Este ano o SBQ Sul, Encontro de Química da Região Sul, completa três décadas. O 29º SBQ Sul será realizado em Pelotas, de 18 a 20 de outubro, tendo como tema “Um Olhar para o futuro”, com a presença esperada de 450 químicos dos três estados da região. Neste episódio, o Prof. Anderson Schwingel Ribeiro (UFPel), secretário regional da SBQ-RS, conta como será o evento, e os desafios para realizá-lo. E o Prof. Nito Ângelo Debacher (UFSC), conferencista de abertura do 29º SBQ Sul, fala sobre a história do evento criado em 1993 por um grupo de sócios da SBQ da região englobando os 3 estados do sul, do qual ele fazia parte.
Uma vacina para tratar a dependência da cocaína e do crack em desenvolvimento pela UFMG ganhou destaque na mídia nacional e estrangeira no mês passado. O trabalho, coordenado pelo professor Frederico Garcia, da Faculdade de Medicina, e pelo professor Angelo de Fátima, do Departamento de Química, apresentou resultados promissores em testes com animais, e o próximo desafio é o teste com humanos. O imunizante foi desenvolvido a partir de moléculas modificadas da própria droga. Nos animais, a vacina induziu o sistema imune a produzir anticorpos que se ligaram à droga já presente na corrente sanguínea dos bichos. Essa ligação aumentou o tamanho das moléculas do entorpecente, impedindo a passagem delas pela barreira hematoencefálica - estrutura que regula o transporte de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central. Sem chegar ao cérebro, o animal não sentiu os efeitos da droga. Neste episódio, o SBQast recebe três químicos que estão por trás dessa grande conquista. O Professor Angelo de Fátima (UFMG) e seus ex-alunos Prof. Leonardo da Silva Neto (Colégio Naval, RJ) e Profa. Angélica Faleiros (IFAM).
Na 46ª RASBQ foi realizada a terceira edição do Prêmio JP-RSC- RASBQ, que tem como objetivo reconhecer a competência científica e qualidade do trabalho dos jovens pesquisadores participantes da RASBQ em duas categorias: categoria 1 para alunos de doutorado e recém-doutores e categoria 2 para pesquisadores em pós-doutorado ou em início de carreira. Os vencedores receberam um prêmio de 1.500 libras esterlinas a ser destinado à participação em evento científico (categoria 1) ou projeto incluindo custeio de bolsa de iniciação científica para um aluno de graduação e material de consumo para laboratório/ serviços relacionados à sua pesquisa (categoria 2). A gerente geral da Royal Society of Chemistry no Brasil, Elizabeth Magalhães destaca o crescimento da repercussão do prêmio, criado durante a pandemia de covid-19. “O Prêmio vem crescendo, se aprimorando e atraindo cada vez mais pessoas interessadas”, declara. “Nesta RASBQ, a repercussão foi perceptível: a nossa presidente, Profa. Gill Reid entregou os prêmios pessoalmente, conversou com muitos jovens e ficou impressionada com a capacidade dos jovens de perseguir oportunidades.” Segundo o Prof. Guilherme Augusto Ferreira (UFBA), integrante da equipe de Finanças do JP-SBQ, o prêmio vem crescendo em número de inscritos, ano após ano. “Este ano tivemos inscritos de quase todas as regiões do País, menos a região Norte. Da mesma forma tivemos inscritos de quase todas as áreas, mas não de todas. Então, para o ano que vem vamos trabalhar junto com as secretarias regionais e divisões científicas no sentido de ampliar o número de inscritos nessas dimensões”, explica. Ainda de acordo com o comitê, o número de inscritos do gênero masculino foi maior do que as do gênero feminino no geral (68% M x 32% F), e principalmente na Categoria 1 (76% M x 24%F). Neste sentido, o JP-SBQ pretende, também, buscar iniciativas que encorajem mais mulheres a concorrerem à premiação. Neste episódio, Dr. Caio Machado Fernandes - Pós-Doc na UFABC e ganhador da Categoria 1 do Prêmio JP - RSC - RASBQ 2023 e Dra. Rayane Cristian Ferreira Silva - Pós-Doc na UFMG e ganhadora da Categoria 2, contam sua história e planos.
