta pareciam mais uma lista de desejos russos o que ultrajou os europeus e ucranianos e criou uma grande confusão dentro do governo americano, com todo mundo tentando entender de onde tinha partido aquilo.Trump ainda por cima deu um ultimato, falando que os ucranianos deveriam aceitar o plano até essa semana ou enfrentar as graves consequências do fim do apoio americano. Zelensky, que passa por um momento delicado em seu país e também por desafios crescentes na linha de frente, fez um pronunciamento emocionado para a nação, falando sobre os tempos duros que estavam por vir.Desde então, muita coisa aconteceu, muitas negociações rolaram e nada foi decidido. Mas o estrago feito na relação dos EUA com seus aliados está feito. Qual o impacto disso para a guerra na Ucrânia e para o mundo? Assiste o vídeo até o final que eu vou te contar!
O recente sucesso do filme Casa de Dinamite, da diretora Kathryn Bigelow, chamou a atenção dos especialistas em geopolítica. Quão real é o cenário aterrador desenhado pelo filme? Qual o risco de algo como isso acontecer na vida real? Quais as partes verdadeiras e quais os exageros de ficção?Vou tentar responder essas questões no vídeo de hoje!
Quem vai garantir a paz em Gaza? Neste vídeo, explico o que mudou após o acordo e por que a questão segue em aberto: dos EUA instalando um centro de coordenação civil-militar em Kiryat Gat — perto o bastante para operar, longe o bastante para não parecer ocupação — às conversas sobre uma Força Internacional de Estabilização (ISF) que teria de conciliar três missões que raramente combinam: pacificação, reconstrução e contenção do Hamas. Mostro os dilemas centrais: ninguém quer combater o Hamas; Israel rejeita “presenças sem poder”; EUA, França e Reino Unido falam em força multinacional armada; Egito e Jordânia preferem treinar e policiar; Catar e Turquia pesam seu papel de mediadores e aliados; europeus dividem posições; Indonésia acena com tropas, mas tudo fica condicionado ao desarmamento — improvável — do Hamas. Analiso ainda propostas de “duas zonas” em Gaza, as exigências de segurança de Israel, o cálculo político dos países árabes e o risco de reativar o conflito com ataques aéreos se o grupo não entregar as armas. No fim, deixo o veredito: sem um mecanismo crível de desarmamento, uma autoridade palestina legítima e uma coalizão disposta a assumir riscos reais, a ISF permanece no papel e o próximo ciclo de violência continua à espreita. Comente: que arranjo você considera viável — e quem toparia pagar o custo político e militar?
O mundo caminha a passos largos para um momento de maior competição geopolítica. Blocos estão se formando e diversos conflitos já estouraram pelo mundo. Nesse contexto de guerra, de que lado o Brasil vai ficar?A defesa dos BRICs pelo Brasil é um grande indicativo disso.As ações do governo brasileiro mostram uma tendência preocupante de alinhamento com o "Eixo das Ditaduras". A posição do Brasil na invasão da Ucrânia e no conflito em Israel é um grande indicativo disso.Nesse vídeo mostro como esse alinhamento pode ser perigoso e analiso cada questão da política externa brasileira.
No vídeo de hoje, explico como o caso Yu Faxin — um dos principais cientistas da indústria militar chinesa, de repente desaparecido no sistema extrajudicial de detenção chamado liuzhi — escancara o novo clima de pânico entre empresários na China. Mostro como a Great Microwave, empresa de tecnologia dual ligada a radares, guerra eletrônica e comunicações estratégicas, está no centro da interseção entre negócios, Estado e segurança nacional, e por que executivos desse ecossistema se tornaram alvos preferenciais da campanha anticorrupção de Xi Jinping. A partir daí, destrincho o funcionamento do liuzhi (detenção sem juiz, sem advogado, luz acesa 24h, até oito meses renováveis), o salto no número de investigações, as prisões em massa no setor financeiro, farmacêutico e de tecnologia, a “lista dos desonestos” que bloqueia viagens e consumo, e a onda de suicídios corporativos que revela o tamanho da pressão. Analiso como esse ambiente jurídico-político transforma erro de negócios em sentença social, desestimula risco e inovação, mina a confiança do setor privado e afeta cadeias globais em áreas como semicondutores, carros elétricos, energia verde e hardware estratégico. No fim, respondo à pergunta central: essa campanha fortalece o sistema chinês ao combater a corrupção ou corrói silenciosamente a vitalidade econômica de que o próprio regime depende?
