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Author: Heni Ozi Cukier

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Heni Ozi Cukier (HOC) é cientista político, professor e palestrante. Formou-se em Filosofia e Ciências Políticas nos Estados Unidos. É mestre em Resolução de Conflitos e Paz Internacional pela American University, em Washington DC.

Nos Estados Unidos, trabalhou no Conselho de Segurança da ONU, na Organização dos Estados Americanos (OEA), no Woodrow Wilson Center e em outras organizações americanas.

HOC também é professor de Relações Internacionais e tem popularizado o conhecimento sobre geopolítica por meio de seu canal PROFESSOR HOC no YouTube, que é o maior canal de geopolítica do Brasil.
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O mundo caminha a passos largos para um momento de maior competição geopolítica. Blocos estão se formando e diversos conflitos já estouraram pelo mundo. Nesse contexto de guerra, de que lado o Brasil vai ficar?A defesa dos BRICs pelo Brasil é um grande indicativo disso.As ações do governo brasileiro mostram uma tendência preocupante de alinhamento com o "Eixo das Ditaduras". A posição do Brasil na invasão da Ucrânia e no conflito em Israel é um grande indicativo disso.Nesse vídeo mostro como esse alinhamento pode ser perigoso e analiso cada questão da política externa brasileira.
No vídeo de hoje, explico como o caso Yu Faxin — um dos principais cientistas da indústria militar chinesa, de repente desaparecido no sistema extrajudicial de detenção chamado liuzhi — escancara o novo clima de pânico entre empresários na China. Mostro como a Great Microwave, empresa de tecnologia dual ligada a radares, guerra eletrônica e comunicações estratégicas, está no centro da interseção entre negócios, Estado e segurança nacional, e por que executivos desse ecossistema se tornaram alvos preferenciais da campanha anticorrupção de Xi Jinping. A partir daí, destrincho o funcionamento do liuzhi (detenção sem juiz, sem advogado, luz acesa 24h, até oito meses renováveis), o salto no número de investigações, as prisões em massa no setor financeiro, farmacêutico e de tecnologia, a “lista dos desonestos” que bloqueia viagens e consumo, e a onda de suicídios corporativos que revela o tamanho da pressão. Analiso como esse ambiente jurídico-político transforma erro de negócios em sentença social, desestimula risco e inovação, mina a confiança do setor privado e afeta cadeias globais em áreas como semicondutores, carros elétricos, energia verde e hardware estratégico. No fim, respondo à pergunta central: essa campanha fortalece o sistema chinês ao combater a corrupção ou corrói silenciosamente a vitalidade econômica de que o próprio regime depende?
No vídeo de hoje, eu explico como uma velha tática russa — tratar soldados como descartáveis — voltou com força na guerra da Ucrânia e pode estar criando o mais perigoso foco de oposição ao regime de Putin: a revolta silenciosa dentro da própria base pró-guerra. A partir do caso chocante de “Ernest” e “Goodwin”, enviados deliberadamente a uma missão suicida pelo coronel Igor Puzik, mostramos como o termo puzikovschina virou símbolo de um sistema onde corrupção, impunidade e incompetência transformam unidades inteiras em feudos pessoais, desviam recursos, empurram especialistas para a linha de frente como bucha de canhão e estendem contratos à força. Analisamos como essas práticas, somadas a perdas gigantescas, promessas quebradas, mobilizações intermináveis, dificuldades econômicas, protestos de esposas e viúvas, deserções morais e críticas de correspondentes militares leais ao regime, estão corroendo o pacto que sustentava a “máquina de guerra” russa. E avaliamos o que isso significa para o futuro da guerra na Ucrânia, para a estabilidade interna da Rússia e para o cálculo das potências ocidentais: até que ponto um exército que sacrifica seus próprios homens aguenta — e o que acontece quando a conta chega em casa na forma de caixões, inflação e descrença generalizada.