Conheça a ciência desenvolvida por esta que é um dos nomes mais importantes da eletroanalítica e da fotoeletroquímica no Brasil. Conferência proferia em Águas de Lindoia, em 28 de maio de 2023
Na 46ª RASBQ a Divisão de Ensino de Química da SBQ comemorou 35 anos de existência. E para isso, realizou um workshop marcante, com a instituição do Prêmio “Roseli Schnetzler & Maria Eunice Marcondes” de Ensino de Química, e a presença das duas fundadoras da Divisão. Neste SBQast Especial, os professores Bruno Silva Leite (UFRPE) e Camila Silveira da Silva (UFPR), diretor e vice-diretora da DEQ, comentam o momento histórico, e trazemos as falas da professora Roseli e da professora Maria Eunice, ao serem homenageadas.
A 46ª RASBQ está chegando! Neste domingo acontecem os workshops e, à noite, a conferência de abertura, que será proferida pela Professora Maria Valnice Boldrin Zanoni, do IQ-AR-Unesp. Depois serão três dias intensos, de minicursos, simpósios, conferências e dezenas de atividades. Nesta conversa, o Prof. Luiz Gonzaga de França Lopes (UFC), secretário-geral da SBQ, repassa todos os detalhes para os participantes, e a Profa. Denise Brentan (UFMS), uma das coordenadoras do Núcleo Mulheres SBQ, fala sobre o Espaço Família, pronto para receber crianças de todas as idades.
Algumas regionais da SBQ foram procuradas recentemente por algumas publicações oferecendo publicação rápida de conteúdo apresentado na Reunião Anual da SBQ. A prática de publicar sem revisão apropriada, às vezes incorrendo em plágios, e a manipulação de citações são características das chamadas “publicações predatórias”. Pesquisadores às vezes são levados a publicar nessas revistas por desconhecimento, às vezes por uma pressão de ter um artigo publicado rapidamente, às vezes por má fé. O resultado é sempre nocivo à ciência. Neste episódio, a professora Jaísa Soares (UFPR), uma das editoras do JBCS, e o Prof. Thiago Paixão (USP), coordenador da área de Química da CAPES, discutem os perigos das publicações predatórias. Links para verificar as características das publicações científicas: https://www.doaj.org/ https://beallslist.net/ https://predaqualis.netlify.app/
A professora Maria Valnice Boldrin Zanoni (IQ-Araraquara/UNESP), conferencista de abertura da 46ª RASBQ, de 28 a 31 de maio em Águas de Lindoia, é um nome fundamental na consolidação da eletroanalítica e da fotoeletroquímica no Brasil. Depois de muitas conquistas e pesquisas pioneiras, ela agora se debruça sobre os processos de fotossíntese artificiais como fonte geradora de energia. Com mais de 30 anos de doutorado, tendo formado mais de 70 mestres, doutores e pós-doutores, ela fala sobre sua pesquisa, a luta pela defesa da universidade, e a importância das sociedades científicas.
O Workshop de Integração das Secretarias Regionais reunirá os representantes da SBQ nos vários estados em que há representatividade. É a grande oportunidade atual de aproximação com as diversas instâncias da SBQ Nacional, como a Diretoria, a Tesouraria, o Núcleo Mulheres e o Comitê Jovens Pesquisadores. Na pauta também estarão as publicações da SBQ, o Exame Unificado em Química e comunicação. Neste episódio, o professor Júlio Rebouças (UFPB), secretário-adjunto da SBQ, fala sobre o trabalho das regionais e o Workshop.
