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Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer
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Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer

Author: SIC Notícias

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Para mudar o mundo, eles mantêm-se na sombra. Um programa da SIC Notícias com João Miguel Tavares, Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira e coordenação de Carlos Vaz Marques
266 Episodes
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Na estante do programa a que ainda há quem chame Governo Sombra (nós não, evidememnte, abrenúncio!), temos um alemão que já se tornou português, Thomas Fischer, a anotar os hábitos dos portugueses “Entre Cravos e Cardos”; a reedição de entrevistas de Maria João Avillez com alguns dos protagonistas da Revolução; uma iniciativa do Público dando a conhecer livros outrora proibidos pela censura; e, também em reedição, revista e aumentada, a biografia literária que Maria Antónia  dedicou ao poeta Alexandre O’Neill.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Saudemos a importância do livro. Não é todos os dias que a publicação de um infólio abala a vida pública. As “forças vivas” do combate ao “não é não” reuniram-se sob a égide do seu timoneiro, Passos Coelho. Ventura rejubilou, Montenegro terá ficado com as orelhas a arder. Nada pode ter sido por acaso, evidentemente, na semana em que o governo da AD derrotou duas moções de rejeição e em que entrou plenamente em funções, depois da discussão do seu programa de acção. Um programa para quanto tempo, é coisa que ninguém se atreve a vaticinar. Mas as coisas andam tão depressa que já há um ministro acabado de empossar sob suspeita judicial. Também se fala da necessidade de um regresso ao serviço militar obrigatório, por falta de magalas; e de uma condecoração clandestina.  See omnystudio.com/listener for privacy information.
Montenegro chegou ao palacete de São Bento, depois dos 3049 dias de poder socialista, e a primeira coisa que fiz foi imitar Costa. Levou a cabo, de imediato, uma reversão. O logotipo do Governo voltou a ser o do tempo de Passos, com as quinas e os castelos. Apesar de Marcelo ter aconselhado o novo primeiro-ministro a partir os problemas aos bocadinhos, Montenegro entrou com tudo. Quis colocar os socialistas entre a espada e a parede. Quem não esteve lá para ouvir foi o secretário-geral do PS. Acompanhado, na ausência, pelos restantes líderes da esquerda parlamentar. Há quem diga que não gostam de vernissages. O caminho do governo é tão estreito que anda no ar um cheirinho a pré-campanha. E talvez já não seja só a das europeias, marcadas para Junho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na estante desta semana, as memórias do capitão de Abril Carlos de Matos Gomes são o retrato da "Geração D",  a que trouxe Portugal da ditadura à democracia; a nostalgia da infância leva o conservador Roger Scruton - em "Inglaterra - Uma Elegia" - a traçar um retrato sombrio do seu país; a BD está ao serviço da cinefilia em “Quentin por Tarantino"; e o fotógrafo João Pina encontrou no espólio da família um testemunho pungente do sofrimento no campo de concentração do "Tarrafal".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Já há governo e agora é esperar para ver. PSD e PS estão convencidos de que vai durar quatro anos. Até se entenderam para uma partilha do lugar destinado à segunda figura do Estado. Se não se tivessem entendido, talvez os deputados ainda continuassem agora em sucessivas rondas de votação. Houve votos em branco e houve votos em Branco. E uma birra do Chega que paralisou a Assembleia por causa do significado da palavra ‘acordo’. Entretanto, Marcelo, o dissolvente, voltou a dissolver. Costa despediu-se de forma “inchiunal”. E a TAP registou o maior lucro de sempre. A semana pascal foi animadíssima.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na estante desta semana, em ano de centenário de Kafka, surge a prosa curta reunida do autor de ‘O Processo’ no volume ‘Contos, Parábolas, Fragmentos’; folheamos ‘Razões e Paixões’ uma entrevista de vida a Manuel Maria Carrilho; detemo-nos na obra de um dos autores do cânone poético chinês, Su Dongpo; e lemos o mais recente romance de Frederico Pedreira, ‘Sonata para Surdos’.