Os EUA não param de aumentar sua presença militar no caribe. Já são mais de 10 navios, dezenas de aviões e mais de 10 mil soldados concentrados por lá. Como se não bastasse, Trump ordenou que o maior porta-aviões do mundo, o Gerald Ford, vá para a região também.Claramente isso não é apenas uma ação de combate ao tráfico, mas sim uma tentativa de derrubar Maduro pela simples presença e ameaça americana na região. Isso pode evoluir para um ataque ou uma invasão completa? Quais os desdobramentos disso para o mundo e para a região? Vou tentar responder isso aqui nesse vídeo!
Ontem assistimos uma das maiores operações contra o crime organizado da história do país. As polícias do Rio de Janeiro fizeram uma operação especial contra uma facção criminosa nos complexos de favelas do Alemão e da Penha. A ação resultou em mais de 100 mortos e deixou o Rio de Janeiro e o Brasil em estado de alerta.O que nos trouxe até esse ponto? Quais os paralelos desse tipo de violência no resto do mundo? O que precisa ser feito para solucionar?Vou tentar responder algumas dessas perguntas nesse vídeo!
No fim do século XVIII, Thomas Malthus lançou a ideia mais incômoda da economia: populações crescem em ritmo mais rápido do que a produção de alimentos — e, sem freios, a miséria volta sempre. Neste vídeo, partimos do “Scrooge” de Dickens para entender por que Malthus virou o “estraga-prazeres” da era vitoriana, como sua aritmética (população x alimentos) dialogou com a “lei de ferro dos salários” de Ricardo e por que utopistas como Owen, Fourier e Saint-Simon rejeitaram esse pessimismo. Depois, mostramos o que a história fez com essa tese: medicina, saneamento, produtividade agrícola, energia a vapor e a Revolução Industrial desmontaram os velhos limites; a renda disparou, a mortalidade caiu e a própria fertilidade encolheu — invertendo a profecia malthusiana.No final, você sai com um mapa simples: o que Malthus acertou, o que errou e o que ainda importa para entender crescimento, pobreza e demografia hoje. Comente: qual parte da tese malthusiana você acha que ainda se aplica — e onde ela falha de vez?
A Rússia está atolada na Ucrânia — mas isso significa que ela não pode ameaçar a OTAN? Neste vídeo, explico por que essas duas coisas não se anulam. Mostro como Moscou poderia buscar uma vitória política, e não territorial, por meio de uma campanha curta e de alta intensidade desenhada para fraturar a aliança: incursão limitada em ponto vulnerável (como o Suwalki Gap entre Polônia e Lituânia), “santuarização agressiva” com ameaça nuclear tática, ataques convencionais contra infraestrutura europeia e operações híbridas (sabotagem, desinformação, pressão migratória). Detalho o que a Rússia precisaria reunir para isso — forças de ruptura apoiadas por drones de elite, blindados e artilharia; estoques crescentes de mísseis e UAVs de longo alcance; e uma postura nuclear capaz de coerção — e por que esse pacote pode ficar disponível assim que a guerra na Ucrânia desacelerar. Também discuto como a OTAN deve responder: defesa avançada nas fronteiras, reposicionamento de tropas e indústria de defesa em escala, integração de defesa antiaérea/míssil, capacidade crível de contra-ataque e mensagem clara de que chantagem nuclear não funcionará. Sem panfletos e sem catastrofismo: um guia direto para entender o risco real, o cronograma provável e o que Europa e aliados precisam fazer agora para manter o conflito frio e impedir que uma provocação localizada se transforme no colapso da dissuasão coletiva.
QUEM MANDA NO MUNDO?