A 46ª RASBQ (28 a 31 de maio, em Águas de Lindoia) terá uma Sessão Temática focada em Energia Sustentável. O tema está ligado ao ODS 7: Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos, e envolve o aumento da participação de energias renováveis na matriz energética, aumentar a eficiência energética, a cooperação internacional para facilitar o acesso a pesquisa e tecnologias de energia limpa, incluindo energias renováveis, eficiência energética e tecnologias de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas. A Química está em todas essas frentes: conhecemos há muito tempo no Brasil a ciência do biocombustível, mas também estamos trabalhando nas frentes de solar, eólica, hidrogênio verde, baterias de lítio, e muito mais. O professor Raphael Nagao de Sousa, coordenador do Laboratório de Eletrocatálise para Conversão de Energia Sustentável (Unicamp) e a professora Lucia Helena Mascaro (UFSCar), diretora de pesquisa do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), e integrante do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE-FAPESP-SHELL), falam sobre o tema.
O Futuras Cientistas é um programa do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) que estimula o contato de alunas e professoras da rede pública de ensino com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, a fim de contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional. O programa tem quatro frentes de ação: Imersão Científica, Banca de Estudos, Mentoria e Estágios. Em 10 anos, 70% das participantes do programa foram aprovadas no vestibular. Destas, 80% escolheram cursos nas áreas de Ciência e Tecnologia. Este ano o Futuras Cientistas foi ampliado para todo o território nacional. A química Giovanna Machado, diretora do Cetene e criadora do programa, fala sobre a importância do apoio às mulheres na ciência e o sucesso do Futuras Cientistas. Site: https://www.gov.br/cetene/pt-br/areas-de-atuacao/futuras-cientistas Instagram: https://www.instagram.com/futurascientistas/ Youtube: https://www.youtube.com/@FuturasCientistas
O Laboratório de Microfluídica e Eletroforese da UFG, liderado pelo professor Wendell Coltro acaba de obter a patente para um sensor descartável de medição de glicose pela lágrima. Com a tecnologia, basta a pessoa portadora de diabetes encostar o sensor de papel descartável no olho para o paciente já poder acompanhar as taxas de glicose no organismo. A inovação, de baixo custo de mercado, trará conforto a aproximadamente 13 milhões de pessoas, que não precisarão mais furar o dedo para fazer o acompanhamento dos níveis de glicose pela detecção do sangue. O trabalho, fruto de setes anos de pesquisa, ganhou destaque no Jornal Nacional, o mais importante telejornal do Brasil, e ajudou a trazer luz sobre o que se faz dentro dos laboratórios de química. Saiba mais: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2023/02/09/ufg-conquista-patente-de-sensor-descartavel-para-medir-glicose-na-lagrima.ghtml
A 46ª RASBQ terá uma programação robusta em termos científicos, mas sem deixar de lado as pessoas que fazem a ciência. O Núcleo Mulheres SBQ preparou um simpósio inédito sobre Populações femininas desassistidas, em que se discutirão o diagnóstico, as ações reparadoras e as inspirações para essas populações. A química Daniela Anunciação, professora da UFAL e integrante do Núcleo Mulheres SBQ, e a geóloga Adriana Alves, professora do Instituto de Geociências da USP e presidente da Comissão de Direitos Humanos do instituto, refletem sobre o tema. Saiba mais: http://www.sbq.org.br/46ra/pagina/abertura.php Inscreva-se no Prêmio Mulheres Brasileiras na Química: https://www.acs.org/funding/awards/premios-mulheres-brasileiras-em-quimica.html
O tema da 46ª RASBQ tem significados científicos e sociais. Ao mesmo tempo que toca na questão dos 100 anos da formulação das teorias ácido-base, as reações de neutralização, também toca na realidade brasileira. Somos um país de muitas desigualdades: econômicas, regionais, de acesso à educação, à saúde, à lei. Somos um país de muitos preconceitos... E qual o papel da ciência e de cientistas no enfrentamento às desigualdades do País? O físico Ildeu de Castro Moreira (UFRJ), ex-presidente da SBPC, e o químico Antônio Carlos Pavão (UFPE), ex-diretor do Espaço Ciência antecipam um pouco das ideias que trarão à RASBQ.