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Contados os votos da emigração, confirmou-se a vitória da AD e o Presidente da República encarregou Luís Montenegro de formar governo. Que governo será, ainda ninguém sabe. Sabe-se, no entanto, que Ventura - apesar da insistência com que tem pedido para ter lugar à mesa do conselho de ministros - não fará parte da solução do líder do PSD. O Chega ganhou entre os emigrantes e Augusto Santos Silva foi o primeiro presidente do parlamento a não conseguir a reeleição. Debatemos as ilações a retirar desse facto. Também se fala esta semana de uma frase de António Costa em Bruxelas, da jogada de antecipação de Pedro Nuno Santos, das acusações que recaem sobre Boaventura Sousa Santos e das vantagens e inconvenientes de viver num hotel. Sobretudo se a PJ quiser saber quem paga.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na estante da semana, temos reedição das magistrais lições de George Steiner em ‘As Lições dos Mestres’, um estudo sobre ‘Bandidos’ que desafiam a ordem estabelecida sob o olhar aprovador do historiador marxista Eric Hobsbawm, a investigação de Victor Costa sobre a arte tipográfica em ‘Letras, história, arte e engenho’ e a ‘Nova Era do Kitsch’ descrita e analisada por Gilles Lipovetsky e Jean Serroy.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Os resultados eleitorais viraram a política portuguesa de pantanas. A AD ganhou à tangente, o PS perdeu mais de 40 deputados e o Chega quadruplicou a representação parlamentar. André Ventura, com os 18% que obteve, foi declarado o grande vencedor e foi rápido a exigir ter uma voz activa no que aí vem. Esquece, no entanto, que 82% do eleitorado não só não votou nele como explicitamente o rejeita. Luís Montenegro mantém-se fiel ao “não é não” e vê-se obrigado a encontrar uma solução de governo, mesmo antes de contados todos os votos. Até porque Pedro Nuno Santos, numa espécie de jogo do quem perde-ganha, teve pressa em declarar-se  derrotado. Os próximos tempos vão ser animados.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na estante do programa a que ainda há quem chame Governo Sombra, mas nós não, claro, jamais, evidentemente, encontramos desta vez um ensaio de história intitulado Porcos Fascistas, mas porcos mesmo, não é insulto; temos também um livro de divulgação científica em banda desenhada: O Mundo Sem Fim; há ainda uma recolha de slogans e frases do tempo em que as paredes falavam, no período revolucionário, com o título No Princípio Era o Verbo; e por fim uma velha edição de um poema de T.S. Eliot, A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock, em homenagem ao tradutor Jorge Almeida Flor, falecido esta semana.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na estante desta semana, há o relato de uma fuga da Coreia do Norte, em Um Rio na Escuridão; a comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, com As Vozes da Liberdade; a crítica ao wokismo, em A Esquerda não é Woke; e um ensaio sobre a marginália dos livros lidos por um grande escritor, em A Biblioteca de Vergílio FerreiraSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Já está tudo a refletir? As sondagens garantem que ainda são muitos os indecisos. Enquanto não abrem as urnas de voto, analisa-se a campanha: tentamos entender as cabeças dos cabeças de cartaz, discutimos como decorreu a caça ao voto, revisitamos os momentos mais marcantes - tanto dos partidos parlamentares, como daqueles que vão a jogo apenas por desporto. Tudo isto enquanto refletimos. Porque para refletir não é preciso remetermo-nos ao silêncioSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Passos Coelho, o aborto e uma lata de tinta verde entram numa campanha eleitoral. Não é uma anedota, é o resumo possível da primeira semana de caça oficial ao voto. A AD esteve no centro do debate. Por boas ou más razões, é o que cada eleitor decidirá por si próprio. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na estante desta semana, a escolha recai sobre os textos de Hélder Macedo reunidos no volume intitulado Pretextos, inclui a biografia de Lucas Pires por Nuno Poças Falcão com o título O Príncipe da Democracia, tem também a novela gráfica Patos, de Kate Beaton, e aproxima-se do silêncio com a poesia zen do mestre japonês Ryokan na antologia Tal Como És. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Votos, lágrimas e farsa