QUEM MANDA NO MUNDO?

2025-10-2738:381

A competição entre grandes potências voltou a ordenar o mundo — mas, por trás das manchetes, há um choque mais antigo e decisivo: terra vs. mar. Neste vídeo, eu explico por que as fontes de poder de um “mundo continental” (fronteiras, exércitos massivos, esferas de influência e guerras de soma zero) colidem com a lógica do “mundo marítimo” (comércio, rotas oceânicas, cabos submarinos, cooperação e crescimento composto). A partir de casos concretos — do manual britânico contra Napoleão ao pós-1945, passando pela sobrecarga da Alemanha e do Japão, o colapso soviético, e os dilemas atuais de Rússia, Irã, Coreia do Norte e China — mostramos como prosperidade e segurança emergem quando rotas estão abertas e instituições funcionam, e por que estratégias continentais tendem a empobrecer até vencedores aparentes. Discutimos também quando sanções funcionam, por que alianças são “aditivas”, como evitar atoleiros sem acesso marítimo e o que acontece se os EUA trocarem o paradigma marítimo por um isolacionismo de tarifas e muros. No fim, você terá um mapa mental claro para ler a “segunda Guerra Fria”: manter o conflito frio, proteger os bens comuns do mar, fortalecer parceiros e usar a superioridade de geração de riqueza para conter revisionismos — sem panfletos, sem maniqueísmo. Se curte história estratégica, geopolítica e economia política internacional, este episódio é para você. Comente o que mais te surpreendeu e qual caso histórico melhor explica o presente.
No século XIX, enquanto a fumaça das fábricas cobria as cidades e histórias como a de Fantine, de Os Miseráveis, escancaravam a miséria urbana, um grupo de pensadores tentou imaginar saídas para além do improviso: Charles Fourier, Robert Owen e Henri de Saint-Simon. Este vídeo visita a vida real por trás da Revolução Industrial — jornadas exaustivas, workhouses, epidemias — e apresenta os projetos que propuseram comunidades organizadas, educação infantil, higiene, novas formas de associação e participação nos resultados. Sem panfletos e sem demonizações, investigamos o que esses experimentos queriam resolver, por que empolgaram tanta gente e por que muitos fracassaram.Também mostramos como essas ideias dialogaram (e colidiram) com correntes liberais de Smith e Ricardo, e depois com a crítica de Karl Marx, que trocou a esperança gradualista pelo choque revolucionário, que acabou por parir uma ideologia que matou milhões de pessoas. O objetivo é entender as perguntas que permanecem atuais: como conciliar produtividade com dignidade? o que políticas públicas e iniciativa privada aprenderam com New Lanark, New Harmony e os falanstérios? e por que a promessa de “sociedades perfeitas” volta e meia ressurge em novas roupagens?Se você curte história econômica e quer enxergar além do meme “capitalismo vs socialismo”, este episódio é para você. Inscreva-se, deixe seu comentário e diga: qual experiência histórica mais te surpreendeu e o que dela ainda faz sentido hoje?
Depois de 2 anos de guerra, finalmente os reféns foram libertados em Gaza. Mas qual a razão disso ter acontecido nesse momento? Como Donald Trump conseguiu pressionar de modo eficiente tanto Israel quanto seus parceiros árabes para colocar de pé o acordo?Vou tentar responder essas e outras perguntas nesse vídeo.
No vídeo de hoje, juntamos dois temas que podem redefinir a segurança global: inteligência artificial e dissuasão nuclear. A IA promete acelerar decisões militares, integrar satélites, drones e sensores para rastrear lançadores móveis e submarinos, cegar redes de comando e controle com ciberataques e, em tese, até fortalecer defesas antimísseis. Mas será que isso derruba a lógica do “segundo golpe” e coloca a destruição mútua assegurada em xeque? Mostramos por que o “primeiro golpe perfeito” continua improvável diante de limites físicos, ruído nos sensores, contramedidas de engano e redundâncias construídas há décadas (de bunkers profundos a constelações de satélites). Ainda assim, a simples percepção de superioridade por IA pode empurrar países a produzir mais ogivas, dispersar arsenais, delegar autoridade de lançamento e encurtar cadeias de comando — aumentando o risco de erro e escalada, especialmente em rivalidades sensíveis como Índia e Paquistão. No curto prazo, a IA não garante dominância total; no longo, pode agravar a volatilidade.
Um pacto pouco comentado pode reordenar a segurança no Oriente Médio e no Sul da Ásia. Arábia Saudita e Paquistão firmaram um acordo segundo o qual uma agressão contra um será considerada agressão contra ambos. Na prática, isso abre a porta para uma dissuasão “terceirizada”: Riad poderia se abrigar sob o poder militar paquistanês — inclusive o nuclear — sem arcar com os custos e sanções de um programa próprio.
Duas tendências chamam a atenção quando olhamos atualmente para o Exército Chinês: ao mesmo tempo que o investimento alcance patamares nunca antes vistos, Xi Jinping continua purgando a liderança da força.Nos últimos meses diversos comandantes foram purgados sem muitas explicações, em uma ação quase sem precedentes. Quais os problemas que isso traz para a prontidão das forças chinesas? Qual o objetivo de Xi Jinping ao se livrar de tantos oficiais próximos a ele ao mesmo tempo?Vou tentar responder essas perguntas e uma mais importante ainda: como isso interfere em uma possível invasão chinesa de Taiwan? Fui atrás de exemplos históricos para mostrar o que isso significa para o futuro da região e do mundo!
Nos últimos dias a Rússia aumentou exponencialmente sua guerra híbrida contra os países da OTAN na Europa. Desde sabotagens, intrusões de drones e ataques hackers, Putin abriu a caixa de ferramentas e parece disposto a provocar de todo jeito a aliança.Qual o objetivo dos russos com isso? A OTAN está pronta para o desafio? Quais problemas isso pode causar no mundo?
GENOCÍDIO NA FAIXA DE GAZA?

GENOCÍDIO NA FAIXA DE GAZA?