No vídeo de hoje, eu explico como uma velha tática russa — tratar soldados como descartáveis — voltou com força na guerra da Ucrânia e pode estar criando o mais perigoso foco de oposição ao regime de Putin: a revolta silenciosa dentro da própria base pró-guerra. A partir do caso chocante de “Ernest” e “Goodwin”, enviados deliberadamente a uma missão suicida pelo coronel Igor Puzik, mostramos como o termo puzikovschina virou símbolo de um sistema onde corrupção, impunidade e incompetência transformam unidades inteiras em feudos pessoais, desviam recursos, empurram especialistas para a linha de frente como bucha de canhão e estendem contratos à força. Analisamos como essas práticas, somadas a perdas gigantescas, promessas quebradas, mobilizações intermináveis, dificuldades econômicas, protestos de esposas e viúvas, deserções morais e críticas de correspondentes militares leais ao regime, estão corroendo o pacto que sustentava a “máquina de guerra” russa. E avaliamos o que isso significa para o futuro da guerra na Ucrânia, para a estabilidade interna da Rússia e para o cálculo das potências ocidentais: até que ponto um exército que sacrifica seus próprios homens aguenta — e o que acontece quando a conta chega em casa na forma de caixões, inflação e descrença generalizada.
Os EUA não param de aumentar sua presença militar no caribe. Já são mais de 10 navios, dezenas de aviões e mais de 10 mil soldados concentrados por lá. Como se não bastasse, Trump ordenou que o maior porta-aviões do mundo, o Gerald Ford, vá para a região também.Claramente isso não é apenas uma ação de combate ao tráfico, mas sim uma tentativa de derrubar Maduro pela simples presença e ameaça americana na região. Isso pode evoluir para um ataque ou uma invasão completa? Quais os desdobramentos disso para o mundo e para a região? Vou tentar responder isso aqui nesse vídeo!
Ontem assistimos uma das maiores operações contra o crime organizado da história do país. As polícias do Rio de Janeiro fizeram uma operação especial contra uma facção criminosa nos complexos de favelas do Alemão e da Penha. A ação resultou em mais de 100 mortos e deixou o Rio de Janeiro e o Brasil em estado de alerta.O que nos trouxe até esse ponto? Quais os paralelos desse tipo de violência no resto do mundo? O que precisa ser feito para solucionar?Vou tentar responder algumas dessas perguntas nesse vídeo!
No fim do século XVIII, Thomas Malthus lançou a ideia mais incômoda da economia: populações crescem em ritmo mais rápido do que a produção de alimentos — e, sem freios, a miséria volta sempre. Neste vídeo, partimos do “Scrooge” de Dickens para entender por que Malthus virou o “estraga-prazeres” da era vitoriana, como sua aritmética (população x alimentos) dialogou com a “lei de ferro dos salários” de Ricardo e por que utopistas como Owen, Fourier e Saint-Simon rejeitaram esse pessimismo. Depois, mostramos o que a história fez com essa tese: medicina, saneamento, produtividade agrícola, energia a vapor e a Revolução Industrial desmontaram os velhos limites; a renda disparou, a mortalidade caiu e a própria fertilidade encolheu — invertendo a profecia malthusiana.No final, você sai com um mapa simples: o que Malthus acertou, o que errou e o que ainda importa para entender crescimento, pobreza e demografia hoje. Comente: qual parte da tese malthusiana você acha que ainda se aplica — e onde ela falha de vez?
A Rússia está atolada na Ucrânia — mas isso significa que ela não pode ameaçar a OTAN? Neste vídeo, explico por que essas duas coisas não se anulam. Mostro como Moscou poderia buscar uma vitória política, e não territorial, por meio de uma campanha curta e de alta intensidade desenhada para fraturar a aliança: incursão limitada em ponto vulnerável (como o Suwalki Gap entre Polônia e Lituânia), “santuarização agressiva” com ameaça nuclear tática, ataques convencionais contra infraestrutura europeia e operações híbridas (sabotagem, desinformação, pressão migratória). Detalho o que a Rússia precisaria reunir para isso — forças de ruptura apoiadas por drones de elite, blindados e artilharia; estoques crescentes de mísseis e UAVs de longo alcance; e uma postura nuclear capaz de coerção — e por que esse pacote pode ficar disponível assim que a guerra na Ucrânia desacelerar. Também discuto como a OTAN deve responder: defesa avançada nas fronteiras, reposicionamento de tropas e indústria de defesa em escala, integração de defesa antiaérea/míssil, capacidade crível de contra-ataque e mensagem clara de que chantagem nuclear não funcionará. Sem panfletos e sem catastrofismo: um guia direto para entender o risco real, o cronograma provável e o que Europa e aliados precisam fazer agora para manter o conflito frio e impedir que uma provocação localizada se transforme no colapso da dissuasão coletiva.
QUEM MANDA NO MUNDO?