Votos, lágrimas e farsa

2024-02-2452:493

Quantos votos vale a exibição pública das emoções de um candidato? Regada com lágrimas ainda deve valer mais. Quanta simpatia pública perderam os polícias ao cercar o Capitólio? Dito assim, parece ter sido um caso gravíssimo, como o de Washington, mas foi afinal apenas uma cena no Parque Mayer; a versão portuguesa da célebre frase de Marx segundo a qual a História se exprime em primeiro lugar como tragédia para se repetir mais tarde como farsa. Falemos ainda (como não?!) de cenários pós-eleitorais, dos temas que na pré-campanha não foram debatidos e do espanto de mantermos tanta gente acordada até tão tarde. See omnystudio.com/listener for privacy information.
No Festival literário Correntes d’Escritas, os tradutores também são autores e há agora uma antologia que os celebra: O Irresístivel Charme da Tradução. Saído do espólio de Paulo Tunhas, surge uma adenda inédita para alterar agora qualquer coisa: “Filosofia”. Há ainda tempo e espaço para uma biografia de Emílio Rui Vilar; e uma pequena volta a Portugal em bibliotecas. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na estante desta semana, há uma ‘Introdução ao Conservadorismo’, da autoria de Miguel Morgado; fotografias icónicas da Revolução sob a lente de Alfredo Cunha, em ‘25 de Abril, Quinta-feira’; a história de Josef Mengele, o médico das tenebrosas experiências nazis, que durante 20 anos viveu incógnito no Brasil, contada em ‘Baviera Tropical’; e um ensaio intitulado ‘A Ditadura Adapaptada aos Século XXI’, sobre o modo como uma nova estirpe de ditadores trocou as botas cardadas por pezinhos de lã.  See omnystudio.com/listener for privacy information.
Quem será o ‘sub-cão’ no debate da próxima segunda-feira entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos? (Calma, o intuito não é ofensivo; trata-se apenas de um tradução abaixo de cão da expressão inglesa ‘underdog’.) Ou seja, na gestão de expectativas qual dos dois candidatos terá mais a perder e qual dos dois terá mais a provar? Os frente-a-frente estão a chegar ao fim e começa a ser altura de perguntar que percepção pública ficou de duas semanas de despiques televisivos. Um tema que demorou a ser discutido mas que entretanto se impôs é o da Justiça. Depois de um juiz de instrução ter determinado que, no processo que fez cair o governo da Madeira, “não há qualquer indício de crime”, o Ministério Público está agora em xeque. E a Procuradora-Geral da República em silêncio. Que efeito terá isto na campanha ainda ninguém sabe. Por último mas não menos importante: na semana em que Trump anunciou que, se for presidente, encorajará Putin a atacar os países da NATO com quotas em atraso na Aliança Atlântica, o principal opositor do presidente russo morreu numa cadeia de alta segurança. Como dizia o outro: agora pensem.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Já houve debates para todos os gostos - e mais haverá. Já houve carrosséis e escorregas num parque infantil, estribilhos rimados e boas doses de artilharia retórica. E uma das protagonistas foi a avó de Mariana Mortágua. Enquanto isso, Montenegro tentou desvalorizar adversários, anunciando a decisão de se fazer substituir pelo líder de um partido aliado sem representação parlamentar. Não lhe correu bem, ninguém aceitou a manobra e o líder do PSD terá mesmo de debater com Rui Tavares e Paulo Raimundo. As regiões autónomas também estão na ordem do dia. A Madeira, pela investigação que provocou a queda do governo que, embora demitido, ainda não caiu. Os Açores, porque o novo quadro parlamentar abriu brechas no interior do PS, quando à atitude a tomar face a um governo minoritário do PSD.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na estante desta semana cabe o livro mais recente do historiador Simon Schama, ‘Corpos Estranhos - Pandemias, vacinas e a saúde das nações’; o primeiro volume da série de mangá ‘Monster’, de Naoki Urasawa; ensaios sobre a sétima arte de Germaine Dulac sob o título ‘O que é o cinema?’; e as biografias políticas dos líderes partidários das três maiores forças políticas em disputa nas eleições de 10 de Março; ‘Na Cabeça de Pedro Nuno’, ‘Na Cabeça de Montenegro’ e ‘Na Cabeça de Ventura’.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Comments (10)

ID11365748

Olá e BOM ANO para todos!!! Sigo fielmente o vosso podcast e acho brilhante o "actor" que faz o introito ao programa, promovendo a Renault. Como não o consigo identificar, será possível vocês fazerem-no, por favor? Obrigada

Dec 30th
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David Jose Fino Pereira

Quem é que ouve ou vê esta secção? 5 minutos perdidos que podiam ser usados para falar de algo que realmente interessa.

Jul 29th
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Be Sampaio

no programa de hoje 26/5.... alguem diga ao Ricardo Araujo Pereira que se informe melhor com urgência no ultimo referendo à despenalizacao do aborto apenas 3,840 milhoes de pessoas votaram isto num universo de 10 milhões está muito longe de ser metada da populacao portuguesa a dizer SIM . E, pelo amor do Santo; 7 médicos no hospital dos Acores nem todos serao obstetras, digo eu, se calhar nem obstetras têm e nao será dificil de acreditar uma vez que no sul do pais tambem faltam. so mais uma coisa ate o maior dos comunistas deve concordar que a liberdade de alguem acaba onde comeca a liberdade do outro, objecao de consciência é um direito previsto na lei, por isso imaginando que os Açores têm 1 obstetra pode ,logicamente, usar o seu direiro objetor de consciência no que concerne ao aborto . E perguntar se a pilula e/ou preservativos tambem nao chegam aos Açores?? fez figura de asno.

May 26th
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Carlos Segunda

PS os;;;;;;;;;;;lloooooooo oi; oo lol p p;;;; o;;;;; por ; por;;;;;;; ;pppp

Oct 16th
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Carlos Segunda

PS os;;;;;;;;;;;lloooooooo oi; oo lol p p;;;; o;;;;; por ; por;;;;;;; ;pppp

Oct 16th
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David Jose Fino Pereira

Sinceramente os últimos 5m serem usados para dar palco ao moderador com ele a falar sobre livros é uma estupidez. Todas as pessoas que eu conheço e ouvem ou vêem o programa desligam nessa parte.

Jun 4th
Reply (1)

João Soeiro

Fizeram upload do ficheiro errado!

Mar 28th
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Paulo Miguel Ferreira

Este programa é o de 25 de fevereiro e não o de 25 de Março.

Mar 28th
Reply (1)
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