2025-09-2301:56:311

Tenho certeza que você já deve ter cruzado com a acusação de que Israel comete genocídio na Faixa de Gaza. Essa é uma afirmação que além de grave, carrega um peso político e diversas implicações jurídicas. Mas será que genocídio é o termo correto para descrever a desgraça que acontece em Gaza?Olhando para a história, para outros conflitos e para a legislação que define o que é um genocídio vou tentar responder essa pergunta no vídeo de hoje!
No terceiro e último episódio da série, tenho uma longa e esclarecedora conversa com o número 2 das relações exteriores ucranianas, Sergiy Kyslytsya, um afiado e renomado diplomata que serviu durante anos nas Nações Unidas.Já fazem 2 meses desde que voltei da Ucrânia e desde então a situação parece ter ficado ainda mais grave.Os russos continuam seu lento e sangrento avanço na região de Donbas, além de seus criminosos ataques contra a população civil. Enquanto isso, os ucranianos elevaram sua campanha de bombardeio das refinarias russas, derrubando em quase 20% a produção do produto que sustenta a economia de PutinO campo diplomático espelha o campo de batalha, com muita ação mas pouca definição. Mesmo com as investidas de Trump para terminar com a guerra, Putin não cedeu um centímetro em suas exigências e os ucranianos continuam obstinados a defender sua terra, sua cultura e sua existência.A discussão no momento gira em torno das tais “garantias de segurança”, algo que só mostra o quão volátil a região deve continuar sendo mesmo que algum tipo de acordo seja alcançado.Enquanto isso, a guerra mais violenta do século continua fazendo vítimas em ritmo recorde. Estima-se que para cada dia que passa, milhares de baixas acontecem dos dois lados.Volto para o Brasil com algumas dúvidas, mas muitas certezas.Não sei quando a guerra vai terminar, não sei em que termos ela vai terminar.Mas sei que os ucranianos vão lutar até o fim e que os russos vão continuar em sua cruzada imperialista, seja na Ucrânia ou em outros lugares.Afinal, a guerra da Ucrânia não é só sobre a Ucrânia.
Durante o encontro entre Putin, Xi Jinping e outros ditadores em Pequim neste mês, uma curiosa conversa vazou no microfone e chamou a atenção do mundo. Os líderes conversavam sobre longevidade e talvez até sobre viver para sempre.Mas existem dois tipo de jeito se viver para sempre: a história e a biologia. Qual desses caminhos cada um dos líderes está planejando seguir? Quais as implicações geopolíticas disso? Fica ligado que vou responder essas perguntas nesse vídeo!
O terrível assassinato de Charlie Kirk chocou os EUA e o mundo. Estamos vivendo uma onda de violência política que lembra outros períodos sombrios da história e que pode indicar um futuro nada animador para o mundo. Como chegamos nesse estágio? Em que épocas isso já aconteceu e qual foi o resultado? Aqui nesse vídeo vou tentar responder essas e outras perguntas!
Putin cooptou oligarcas, elevou o padrão de vida e montou uma ideologia nacionalista suficiente para unir o país. O resultado foi um país previsível, com política esvaziada e repressão seletiva — uma ditadura tácita que permite prosperidade a quem não desafia o Estado. Só que o pacto interno depende da promessa externa de grandeza: Geórgia, Crimeia, Síria e, por fim, a guerra total contra a Ucrânia. Com o conflito em impasse, inflação alta, economia subordinada ao esforço bélico e influência desgastada em outros tabuleiros, o equilíbrio de Putin parece cada vez mais de vidro.Neste vídeo, mostramos como essa “calma” foi construída, por que perder na Ucrânia é inaceitável para o Kremlin e qual é a linha vermelha que pode levar a uma mobilização mais ampla. Se pressionado, Putin tende a priorizar a guerra — mesmo ao custo da estabilidade que ofereceu aos russos.
Xi Jinping concentrou poder como nenhum líder chinês desde Mao. Mas toda era tem um fim — e a sucessão já começou nos bastidores. Este vídeo explica por que, na China, quem controla o Exército controla o futuro, como sucessões passadas (Hua, Deng, Jiang, Hu) moldaram o país, e por que o “relógio de 2027” para Taiwan pode acelerar decisões arriscadas. Você vai entender quem são os nomes citados, por que é tão difícil “escolher” um herdeiro e como um vácuo de poder em Pequim pode sacudir mercados e segurança global.
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Comments (1)

Evandro

👏👏👏👏👏

Feb 9th
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