QUEM MANDA NO MUNDO?

2025-10-2738:381

A competição entre grandes potências voltou a ordenar o mundo — mas, por trás das manchetes, há um choque mais antigo e decisivo: terra vs. mar. Neste vídeo, eu explico por que as fontes de poder de um “mundo continental” (fronteiras, exércitos massivos, esferas de influência e guerras de soma zero) colidem com a lógica do “mundo marítimo” (comércio, rotas oceânicas, cabos submarinos, cooperação e crescimento composto). A partir de casos concretos — do manual britânico contra Napoleão ao pós-1945, passando pela sobrecarga da Alemanha e do Japão, o colapso soviético, e os dilemas atuais de Rússia, Irã, Coreia do Norte e China — mostramos como prosperidade e segurança emergem quando rotas estão abertas e instituições funcionam, e por que estratégias continentais tendem a empobrecer até vencedores aparentes. Discutimos também quando sanções funcionam, por que alianças são “aditivas”, como evitar atoleiros sem acesso marítimo e o que acontece se os EUA trocarem o paradigma marítimo por um isolacionismo de tarifas e muros. No fim, você terá um mapa mental claro para ler a “segunda Guerra Fria”: manter o conflito frio, proteger os bens comuns do mar, fortalecer parceiros e usar a superioridade de geração de riqueza para conter revisionismos — sem panfletos, sem maniqueísmo. Se curte história estratégica, geopolítica e economia política internacional, este episódio é para você. Comente o que mais te surpreendeu e qual caso histórico melhor explica o presente.
No século XIX, enquanto a fumaça das fábricas cobria as cidades e histórias como a de Fantine, de Os Miseráveis, escancaravam a miséria urbana, um grupo de pensadores tentou imaginar saídas para além do improviso: Charles Fourier, Robert Owen e Henri de Saint-Simon. Este vídeo visita a vida real por trás da Revolução Industrial — jornadas exaustivas, workhouses, epidemias — e apresenta os projetos que propuseram comunidades organizadas, educação infantil, higiene, novas formas de associação e participação nos resultados. Sem panfletos e sem demonizações, investigamos o que esses experimentos queriam resolver, por que empolgaram tanta gente e por que muitos fracassaram.Também mostramos como essas ideias dialogaram (e colidiram) com correntes liberais de Smith e Ricardo, e depois com a crítica de Karl Marx, que trocou a esperança gradualista pelo choque revolucionário, que acabou por parir uma ideologia que matou milhões de pessoas. O objetivo é entender as perguntas que permanecem atuais: como conciliar produtividade com dignidade? o que políticas públicas e iniciativa privada aprenderam com New Lanark, New Harmony e os falanstérios? e por que a promessa de “sociedades perfeitas” volta e meia ressurge em novas roupagens?Se você curte história econômica e quer enxergar além do meme “capitalismo vs socialismo”, este episódio é para você. Inscreva-se, deixe seu comentário e diga: qual experiência histórica mais te surpreendeu e o que dela ainda faz sentido hoje?
Depois de 2 anos de guerra, finalmente os reféns foram libertados em Gaza. Mas qual a razão disso ter acontecido nesse momento? Como Donald Trump conseguiu pressionar de modo eficiente tanto Israel quanto seus parceiros árabes para colocar de pé o acordo?Vou tentar responder essas e outras perguntas nesse vídeo.
No vídeo de hoje, juntamos dois temas que podem redefinir a segurança global: inteligência artificial e dissuasão nuclear. A IA promete acelerar decisões militares, integrar satélites, drones e sensores para rastrear lançadores móveis e submarinos, cegar redes de comando e controle com ciberataques e, em tese, até fortalecer defesas antimísseis. Mas será que isso derruba a lógica do “segundo golpe” e coloca a destruição mútua assegurada em xeque? Mostramos por que o “primeiro golpe perfeito” continua improvável diante de limites físicos, ruído nos sensores, contramedidas de engano e redundâncias construídas há décadas (de bunkers profundos a constelações de satélites). Ainda assim, a simples percepção de superioridade por IA pode empurrar países a produzir mais ogivas, dispersar arsenais, delegar autoridade de lançamento e encurtar cadeias de comando — aumentando o risco de erro e escalada, especialmente em rivalidades sensíveis como Índia e Paquistão. No curto prazo, a IA não garante dominância total; no longo, pode agravar a volatilidade.
Um pacto pouco comentado pode reordenar a segurança no Oriente Médio e no Sul da Ásia. Arábia Saudita e Paquistão firmaram um acordo segundo o qual uma agressão contra um será considerada agressão contra ambos. Na prática, isso abre a porta para uma dissuasão “terceirizada”: Riad poderia se abrigar sob o poder militar paquistanês — inclusive o nuclear — sem arcar com os custos e sanções de um programa próprio.
Duas tendências chamam a atenção quando olhamos atualmente para o Exército Chinês: ao mesmo tempo que o investimento alcance patamares nunca antes vistos, Xi Jinping continua purgando a liderança da força.Nos últimos meses diversos comandantes foram purgados sem muitas explicações, em uma ação quase sem precedentes. Quais os problemas que isso traz para a prontidão das forças chinesas? Qual o objetivo de Xi Jinping ao se livrar de tantos oficiais próximos a ele ao mesmo tempo?Vou tentar responder essas perguntas e uma mais importante ainda: como isso interfere em uma possível invasão chinesa de Taiwan? Fui atrás de exemplos históricos para mostrar o que isso significa para o futuro da região e do mundo!
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Comments (1)

Evandro

👏👏👏👏👏

Feb 9th
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