A 46ª RASBQ se aproxima, repleta de atividades, e de volta a Águas de Lindóia. A Divisão de Alimentos e Bebidas da SBQ preparou um Workshop, em colaboração com as divisões de Analítica, Ambiental e Eletroquímica, um minicurso, uma sessão temática sobre o uso de impressoras 3D, e duas conferências. A professora Ana Paula Paim (UFPE), diretora da Divisão de Alimentos e Bebidas, fala sobre a expectativa para o evento, e o professor Emanuel Carrilho (IQSC-USP), um dos conferencistas da 46ª RASBQ, explica suas técnicas de Microfluidica em papel e suas aplicações bioanalíticas.
O Governo Federal anunciou em fevereiro o muito aguardado aumento nos valores das bolsas de pós-graduação e iniciação científica e na quantidade de bolsas a serem concedidas. Os benefícios com os reajustes referentes ao mês de fevereiro já estão sendo pagos em março, atendendo 258 mil bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Ministério da Educação, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O último reajuste nos valores das bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado ocorreu em abril de 2013. Também há cerca de dez anos não havia uma recomposição do número de bolsas. O professor Hélio Anderson Duarte (UFMG), Coordenador do Comitê de Assessoramento de Química, do CNPq, analisa a importância do financiamento à pesquisa científica.
O Movimento Química Pós-2022 – Sustentabilidade e Soberania, liderado pela SBQ, segue firme e forte. Depois das ações do ano passado - Lançamento de números especiais das revistas JBCS, RVq e QNEsc; Concurso Nacional de Redação para alunos da Educação Básica; Lançamento de livros; e Webinários – outras atividades estão sendo planejadas para este ano. As professoras Shirley Nakagaki (UFPR), presidente da SBQ, e Ana Paula de Carvalho Teixeira (UFMG), uma das líderes do Movimento, falam sobre o estágio atual e os próximo passos desta iniciativa que busca unir as partes interessadas no desenvolvimento da Química no País.
A professora Tereza Cristina Souza de Oliveira (UFAM) desenvolve um trabalho de pesquisa e extensão junto a aldeias Yanomami, com o objetivo de medir o nível de mercúrio em diferentes pontos ao longo do rio Marauiá, na região do médio rio Negro no Amazonas, e capacitar duas aldeias a implementarem sistemas de tratamento de água com carvão ativado feito a partir do caroço de açaí. Nesta conversa, ela fala sobre o que viu em suas visitas às aldeias e a importância da floresta e dos rios para os povos originários.
Quatro alunas do 2ª ano do Ensino Médio do colégio SESI Gravataí, no Rio Grande do Sul, desenvolveram um copo com reagente químico capaz de identificar a presença da droga GHB (Ácido Gama Hidroxibutírico), conhecido popularmente como ‘Boa Noite Cinderela’, utilizada em crimes de estupros e roubos. A estudante Giovanna Moraes da Rocha, uma das criadoras do copo “Keep Safe”, e Rafael Abruzzi, professor de Química do Sesi Gravataí, explicam o projeto.
A arbolina, biofertilizante desenvolvido por pesquisadores da UnB, gera patente em conjunto com a Embrapa, duas start-ups, e ganha o mercado. A arbolina é formada de carbono orgânico, sendo a sua base carbono, oxigênio e nitrogênio. Essa nanopartícula atua no metabolismo da planta, identificando as proteínas chaves que permitem que ela consiga explorar seu potencial genético. Além de aumentar a sustentabilidade de culturas como soja, tomate, milho, feijão e outras, agora está sendo utilizada para fortalecer árvores nativas em programa de reflorestamento na Amazônia. Um dos pais da ideia, o professor Brenno Amaro Neto, vencedor do Prêmio de Inovação Fernando Galembeck 2022, conta a história. Saiba mais Krilltech: https://krilltech.com.br/ Lazutech: https://lazutech.com/